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RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

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FACULDADE SANTO AUGUSTO
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Pedro Alves Bezerra Filho
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO E DE REGÊNCIA DO ENSINO FUNDAMENTAL II
Santo Augusto - RS
Junho – 2017
PEDRO ALVES BEZERRA FILHO 
Relatório de estágio de observação e regência apresentado à disciplina: Estágio Supervisionado III do curso de Licenciatura em Educação Física. Trabalho elaborado para avaliação final da disciplina de Estagio Supervisionado III.
Orientadora: Profª Feliciana Bezerra Campos
Santo Augusto - RS
Junho - 2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 04
2. REFEREENCIAL TEÓRICO................................................................................. 06
2.1 OS CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: INFLUÊNCIAS, TENDÊNCIAS, DIFICULDADES E POSSIBILIDADES.............................................06
2.2 PRÁTICAS CORPORAIS E A ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO........... 07
2.3 PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA ATRAVÉS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................................09
3. ANALIZANDO AS AULAS OBSERVADAS NO CONTEXTO DA ESCOLA .......11
4. REGÊNCIA DESENVOLVIDA.............................................................................. 12
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 17
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 18
7. ANEXOS............................................................................................................... 19
INTRODUÇÃO
O presente relatório é a síntese das observações e regência do estágio Supervisionado III, ofertado no VI semestre do curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Santo Augusto, realizado no período de 08 de maio a 22 de junho de 2017, com carga horária de 120 horas, nas turmas do ensino fundamental II, respectivamente do 6º ao 9º ano, no INESM (Instituto de Educação Milhãense), uma escola particular do município de Milhã, apesar de ser uma escola particular a mesma não possui quadra esportiva, onde foi necessário fazer várias adaptações para a realização de algumas atividades, o corpo docente conta com apenas 01 (uma) professora de Educação Física.
O Estágio de Observação e de Regência em Educação Física Escolar consiste em um quesito de grande importância para nós acadêmicos de Educação Física no decorrer de nossa formação, pois nos propicia uma ligação entre a teoria estudada e a prática, estimula o aluno a esclarecer as teorias pedagógicas que sustentam o cotidiano da escola, com base no referencial teórico construído e aprendido no decorrer do curso, além de incentivar a consciência crítica do funcionamento do dia a dia da escola amparando no projeto pedagógico da Educação Física.
É no estágio supervisionado que o aluno estagiário, por meio da observação, vai ambientar-se com os componentes do processo ensino-aprendizagem, tendo oportunidade de analisar de forma cuidadosa aspectos que lhe serão úteis quando conduzir uma aula. Com o estágio podemos perceber a importância de um planejamento de aula, até mesmo a se organizar pedagogicamente, obtendo uma experiência satisfatória. Cada aluno estagiário terá sua maneira própria de fazer sua observação, onde envolve vários fatores que devem ser analisados pelo aluno estagiário, entre eles: a atenção, a sensação, a percepção e a reflexão.
No período de observação, consegui verificar que as aulas da professora Carla Nayara Pinheiro objetivava atingir todos os objetivos propostos no Projeto de Voleibol que estava sendo desenvolvido, primeiramente os alunos participaram de uma aula teórica, onde os mesmos aprenderam algumas regras, fundamentos e dimensões de quadra, em seguida os alunos foram para um espaço, onde puderam participar das aulas práticas e se familiarizarem com os materiais esportivos (bolas, rede) de voleibol. Alguns alunos se destacavam, pois já tinham afinidade com o voleibol, enquanto outros estavam tendo o seu primeiro contato com o voleibol, sentindo algumas dificuldades na execução de alguns fundamentos.
No período do estágio de regência, em consonância com o projeto voleibol trabalhado pela professora Carla Nayara Pinheiro, iniciei minha regência primeiramente com uma pequena apresentação aos alunos da turma do 6º ano do INESM (Instituto Educacional Milhãense), em seguida foi trabalhado com os alunos o tema: treinamento em voleibol, que tinha como objetivo, treinar os fundamentos e posições em quadra, pude constatar que a maioria dos alunos não tinham afinidades com a bola de voleibol, mas com algumas dinâmicas e jogos recreativos direcionados aos fundamentos do voleibol, como “bola ao sexto”, os alunos logo se familiarizaram com o voleibol. A Educação Física é corresponsável pelo desenvolvimento dos alunos, devendo oportunizar a eles a pratica e aprendizagens que utilizem o movimento de forma eficiente e controlada.
É importante a experiência de prática profissional no nível de ensino fundamental do 6º ao 9º ano, viabilizando através dos seus diversos aspectos principais e necessários aos futuros profissionais em termos de compreensão acerca das temáticas abordadas, permitindo as discussões que permeiam a Educação Física. Desta forma a prática de estágio favorece aos discentes um maior aprofundamento e consolidação do conhecimento, na perspectiva da reflexão crítica de criar soluções apropriadas a cada uma das diferentes situações complexas e singulares que o sujeito enfrentará em suas atuações neste nível de ensino.
Este relatório tem a finalidade de registrar as experiências e resultados obtidos durante esse treinamento para a profissão, configurando-se como documento requisito para a avaliação final dos alunos na disciplina. Ao final, são acrescentados alguns anexos relevantes que completam a documentação do relatório.
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 OS CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: INFLUÊNCIAS, TENDÊNCIAS, DIFICULDADES E POSSIBILIDADES
Segundo o coletivo de autores Coll et al. (2000) definem conteúdo como uma seleção de formas ou saberes culturais, conceitos, explicações, raciocínios, habilidades, linguagens, valores, crenças, sentimentos, atitudes, interesses, modelos de conduta, etc, cuja assimilação é considerada essencial para que se produza um desenvolvimento e uma socialização adequada ao aluno. É um termo muito utilizado mais pouco compreendido.
O termo "conteúdo" normalmente foi utilizado para expressar aquilo que deve se aprender, mas em relação quase exclusiva aos conhecimentos das matérias ou disciplinas clássicas e, habitualmente, para aludir aqueles que se expressam no conhecimento de nomes, conceitos, princípios, enunciados teoremas" (ZABALA, 1998, p. 30).
Dentre as novas abordagens, tendências e perspectivas, muitas são as propostas que contribuem com novos olhares para a área de Educação Física, mas são poucas as contribuições efetivas com a prática educativa dos professores, ou seja, os estudos preocupados com as questões da Educação Física escolar cresceram bastante nas últimas décadas, mas uma porcentagem muito baixa desses trabalhos conseguiram realmente auxiliar os professores no sentido de facilitar e otimizar seu trabalho. 
O debate em torno da especificidade da Educação Física escolar vem amadurecendo desde a década de 80, período em que novas propostas foram elaboradas com vistas à superação do modelo tradicional de ensino. Até os dias atuais várias foram as reflexões e proposições realizadas na área em busca de uma identidade. Apesar disso, ainda o que observamos na maioria dos casos, sobretudo na Educação Física escolar, são aulas baseadas nos modelos esportivista e recreacionista, nos quais o professor desenvolve os quatro esportes tradicionais ou, no segundo caso,entrega a bola aos alunos se eximindo do ato educativo.
 "A sexualidade é um dos principais dilemas de nossa sociedade", afirma Caio. "O ideal é que boa parte das atividades seja praticada em conjunto, mas nem todas precisam ser misturadas. Há o momento em que os meninos vão querer jogar apenas com os meninos e as meninas com as meninas. Esses momentos também são importantes, embora a prática em conjunto seja essencial."
É no ensino fundamental II, onde começam a aparecer os primeiros sinais da puberdade. Por volta dos onze ou doze anos de idade as crianças entram numa fase a que denominamos puberdade, onde acontecem várias transformações corporais, devido aos hormônios existentes em nosso corpo. É a passagem da infância para a adolescência.
2.2 PRÁTICAS CORPORAIS E A ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
O motivo de se ensinar práticas corporais é que após o período formal de aulas de Educação Física Escolar, os alunos devem possuir condições de envolver-se em práticas corporais sem o auxílio de um professor e que o aluno seja capaz de distinguir e rejeitar os aspectos negativos que envolvem as práticas corporais na sociedade, como, por exemplo, o uso de substâncias proibidas nas modalidades esportivas de rendimento, a busca do corpo perfeito que é idolatrado nas mídias, a violência que acontecem entre as torcidas de futebol, ou seja, espera-se garantir a independência dos alunos para refletir, criticar e usufruir do conhecimento assimilado dentro da escola.
É no Ensino Fundamental II que os jovens, em sua puberdade começam a expor o seu corpo ou ter vergonha de exibi-lo, o professor deve ter o cuidado e está preparado para diversas indagações que possam surgir por parte dos alunos. Através das práticas corporais o professor pode ser levado a trabalhar outros temas relacionados a interdisciplinaridade.
Afirma que o conteúdo que se transmite na educação é sempre alguma coisa que nos precede, nos ultrapassa e nos institui enquanto sujeitos humanos, e essa produção pode ser denominada perfeitamente de cultura Forquin (1993).
A Educação Física sempre esteve ligada a produção cultural da sociedade, através de jogos, esportes, lutas, danças, ginásticas e outras atividades. É através dessas atividades que os alunos devem aprender a conviverem em harmonia com a sua cultura corporal, saber se relacionar para que possa garantir a sua formação cidadã.
É essencial ressaltar que o simples relacionar de determinados métodos corporais formadas historicamente pelo homem ainda não configura o conteúdo das aulas de Educação Física. O objeto de ensino está relacionado com as praticas que compõem a cultura corporal, mas são apenas a referência para os saberes e fazeres que serão aplicados.
O professor deve possibilitar ao aluno aprender uma ou mais modalidades de atividades que envolvam práticas corporais, para que os mesmos possam ser conhecedor e independente no contexto lúdico e de lazer, como também aproveitar a gama de modalidades esportivas que integram o universo da cultura corporal.
Dessa forma, o desafio é equacionar a relação entre o tempo necessário para ensinar ‘todos’ os conhecimentos das mais diferentes práticas corporais e o tempo efetivamente disponível para o projeto. Famosa relação entre o tempo necessário e tempo disponível (GONZÁLEZ; FRAGA, 2009, 2012).
Os conteúdos devem ser distribuídos ao longo de um determinado período, em conformidade com o tempo conferido por cada grupo composto à aprendizagem de cada prática corporal em cada ciclo de trabalho escolar. Então, é necessário estimar o tempo disponível para o projeto nos diferentes núcleos. Ao relacionar a duração da aula, o número destas na semana e a quantidade de semanas de trabalho previstas no ano, dá para se ter uma ideia do tempo disponível.
É fundamental entender que o conteúdo só se configura quando esses métodos são de fatos consolidadas tematizadas nas aulas a partir de determinadas finalidades. Portanto, o tipo de enfoque, mais do que meramente a escolha de uma determinada prática, é que vai determinar o conteúdo, ou seja, o que se acredita que o aluno vá aprender.
2.3. PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA ATRAVÉS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A Organização Mundial de Saúde define saúde como um completo estado de bem-estar físico, mental e social do indivíduo, e não meramente como ausência de doença como era vista antigamente. A saúde é um direito fundamental do ser humano, é um bem coletivo e cada um usufrui de forma individual sem acarretar prejuízo para as outras pessoas. Para que o indivíduo possa ter um equilíbrio físico, social e mental é preciso que compreenda a saúde de forma global e mantenha de forma segura e harmônica.
O estilo de vida sedentário é observado não só em adultos, mas também em jovens e adolescentes na fase escolar. Cada dia fazem menos exercícios, e não estão realizando exercícios suficientes para promover efeitos salutares para a saúde, já que passam a maior parte do dia fazendo atividades que não tem intensidade suficiente.
O período escolar é fundamental para se trabalhar com o tema saúde. As crianças e os jovens que se encontram nas escolas vivem momentos nos quais hábitos e atitudes estão sendo criados, por isso é importante trabalhar com ações preventivas. A escola, além da sua função pedagógica, exerce um grande poder social e político capaz de transformar a sociedade, causando impacto e gerando mudanças.
Em duas pesquisas realizadas por Guedes e Guedes em 1997 e 2001 no município de Londrina, Paraná, Brasil, com o objetivo de analisar características do programa de Educação Física, observando o tipo de atividades e o nível de intensidade de esforço físico com objetivos educacionais pensados em atividades físicas como promoção da saúde. Os estudos apontaram uma relação limitada com objetivos voltados a atividade física como meio de promoção da saúde.
Quanto aos aspectos didáticos, foram encontrados um aproveitamento inadequado do tempo, pois em cerca de 50% da aula, os alunos se ocupavam com a organização das atividades, e o restante, com a prática de esportes competitivos. Não foram encontrados em nenhum momento concepções educacionais voltadas para a promoção da saúde, onde os alunos pudessem adotar um estilo de vida ativo e saudável fora do ambiente escolar.
Atualmente, a saúde ainda se encontra centrada basicamente na transmissão de informações, sobre como as pessoas adoecem e os ciclos das doenças, em detrimento da prevenção. É preciso repensar a prática da saúde no ambiente escolar, investir na formação e capacitação dos professores, além de desenvolver ações de saúde no espaço de sala de aula, pois é no cotidiano escolar e na escola que acontecem as relações com o conhecimento, com os grupos de alunos, pais, professores e comunidade.
Os professores de Educação Física devem incorporar uma nova postura frente à estrutura educacional, procurando proporcionar em suas aulas, não mais uma visão exclusiva à prática de atividades esportivas e recreativas, mas também, alcançarem metas voltadas à educação para a saúde, mediante seleção, organização e desenvolvimento de experiências que possam propiciar aos alunos não apenas situações que os tornem crianças e adolescentes ativos fisicamente, mas, sobretudo, que os conduzam a optarem por um estilo de vida saudável ao longo de toda a vida (GUEDES, 1999).
A Educação Física exerce um papel importante na saúde e qualidade de vida dos alunos ao educar por meio da atividade física. É papel do professor conscientizar a comunidade escolar de que a aptidão física, a prática de atividade física e os bons hábitos alimentares são importantes a todos os indivíduos em todas as idades. Cabe também à Educação Física Escolar a responsabilidade de lidar de forma específica com alguns aspectos relativos aos conhecimentos, característicos da cultura corporal de movimento, como a ginástica, a dança, o esporte, as lutas envolvendo o corpo nas mais variadas formas de movimento.
3. ANALIZANDO AS AULAS OBSERVADAS NO CONTEXTO DA ESCOLA
No começo doestágio foi difícil, pois você está sendo observado não só pelo professor/orientador, mas também pelos alunos que ficam atentos, mas no decorrer das aulas passamos a ter mais segurança. Com o Estágio podemos perceber a importância de um bom planejamento de aula, aprender a se organizar e ter uma gestão pedagógica, obtendo uma experiência satisfatória e de aprendizagem.
É no estágio supervisionado que o aluno estagiário, por meio da observação, vai familiarizar-se com os componentes do processo ensino-aprendizagem, tendo oportunidade de analisar de forma detalhada aspectos que lhe serão úteis quando dirigir uma aula. Mas em que consiste o processo de observação no estágio? “Constitui um processo para a identificação, para a medida e/ou para a avaliação de fenômenos por descrição, classificação ou ordenação, sem instrumentos ou com instrumentos que afetem o observador, e não o fenômeno a ser observado” (FARIA JUNIOR et al., 1987, p. 10).
A realização do estágio supervisionado é um momento de significativa aprendizagem e possibilidade de vivenciar a prática, associando o conteúdo e o conhecimento apropriado em sala de aula à vivência propriamente dita do exercício da profissão docente. Todos os momentos de vivência do estágio permitem que os alunos reflitam sobre a profissão professor.
Em conclusão, acredito que o estágio supervisionado é um grande desafio nos cursos de formação de professores pela importância e complexidade que lhe são conferidas. Portanto, é necessário refletir constantemente sobre esse processo, sua organização e desenvolvimento. A experiência do estágio foi frutífera.
REGÊNCIA DESENVOLVIDA
No dia 08 de maio de 2017, tive meu primeiro momento do estágio supervisionado III; observação e regência no Instituto de Educação Milhãense (INESM). O primeiro contato foi com os responsáveis pela coordenação da escola e núcleo gestor da referida instituição, que se mostraram muito acolhedores e que disponibilizaram além de sua atenção, mostraram as dependências da escola.
DIA: 01/06/2017
No primeiro dia da regência foi desenvolvida a atividade de handebol na turma do 6º ano, que teve como objetivo geral: conhecendo o movimento, onde foi desenvolvido o jogo de handebol adaptado para o handebalde. O material utilizado foram bolas de borrachas e dois baldes. Os alunos foram avaliados pelo trabalho em equipe, a participação de todos os alunos e o desenvolvimento seguindo as regras do jogo.
Na turma do 9º ano, foi trabalhado o conteúdo de corrida estacionária, com o objetivo de verificar o sistema cardiorrespiratório e a frequência de cada aluno, avaliando as ocorrências no organismo em situações de repouso e em movimento. Os recursos utilizados foram: cronômetro e frequencímetro. 
DIA: 02/06/2017 
A atividade desenvolvida foi na turma do 8º ano, que teve como objetivos desenvolver a coordenação motora dos alunos através das atividades físicas e proporcionar a integração livre e a vivência com a prática da ginástica. Foi desenvolvida atividades aeróbicas e avaliados pelos suas desenvolturas nas atividades. Os recursos utilizados foram: multimídias, caixa amplificada e pen driver.
DIA: 05/06/2017
Retornamos a turma do 6º ano com o conteúdo de jogos recreativos, que os objetivos foram promover movimentos expressivos realizados de forma prazerosa, com atividades interessantes e desafiantes. As atividades desenvolvidas foram bola ao círculo e sabonetebol. Os recursos foram: sabonetes, baldes, bolas e giz. Tivemos a participação de todos os alunos, onde foi trabalhado e avaliado o desenvolvimento corporal harmônico, físico e mental. Foi avaliado o controle corporal em favor da melhoria da autoestima.
DIA: 05/06/2017
Na turma do 7º ano, o objetivo foi desenvolver habilidade de modificar jogos e atividades para atender aos problemas surgidos, em relação ao espaço, material e tempo disponíveis promovendo momentos de descontração, de interação entre grupos, de desinibição, de socialização entre pares. Através de atividades com jogos interativos, procurei analisar através de atividades estimulantes e desafiantes a socialização e a autoconfiança diante de suas capacidades. Os materiais utilizados foram: jornais e bolas. As atividades desenvolvidas foram: marcha dos jornais, onde ao sinal os alunos colocavam no chão uma fila de jornais que seguram e passam sobre ela.
Outra atividade desenvolvida foi a “corrida de duplas”, onde foram formados duas filas e o 1º aluno de cada fila, ao sinal corre em torno da bola e volta ao seu lugar e pega o 2º pela mão e correm ambos em torno da bola e assim sucessivamente até o último aluno da fila. 
DIA: 08/06/2017
Através de jogos lúdicos, foram desenvolvidas na turma do 6º ano duas atividades, “Cabeça pega rabo” e “Croquet”, que tinha como objetivo desenvolver a habilidade de utilização do movimento como instrumento de comunicação e expressão reconhecendo as possibilidades sinestésicas do corpo, por meio de movimentos que o afetam, como uma totalidade. Foi avaliada a cooperação nas atividades de grupos, aceitando diversos papéis e os utilizando nos movimentos de lazer e habilidades motoras adquiridas. Foram utilizados recursos como: Tnt e recursos humanos.
DIA: 08/06/2017
Foram realizadas na turma do 9º ano algumas atividades de lutas interativas, que tinha como objetivo reconhecer o corpo, no seu todo, e diferenciar cada uma de suas partes, por meio do movimento das Lutas, representando com movimentos corporais, elementos e objetivos do meio circundante. O objetivo dessas lutas era orientar-se no espaço, discriminando localização, direção e dimensão; adquirir controle progressivo dos movimentos que evidenciem os graus de tensão muscular e realizar movimentos independentes e interdependentes, como os diversos segmentos do corpo. Os recursos que foram utilizados foram: bexiga e barbantes. As atividades como o “Sobrevivente” e “Briga de galo”, os alunos eram avaliados suas habilidades de movimentos gerais e específicos, buscando o aprimoramento de modalidades coletivas, o condicionamento físico e a valorização do respeito ao limite pessoal e coletivo.
DIA: 09/06/2017
No 8º ano foi trabalhado atividades de circuito, que tinha como objetivo conhecer o movimento e realizar com os alunos atividades com princípios de desenvolvimento a coordenação motora. Materiais utilizados foram: cones, bolas, bancos e cordas. Com essas atividades foi possível avaliar o que o aluno sentiu ao fazer esta atividade, onde o mesmo sentiu mais facilidade e onde sentiu mais dificuldade para a realização da atividade proposta.
DIA: 12/06/2017
Com o objetivo de proporcionar aos alunos noções básicas e iniciais sobre o fundamento ataque no voleibol e o consequente desenvolvimento de sua habilidade motora nesse fundamento esportivo, a turma do 6º ano trabalhou os conteúdos de iniciação aos fundamentos do voleibol. Os alunos foram avaliados pelo seu desenvolvimento e a participação em conjunto dos mesmos, proporcionando aos alunos os devidos movimentos do voleibol.
Com os alunos do 7º ano foi trabalhada a modalidade esportiva de futsal, que tinha como objetivo incentiva a participação de todos os alunos (os mais e os menos habilidosos), visando à inclusão e autonomia de cada um, juntando aos movimentos sugeridos dentro do fundamento. Foi avaliado a participação, desenvolvimento e o trabalho em equipe.
DIA: 15/06/2017
No 6º ano foi desenvolvida a modalidade esportiva “handebol”, com o objetivo de desenvolver a movimentação e o posicionamento para receber a bola; criar estratégias em parceria; estimular o respeito às regras, onde os alunos foram avaliados pela participação e desenvolvimento na atividade proposta. Materiais utilizados: bolas de handebol, cones ou garrafas pets.
No 9º ano foi desenvolvida a modalidade esportiva “basquetebol” que tinha como objetivo incentivar a participação de todos os alunos (os mais e menos habilidosos), visando à inclusão e autonomia de cada um, juntando aos movimentos sugeridos dentro do fundamento do basquete. Foramutilizadas algumas bolas de basquete, cheias e murchas. Os alunos foram avaliados pela participação ao longo das atividades de conversa, alongamento, aquecimento e durante a partida.
DIA: 16/06/2017
No 8º ano foi trabalhado com os alunos as capacidades físicas de força e velocidade, os objetivos foram reconhecer a existência de elementos rítmicos e expressivos nas brincadeiras vivenciadas; Reconhecer a possibilidade de variações e adaptações nas regras originais de uma brincadeira; Realizar os movimentos básicos de saltar, giros e equilíbrio e suas relações com o ritmo em que esses movimentos são executados; Projetar e construir sequências de movimentos levando em conta os seus limites corporais.
DIA: 19/06/2017
Os conteúdos na turma do 6º ano foram: lutas na escola, locomoção e estratégias na inclusão das lutas. Os recursos utilizados foram: fotos de lutas e brigas, barbantes e cordas. No momento das vivências, foi observado como os aspectos força, agilidade e equilíbrio são explorados e percebidos pelos estudantes. Depois, propus que refletissem coletivamente sobre as apresentações realizadas, a postura dos componentes de cada grupo ao apresentar o trabalho, a clareza das informações passadas e se foi dada alguma informação inovadora. O objetivo geral foi expandir os movimentos motores e sua interação social, contribuindo para os aspectos cognitivos de estratégia e percepção e respeito mútuo.
No 7º ano foi trabalhada a esgrima, o objetivo foi Incentivar a participação de todos os alunos, visando a inclusão e autonomia de cada um, juntando aos movimentos sugeridos dentro da esgrima. Foi utilizado o material humano e as espadas foram improvisadas com material reciclado, a avaliação foi feita através da observação e a participação dos alunos ao longo das atividades de conversa, alongamento, aquecimento e durante a prática. 
DIA: 22/06/2017
O 6º ano, mais uma vez foi trabalhado jogos, com o objetivo de ampliar a autonomia do movimento corporal e proporcionar a coletividade e a interação do grupo. Foi avaliada a participação e a interação de todos os alunos, os recursos utilizados foram: papel e tintas. Com a atividade “pintando os objetos”.
Finalizando a regência no 9º ano, com motricidade fina e global, teve como objetivo, desenvolver a capacidade para executar movimentos finos com controle e destreza, foram utilizados os seguintes materiais: Bandeja de colocar ovos, pegador de macarrão, tampas de garrafas pest.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constata-se que o estágio supervisionado nos fornece subsídios da realidade e principalmente nos apresenta métodos para que possamos atuar como docente. Aliando a teoria e a prática, aprendemos a nos comportarmos e termos postura no ambiente escolar, onde temos como objetivo o desenvolvimento completo do aluno. O estágio possibilita ao aluno estagiário fazer uma ligação entre tudo o que vem aprendendo e estudando no curso de Educação Física com a realidade e a dinâmica do cotidiano escolar, oferecendo-lhe a oportunidade de pensar sobre os conhecimentos teóricos adquiridos de forma isolada e articulá-los com o objetivo de desenvolver a aprendizagem como reflexão e ação sobre a construção humana.
Considera-se, finalmente, que o estágio supervisionado é um grande desafio nos cursos de formação de professores pela importância e complexidade que lhe são conferidas. É um momento decisivo para a formação profissional, pois ao acadêmico são oportunizados momentos reais no espaço educacional, entre eles as dificuldades e desafios da educação nos dias atuais. Portanto, é necessário refletir constantemente sobre esse processo, sua organização e desenvolvimento. As fichas preenchidas e os portfólios construídos nos auxiliam no desenvolvimento dessas reflexões e do aprendizado.
Ao concluir este relatório chegamos à conclusão de que o estágio supervisionado é uma forma de estudo empregado em que o estabelecimento dispõe para nos introduzir, através de um mestre, de como é e será a nossa futura profissão de educador. Este relatório é uma tentativa de colaborar nesse sentido, provocando novas discussões a respeito.
6. REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. (Foi lançada em 2009, após 15 reimpressões, uma segunda edição que contém uma série de depoimentos avaliativos dos autores do livro).
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.9393 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, 2008.
EDUCAÇÃO FÍSICA - Revista de Esporte e Saúde. Rio de Janeiro, Companhia Brasil, n. 42, p.7, 1940.
SILVA, J. V. P. DA; SAMPAIO, T. M. V. Os conteúdos das aulas de Educação Física do Ensino Fundamental: O que mostram os estudos? Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, vol. 20, n. 2, p. 106118, 2012.
FARIA JUNIOR, A.G. Professor de educação física, licenciado generalista. In: OLIVEIRA, V. M. de(Org.). Fundamentos pedagógicos da educação física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,1987, p. 11-33. 
FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes de, et. Al. Prática de ensino em Educação Física: estágio supervisionado. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1987.
DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. RJ. Guanabara Koogan, 2005.
DARIDO, Suraya Cristina; Educação Física na Escola: Questões e Reflexões. RJ. Guanabara Koogan, 2003.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996, Brasília, DF, 1996. Disponível em: Acesso em: 18 maio 2017.
Araújo, A., Araújo, S., Bastos, A. & Mesquita, T. (2008). Motivação nas aulas de Educação Física: um estudo comparativo entre géneros. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 13 - Nº 127.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Prática de Ensino – Os estágios na formação do professor. São Paulo: Pioneira, 1973.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SANTANA, Dayane Pereira de; COSTA, Célia Regina Bernardes. Educação Física escolar na promoção da Saúde. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo Do Conhecimento, Ano 01. VOL. 10 Pp. 171-185. Novembro de 2016 ISSN. 2448-0959
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