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PRISÃO E LIBERDDE PROVISÓRIA - A prisão dependerá de ordem escrita e fundamentada de autoridade judicial competente, EXCETO se, prisão em flagrante. 1) PRISÃO PENA OU PRISÃO PENAL: Prisão decorrente de sentença condenatória com transito em julgado. 2) PRISÃO SEM PENA OU PRISÃO PROCESSUAL Tem como subespécie a prisão em flagrante, a prisão preventiva e a prisão temporária. É a prisão decretada antes ou durante o processo. 3) PRISÃO CIVIL OU EXTRAPENAL Como subespécie a prisão civil e a prisão militar. 4) PRISÃO PARA AVERIGUAÇÃO Considerado abuso de autoridade. – *Conforme súmula vinculante nº 11 – O uso de algema é apenas lícita nos casos de: Casos de resistência Receio de fuga Perigo à integridade física PRISÃO EM FLAGRANTE: A expressão flagrante significa a infração que esta sendo cometida, ou acabou de sê-lo, autorizando, nestes casos, a prisão mesmo sem autorização judicial em virtude da certeza visual do crime. CAPTURA CONDUÇÃO COERCITIVA LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE RECOLHIMENTO À PRISÃO. ARTIGO 302 CPC – Rol taxativo, modelado e qualificado, não admitindo o emprego de analogia, nem interpretação extensiva. Se a situação fática não estiver nos moldes d artigo 302, será cabível o relaxamento da prisão. 1) FLAGRANTE PRÓPRIO, PERFEITO, REAL OU VERDADEIRO. O agente que é surpreendido cometendo um delito ou quando acaba de cometê-lo. A expressão “acaba de cometê-la” deve ser interpretada de forma restritiva, absoluta imediatidade. 2) FLAGRANTE IMPRÓPRIO, IMPERFEITO, IRREAL OU QUASE-FLAGRANTE. O agente é perseguido logo após cometer o delito, em situação que faça presumir ser ele o autor do ilícito. 3 importantes requisitos: Persiguição; Logo após o cometimento da infração; Situação que faça presumir a autoria. 3) FLAGRANTE PRESUMIDO, FICTO OU ASSIMILADO O agente é preso logo depois de cometer a infração, com PIAO. Papéis; Instrumentos; Armas; Objetos. *Diferença do inciso III e IV: No inciso III, há a perseguição, logo após o delito. No inciso IV, é o encontro do agente com os objetos que façam presumir ser ele o autor do crime, logo depois do delito. 4) FLAGRANTE PREPARADO Ocorre quando a autoridade particular ou terceiro, de forma sorrateira, instiga o agente à praticar um delito com o objetivo de prendê-lo em flagrante, tomando todas as providências para que o delito não se consume. Neste caso, diante da ausência de vontade livre e espontânea do autor, a conduta deve ser considera atípica. Sendo uma figura atípica, a prisão pela autoridade fora ilegal, cabendo o relaxamento da prisão. 5) FLAGRANTE ESPERADO Nesta modalidade, não há qualquer provocação, a autoridade policial ou terceiro, AGUARDA, o momento do cometimento do delito para que seja efetuada a prisão em flagrante, o agente do crime responderá pela modalidade consumada ou até mesmo tentada. Considerada um flagrante legal, não havendo que se falar em relaxamento. *Artigo 310 CPP – RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE Uma vez comunicada a autoridade judicial acerca da prisão em flagrante deverá o juiz: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 1º - O primeiro passo, é o magistrado analisar acerca da legalidade da medida constritiva, a regularidade da prisão em flagrante. O relaxamento da prisão em flagrante não impede a decretação da prisão preventiva e/ou temporária, nem a aplicação das medidas cautelares. PRISÃO PREVENTIVA PODE SER DECRETADA TANTO DURANTE A FASE DE INVESTIGAÇÃO QUANTO DURANTE O PROCESSO. Espécie de prisão cautelar decretada: Representação da Autoridade Policial Requerimento do MP Requerimento do Querelante De OFÍCIO pelo juiz *Sempre motivados pelas hipóteses do artigo 312 CPP Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). 1- “Garantia da ordem pública como risco considerável de reiteração de ações delituosas por parte do acusado, caso permaneça em liberdade, seja porque se trata de pessoa propensa à prática delituosa, seja porque, se solto, teria os mesmos estímulos relacionados com o delito cometido, inclusive pela possibilidade de voltar ao convívio com os parceiros do crime.” (corrente majoritária) Objetivo de resguardar a sociedade da reiteração de crimes em virtude da periculosidade do agente. Ordem econômica: relacionado a crimes contra a ordem econômica. 2- Garantia de aplicação da lei penal Quando o agente demonstrar que pretende fugir, inviabilizando a futura execução da pena. 3- Conveniência da instrução criminal Visa impedir que o agente perturbe ou impeça a produção de provas, impedindo que o agente comprometa de qualquer maneira a busca da verdade, e o andamento processual. 4- Descumprimento de medidas cautelares Quando descumprida qualquer medida cautelar, o agente será submetido à prisão preventiva. *HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA Só poderá ser decretado em relação aos crimes listados no artigo 313 CPP. I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. PRISÃO TEMPORÁRIA Prisão Processual decretada pela autoridade judiciária durante a fase de investigação (Inquérito Policial, por prazo preestabelecido de duração (prazo de 5 dias, podendo ser prorrogado PELO JUIZ) (crimes hediondos 30+30). Os fundamentos para a decretação da temporária: I- Imprescindível para as investigações do IP II- Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não saber sua identidade III- Se enquadrar no rol taxativo *O ROL TAXATIVO É OBROGATÓRIO, TENDO QUE SER CONJUGADO COM UM DOS DOIS OUTROS FUNDAMENTOS! A prisão temporária será decretada pelo juiz, por representação da autoridade policial, ou requerimento do MP. Para evitar a prisão, a lei impõe as medidas cautelares, artigo 319, que deverá ser estritamente respeitado. LIBERDADE PROVISÓRIA O direito à liberdade provisória tem fundamento constitucional. Só pode ser submetido ao regime de liberdade provisória, aquele que estiver preso em flagrante, não sendo apreciado o mérito da prisão. Espécies: a) Liberdade provisóriasem fiança b) Liberdade provisória com fiança
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