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CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO

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CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO 
 SOCIOLÓGICA- É proveniente de um autor chamado Ferdinand Lassalle, ele diz que 
a constituição é o resultado da soma de fatores reais de poder que presidem uma 
nação. A constituição é a força ativa que faz com que tudo seja como é – visão 
sociológica da constituição. A constituição é a forma com que estão arrumados esses 
fatores reais do poder.  É A CONSTITUIÇÃO REAL E EFETIVA. Ao lado dessa 
constituição existiria uma constituição escrita e positivada, que depende da 
adequação à constituição real. Para Lassalle, há, portanto, duas constituições. Porém 
a medida que a constituição escrita se distancia dos fatores reais do poder, que 
constam na constituição efetiva, ela se torna apenas uma folha de papel (essa 
descrição ocorre por conta da frustação que ele teve em relação a Prússia, situação 
descrita no seu texto a essência da constituição). 
Para Lassalle, em alguns momentos, o povo se sobre põe, mas como é desorganizado e 
não traz consigo o poder das armas, perde a sua força. 
 A constituição real e efetiva é legitimada pelos fatos, não é popular. Sua 
sobrevivência se baseia nos fatos, de como está ordenado o poder. 
 
 POLÍTICA- É proveniente de um autor chamado Carl Schimitt, foi sucessor de Lassalle, 
ele era um teórico do nazismo e realçava a concepção política do poder executivo. 
Para ele, a constituição era um conjunto de decisões políticas fundamentadas sob a 
forma de estado, regime de governo e direitos fundamentais. O que não tratasse 
dessas matérias, não era constituição, seriam leis constitucionais. Esse pensamento 
de smhimitt teve um pouco do reflexo da nossa constituição de 1824 e de outras 
constituições da época, porque era uma constituição parcialmente rígida, havendo 
algumas matérias que poderiam ser alteradas por lei. 
Schimmit, tinha uma visão unilateral. A constituição resultava de uma única vontade 
apesar de não haver decisões políticas. Porém, acentua essas decisões em uma vontade, 
na vontade de quem titularizava o poder, não importa se é o executivo, legislativo.... 
 
 NORMATIVISTA – É proveniente de um autor chamado Hans Kelsen, o qual sucedeu 
Schimitt, ele continua com uma visão unilateral, só que no viés jurídico. O objeto de 
Kelsen é a norma jurídica. Para ele, existe a norma fundamental jurídico – positivista 
e lógica jurídica. 
 Norma fundamental jurídico positivista – constituição escrita (fundamento de 
validade) 
 Lógica- jurídica – norma hipotética fundamental, não positivada. É um axioma 
sem conteúdo, que diz: “obedeça-se a constituição”. 
 
 DIRIGENTE - É proveniente de um autor chamado Gomes Canotilho, na vigência da 
constituição Portuguesa de 1976. A constituição Portuguesa não só limitou, mas 
dirigiu as atividades do poder. Aqui, muda a pespectiva de que as normas 
programáticas (meras propostas) vinculam integralmente o poder público e 
especialmente, o poder legislativo. A constituição é o estatuto jurídico da política. A 
constituição dirigente vai dirigir o exercício do poder político  finalidades, 
objetivos, programas, metas... constitucionaliza a política (políticas públicas, decisões 
políticas tem que estar de acordo com a constituição). Atribui tarefas ao estado. 
 É uma constituição utópica, mas não é ilusória, não ilude o povo 
 A QUE SE PROPÕE A UTOPIA?  CRITICAR O EXISTENTE 
  PROJETAR SITUAÇÃO MELHRO 
Crítica – Invade a competência política do legislador e sobrecarrega o estado, 
tornou-se uma constituição desacreditada, caiu no descaso. 
 
SIMBÓLICA – É proposta por Marcelo Neves, constrói uma ideia que muitas vezes 
a linguagem constitucional serve apenas de uma neutralização das expectativas 
sociais. Muitas vezes colocar algo na constituição pode servir apenas para aquele 
fato, é como se o legislador por trás desse processo alterasse a constituição apenas 
para falar que fez algo, ou seja, coloca algo que não tem muita importância só 
para mostrar serviço. Ele faz uma crítica a isso, pois não concorda com o fato de 
modificar a constituição à toa.

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