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AMÉRICA 2 RESUMO AULA 01

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Os processos de independência dos EUA:
A guerra de independência dos EUA marcou a primeira ruptura colonial das Américas. Protestos americanos contra às novas taxações, consideradas abusivas pelo Parlamento britânico, tomaram as ruas, e tornaram-se intensas com a mobilização dos colonos, sociedades secretas e Congressos Continentais. Após o fim da guerra com a vitória dos EUA sobre os ingleses, as ex-colônias, transformadas em estados livres começaram a discutir a nova organização política que formariam. Com a promulgação da Constituição norte-americana entre 1776 e 1789, acirraram-se as disputas em torno do novo sistema de governo e da construção de uma unidade nacional, onde demandariam muito esforço político e intelectual para que se criasse um novo estilo de governo, construindo assim uma identidade norte-americana. Esse período chamado de Confederação, pois não havia um governo central forte e sim uma instituição que reunia e analisava os diferentes interesses e vontades dos treze estados (New Hampshire, Massachusetts, Maryland, Connecticut, Rhode Island, Nova York, Virgínia, Carolina do Norte, Nova Jersey, Carolina do Sul, Pensilvânia, Delaware e Geórgia). Tal instituição era o Congresso Continental, composto por representantes dos estados que tomavam decisões baseadas em normas dos Artigos da Confederação. Entretanto, logo se evidenciaram os problemas criados por esse arranjo político: certos estados mantinham suas próprias milícias, cunhavam moedas particulares e estabeleciam relações comerciais com os parceiros que bem desejassem, guiando-se por princípios de governo que nos fazem desconfiar se se tratava mesmo de um único país. Com os crescentes desacordos entre os estados por não cumprirem os tratados estabelecidos pelo Congresso Continental, algumas figuras políticas daquele contexto, pensaram na formação de uma Convenção para discutir os rumos políticos da nação. A principal questão em debate era a transformação da Confederação em uma Federação, onde a discussão em torno de um contrato político estabeleceria os contornos de um Estado Nacional, e o governo central assumisse a direção de certas questões primordiais. Assim, foi feito um documento de normas gerais para o governo da nação, a ‘’Constituição americana’’. Como propõe o historiador Bernard Baylin, a cultura política que emergiu da Independência americana demonstrava extrema preocupação com a distribuição do poder, pois o objetivo da maior parte daqueles líderes era fundar um novo corpo político, purificado da tirania britânica, optaram assim, pela forma de governo republicana, e por uma constituição que preservasse as liberdades da nação diante da necessária existência de um governo central. A república era a formação política oposta à monarquia, e por isso mesmo surgia como alternativa à tradição inglesa, da qual os americanos esforçavam-se para se afastar. No período entre a Convenção e a aprovação, da Constituição, dois grupos se dividiram: os federalistas, que defendiam um governo central forte e a aprovação imediata da Constituição, e os antifederalistas, que temiam o governo centralizado e desejavam maior autonomia para os estados. Para os antifederalistas quanto maior fosse a república, maior seria a possibilidade de haver corrupção política, pelo fato de como os eleitores locais poderiam saber o que seus representantes estavam fazendo em uma capital federal distante. Essa desconfiança em relação ao excesso de centralização do Estado Nacional espelhava o receio de que os estados se enfraquecessem diante da União. Os federalistas, segundo Mary Junqueira, eram mais organizados e fortes politicamente, conseguindo assim limitar as emendas da Constituição e garantir a vitória de seus propósitos: o governo central definia as linhas gerais da política fiscal, das questões externas e controlava as Forças Armadas; assim, deveria prevalecer o equilíbrio entre os direitos dos estados e os do governo central. O presidente seria escolhido pelo voto censitário e indireto., o Legislativo seria composto pelo Senado e por uma Câmara dos Deputados. Já os antifederalistas, saíram perdedores em suas propostas, mas a forte pressão política exercida pelos opositores de um governo centralizado levou-os a incluírem a primeira emenda constitucional, garantindo assim a aprovação de um documento que se tornaria mais famoso que a própria Constituição: o Bill of Rights, a Declaração de Direitos, conhecidos como emendas à Constituição norte-americana, onde se estabeleciam emendas destinadas a proteger direitos civis, como a liberdade de expressão, de imprensa e de credo religioso, Garantiam também julgamentos rápidos por júris imparciais e preservavam o direito do povo de portar armas. 
A respeito da primeira geração de políticos e intelectuais que lideraram o projeto vitorioso de formação da nação, o projeto federalista, era um grupo onde predominava a ideia de que governar era tarefa para os homens mais competentes. O sistema de governo era representativo, mas a prática do voto censitário sinalizava que a participação política era privilégio de alguns, e não direito de muitos. 
Folha 02 aula 01
A democracia americana no período anterior à guerra foi elaborada pela União onde os estados ali incorporados adotavam o voto popular na elaboração de suas Constituições e estabeleciam que todo homem branco poderia votar, e privilegiava-se assim a política como tarefa dos homens mais cultos e dos proprietários. Em 1829, Andrew Jackson, assumiu a presidência dos EUA, pelo Partido Democrata, onde era amparado por um programa que defendia a igualdade política, civil e moral dos homens brancos. Segundo o historiador norte-americano A. Saxton, a era Jackson poderia ser definida como aquela em que o chamado homem comum, mesmo pobre, tinha diante de si a chance de tornar-se um advogado, um construtor ou um banqueiro, uma vez que a livre competição e a igualdade de oportunidades estariam supostamente abertas a todos, excetuando-se negros, índios ou mestiços, onde delineava-se assim, os contornos de uma ‘’República branca’’, idealmente igualitária, embora na prática excludente e ‘’racionalmente delimitada’’. Os democratas, tendiam a defender os interesses dos chamados homens comuns: voto popular, expansão territorial e terra barata na fronteira, assumindo assim o ideal de supremacia branca, julgando que os negros e os índios eram incapazes para integrar, de forma igualitária, a república norte-americana.
A ideologia da expansão territorial favorecia a opinião pública aos democratas naquele contexto, onde a fronteira em expansão era vista como lugar da terra livre e da oportunidade de ascensão para os homens brancos, em detrimento de índios, mestiços ou mexicanos que perdessem suas terras. Segundo o historiador norte-americano sobre o significado da fronteira na história americana, por ele entendida como fonte do desenvolvimento e da nacionalidade daquele país. Assim disseminou-se a noção de fronteira como terra livre e como território que moldava o caráter do norte-americano: um homem supostamente livre, dotado de extrema mobilidade, individualista e capaz de construir o destino com as próprias mãos. Nesse momento, as terras dos nativos eram consideradas livres, na medida em que seus habitantes originais eram desqualificados aos olhos dos norte-americanos. Andrew Jackson, aprovou o Indian Removal A lei de Remoção índigena), onde em menos de dez anos promoveu o violento deslocamento de 17 mil índios para a região de Oklahoma, numa jornada que se tornaria tragicamente célebre, chamada pelos índios cherokess de Trilha das Lágrimas.

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