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PlanoDeAula_106463 11

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Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
Relação Jurídica 
Objetivos 
·   Fornecer ao aluno o campo das relações sociais comuns e jurídicas; 
·   Discorrer sobre as diversas concepções acerca das trocas intersubjetivas;  
·   Introduzir o entendimento do conceito de relação jurídica e dos seus elementos constitutivos essenciais; 
·   Discorrer sobre as diversas espécies de relações jurídicas; 
·   Introduzir o entendimento da classificação de relação jurídica quanto ao sujeito, ao objeto, ao fato jurígeno e ao vínculo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Relação Jurídica 
1.1. Conceito e distinções; 
1.2. Elementos da relação jurídica (sujeitos, objeto e vínculo jurídico ou de atributividade). 
  
2. As Espécies de Relação Jurídica 
2.1. Relações jurídicas abstratas e concretas;  
2.2. Relações jurídicas simples e complexas;  
2.3. Relações jurídicas principais e acessórias;  
2.4. Relações jurídicas públicas e privadas;  
2.5. Relações jurídicas pessoais, obrigacionais, reais;  
2.6. Relações jurídicas absolutas e relativas; 
2.7. Relação jurídica de direito material e de direito processual. 
  
  
GOMES, Orlando, Evaldo Brito - atualizador.  Introdução ao Direito Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007 - ISBN 8530925823 
  
Nome do capítulo: A Pessoa Física 
N. de páginas do capítulo: 10 
  
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito.27. ed. 8ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 2009. 
  
Nome do capítulo: Capítulo XVII  Da Relação Jurídica  
N. de páginas do capítulo:  14  
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Segue abaixo um breve resumo sobre a exposição do conteúdo, como sugestão ao professor: 
  
Relação Jurídica 
A vida em sociedade cria uma multiplicidade de relações, reunindo os homens em diversas instituições, cada uma delas com finalidade específica: a religião, o comércio, 
sindicatos, associações, entidades esportivas, partidos políticos, clubes sociais etc.. Todas dispõem de estatutos, regulamentos, normas. Isso existe em todos os setores da 
vida em comum, e a essa convivência harmônica dos homens, nos diversos segmentos em que se divide e subdivide a sociedade, chama-se ordem social, que surge, 
naturalmente, em decorrência das relações humanas. 
São inúmeras e complexas as relações estabelecidas entre os indivíduos que integram a sociedade. E como se não bastasse que assim fosse, a cada dia, a cada momento, 
novas situações surgem, trazendo sempre a possibilidade de conflitos incomuns e, em consequência, ameaçando a harmonia, a paz, enfim, da coletividade. 
Cada um de nós está o tempo todo comunicando-se, relacionando-se, principalmente porque vivemos em sociedade, este é um fenômeno de interação, ou de inter-relação 
necessária, da qual não podemos escapar. 
São relações intersubjetivas e que se tornam sociais, e o conjunto dessas relações é que forma a sociedade. Estas relações sempre estão submetidas a algum tipo de 
norma, mas não necessariamente a jurídica. São ligadas à moral, às normas religiosas ou aos usos e costumes sociais (regra de etiqueta, ou trajes etc.). 
  
  
  
  
  
                 
  
  
   
1. Conceito   
Assinala José Tavares que  
toda a vida social é invadida e dominada pelo direito, nas suas mais humildes como nas suas mais solenes manifestações, sendo infinitas as relações que ele origina e 
disciplina, quer essas relações sejam apenas de homem para homem, quer sejam entre o indivíduo e os diferentes agregados sociais, como a família, o município, o 
Estado e as múltiplas agremiações ou instituições coletivas, quer de uti l idade particular, quer de uti l idade pública, ou ainda somente entre estes diferentes 
agrupamentos (TAVARES, José.Os Princípios Fundamentais do Direito Civil ,2. ed. Coimbra: Coimbra Editora Lim., 1929, 1º v., 1ª parte, p. 6). 
  
Daí a oportuna colocação de Giorgio Del Vecchio, de que a sociedade é, antes de mais nada, um complexo de relações (DEL VECCHIO, Giorgio.Lições de Filosofia do 
Direito, São Paulo: Saraiva,1948 . 2º v., p. 161). Imperioso observar, a esta altura, que, dentre a gama infinita de relações sociais, destaca-se uma espécie que interessa, 
diretamente, à preservação da ordem social, e que tutela um mínimo ético de conveniência, a bem da própria preservação da sociedade. 
  
Estamos nos referindo à relação jurídica, que pode ser conceituada, no plano objetivo, como toda relação social disciplinada pelo Direito e, no plano subjetivo, como o 
vínculo entre dois ou mais indivíduos dotado de obrigatoriedade. No dizer abalizado de Orlando Gomes, a relação jurídica pode ser encarada sob dois aspectos, assim: 
No primeiro, o vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito que obriga um deles, ou os dois, a ter certo comportamento, ou, simplesmente, o poder direto de uma pessoa sobre uma determinada coisa. 
No segundo, é o quadro no qual se reúnem todos os efeitos atribuídos por lei a esse vínculo ou a esse poder. Em outras palavras, é o conjunto dos efeitos jurídicos que nascem de sua constituição, 
consistentes em direitos e deveres - com estes, entretanto, não se confundindo.Mais adiante: 
... a relação jurídica tem como pressuposto um fato que adquire significação jurídica se a lei o tem como idôneo à produção de determinados efeitos, estatuídos ou 
tute lados .  Ass im  todo evento ,   já  um acontec imento  natura l ,   já  uma ação humana,  conver te -se   em  f a t o   j u r í d i c o ,   s e   em  cond i ç ões   de   exe r ce r   e s sa  
função" (GOMES,Orlando. Introdução ao Direito Civil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1983. pp. 81 e 85). 
  
Quando, numa relação jurídica, os direitos e deveres das partes são recíprocos, tal relação chama -se complexa; quando apenas uma das partes tem direito, e a outra 
obrigações, a relação chama-se simples. Por outro lado, se num dos polos da relação jurídica acha -se o Estado, dotado de seu poder de império, haverá relação jurídica de 
direito público, por exemplo, convocação para o serviço militar, eleições ou cobrança de impostos; todavia, se o Estado participa da relação despojado de seu poder de 
império, haverá relação jurídica de direito privado. 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas(1), nas   quais a relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato 
jurídico(2), cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos. 
  
Ex . Duas pessoas adquirem dois apartamentos distintos no mesmo edifício. Tais fatos criam uma relação entre elas, gerando a obrigação de dividir as despesas comuns, 
uma vez que são condôminos (art. 1315 do CC). 
  
Ex. João, desejando comprar um carro, chega a José, que lhe vende o automóvel. Tal fato obriga João apagar o preço e José à entrega do veículo (art. 481 e ss do CC). 
As relações jurídicas ligam pessoas, conferindo direitos e gerando obrigações para as partes envolvidas. 
  
Conteúdo da Relação Jurídica. 
 
É o poder conferido ao titular do Direito subjetivo. Os homens, ao estabelecerem uma relação jurídica, criam entre si direitos e obrigações. Tais direitos e obrigações 
compõem o conteúdo da relação jurídica. 
Ex. Em uma compra e venda, o conteúdo da relação jurídica é a obrigação da entrega  do objeto e o poder de exigir o preço, por um lado,  e o dever do pagamento do 
preço e direito de exigir a entrega da coisa, de outro. 
Ex. Em um contrato de locação, o conteúdo seriam os direitos e obrigações do locador (o poder de exigir o preço e o dever da entrega da coisa para o uso manso e pacífico 
do locatário) e do locatário (o poder de exigir a entrega da coisa para seu uso e fruição sem ser perturbado e o dever de pagar opreço), sintetizado na expressão "locação". 
  
Elementos da relação Jurídica. 
São os elementos necessários para que a relação jurídica tenha existência. 
Manuel de Andrade(3) classifica como: sujeitos, objeto, fato gerador e garantia; 
Paulo Nader(4) classifica como: Sujeitos, objeto e o vínculo de atributividade; 
Orlando Gomes(5) classifica como: Sujeitos, objeto e fato propulsor. 
Seguindo a corrente dominante, adotamos a corrente que alinha sujeitos, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
Sujeitos - São as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece (pode existir mais de um em cada polo). O direito subjetivo e o dever jurídico são 
um poder e um dever de certas pessoas que estão entre si em relação: sujeito ativo, o titular do direito; sujeito passivo, o titular do dever. 
  
Sujeitos da Relação Jurídica 
A maioria das relações jurídicas impõe direitos e deveres para ambas as partes (ex. compra e venda, locação) de maneira que, dependendo da ótica, qualquer das partes 
pode ser sujeito ativo ou passivo. 
Os sujeitos (ativo e passivo) são as partes envolvidas na relação jurídica. As pessoas não envolvidas são conhecidas como terceiros. 
Objeto- Objeto da relação jurídica é o próprio objeto do direito subjetivo, são as coisas ou utilidades sobre que incide o interesse legítimo do sujeito ativo a que se refere o 
dever do sujeito passivo. Pode ser uma coisa (um imóvel, um carro, etc..), como pode ser uma pessoa (um filho, uma criança) ou um certo bem imaterial (a liberdade, a 
honra, a integridade moral, etc..), podendo ainda constituir-se numa prestação. 
Fato jurígeno- É um fato a que a lei atribui um especial efeito (fato gerador ou fato jurídico). Os fatos jurígenos são os fatos que dão origem à constituição duma relação 
jurídica (fatos constitutivos), à modificação duma relação jurídica (fatos modificativos) ou à extinção de uma relação jurídica (fatos extintivos). 
Garantia - O nome dado a este elemento da relação jurídica revela o propósito primacial de análise das relações de direito privado. O direito caracteriza-se pela 
coercibilidade que acompanha os seus preceitos. À infração dos deveres que as normas jurídicas impõem, segue-se um procedimento sancionatório, a aplicação de sanções 
jurídicas. A sanção em matéria de direito privado não atua geralmente por iniciativa direta do Estado, mas por solicitação dos titulares dos correspondentes direitos 
subjetivos. 
E toma, sobretudo, a forma de uma reparação, da garantia de obter coativamente a realização do interesse reconhecido por lei, ou indenização equivalente. 
Vínculo - Ele surge com a ocorrência do Fato gerador, que funciona como iniciador da relação jurídica. Desta forma, a relação jurídica, colocada na lei abstratamente, 
materializa-se com a ocorrência do fato jurídico (fato gerador), ligando os sujeitos em torno de um objeto e respaldando (garantia) o direito subjetivo como uma garantia 
para a efetivação daquele dever jurídico descrito na Lei. 
Ex. Na batida entre dois veículos, o título legitimador é a lei, em razão do ato ilícito praticado (art. 186 e 927 NCC). 
  
Espécies de relação jurídica 
Relações Jurídicas Abstratas - São aquelas em que  não se individualizam os titulares dos direitos e obrigações. São as relações jurídicas tal como colocadas na lei.  
Obs: *Antes de o  fato ocorrer, é abstrato. É o que está na lei. Quando ocorre o fato, concretiza-se. 
Relações Jurídicas Concretas - Os sujeitos, aqui, são individualizados. 
Ex: A bateu no carro de B. Sua conduta amoldou-se à regra do art.186 CC, uma vez que causou prejuízo a outrem. Agora, está ele obrigado a reparar o dano a B. 
*A lei aplicada ao caso concreto. É o abstrato tornando-se concreto pela ocorrência de um fato. 
Relações Jurídicas Simples -  Quando os direitos são conferidos a uma das partes e somente deveres a outra parte.  
Ex: Testamento. Nele, o sujeito ativo é aquele que faz o testamento, e o passivo é o testamenteiro (aquele que vai abrir o testamento e dizer quem é o beneficiário, e pode 
ser herdeiro- depende do tipo de testamento). 
Relações Jurídicas complexas - São aquelas em que  os direitos e as obrigações recaem sobre ambos os sujeitos da relação. 
Ex: contrato de compra e venda. 
*Eu dou o objeto e recebo o dinheiro, o outro recebe o objeto e me dá o dinheiro. 
*O contrato de compra em venda é uma relação jurídica, mas não é possível  saber quem é a pessoa ativa e quem é a passiva, pois ambos possuem direitos e obrigações. 
Isso só poderá ser realmente definido quando existir algum problema no contrato, como alguém não cumprir uma cláusula. 
*Sujeito ativo, então, nesse caso, é quem entra com a ação. 
Relações Jurídicas Principais - Têm vida autônoma, não dependem de nenhuma outra relação jurídica para sobreviver. 
Relações Jurídicas Acessórias - Dependem de uma outra relação jurídica, não têm autonomia. 
Ex.: O contrato de sublocação gera uma relação jurídica acessória à da locação, que é a principal. Efeito disto é que, uma vez rescindido o contrato de locação, rescindido 
estará automaticamente o de sublocação, uma vez que a relação acessória sempre seguirá a principal, pois a relação acessória não tem vida autônoma. 
*As relações jurídicas podem ter uma ou mais classificações, não necessariamente terá de ser uma única. Pode, por exemplo, ser concreta, complexa e principal. 
  
Relações Jurídicas Públicas - Nas quais o estado sempre atua em posição de superioridade. 
Ex: os contratos administrativos nos quais  o Estado goza de certos privilégios frente ao particular. 
*Em uma concessão do tipo prefeitura c/particular, o Estado tem privilégios. Como, por exemplo, poder rescindir o contrato sem nenhuma pena. O interesse público supera o 
particular. 
*Ex: Empresa de ônibus. 
*Em caso de ações, o Estado tem prazos maiores. 
*Jus imperium- direito de império. 
Relações Jurídicas Privadas - As partes se encontram em posição de igualdade. 
*Só entre particulares. Ex: Compra e venda. 
Relações Jurídicas Pessoais - Vinculam o titular do direito a um número determinado de pessoas. 
Relações Jurídicas Obrigacionais- Vinculam pessoas determinadas, sabendo-se quem são os sujeitos da relação(6). 
  
A relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais: 
a)    Subjetivo ou pessoal: -sujeito ativo (credor) -sujeito passivo (devedor); 
b)   Objetivo ou material: a prestação;  
c)   Ideal, imaterial ou espiritual: o vínculo jurídico. 
  
Relações Jurídicas Reais - Vinculam o titular do direito a um número indeterminado de pessoas. Uma parte da relação é determinada e a outra indeterminada. 
  
Titular do Direito Real ------------relação jurídica real------------ Bem/Coisa 
*direitos reais- ligados a bens materiais. 
Relação Jurídica Absoluta " São aquelas que vinculam aos seus efeitos todas e quaisquer pessoas e não apenas as pessoas diretamente envolvidas (operam erga omnes). 
Ex: direitos personalíssimos e direitos reais (uso, habitação, propriedade). 
*Direitos personalíssimos- honra, liberdade. Ex: se eu mudo meu nome, vale para todos; todos terão que aceitar meu novo nome, não apenas eu. 
Relações Jurídicas Relativas- quando dizem respeito e vinculam aos seus efeitos apenas as pessoas diretamente envolvidas. As pessoas estranhas à relação não são 
abrangidas. São também chamadas relações pessoais e obrigacionais ( inter partes). 
Ex: Direito de família, relações contratuais, relações sucessórias. 
*Direito de família, sucessão- pessoal. Obrigacional seria a contratual. 
*Pode ser só uma relação ou até as duas. Ex: Em uma separação, posso ter relação pessoal ou obrigacional com relação aos alimentos. Posso pedir ou não, mas, se pedir, 
passo a ser obrigado a dar. 
2.1- Relações Jurídicas de Direito Material 
Relações Jurídicas Civis -Estabelecem-se entre pessoas consideradas em pé de igualdade. São as relativas à pessoa em si mesma ou no seio da família, bem como as 
decorrentesda sucessão ?mortis causa? (casamento, nascimento, óbito, inventário, adoção etc.), além daquelas estabelecidas entre particulares de caráter patrimonial 
(contratos, propriedade etc.) art. 1533 NCC- Casamento, Contrato 481 NCC. 
 Relação Jurídica Penal - É aquela que  o Estado (titular do direito de punir) trava contra o autor de uma conduta definida como crime na Lei. 
Relação Jurídica Processual - Havida entre o Estado e as partes envolvidas no processo, na qual são exigidos comportamentos atinentes ao bom andamento do processo, 
visando a uma decisão sobre um direito material questionado. 
Relação Jurídica Tributária - Estabelece-se entre o estado e o particular, com a finalidade de criar e cobrar tributos, visando prover recursos que se voltarão para benefício 
de toda sociedade. 
  
1.   É um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos, é uma regra, uma conduta social, a qual regula as atividades dos sujeitos em suas relações sociais 
2.   Acontecimentos através dos quais as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se 
3.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
4.   NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito . 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. 
5.   GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil .17. ed. Rio de Janeiro:Forense, 1999. 
6.   Casamento e alimentos - relação pessoal; não podendo ser entendida como obrigacional, pois os deveres estão delimitados na Lei. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
Tema: Relação jurídica. Elementos da relação jurídica: sujeito, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
João da Silva alugou imóvel de propriedade de Antônio das Neves, pelo prazo de 30 meses, sendo ajustado na cláusula quarta do contrato de locação que: “Em caso de mora do 
LOCATÁRIO, o pagamento de aluguel ou encargos convencionados, a importância devida ficará sujeita à correção calculada de acordo com os índices que estiverem em vigor, e 
acrescida da multa de 10% (dez por cento). ”  
  
a) Identifique, no caso, a partir dos dados que foram conferidos, quais os elementos integrantes da relação jurídica. 
  
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->O que é direito subjetivo propriamente dito? Qual é o direito subjetivo do locatário ? E o direito subjetivo do locador? 
  
  
Questões objetivas: Marque (V) verdadeiro ou (F) falso 
a)  (    ) Toda relação social é uma relação jurídica. 
b)  (   ) Instituto jurídico é o complexo das normas que contém a disciplina jurídica de uma dada relação jurídica. 
<!--[if !supportLists]-->a)    <!--[endif]-->(    ) No direito de propriedade, podemos afirmar que existe uma relação jurídica entre o homem e a coisa. 
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->(    ) Os animais não são sujeitos de direitos. 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
RELIGIOSA 
MORAL 
SOCIEDADE 
RELAÇÃO JURÍDICA 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas; a relação jurídica é um vínculo que
une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude
relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos
jurídicos. 
  
SOCIAL 
RELAÇÕES 
PROFISSIONAL 
SENTIMENTAL 
Sujeito Ativo - Titular do Direito; 
Sujeito Passivo - responsável pelo cumprimento da obrigação. 
Estácio de Sá Página 1 / 4
Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
Relação Jurídica 
Objetivos 
·   Fornecer ao aluno o campo das relações sociais comuns e jurídicas; 
·   Discorrer sobre as diversas concepções acerca das trocas intersubjetivas;  
·   Introduzir o entendimento do conceito de relação jurídica e dos seus elementos constitutivos essenciais; 
·   Discorrer sobre as diversas espécies de relações jurídicas; 
·   Introduzir o entendimento da classificação de relação jurídica quanto ao sujeito, ao objeto, ao fato jurígeno e ao vínculo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Relação Jurídica 
1.1. Conceito e distinções; 
1.2. Elementos da relação jurídica (sujeitos, objeto e vínculo jurídico ou de atributividade). 
  
2. As Espécies de Relação Jurídica 
2.1. Relações jurídicas abstratas e concretas;  
2.2. Relações jurídicas simples e complexas;  
2.3. Relações jurídicas principais e acessórias;  
2.4. Relações jurídicas públicas e privadas;  
2.5. Relações jurídicas pessoais, obrigacionais, reais;  
2.6. Relações jurídicas absolutas e relativas; 
2.7. Relação jurídica de direito material e de direito processual. 
  
  
GOMES, Orlando, Evaldo Brito - atualizador.  Introdução ao Direito Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007 - ISBN 8530925823 
  
Nome do capítulo: A Pessoa Física 
N. de páginas do capítulo: 10 
  
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito.27. ed. 8ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 2009. 
  
Nome do capítulo: Capítulo XVII  Da Relação Jurídica  
N. de páginas do capítulo:  14  
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Segue abaixo um breve resumo sobre a exposição do conteúdo, como sugestão ao professor: 
  
Relação Jurídica 
A vida em sociedade cria uma multiplicidade de relações, reunindo os homens em diversas instituições, cada uma delas com finalidade específica: a religião, o comércio, 
sindicatos, associações, entidades esportivas, partidos políticos, clubes sociais etc.. Todas dispõem de estatutos, regulamentos, normas. Isso existe em todos os setores da 
vida em comum, e a essa convivência harmônica dos homens, nos diversos segmentos em que se divide e subdivide a sociedade, chama-se ordem social, que surge, 
naturalmente, em decorrência das relações humanas. 
São inúmeras e complexas as relações estabelecidas entre os indivíduos que integram a sociedade. E como se não bastasse que assim fosse, a cada dia, a cada momento, 
novas situações surgem, trazendo sempre a possibilidade de conflitos incomuns e, em consequência, ameaçando a harmonia, a paz, enfim, da coletividade. 
Cada um de nós está o tempo todo comunicando-se, relacionando-se, principalmente porque vivemos em sociedade, este é um fenômeno de interação, ou de inter-relação 
necessária, da qual não podemos escapar. 
São relações intersubjetivas e que se tornam sociais, e o conjunto dessas relações é que forma a sociedade. Estas relações sempre estão submetidas a algum tipo de 
norma, mas não necessariamente a jurídica. São ligadas à moral, às normas religiosas ou aos usos e costumes sociais (regra de etiqueta, ou trajes etc.). 
  
  
  
  
  
                 
  
  
   
1. Conceito   
Assinala José Tavares que  
toda a vida social é invadida e dominada pelo direito, nas suas mais humildes como nas suas mais solenes manifestações, sendo infinitas as relações que ele origina e 
disciplina, quer essas relações sejam apenas de homem para homem, quer sejam entre o indivíduo e os diferentes agregados sociais, como a família, o município, o 
Estado e as múltiplas agremiações ou instituições coletivas, quer de uti l idade particular, quer de uti l idade pública, ou ainda somente entre estes diferentes 
agrupamentos (TAVARES, José.Os Princípios Fundamentais do Direito Civil ,2. ed. Coimbra: Coimbra Editora Lim., 1929, 1º v., 1ª parte, p. 6). 
  
Daí a oportuna colocação de Giorgio Del Vecchio, de que a sociedadeé, antes de mais nada, um complexo de relações (DEL VECCHIO, Giorgio.Lições de Filosofia do 
Direito, São Paulo: Saraiva,1948 . 2º v., p. 161). Imperioso observar, a esta altura, que, dentre a gama infinita de relações sociais, destaca-se uma espécie que interessa, 
diretamente, à preservação da ordem social, e que tutela um mínimo ético de conveniência, a bem da própria preservação da sociedade. 
  
Estamos nos referindo à relação jurídica, que pode ser conceituada, no plano objetivo, como toda relação social disciplinada pelo Direito e, no plano subjetivo, como o 
vínculo entre dois ou mais indivíduos dotado de obrigatoriedade. No dizer abalizado de Orlando Gomes, a relação jurídica pode ser encarada sob dois aspectos, assim: 
No primeiro, o vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito que obriga um deles, ou os dois, a ter certo comportamento, ou, simplesmente, o poder direto de uma pessoa sobre uma determinada coisa. 
No segundo, é o quadro no qual se reúnem todos os efeitos atribuídos por lei a esse vínculo ou a esse poder. Em outras palavras, é o conjunto dos efeitos jurídicos que nascem de sua constituição, 
consistentes em direitos e deveres - com estes, entretanto, não se confundindo.Mais adiante: 
... a relação jurídica tem como pressuposto um fato que adquire significação jurídica se a lei o tem como idôneo à produção de determinados efeitos, estatuídos ou 
tute lados .  Ass im  todo evento ,   já  um acontec imento  natura l ,   já  uma ação humana,  conver te -se   em  f a t o   j u r í d i c o ,   s e   em  cond i ç ões   de   exe r ce r   e s sa  
função" (GOMES,Orlando. Introdução ao Direito Civil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1983. pp. 81 e 85). 
  
Quando, numa relação jurídica, os direitos e deveres das partes são recíprocos, tal relação chama -se complexa; quando apenas uma das partes tem direito, e a outra 
obrigações, a relação chama-se simples. Por outro lado, se num dos polos da relação jurídica acha -se o Estado, dotado de seu poder de império, haverá relação jurídica de 
direito público, por exemplo, convocação para o serviço militar, eleições ou cobrança de impostos; todavia, se o Estado participa da relação despojado de seu poder de 
império, haverá relação jurídica de direito privado. 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas(1), nas   quais a relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato 
jurídico(2), cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos. 
  
Ex . Duas pessoas adquirem dois apartamentos distintos no mesmo edifício. Tais fatos criam uma relação entre elas, gerando a obrigação de dividir as despesas comuns, 
uma vez que são condôminos (art. 1315 do CC). 
  
Ex. João, desejando comprar um carro, chega a José, que lhe vende o automóvel. Tal fato obriga João apagar o preço e José à entrega do veículo (art. 481 e ss do CC). 
As relações jurídicas ligam pessoas, conferindo direitos e gerando obrigações para as partes envolvidas. 
  
Conteúdo da Relação Jurídica. 
 
É o poder conferido ao titular do Direito subjetivo. Os homens, ao estabelecerem uma relação jurídica, criam entre si direitos e obrigações. Tais direitos e obrigações 
compõem o conteúdo da relação jurídica. 
Ex. Em uma compra e venda, o conteúdo da relação jurídica é a obrigação da entrega  do objeto e o poder de exigir o preço, por um lado,  e o dever do pagamento do 
preço e direito de exigir a entrega da coisa, de outro. 
Ex. Em um contrato de locação, o conteúdo seriam os direitos e obrigações do locador (o poder de exigir o preço e o dever da entrega da coisa para o uso manso e pacífico 
do locatário) e do locatário (o poder de exigir a entrega da coisa para seu uso e fruição sem ser perturbado e o dever de pagar o preço), sintetizado na expressão "locação". 
  
Elementos da relação Jurídica. 
São os elementos necessários para que a relação jurídica tenha existência. 
Manuel de Andrade(3) classifica como: sujeitos, objeto, fato gerador e garantia; 
Paulo Nader(4) classifica como: Sujeitos, objeto e o vínculo de atributividade; 
Orlando Gomes(5) classifica como: Sujeitos, objeto e fato propulsor. 
Seguindo a corrente dominante, adotamos a corrente que alinha sujeitos, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
Sujeitos - São as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece (pode existir mais de um em cada polo). O direito subjetivo e o dever jurídico são 
um poder e um dever de certas pessoas que estão entre si em relação: sujeito ativo, o titular do direito; sujeito passivo, o titular do dever. 
  
Sujeitos da Relação Jurídica 
A maioria das relações jurídicas impõe direitos e deveres para ambas as partes (ex. compra e venda, locação) de maneira que, dependendo da ótica, qualquer das partes 
pode ser sujeito ativo ou passivo. 
Os sujeitos (ativo e passivo) são as partes envolvidas na relação jurídica. As pessoas não envolvidas são conhecidas como terceiros. 
Objeto- Objeto da relação jurídica é o próprio objeto do direito subjetivo, são as coisas ou utilidades sobre que incide o interesse legítimo do sujeito ativo a que se refere o 
dever do sujeito passivo. Pode ser uma coisa (um imóvel, um carro, etc..), como pode ser uma pessoa (um filho, uma criança) ou um certo bem imaterial (a liberdade, a 
honra, a integridade moral, etc..), podendo ainda constituir-se numa prestação. 
Fato jurígeno- É um fato a que a lei atribui um especial efeito (fato gerador ou fato jurídico). Os fatos jurígenos são os fatos que dão origem à constituição duma relação 
jurídica (fatos constitutivos), à modificação duma relação jurídica (fatos modificativos) ou à extinção de uma relação jurídica (fatos extintivos). 
Garantia - O nome dado a este elemento da relação jurídica revela o propósito primacial de análise das relações de direito privado. O direito caracteriza-se pela 
coercibilidade que acompanha os seus preceitos. À infração dos deveres que as normas jurídicas impõem, segue-se um procedimento sancionatório, a aplicação de sanções 
jurídicas. A sanção em matéria de direito privado não atua geralmente por iniciativa direta do Estado, mas por solicitação dos titulares dos correspondentes direitos 
subjetivos. 
E toma, sobretudo, a forma de uma reparação, da garantia de obter coativamente a realização do interesse reconhecido por lei, ou indenização equivalente. 
Vínculo - Ele surge com a ocorrência do Fato gerador, que funciona como iniciador da relação jurídica. Desta forma, a relação jurídica, colocada na lei abstratamente, 
materializa-se com a ocorrência do fato jurídico (fato gerador), ligando os sujeitos em torno de um objeto e respaldando (garantia) o direito subjetivo como uma garantia 
para a efetivação daquele dever jurídico descrito na Lei. 
Ex. Na batida entre dois veículos, o título legitimador é a lei, em razão do ato ilícito praticado (art. 186 e 927 NCC). 
  
Espécies de relação jurídica 
Relações Jurídicas Abstratas - São aquelas em que  não se individualizam os titulares dos direitos e obrigações. São as relações jurídicas tal como colocadas na lei.  
Obs: *Antes de o  fato ocorrer, é abstrato. É o que está na lei. Quando ocorre o fato, concretiza-se. 
Relações Jurídicas Concretas - Os sujeitos, aqui, são individualizados. 
Ex: A bateu no carro de B. Sua conduta amoldou-se à regra do art.186 CC, uma vez que causou prejuízo a outrem. Agora, está ele obrigado a reparar o dano a B. 
*A lei aplicada ao caso concreto. É o abstrato tornando-se concreto pela ocorrência de um fato. 
Relações Jurídicas Simples -  Quando os direitos são conferidos a uma das partes e somente deveres a outra parte.  
Ex: Testamento. Nele, o sujeito ativo é aquele que faz o testamento, e o passivo é o testamenteiro (aquele que vai abrir o testamento e dizer quem é o beneficiário, e pode 
ser herdeiro- depende do tipo de testamento). 
Relações Jurídicas complexas -São aquelas em que  os direitos e as obrigações recaem sobre ambos os sujeitos da relação. 
Ex: contrato de compra e venda. 
*Eu dou o objeto e recebo o dinheiro, o outro recebe o objeto e me dá o dinheiro. 
*O contrato de compra em venda é uma relação jurídica, mas não é possível  saber quem é a pessoa ativa e quem é a passiva, pois ambos possuem direitos e obrigações. 
Isso só poderá ser realmente definido quando existir algum problema no contrato, como alguém não cumprir uma cláusula. 
*Sujeito ativo, então, nesse caso, é quem entra com a ação. 
Relações Jurídicas Principais - Têm vida autônoma, não dependem de nenhuma outra relação jurídica para sobreviver. 
Relações Jurídicas Acessórias - Dependem de uma outra relação jurídica, não têm autonomia. 
Ex.: O contrato de sublocação gera uma relação jurídica acessória à da locação, que é a principal. Efeito disto é que, uma vez rescindido o contrato de locação, rescindido 
estará automaticamente o de sublocação, uma vez que a relação acessória sempre seguirá a principal, pois a relação acessória não tem vida autônoma. 
*As relações jurídicas podem ter uma ou mais classificações, não necessariamente terá de ser uma única. Pode, por exemplo, ser concreta, complexa e principal. 
  
Relações Jurídicas Públicas - Nas quais o estado sempre atua em posição de superioridade. 
Ex: os contratos administrativos nos quais  o Estado goza de certos privilégios frente ao particular. 
*Em uma concessão do tipo prefeitura c/particular, o Estado tem privilégios. Como, por exemplo, poder rescindir o contrato sem nenhuma pena. O interesse público supera o 
particular. 
*Ex: Empresa de ônibus. 
*Em caso de ações, o Estado tem prazos maiores. 
*Jus imperium- direito de império. 
Relações Jurídicas Privadas - As partes se encontram em posição de igualdade. 
*Só entre particulares. Ex: Compra e venda. 
Relações Jurídicas Pessoais - Vinculam o titular do direito a um número determinado de pessoas. 
Relações Jurídicas Obrigacionais- Vinculam pessoas determinadas, sabendo-se quem são os sujeitos da relação(6). 
  
A relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais: 
a)    Subjetivo ou pessoal: -sujeito ativo (credor) -sujeito passivo (devedor); 
b)   Objetivo ou material: a prestação;  
c)   Ideal, imaterial ou espiritual: o vínculo jurídico. 
  
Relações Jurídicas Reais - Vinculam o titular do direito a um número indeterminado de pessoas. Uma parte da relação é determinada e a outra indeterminada. 
  
Titular do Direito Real ------------relação jurídica real------------ Bem/Coisa 
*direitos reais- ligados a bens materiais. 
Relação Jurídica Absoluta " São aquelas que vinculam aos seus efeitos todas e quaisquer pessoas e não apenas as pessoas diretamente envolvidas (operam erga omnes). 
Ex: direitos personalíssimos e direitos reais (uso, habitação, propriedade). 
*Direitos personalíssimos- honra, liberdade. Ex: se eu mudo meu nome, vale para todos; todos terão que aceitar meu novo nome, não apenas eu. 
Relações Jurídicas Relativas- quando dizem respeito e vinculam aos seus efeitos apenas as pessoas diretamente envolvidas. As pessoas estranhas à relação não são 
abrangidas. São também chamadas relações pessoais e obrigacionais ( inter partes). 
Ex: Direito de família, relações contratuais, relações sucessórias. 
*Direito de família, sucessão- pessoal. Obrigacional seria a contratual. 
*Pode ser só uma relação ou até as duas. Ex: Em uma separação, posso ter relação pessoal ou obrigacional com relação aos alimentos. Posso pedir ou não, mas, se pedir, 
passo a ser obrigado a dar. 
2.1- Relações Jurídicas de Direito Material 
Relações Jurídicas Civis -Estabelecem-se entre pessoas consideradas em pé de igualdade. São as relativas à pessoa em si mesma ou no seio da família, bem como as 
decorrentes da sucessão ?mortis causa? (casamento, nascimento, óbito, inventário, adoção etc.), além daquelas estabelecidas entre particulares de caráter patrimonial 
(contratos, propriedade etc.) art. 1533 NCC- Casamento, Contrato 481 NCC. 
 Relação Jurídica Penal - É aquela que  o Estado (titular do direito de punir) trava contra o autor de uma conduta definida como crime na Lei. 
Relação Jurídica Processual - Havida entre o Estado e as partes envolvidas no processo, na qual são exigidos comportamentos atinentes ao bom andamento do processo, 
visando a uma decisão sobre um direito material questionado. 
Relação Jurídica Tributária - Estabelece-se entre o estado e o particular, com a finalidade de criar e cobrar tributos, visando prover recursos que se voltarão para benefício 
de toda sociedade. 
  
1.   É um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos, é uma regra, uma conduta social, a qual regula as atividades dos sujeitos em suas relações sociais 
2.   Acontecimentos através dos quais as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se 
3.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
4.   NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito . 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. 
5.   GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil .17. ed. Rio de Janeiro:Forense, 1999. 
6.   Casamento e alimentos - relação pessoal; não podendo ser entendida como obrigacional, pois os deveres estão delimitados na Lei. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
Tema: Relação jurídica. Elementos da relação jurídica: sujeito, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
João da Silva alugou imóvel de propriedade de Antônio das Neves, pelo prazo de 30 meses, sendo ajustado na cláusula quarta do contrato de locação que: “Em caso de mora do 
LOCATÁRIO, o pagamento de aluguel ou encargos convencionados, a importância devida ficará sujeita à correção calculada de acordo com os índices que estiverem em vigor, e 
acrescida da multa de 10% (dez por cento). ”  
  
a) Identifique, no caso, a partir dos dados que foram conferidos, quais os elementos integrantes da relação jurídica. 
  
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->O que é direito subjetivo propriamente dito? Qual é o direito subjetivo do locatário ? E o direito subjetivo do locador? 
  
  
Questões objetivas: Marque (V) verdadeiro ou (F) falso 
a)  (    ) Toda relação social é uma relação jurídica. 
b)  (   ) Instituto jurídico é o complexo das normas que contém a disciplina jurídica de uma dada relação jurídica. 
<!--[if !supportLists]-->a)    <!--[endif]-->(    ) No direito de propriedade, podemos afirmar que existe uma relação jurídica entre o homem e a coisa. 
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->(    ) Os animais não são sujeitos de direitos. 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
RELIGIOSA 
MORAL 
SOCIEDADE 
RELAÇÃO JURÍDICA 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas; a relação jurídica é um vínculo que
une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude
relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos
jurídicos. 
  
SOCIAL 
RELAÇÕES 
PROFISSIONAL 
SENTIMENTAL 
Sujeito Ativo - Titular do Direito; 
Sujeito Passivo - responsável pelo cumprimento da obrigação. 
Estácio de Sá Página 2 / 4
Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
Relação Jurídica 
Objetivos 
·   Fornecer ao aluno o campo das relações sociais comuns e jurídicas; 
·   Discorrer sobre as diversas concepções acerca das trocas intersubjetivas;·   Introduzir o entendimento do conceito de relação jurídica e dos seus elementos constitutivos essenciais; 
·   Discorrer sobre as diversas espécies de relações jurídicas; 
·   Introduzir o entendimento da classificação de relação jurídica quanto ao sujeito, ao objeto, ao fato jurígeno e ao vínculo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Relação Jurídica 
1.1. Conceito e distinções; 
1.2. Elementos da relação jurídica (sujeitos, objeto e vínculo jurídico ou de atributividade). 
  
2. As Espécies de Relação Jurídica 
2.1. Relações jurídicas abstratas e concretas;  
2.2. Relações jurídicas simples e complexas;  
2.3. Relações jurídicas principais e acessórias;  
2.4. Relações jurídicas públicas e privadas;  
2.5. Relações jurídicas pessoais, obrigacionais, reais;  
2.6. Relações jurídicas absolutas e relativas; 
2.7. Relação jurídica de direito material e de direito processual. 
  
  
GOMES, Orlando, Evaldo Brito - atualizador.  Introdução ao Direito Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007 - ISBN 8530925823 
  
Nome do capítulo: A Pessoa Física 
N. de páginas do capítulo: 10 
  
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito.27. ed. 8ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 2009. 
  
Nome do capítulo: Capítulo XVII  Da Relação Jurídica  
N. de páginas do capítulo:  14  
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Segue abaixo um breve resumo sobre a exposição do conteúdo, como sugestão ao professor: 
  
Relação Jurídica 
A vida em sociedade cria uma multiplicidade de relações, reunindo os homens em diversas instituições, cada uma delas com finalidade específica: a religião, o comércio, 
sindicatos, associações, entidades esportivas, partidos políticos, clubes sociais etc.. Todas dispõem de estatutos, regulamentos, normas. Isso existe em todos os setores da 
vida em comum, e a essa convivência harmônica dos homens, nos diversos segmentos em que se divide e subdivide a sociedade, chama-se ordem social, que surge, 
naturalmente, em decorrência das relações humanas. 
São inúmeras e complexas as relações estabelecidas entre os indivíduos que integram a sociedade. E como se não bastasse que assim fosse, a cada dia, a cada momento, 
novas situações surgem, trazendo sempre a possibilidade de conflitos incomuns e, em consequência, ameaçando a harmonia, a paz, enfim, da coletividade. 
Cada um de nós está o tempo todo comunicando-se, relacionando-se, principalmente porque vivemos em sociedade, este é um fenômeno de interação, ou de inter-relação 
necessária, da qual não podemos escapar. 
São relações intersubjetivas e que se tornam sociais, e o conjunto dessas relações é que forma a sociedade. Estas relações sempre estão submetidas a algum tipo de 
norma, mas não necessariamente a jurídica. São ligadas à moral, às normas religiosas ou aos usos e costumes sociais (regra de etiqueta, ou trajes etc.). 
  
  
  
  
  
                 
  
  
   
1. Conceito   
Assinala José Tavares que  
toda a vida social é invadida e dominada pelo direito, nas suas mais humildes como nas suas mais solenes manifestações, sendo infinitas as relações que ele origina e 
disciplina, quer essas relações sejam apenas de homem para homem, quer sejam entre o indivíduo e os diferentes agregados sociais, como a família, o município, o 
Estado e as múltiplas agremiações ou instituições coletivas, quer de uti l idade particular, quer de uti l idade pública, ou ainda somente entre estes diferentes 
agrupamentos (TAVARES, José.Os Princípios Fundamentais do Direito Civil ,2. ed. Coimbra: Coimbra Editora Lim., 1929, 1º v., 1ª parte, p. 6). 
  
Daí a oportuna colocação de Giorgio Del Vecchio, de que a sociedade é, antes de mais nada, um complexo de relações (DEL VECCHIO, Giorgio.Lições de Filosofia do 
Direito, São Paulo: Saraiva,1948 . 2º v., p. 161). Imperioso observar, a esta altura, que, dentre a gama infinita de relações sociais, destaca-se uma espécie que interessa, 
diretamente, à preservação da ordem social, e que tutela um mínimo ético de conveniência, a bem da própria preservação da sociedade. 
  
Estamos nos referindo à relação jurídica, que pode ser conceituada, no plano objetivo, como toda relação social disciplinada pelo Direito e, no plano subjetivo, como o 
vínculo entre dois ou mais indivíduos dotado de obrigatoriedade. No dizer abalizado de Orlando Gomes, a relação jurídica pode ser encarada sob dois aspectos, assim: 
No primeiro, o vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito que obriga um deles, ou os dois, a ter certo comportamento, ou, simplesmente, o poder direto de uma pessoa sobre uma determinada coisa. 
No segundo, é o quadro no qual se reúnem todos os efeitos atribuídos por lei a esse vínculo ou a esse poder. Em outras palavras, é o conjunto dos efeitos jurídicos que nascem de sua constituição, 
consistentes em direitos e deveres - com estes, entretanto, não se confundindo.Mais adiante: 
... a relação jurídica tem como pressuposto um fato que adquire significação jurídica se a lei o tem como idôneo à produção de determinados efeitos, estatuídos ou 
tute lados .  Ass im  todo evento ,   já  um acontec imento  natura l ,   já  uma ação humana,  conver te -se   em  f a t o   j u r í d i c o ,   s e   em  cond i ç ões   de   exe r ce r   e s sa  
função" (GOMES,Orlando. Introdução ao Direito Civil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1983. pp. 81 e 85). 
  
Quando, numa relação jurídica, os direitos e deveres das partes são recíprocos, tal relação chama -se complexa; quando apenas uma das partes tem direito, e a outra 
obrigações, a relação chama-se simples. Por outro lado, se num dos polos da relação jurídica acha -se o Estado, dotado de seu poder de império, haverá relação jurídica de 
direito público, por exemplo, convocação para o serviço militar, eleições ou cobrança de impostos; todavia, se o Estado participa da relação despojado de seu poder de 
império, haverá relação jurídica de direito privado. 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas(1), nas   quais a relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato 
jurídico(2), cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos. 
  
Ex . Duas pessoas adquirem dois apartamentos distintos no mesmo edifício. Tais fatos criam uma relação entre elas, gerando a obrigação de dividir as despesas comuns, 
uma vez que são condôminos (art. 1315 do CC). 
  
Ex. João, desejando comprar um carro, chega a José, que lhe vende o automóvel. Tal fato obriga João apagar o preço e José à entrega do veículo (art. 481 e ss do CC). 
As relações jurídicas ligam pessoas, conferindo direitos e gerando obrigações para as partes envolvidas. 
  
Conteúdo da Relação Jurídica. 
 
É o poder conferido ao titular do Direito subjetivo. Os homens, ao estabelecerem uma relação jurídica, criam entre si direitos e obrigações. Tais direitos e obrigações 
compõem o conteúdo da relação jurídica. 
Ex. Em uma compra e venda, o conteúdo da relação jurídica é a obrigação da entrega  do objeto e o poder de exigir o preço, por um lado,  e o dever do pagamento do 
preço e direito de exigir a entrega da coisa, de outro. 
Ex. Em um contrato de locação, o conteúdo seriam os direitos e obrigações do locador (o poder de exigir o preço e o dever da entrega da coisa para o uso manso e pacífico 
do locatário) e do locatário (o poder de exigir a entrega da coisa para seu uso e fruição sem ser perturbado e o dever de pagar o preço), sintetizado na expressão "locação". 
  
Elementos da relação Jurídica. 
São os elementos necessários para que a relação jurídica tenha existência. 
Manuel de Andrade(3) classifica como: sujeitos, objeto, fato gerador e garantia; 
Paulo Nader(4) classifica como: Sujeitos, objeto e o vínculo de atributividade;Orlando Gomes(5) classifica como: Sujeitos, objeto e fato propulsor. 
Seguindo a corrente dominante, adotamos a corrente que alinha sujeitos, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
Sujeitos - São as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece (pode existir mais de um em cada polo). O direito subjetivo e o dever jurídico são 
um poder e um dever de certas pessoas que estão entre si em relação: sujeito ativo, o titular do direito; sujeito passivo, o titular do dever. 
  
Sujeitos da Relação Jurídica 
A maioria das relações jurídicas impõe direitos e deveres para ambas as partes (ex. compra e venda, locação) de maneira que, dependendo da ótica, qualquer das partes 
pode ser sujeito ativo ou passivo. 
Os sujeitos (ativo e passivo) são as partes envolvidas na relação jurídica. As pessoas não envolvidas são conhecidas como terceiros. 
Objeto- Objeto da relação jurídica é o próprio objeto do direito subjetivo, são as coisas ou utilidades sobre que incide o interesse legítimo do sujeito ativo a que se refere o 
dever do sujeito passivo. Pode ser uma coisa (um imóvel, um carro, etc..), como pode ser uma pessoa (um filho, uma criança) ou um certo bem imaterial (a liberdade, a 
honra, a integridade moral, etc..), podendo ainda constituir-se numa prestação. 
Fato jurígeno- É um fato a que a lei atribui um especial efeito (fato gerador ou fato jurídico). Os fatos jurígenos são os fatos que dão origem à constituição duma relação 
jurídica (fatos constitutivos), à modificação duma relação jurídica (fatos modificativos) ou à extinção de uma relação jurídica (fatos extintivos). 
Garantia - O nome dado a este elemento da relação jurídica revela o propósito primacial de análise das relações de direito privado. O direito caracteriza-se pela 
coercibilidade que acompanha os seus preceitos. À infração dos deveres que as normas jurídicas impõem, segue-se um procedimento sancionatório, a aplicação de sanções 
jurídicas. A sanção em matéria de direito privado não atua geralmente por iniciativa direta do Estado, mas por solicitação dos titulares dos correspondentes direitos 
subjetivos. 
E toma, sobretudo, a forma de uma reparação, da garantia de obter coativamente a realização do interesse reconhecido por lei, ou indenização equivalente. 
Vínculo - Ele surge com a ocorrência do Fato gerador, que funciona como iniciador da relação jurídica. Desta forma, a relação jurídica, colocada na lei abstratamente, 
materializa-se com a ocorrência do fato jurídico (fato gerador), ligando os sujeitos em torno de um objeto e respaldando (garantia) o direito subjetivo como uma garantia 
para a efetivação daquele dever jurídico descrito na Lei. 
Ex. Na batida entre dois veículos, o título legitimador é a lei, em razão do ato ilícito praticado (art. 186 e 927 NCC). 
  
Espécies de relação jurídica 
Relações Jurídicas Abstratas - São aquelas em que  não se individualizam os titulares dos direitos e obrigações. São as relações jurídicas tal como colocadas na lei.  
Obs: *Antes de o  fato ocorrer, é abstrato. É o que está na lei. Quando ocorre o fato, concretiza-se. 
Relações Jurídicas Concretas - Os sujeitos, aqui, são individualizados. 
Ex: A bateu no carro de B. Sua conduta amoldou-se à regra do art.186 CC, uma vez que causou prejuízo a outrem. Agora, está ele obrigado a reparar o dano a B. 
*A lei aplicada ao caso concreto. É o abstrato tornando-se concreto pela ocorrência de um fato. 
Relações Jurídicas Simples -  Quando os direitos são conferidos a uma das partes e somente deveres a outra parte.  
Ex: Testamento. Nele, o sujeito ativo é aquele que faz o testamento, e o passivo é o testamenteiro (aquele que vai abrir o testamento e dizer quem é o beneficiário, e pode 
ser herdeiro- depende do tipo de testamento). 
Relações Jurídicas complexas - São aquelas em que  os direitos e as obrigações recaem sobre ambos os sujeitos da relação. 
Ex: contrato de compra e venda. 
*Eu dou o objeto e recebo o dinheiro, o outro recebe o objeto e me dá o dinheiro. 
*O contrato de compra em venda é uma relação jurídica, mas não é possível  saber quem é a pessoa ativa e quem é a passiva, pois ambos possuem direitos e obrigações. 
Isso só poderá ser realmente definido quando existir algum problema no contrato, como alguém não cumprir uma cláusula. 
*Sujeito ativo, então, nesse caso, é quem entra com a ação. 
Relações Jurídicas Principais - Têm vida autônoma, não dependem de nenhuma outra relação jurídica para sobreviver. 
Relações Jurídicas Acessórias - Dependem de uma outra relação jurídica, não têm autonomia. 
Ex.: O contrato de sublocação gera uma relação jurídica acessória à da locação, que é a principal. Efeito disto é que, uma vez rescindido o contrato de locação, rescindido 
estará automaticamente o de sublocação, uma vez que a relação acessória sempre seguirá a principal, pois a relação acessória não tem vida autônoma. 
*As relações jurídicas podem ter uma ou mais classificações, não necessariamente terá de ser uma única. Pode, por exemplo, ser concreta, complexa e principal. 
  
Relações Jurídicas Públicas - Nas quais o estado sempre atua em posição de superioridade. 
Ex: os contratos administrativos nos quais  o Estado goza de certos privilégios frente ao particular. 
*Em uma concessão do tipo prefeitura c/particular, o Estado tem privilégios. Como, por exemplo, poder rescindir o contrato sem nenhuma pena. O interesse público supera o 
particular. 
*Ex: Empresa de ônibus. 
*Em caso de ações, o Estado tem prazos maiores. 
*Jus imperium- direito de império. 
Relações Jurídicas Privadas - As partes se encontram em posição de igualdade. 
*Só entre particulares. Ex: Compra e venda. 
Relações Jurídicas Pessoais - Vinculam o titular do direito a um número determinado de pessoas. 
Relações Jurídicas Obrigacionais- Vinculam pessoas determinadas, sabendo-se quem são os sujeitos da relação(6). 
  
A relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais: 
a)    Subjetivo ou pessoal: -sujeito ativo (credor) -sujeito passivo (devedor); 
b)   Objetivo ou material: a prestação;  
c)   Ideal, imaterial ou espiritual: o vínculo jurídico. 
  
Relações Jurídicas Reais - Vinculam o titular do direito a um número indeterminado de pessoas. Uma parte da relação é determinada e a outra indeterminada. 
  
Titular do Direito Real ------------relação jurídica real------------ Bem/Coisa 
*direitos reais- ligados a bens materiais. 
Relação Jurídica Absoluta " São aquelas que vinculam aos seus efeitos todas e quaisquer pessoas e não apenas as pessoas diretamente envolvidas (operam erga omnes). 
Ex: direitos personalíssimos e direitos reais (uso, habitação, propriedade). 
*Direitos personalíssimos- honra, liberdade. Ex: se eu mudo meu nome, vale para todos; todos terão que aceitar meu novo nome, não apenas eu. 
Relações Jurídicas Relativas- quando dizem respeito e vinculam aos seus efeitos apenas as pessoas diretamente envolvidas. As pessoas estranhas à relação não são 
abrangidas. São também chamadas relações pessoais e obrigacionais ( inter partes). 
Ex: Direito de família, relações contratuais, relações sucessórias. 
*Direito de família, sucessão- pessoal. Obrigacional seria a contratual. 
*Pode ser só uma relação ou até as duas. Ex: Em uma separação, posso ter relação pessoal ou obrigacional com relação aos alimentos. Posso pedir ou não, mas, se pedir, 
passo a ser obrigado a dar. 
2.1- Relações Jurídicas de Direito Material 
Relações Jurídicas Civis -Estabelecem-se entre pessoas consideradas em pé de igualdade. São as relativas à pessoa em si mesma ou no seio da família, bem como as 
decorrentes da sucessão ?mortis causa? (casamento, nascimento, óbito, inventário, adoção etc.), além daquelas estabelecidas entre particulares de caráter patrimonial 
(contratos, propriedade etc.) art. 1533 NCC- Casamento, Contrato 481 NCC. 
 Relação Jurídica Penal - É aquela que  o Estado (titular do direito de punir) trava contra o autorde uma conduta definida como crime na Lei. 
Relação Jurídica Processual - Havida entre o Estado e as partes envolvidas no processo, na qual são exigidos comportamentos atinentes ao bom andamento do processo, 
visando a uma decisão sobre um direito material questionado. 
Relação Jurídica Tributária - Estabelece-se entre o estado e o particular, com a finalidade de criar e cobrar tributos, visando prover recursos que se voltarão para benefício 
de toda sociedade. 
  
1.   É um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos, é uma regra, uma conduta social, a qual regula as atividades dos sujeitos em suas relações sociais 
2.   Acontecimentos através dos quais as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se 
3.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
4.   NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito . 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. 
5.   GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil .17. ed. Rio de Janeiro:Forense, 1999. 
6.   Casamento e alimentos - relação pessoal; não podendo ser entendida como obrigacional, pois os deveres estão delimitados na Lei. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
Tema: Relação jurídica. Elementos da relação jurídica: sujeito, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
João da Silva alugou imóvel de propriedade de Antônio das Neves, pelo prazo de 30 meses, sendo ajustado na cláusula quarta do contrato de locação que: “Em caso de mora do 
LOCATÁRIO, o pagamento de aluguel ou encargos convencionados, a importância devida ficará sujeita à correção calculada de acordo com os índices que estiverem em vigor, e 
acrescida da multa de 10% (dez por cento). ”  
  
a) Identifique, no caso, a partir dos dados que foram conferidos, quais os elementos integrantes da relação jurídica. 
  
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->O que é direito subjetivo propriamente dito? Qual é o direito subjetivo do locatário ? E o direito subjetivo do locador? 
  
  
Questões objetivas: Marque (V) verdadeiro ou (F) falso 
a)  (    ) Toda relação social é uma relação jurídica. 
b)  (   ) Instituto jurídico é o complexo das normas que contém a disciplina jurídica de uma dada relação jurídica. 
<!--[if !supportLists]-->a)    <!--[endif]-->(    ) No direito de propriedade, podemos afirmar que existe uma relação jurídica entre o homem e a coisa. 
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->(    ) Os animais não são sujeitos de direitos. 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
RELIGIOSA 
MORAL 
SOCIEDADE 
RELAÇÃO JURÍDICA 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas; a relação jurídica é um vínculo que
une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude
relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos
jurídicos. 
  
SOCIAL 
RELAÇÕES 
PROFISSIONAL 
SENTIMENTAL 
Sujeito Ativo - Titular do Direito; 
Sujeito Passivo - responsável pelo cumprimento da obrigação. 
Estácio de Sá Página 3 / 4
Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
Relação Jurídica 
Objetivos 
·   Fornecer ao aluno o campo das relações sociais comuns e jurídicas; 
·   Discorrer sobre as diversas concepções acerca das trocas intersubjetivas;  
·   Introduzir o entendimento do conceito de relação jurídica e dos seus elementos constitutivos essenciais; 
·   Discorrer sobre as diversas espécies de relações jurídicas; 
·   Introduzir o entendimento da classificação de relação jurídica quanto ao sujeito, ao objeto, ao fato jurígeno e ao vínculo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Relação Jurídica 
1.1. Conceito e distinções; 
1.2. Elementos da relação jurídica (sujeitos, objeto e vínculo jurídico ou de atributividade). 
  
2. As Espécies de Relação Jurídica 
2.1. Relações jurídicas abstratas e concretas;  
2.2. Relações jurídicas simples e complexas;  
2.3. Relações jurídicas principais e acessórias;  
2.4. Relações jurídicas públicas e privadas;  
2.5. Relações jurídicas pessoais, obrigacionais, reais;  
2.6. Relações jurídicas absolutas e relativas; 
2.7. Relação jurídica de direito material e de direito processual. 
  
  
GOMES, Orlando, Evaldo Brito - atualizador.  Introdução ao Direito Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007 - ISBN 8530925823 
  
Nome do capítulo: A Pessoa Física 
N. de páginas do capítulo: 10 
  
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito.27. ed. 8ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 2009. 
  
Nome do capítulo: Capítulo XVII  Da Relação Jurídica  
N. de páginas do capítulo:  14  
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Segue abaixo um breve resumo sobre a exposição do conteúdo, como sugestão ao professor: 
  
Relação Jurídica 
A vida em sociedade cria uma multiplicidade de relações, reunindo os homens em diversas instituições, cada uma delas com finalidade específica: a religião, o comércio, 
sindicatos, associações, entidades esportivas, partidos políticos, clubes sociais etc.. Todas dispõem de estatutos, regulamentos, normas. Isso existe em todos os setores da 
vida em comum, e a essa convivência harmônica dos homens, nos diversos segmentos em que se divide e subdivide a sociedade, chama-se ordem social, que surge, 
naturalmente, em decorrência das relações humanas. 
São inúmeras e complexas as relações estabelecidas entre os indivíduos que integram a sociedade. E como se não bastasse que assim fosse, a cada dia, a cada momento, 
novas situações surgem, trazendo sempre a possibilidade de conflitos incomuns e, em consequência, ameaçando a harmonia, a paz, enfim, da coletividade. 
Cada um de nós está o tempo todo comunicando-se, relacionando-se, principalmente porque vivemos em sociedade, este é um fenômeno de interação, ou de inter-relação 
necessária, da qual não podemos escapar. 
São relações intersubjetivas e que se tornam sociais, e o conjunto dessas relações é que forma a sociedade. Estas relações sempre estão submetidas a algum tipo de 
norma, mas não necessariamente a jurídica. São ligadas à moral, às normas religiosas ou aos usos e costumes sociais (regra de etiqueta, ou trajes etc.). 
  
  
  
  
  
                 
  
  
   
1. Conceito   
Assinala José Tavares que  
toda a vida social é invadida e dominada pelo direito, nas suas mais humildes como nas suas mais solenes manifestações, sendo infinitas as relações que ele origina e 
disciplina, quer essas relações sejam apenas de homem para homem, quer sejam entre o indivíduo e os diferentes agregados sociais, como a família, o município, o 
Estado e as múltiplas agremiações ou instituições coletivas, quer de uti l idade particular, quer de uti l idade pública, ou ainda somente entre estes diferentes 
agrupamentos (TAVARES, José.Os Princípios Fundamentais do Direito Civil ,2. ed. Coimbra: Coimbra Editora Lim., 1929, 1º v., 1ª parte, p. 6). 
  
Daí a oportuna colocação de Giorgio Del Vecchio, de que a sociedade é, antes de mais nada, um complexo de relações (DEL VECCHIO, Giorgio.Lições de Filosofia do 
Direito, São Paulo: Saraiva,1948 . 2º v., p. 161). Imperioso observar, a esta altura, que, dentre a gama infinita de relações sociais, destaca-se uma espécie que interessa, 
diretamente, à preservação da ordem social, e que tutelaum mínimo ético de conveniência, a bem da própria preservação da sociedade. 
  
Estamos nos referindo à relação jurídica, que pode ser conceituada, no plano objetivo, como toda relação social disciplinada pelo Direito e, no plano subjetivo, como o 
vínculo entre dois ou mais indivíduos dotado de obrigatoriedade. No dizer abalizado de Orlando Gomes, a relação jurídica pode ser encarada sob dois aspectos, assim: 
No primeiro, o vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito que obriga um deles, ou os dois, a ter certo comportamento, ou, simplesmente, o poder direto de uma pessoa sobre uma determinada coisa. 
No segundo, é o quadro no qual se reúnem todos os efeitos atribuídos por lei a esse vínculo ou a esse poder. Em outras palavras, é o conjunto dos efeitos jurídicos que nascem de sua constituição, 
consistentes em direitos e deveres - com estes, entretanto, não se confundindo.Mais adiante: 
... a relação jurídica tem como pressuposto um fato que adquire significação jurídica se a lei o tem como idôneo à produção de determinados efeitos, estatuídos ou 
tute lados .  Ass im  todo evento ,   já  um acontec imento  natura l ,   já  uma ação humana,  conver te -se   em  f a t o   j u r í d i c o ,   s e   em  cond i ç ões   de   exe r ce r   e s sa  
função" (GOMES,Orlando. Introdução ao Direito Civil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1983. pp. 81 e 85). 
  
Quando, numa relação jurídica, os direitos e deveres das partes são recíprocos, tal relação chama -se complexa; quando apenas uma das partes tem direito, e a outra 
obrigações, a relação chama-se simples. Por outro lado, se num dos polos da relação jurídica acha -se o Estado, dotado de seu poder de império, haverá relação jurídica de 
direito público, por exemplo, convocação para o serviço militar, eleições ou cobrança de impostos; todavia, se o Estado participa da relação despojado de seu poder de 
império, haverá relação jurídica de direito privado. 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas(1), nas   quais a relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato 
jurídico(2), cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos. 
  
Ex . Duas pessoas adquirem dois apartamentos distintos no mesmo edifício. Tais fatos criam uma relação entre elas, gerando a obrigação de dividir as despesas comuns, 
uma vez que são condôminos (art. 1315 do CC). 
  
Ex. João, desejando comprar um carro, chega a José, que lhe vende o automóvel. Tal fato obriga João apagar o preço e José à entrega do veículo (art. 481 e ss do CC). 
As relações jurídicas ligam pessoas, conferindo direitos e gerando obrigações para as partes envolvidas. 
  
Conteúdo da Relação Jurídica. 
 
É o poder conferido ao titular do Direito subjetivo. Os homens, ao estabelecerem uma relação jurídica, criam entre si direitos e obrigações. Tais direitos e obrigações 
compõem o conteúdo da relação jurídica. 
Ex. Em uma compra e venda, o conteúdo da relação jurídica é a obrigação da entrega  do objeto e o poder de exigir o preço, por um lado,  e o dever do pagamento do 
preço e direito de exigir a entrega da coisa, de outro. 
Ex. Em um contrato de locação, o conteúdo seriam os direitos e obrigações do locador (o poder de exigir o preço e o dever da entrega da coisa para o uso manso e pacífico 
do locatário) e do locatário (o poder de exigir a entrega da coisa para seu uso e fruição sem ser perturbado e o dever de pagar o preço), sintetizado na expressão "locação". 
  
Elementos da relação Jurídica. 
São os elementos necessários para que a relação jurídica tenha existência. 
Manuel de Andrade(3) classifica como: sujeitos, objeto, fato gerador e garantia; 
Paulo Nader(4) classifica como: Sujeitos, objeto e o vínculo de atributividade; 
Orlando Gomes(5) classifica como: Sujeitos, objeto e fato propulsor. 
Seguindo a corrente dominante, adotamos a corrente que alinha sujeitos, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
Sujeitos - São as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece (pode existir mais de um em cada polo). O direito subjetivo e o dever jurídico são 
um poder e um dever de certas pessoas que estão entre si em relação: sujeito ativo, o titular do direito; sujeito passivo, o titular do dever. 
  
Sujeitos da Relação Jurídica 
A maioria das relações jurídicas impõe direitos e deveres para ambas as partes (ex. compra e venda, locação) de maneira que, dependendo da ótica, qualquer das partes 
pode ser sujeito ativo ou passivo. 
Os sujeitos (ativo e passivo) são as partes envolvidas na relação jurídica. As pessoas não envolvidas são conhecidas como terceiros. 
Objeto- Objeto da relação jurídica é o próprio objeto do direito subjetivo, são as coisas ou utilidades sobre que incide o interesse legítimo do sujeito ativo a que se refere o 
dever do sujeito passivo. Pode ser uma coisa (um imóvel, um carro, etc..), como pode ser uma pessoa (um filho, uma criança) ou um certo bem imaterial (a liberdade, a 
honra, a integridade moral, etc..), podendo ainda constituir-se numa prestação. 
Fato jurígeno- É um fato a que a lei atribui um especial efeito (fato gerador ou fato jurídico). Os fatos jurígenos são os fatos que dão origem à constituição duma relação 
jurídica (fatos constitutivos), à modificação duma relação jurídica (fatos modificativos) ou à extinção de uma relação jurídica (fatos extintivos). 
Garantia - O nome dado a este elemento da relação jurídica revela o propósito primacial de análise das relações de direito privado. O direito caracteriza-se pela 
coercibilidade que acompanha os seus preceitos. À infração dos deveres que as normas jurídicas impõem, segue-se um procedimento sancionatório, a aplicação de sanções 
jurídicas. A sanção em matéria de direito privado não atua geralmente por iniciativa direta do Estado, mas por solicitação dos titulares dos correspondentes direitos 
subjetivos. 
E toma, sobretudo, a forma de uma reparação, da garantia de obter coativamente a realização do interesse reconhecido por lei, ou indenização equivalente. 
Vínculo - Ele surge com a ocorrência do Fato gerador, que funciona como iniciador da relação jurídica. Desta forma, a relação jurídica, colocada na lei abstratamente, 
materializa-se com a ocorrência do fato jurídico (fato gerador), ligando os sujeitos em torno de um objeto e respaldando (garantia) o direito subjetivo como uma garantia 
para a efetivação daquele dever jurídico descrito na Lei. 
Ex. Na batida entre dois veículos, o título legitimador é a lei, em razão do ato ilícito praticado (art. 186 e 927 NCC). 
  
Espécies de relação jurídica 
Relações Jurídicas Abstratas - São aquelas em que  não se individualizam os titulares dos direitos e obrigações. São as relações jurídicas tal como colocadas na lei.  
Obs: *Antes de o  fato ocorrer, é abstrato. É o que está na lei. Quando ocorre o fato, concretiza-se. 
Relações Jurídicas Concretas - Os sujeitos, aqui, são individualizados. 
Ex: A bateu no carro de B. Sua conduta amoldou-se à regra do art.186 CC, uma vez que causou prejuízo a outrem. Agora, está ele obrigado a reparar o dano a B. 
*A lei aplicada ao caso concreto. É o abstrato tornando-se concreto pela ocorrência de um fato. 
Relações Jurídicas Simples -  Quando os direitos são conferidos a uma das partes e somente deveres a outra parte.  
Ex: Testamento. Nele, o sujeito ativo é aquele que faz o testamento, e o passivo é o testamenteiro (aquele que vai abrir o testamento e dizer quem é o beneficiário, e pode 
ser herdeiro- depende do tipo de testamento). 
Relações Jurídicas complexas - São aquelas em que  os direitos e as obrigações recaem sobre ambos os sujeitos da relação. 
Ex: contrato de compra e venda. 
*Eu dou o objeto e recebo o dinheiro, o outro recebe o objeto e me dá o dinheiro. 
*O contrato de compra em venda é uma relação jurídica, mas não é possível  saber quem é a pessoa ativa e quem é apassiva, pois ambos possuem direitos e obrigações. 
Isso só poderá ser realmente definido quando existir algum problema no contrato, como alguém não cumprir uma cláusula. 
*Sujeito ativo, então, nesse caso, é quem entra com a ação. 
Relações Jurídicas Principais - Têm vida autônoma, não dependem de nenhuma outra relação jurídica para sobreviver. 
Relações Jurídicas Acessórias - Dependem de uma outra relação jurídica, não têm autonomia. 
Ex.: O contrato de sublocação gera uma relação jurídica acessória à da locação, que é a principal. Efeito disto é que, uma vez rescindido o contrato de locação, rescindido 
estará automaticamente o de sublocação, uma vez que a relação acessória sempre seguirá a principal, pois a relação acessória não tem vida autônoma. 
*As relações jurídicas podem ter uma ou mais classificações, não necessariamente terá de ser uma única. Pode, por exemplo, ser concreta, complexa e principal. 
  
Relações Jurídicas Públicas - Nas quais o estado sempre atua em posição de superioridade. 
Ex: os contratos administrativos nos quais  o Estado goza de certos privilégios frente ao particular. 
*Em uma concessão do tipo prefeitura c/particular, o Estado tem privilégios. Como, por exemplo, poder rescindir o contrato sem nenhuma pena. O interesse público supera o 
particular. 
*Ex: Empresa de ônibus. 
*Em caso de ações, o Estado tem prazos maiores. 
*Jus imperium- direito de império. 
Relações Jurídicas Privadas - As partes se encontram em posição de igualdade. 
*Só entre particulares. Ex: Compra e venda. 
Relações Jurídicas Pessoais - Vinculam o titular do direito a um número determinado de pessoas. 
Relações Jurídicas Obrigacionais- Vinculam pessoas determinadas, sabendo-se quem são os sujeitos da relação(6). 
  
A relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais: 
a)    Subjetivo ou pessoal: -sujeito ativo (credor) -sujeito passivo (devedor); 
b)   Objetivo ou material: a prestação;  
c)   Ideal, imaterial ou espiritual: o vínculo jurídico. 
  
Relações Jurídicas Reais - Vinculam o titular do direito a um número indeterminado de pessoas. Uma parte da relação é determinada e a outra indeterminada. 
  
Titular do Direito Real ------------relação jurídica real------------ Bem/Coisa 
*direitos reais- ligados a bens materiais. 
Relação Jurídica Absoluta " São aquelas que vinculam aos seus efeitos todas e quaisquer pessoas e não apenas as pessoas diretamente envolvidas (operam erga omnes). 
Ex: direitos personalíssimos e direitos reais (uso, habitação, propriedade). 
*Direitos personalíssimos- honra, liberdade. Ex: se eu mudo meu nome, vale para todos; todos terão que aceitar meu novo nome, não apenas eu. 
Relações Jurídicas Relativas- quando dizem respeito e vinculam aos seus efeitos apenas as pessoas diretamente envolvidas. As pessoas estranhas à relação não são 
abrangidas. São também chamadas relações pessoais e obrigacionais ( inter partes). 
Ex: Direito de família, relações contratuais, relações sucessórias. 
*Direito de família, sucessão- pessoal. Obrigacional seria a contratual. 
*Pode ser só uma relação ou até as duas. Ex: Em uma separação, posso ter relação pessoal ou obrigacional com relação aos alimentos. Posso pedir ou não, mas, se pedir, 
passo a ser obrigado a dar. 
2.1- Relações Jurídicas de Direito Material 
Relações Jurídicas Civis -Estabelecem-se entre pessoas consideradas em pé de igualdade. São as relativas à pessoa em si mesma ou no seio da família, bem como as 
decorrentes da sucessão ?mortis causa? (casamento, nascimento, óbito, inventário, adoção etc.), além daquelas estabelecidas entre particulares de caráter patrimonial 
(contratos, propriedade etc.) art. 1533 NCC- Casamento, Contrato 481 NCC. 
 Relação Jurídica Penal - É aquela que  o Estado (titular do direito de punir) trava contra o autor de uma conduta definida como crime na Lei. 
Relação Jurídica Processual - Havida entre o Estado e as partes envolvidas no processo, na qual são exigidos comportamentos atinentes ao bom andamento do processo, 
visando a uma decisão sobre um direito material questionado. 
Relação Jurídica Tributária - Estabelece-se entre o estado e o particular, com a finalidade de criar e cobrar tributos, visando prover recursos que se voltarão para benefício 
de toda sociedade. 
  
1.   É um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos, é uma regra, uma conduta social, a qual regula as atividades dos sujeitos em suas relações sociais 
2.   Acontecimentos através dos quais as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se 
3.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
4.   NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito . 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. 
5.   GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil .17. ed. Rio de Janeiro:Forense, 1999. 
6.   Casamento e alimentos - relação pessoal; não podendo ser entendida como obrigacional, pois os deveres estão delimitados na Lei. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
Tema: Relação jurídica. Elementos da relação jurídica: sujeito, objeto, fato jurígeno, garantia e vínculo. 
João da Silva alugou imóvel de propriedade de Antônio das Neves, pelo prazo de 30 meses, sendo ajustado na cláusula quarta do contrato de locação que: “Em caso de mora do 
LOCATÁRIO, o pagamento de aluguel ou encargos convencionados, a importância devida ficará sujeita à correção calculada de acordo com os índices que estiverem em vigor, e 
acrescida da multa de 10% (dez por cento). ”  
  
a) Identifique, no caso, a partir dos dados que foram conferidos, quais os elementos integrantes da relação jurídica. 
  
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->O que é direito subjetivo propriamente dito? Qual é o direito subjetivo do locatário ? E o direito subjetivo do locador? 
  
  
Questões objetivas: Marque (V) verdadeiro ou (F) falso 
a)  (    ) Toda relação social é uma relação jurídica. 
b)  (   ) Instituto jurídico é o complexo das normas que contém a disciplina jurídica de uma dada relação jurídica. 
<!--[if !supportLists]-->a)    <!--[endif]-->(    ) No direito de propriedade, podemos afirmar que existe uma relação jurídica entre o homem e a coisa. 
<!--[if !supportLists]-->b)    <!--[endif]-->(    ) Os animais não são sujeitos de direitos. 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
RELIGIOSA 
MORAL 
SOCIEDADE 
RELAÇÃO JURÍDICA 
As relações jurídicas são as ligadas às normas jurídicas; a relação jurídica é um vínculo que
une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude
relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos
jurídicos. 
  
SOCIAL 
RELAÇÕES 
PROFISSIONAL 
SENTIMENTAL 
Sujeito Ativo - Titular do Direito; 
Sujeito Passivo - responsável pelo cumprimento da obrigação. 
Estácio de Sá Página 4 / 4

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