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Saúde Mental Resumo

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Saúde Mental Resumo
O que é Transtorno Mental?
Entendem-se como Transtornos Mentais e Comportamentais as condições caracterizadas por alterações do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou por alterações do comportamento associadas à angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico
global (OMS/ONU)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
Antes de Florence Nightingale a 1880: Assistência prestada às pessoas por membros da família, vizinhos, escravos; Cuidados físicos e proteção; 1860 – criada a 1ª Escola de Enfermagem na Inglaterra; Ambiente saudável: manutenção das condições ambientais e de higiene.
Criação das Escolas de Enfermagem (1880 a 1930)
 Linda Richards – 1ª Enfermeira Psiquiátrica dos EUA – organizar serviços de enfermagem em hospitais psiquiátricos; Fim do séc. XIX – o Enfermeiro assistia o médico nos procedimentos psiquiátricos diários – necessidades físicas; Administravam-se como drogas sedativas – whisky, clorofórmio, paraldeído, banhos contínuos com imersão, duchas frias ou
quentes.
Brasil: 1890 - Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras – hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – RJ; Enfermeiro – papel custodial – executando o que era prescrito pelo médico; 1913 a Enfermagem Psiquiátrica foi introduzida no currículo de Enfermagem;
1923 – 1ª Escola de Enfermagem no Brasil – Escola de Enfermagem Anna Nery.
INFLUÊNCIAS MUNDIAIS, LEIS E
ESCOLAS (1930 a 1960)
- EUA: a Enfermagem Psiquiátrica reconhecida em
1930;
- 1937 – inclusão no curriculo; Surgimento da somaterapia – eletroconvulsoterapia, insulinoterapia e psicocirurgia (1930);
- II Guerra Mundial 1939 – 1945;
- Advento das drogas psicotrópicas – 1952;
- Implantação das Comunidades Terapêuticas – 1953.
Da Modernidade à Contemporaneidade
- Psiquiatria Social:
- Movimento em prol da Reforma
Psiquiátrica – 1ª Conferência Nacional de
Saúde Mental (1987);
- Modelo de assistência psiquiátrica no
Brasil – modelo hospitalar;
- II Conferência – 1992 – novo esboço de
modelo assistencial – transtorno mental na
comunidade.
Lei 10216 de 2001 – dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadores de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
- Reforma Psiquiátrica:
- Modelo hospitalocêntrico → Novo Modelo
(extra-muros).
- - CAPS e Atenção Básica.
Clínica ampliada: compreensão ampliada do processo saúde-doença; construção compartilhada dos diagnósticos e terapêuticas; ampliação do objeto de trabalho e transformação dos meios ou instrumentos de trabalho.
Saúde Mental na Atenção básica
• As ações de saúde mental devem obedecer ao modelo de redes de cuidado, de base territorial e atuação transversal com outras políticas específicas e que busquem o estabelecimento de vínculo e acolhimento. Essas ações devem estar fundamentadas nos princípios do SUS e nos Princípios da Reforma Psiquiátrica.
Matriciamento
• Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de
intervenção pedagógico-terapêutica; • Na horizontalização decorrente do processo de matriciamento, o sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equipes: equipe de referência; equipe de apoio matricial. O apoio matricial é distinto do atendimento realizado por um especialista dentro de uma unidade de atenção primária tradicional. No processo de construção coletiva do projeto terapêutico entre as duas equipes – a de referência e a de apoio matricial profissionais de diversas especialidades compartilha o seu saber ao se depararem com a realidade exposta.
Relacionamento Terapêutico
Estabelecer relações terapêuticas com os clientes é uma das habilidades mais importantes do enfermeiro. Embora seja importante em todas as especialidades de enfermagem, a relação terapêutica é essencialmente crucial para o sucesso de intervenções junto a clientes que precisam de cuidados psiquiátricos, pois a própria relação e a comunicação associada a ela embasam o tratamento e o êxito” (VIDEBECK, 2012)
Componentes da relação terapêutica
• Confiança; • Interesse genuíno; • Empatia; • Aceitação; • Consideração positiva; Autopercepção; • Uso terapêutico do self;
Confiança
• Cliente observa palavras e ações congruentes;
• Demonstrar interesse, manter as promessas, ouvir o cliente, ser honesto; • A confiança é destruída quando o cliente observa inconsistências entre o que o enfermeiro disse. 
Exemplo: É dito ao cliente que o enfermeiro trabalhará com ele todas as sextas-feiras, às 10h da manhã, mas, na semana seguinte, ocorre uma conferência no mesmo horário e o enfermeiro não aparece.
Interesse genuíno
• Enfermeiro confortável consigo mesmo e autêntico;
• O cliente percebe quando alguém está exibindo comportamento desonesto, artificial;
Exemplo: O enfermeiro compartilha uma experiência de frustração com o
atraso de um colega, porém não é útil compartilhar experiência de infidelidade ao parceiro.
Empatia
• Habilidade do enfermeiro de perceber sentidos e significados do cliente e comunicar-lhe essa compreensão; • Ser capaz de se colocar no lugar do outro não significa ter as mesmas experiências; • O enfermeiro imagina os sentimentos frente às experiências vividas; 
Aceitação
• O enfermeiro não reage com irritação nem responde negativamente a explosões, raivas ou ações dos clientes; • Não aceita comportamentos inapropriados, mas o valor da pessoa; • Estabelece limites na relação com o cliente, de modo firme e claro.
Exemplo: O cliente coloca a mão na cintura da enfermeira.
Reação apropriada: “Sr. João, não coloque a mão em mim. Estamos trabalhando no esclarecimento da sua relação com a sua namorada, e não há necessidade de que você me toque. Vamos em frente.
Reação inapropriada: “Sr. João, pare com isso! (aos gritos) O que deu em você? Vou embora, talvez volte amanhã.
Consideração positiva
• Atitude de não julgamento incondicional; • Chamar o cliente pelo nome, ouvir e responder com sinceridade.
Cliente: “Fiquei furioso, gritei e xinguei minha mãe por uma hora”
Enfermeiro:
1) “Não acredito que você fez isso!”
2) “E o que aconteceu depois?
Autopercepção
• O enfermeiro precisa conhecer a si mesmo!
• JANELA DE JOHARI
 Conhecido Pelo Eu Não conhecido pelo Eu.
Conhecido pelos outros I ‘’Eu Aberto’’ II ‘’Eu Cego’’
Não conhecido pelos outros III ‘’Eu Secreto’’ IV ‘’Eu Desconhecido
Uso terapêutico do self
• Com o desenvolvimento da autopercepção e o começo do entendimento das próprias atitudes, o enfermeiro pode começar a usar aspectos de sua personalidade, experiências, valores, sentimentos, inteligência, necessidades, habilidades de enfrentamento e percepções para estabelecer relações terapêuticas com os clientes.
Tipos de relações interpessoais
• Relação social; • Relação íntima; • Relação terapêutica
Peplau: Teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem
• O enfermeiro deve compreender claramente a si mesmo para cuidar do outro – RT enfermeiro - paciente; 
• Fases da RT: Orientação; Identificação; Exploração; Resolução; 
• Papéis do enfermeiro na RT: estranho, professor, líder, substituto etc.
Relacionamento Terapêutico
• Enfocada nas necessidades, experiências, sentimentos e idéias
apenas do cliente; • Contrato entre cliente e enfermeiro define as áreas a serem trabalhadas e avaliam o resultado; • O enfermeiro deve evitar que a relação com o cliente passe a ser mais social, focalizando, constantemente, as necessidades do cliente e não as próprias.
Estabelecimento da relação terapêutica - Fases
• Orientação; • Trabalho: identificação do problema e investigação; • Término.
Fase de orientação
• Começa no encontro com o cliente e termina quando este começa a identificar os
problemas a serem examinados; • Enfermeiro estabelece papéis, objetivo do encontro e parâmetros dos encontros subseqüentes; identifica os problemasdo cliente e esclarece expectativas; • Enfermeiro deve ler previamente sobre o cliente, se autoavaliar em relação ao
cliente; • Estabelecer confiança, criar ambiente terapêutico, estabelecer contrato com
cliente; • Sigilo com responsabilidade; • Enfermeiro documenta os problemas do cliente com intervenções planejadas.
Fase de Trabalho
• Identificação do problema: o cliente identifica questões ou assuntos que causam problemas; 
• Investigação: o enfermeiro orienta o cliente a examinar sentimentos e reações e a desenvolver habilidades para lidar com eles, bem como estabelecer uma autoimagem mais positiva; 
• Manter a relação; • Reunir mais dados; • Explorar percepções da realidade; • Desenvolver mecanismos positivos para lidar com as situações; • Promover um autoconceito positivo; • Encorajar a verbalização de sentimentos; • Facilitar a mudança de comportamento; • Enfrentar a resistência; • Avaliar o progresso e redefinir objetivos, se apropriado; • Fornecer ao cliente oportunidade de praticar novos comportamentos; • Promover a independência.
Fase de Término
• Começa quando os problemas são resolvidos e termina com o fim da relação; • Atentar para o comportamento do cliente: perda, simulação, raiva etc.
Comportamentos que impedem o Relacionamento Terapêutico
• Limites inapropriados; • Sentimentos de simpatia e incentivos à dependência do cliente; • Não aceitação e atitude de evitar.
COMUNICAÇÃO NÃO TERAPÊUTICA
• Por o paciente à prova • Comunicação unidirecional • Dupla mensagem • Desconfirmação
• Bateria de perguntas • Frases estereotipadas ou frases feitas • Julgar o comportamento
• Manter-se na defensiva • Não saber ouvir • Linguagem inacessível.
COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA
• Consiste na habilidade do profissional em utilizar seu conhecimento sobre comunicação para ajudar a pessoa a enfrentar seus problemas, a conviver com as demais, a ajustar-se ao que não pode ser mudado e a enfrentar os bloqueios à auto-realização. • Experiência de aprendizagem mútua e emocional corretiva para o paciente; • Autorealização, autoaceitação e incentivo de autorespeito genuíno; • Claro senso de identidade pessoal e um nível intensificado de integração pessoal.
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA
• Grupo de Expressão - ajudam a descrição da experiência e a expressão de pensamentos e
sentimentos .
• Grupo de Clarificação - ajudam o esclarecimento do que foi expresso pelo cliente.
• Grupo de Validação – permite a existência de significação comum do que é expresso.
Grupo de Expressão
• Ouvir reflexivamente • Usar terapeuticamente o silêncio • Verbalizar aceitação • Verbalizar interesse • Usar frases com sentido aberto ou reticentes • Repetir comentários ou últimas palavras ditas pelo paciente • Fazer perguntas• Devolver a pergunta feita • Usar frases descritivas • Permitir que o paciente escolha o assunto • Colocar em foco a idéia principal
• Verbalizar dúvidas • Dizer não • Estimular a expressão de pensamentos adjacente • Usar terapeuticamente o humor.
GRUPO DE CLARIFICAÇÃO
• Estimular comparações • Solicitar ao paciente que esclareça termos incomuns • Solicitar ao paciente que precise o agente da ação • Descrever os eventos em seqüência lógica.
GRUPO DE VALIDAÇÃO
• Repetir a mensagem do paciente • Pedir ao paciente para repetir o que foi dito • Resumir o conteúdo da interação.
Conceito fundamental
Um grupo é um conjunto de indivíduos cuja associação se baseia no compartilhamento de interesses, valores, regras ou objetivos comuns. A associação a um determinado grupo em geral é por acaso, por escolha ou devido a circunstâncias (TOWNSEND, 2014
Tipos de grupo
- Grupos de tarefa ou operativos; - Grupos educacionais; - Grupos de suporte ou terapêuticos;- Grupos de autoajuda.
Condições físicas que influenciam a dinâmica do grupo Instalações: posicionamento das cadeiras, dinâmica dos locais no grupo; Número de participantes: variável; 7 a 8 participantes;
atentar para os objetivos do grupo; Tipos de associação: grupos abertos ou grupos fechados;
Fases de desenvolvimento do grupo
I. Fase inicial ou de orientação: Objetivos, normas, metas e apresentações; II. Fase intermediária ou de trabalho: Forças de coesão estabelecidas, trabalho produtivo, tomada de decisão e resolução de problemas; III. Fase final ou conclusão: Finalização do trabalho, sensação de perda, alcance dos objetivos.
Papéis e funções dos membros
Execução de tarefas: coordenador, avaliador, elaborador, motivador, iniciador, orientador.
Manutenção do grupo: conciliador, incentivador, seguidor, guardião, harmonizador;
Papéis individuais: agressor, sabotador, dominador, desamparado, monopolizador, mudo ou silencioso, vaidoso, sedutor;
Grupo Operativo
• Pichon-Rivière; • Coordenador, observador e integrantes; • TAREFA • Etapas: pré-tarefa; tarefa; projeto.
Transtornos do Humor (TH)
Alterações difusas nas emoções, manifestadas na forma de depressão, mania ou ambas. Interferem na vida da pessoa e a incomodam com tristeza profunda e de longo prazo, agitação ou intensa alegria” (VIDEBECK, 2012)
Classificação do DSM - V
Transtornos depressivos: - Depressivo maior; - Distímico; - Depressivo sem outra especificação; • Transtornos bipolares: - Bipolar tipo I - Bipolar tipo II - Bipolar sem outra especificação; - De humor devido à condição médica geral;- De humor induzido por substância; - Ciclotímico.
Dados epidemiológicos
• Dez maiores causas de anos vividos com incapacidade: Depressão (primeiro lugar; 10,7%); Transtorno afetivo bipolar (sexto lugar; 3%); • Prevalência: 15% no transtorno depressivo e 1% no TAB; • Transtorno depressivo: 50 a 75% mais comum em mulheres;
Presentes em todas as circunstâncias sociais;
• Suicídio: 15% - transtorno bipolar; 11% depressão;
• Transtorno depressivo: início entre 20 e 40 anos, podendo ocorrer na infância e adolescência; • TAB: idade média de início aos 20 anos e recorrência de 90%; • Estado conjugal e suporte familiar altamente relacionados.
O que é ... Episódio maníaco??
 Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer
duração, se a hospitalização se fizer necessária).
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual:
 
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. • 2. Redução da necessidade de sono. 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 5. Distratibilidade conforme relatado ou observado. 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora. 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para conseqüências dolorosas.
C. A perturbação do humor é suficientemente grave causar prejuízo pessoal ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano, ou existem características psicóticas. D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
O que é ... Episódio hipomaníaco??
Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo: 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 2. Redução da necessidade de sono. 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de queos pensamentos estão acelerados. 5. Distratibilidade, conforme relatado ou observado. 6. Aumento da atividade dirigida a objetivo ou agitação psicomotora. 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para conseqüências dolorosos. • C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo
quando assintomático. • D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. • E O episódio não é suficientemente grave a ponto de
causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. • F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou causas clínicas.
O que é ... Episódio Depressivo Maior??
 Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento
anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. • 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outra pessoa. • 2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase
todos os dias. • 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. 4. Insônia ou hipersonia quase diária. 5. Agitação ou
retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias. 9. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo, ou prejuízo no funcionamento social, ; profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Transtorno Depressivo Maior
• Responsável por 4,4% do impacto de todas as doenças na saúde global; • OMS – 2020 – Segunda maior causa mundial de doenças; • Prevalência: 2,2 a 7% variando entre 16 a 20%;
• Afeta quase 11,5 milhões de pessoas/ano; • Envolve um alto grau de incapacidade geral, agravando outros fatores clínicos do paciente; • O episódio depressivo pode ser leve, moderado ou grave; • Etiologia multifatorial; • Os episódios depressivos surgem, frequentemente, após perdas significativas e a presença de eventos adversos precoces; • Perfil: solteiros, divorciados ou separados; mulheres (5 a 9%); 30 a 35 anos. Não há influência em relação à escolaridade, etnia e classe social;
Distimia (Transtorno Persistente do Humor)
• Significa “mau-humor”; • Humor semelhante ao episódio depressivo, porém de forma menos acentuada e com duração de menos de dois anos; • Cansaço, sensação de tristeza, falta de interesse pelas atividades habituais e letargia; • Inércia, anedonia, sensação de inadequação, insônia, poliqueixas;
Apesar da sintomatologia, a pessoa com Distimia é capaz de desempenhar suas atividades diárias. A distimia é frequentemente associada a outros transtornos, como episódio depressivo, ansiedade, personalidade borderline e abuso de substâncias.
Depressão pós-parto
• Em torno de 80% dos sintomas surgem no pré- natal; • Cerca de 20 a 40% das mulheres podem apresentar alterações emocionais e disfunção cognitiva após o parto; • Sintomas: tristeza, disforia, choro freqüente e dependência excessiva;
• Blues ou disforia puerperal: inicia a partir do terceiro dia e tem remissão espontânea. Ocorre entre 50 a 85% das puérperas;
• Depressão pós-parto: fadiga excessiva, ideação suicida, com início duas a três semanas após o parto;
• Psicose puerperal: início súbito, alucinações delírios, ideação de infanticídio e suicídio;
Diagnósticos de Enfermagem
• Risco de violência direcionada a si mesmo; • Risco de suicídio; • Desesperança; • Baixa auto-estima crônica; • Baixa auto-estima situacional; • Processo de pensamento perturbado;
• Percepção sensorial perturbada; • Déficit no autocuidado; • Disfunção sexual; • Padrão de sono perturbado; • Risco de sentimento de impotência; • Sentimento de pesar disfuncional;
• Comunicação verbal prejudicada; • Desempenho de papel ineficaz;• Interações sociais e familiares prejudicadas; • Risco de solidão; • Isolamento social; • Manutenção ineficaz da saúde; • Manutenção do lar prejudicada; • Não-adesão ao regime terapêutico;• Enfrentamento ineficaz; • Nutrição desequilibrada: menos/mais;
Intervenções de Enfermagem
• Determinar a presença e o potencial de risco suicida; • Observar, registrar e comunicar mudanças de humor que levem ao risco de suicídio; • Oferecer apoio ao cliente, mesmo que ele não diga nada; • Não utilizar frases estereotipadas para animar o cliente (“Veja como o dia está lindo!”); • Utilizar frases curtas, objetivas e no nível de compreensão do cliente; • Observar uso de objetos potencialmente perigosos; • Estar alerta quanto à segurança do cliente; • Evitar solicitar repetições desnecessárias sobre tentativas de suicídios anteriores; • Acompanhar os aspectos relativos à medicação; • Transmitir interesse genuíno, por meio de
comunicação empática; • Usar o toque terapêutico, quando necessário; • Estimular ocupação em atividades de sua preferência; • Utilizar sempre a comunicação terapêutica; • Encorajar o cliente a perceber seus pontos positivos; • Propiciar atividades em grupo com tarefas específicas que a pessoa possa desempenhar; • Encorajá-lo a perceber seus pontos positivos;
• Oferecer experiências que propiciem o
desenvolvimento da autonomia; • Reduzir a demanda das exigências cognitivas e
motoras quando perceber desinteresse; • Estimular a aceitação de novos desafios; • Ressaltar a importância do tratamento e da sua continuidade; • Estimular o desempenho de atividades de
autocuidado; • Oferecer suporte nutricional e também familiar, quando necessário.
Transtorno Bipolar do Humor (TBH)
• Doença crônica, recorrente, que compromete o funcionamento e o bem-estar da pessoa afetada e de seu entorno social; • Alternâncias no estado de humor, de energia e de habilidade da pessoa para o desempenho diário; • Prevalência de 5 a 8% na população; • Início médio aos 20/30 anos; • Maior frequência entre divorciados ou separados; • Transtorno mental mais associado ao suicídio; • É alta a associação a abuso de substâncias e ansiedade, e também a comorbidades clínicas. 
TB tipo I: Ocorrência de episódios maníacos e depressivos; • TB tipo II: Ocorrência de episódios hipomaníacos e depressivos;
Diagnósticos de Enfermagem
• Risco de lesão; • Risco de violência direcionada a outros; • Risco de suicídio;
• Processo de pensamento perturbado; • Percepção sensorial perturbada; • Enfrentamento defensivo; • Ansiedade; • Disposição para comunicação aumentada; • Interações sociais e familiares prejudicadas; • Nutrição desequilibrada: mais/menos • Volume de líquidos deficiente; • Padrão de sono perturbado; • Fadiga; • Déficit no autocuidado; • Disfunção sexual; • Processos familiares interrompidos; • Manutenção ineficaz da saúde.
Intervenções de Enfermagem
• Promover diminuição de estímulos no ambiente; • Observar o comportamento do cliente quanto às mudanças repentinas de humor; • Proporcionar atividades que canalizem a energia do cliente para ocupação útil; • Evitar atividades de caráter competitivo e que ofereçam grande esforço ou fadiga; • Ensinar estratégias para organização das atividades e do tempo gasto com elas; • Auxiliar o cliente a estabelecer metas e atividades realistas;
• Auxiliar o cliente a identificar situações que possam desencadear autoagressão;
• Atentar para a remissão da alternância de humor – insight/suicídio;
• Colocar limitesquando a agitação, a agressividade e a euforia apresentam-se em ritmo crescente; • Não julgar o comportamento do cliente e nem
punir; • Ao conversar com o cliente utilizar tom de voz mais baixo que o dele para que ele diminua o seu; • Falar de maneira clara e simples que o limite que está sendo colocado é uma medida terapêutica e não punitiva; • Não discutir com o cliente; • Orientar família sobre o cuidado com o cliente.
O Projeto Terapêutco Singular (PTS), formulado no âmbito do CAPS, com a participação da Unidade de Acolhimento, deve observar as seguintes orientações: • acolhimento humanizado, com estimulo à grupalização e à socialização, por meio de atividades terapêutcas e coletivas; • desenvolvimento de ações que garantam a integridade física e mental, considerando o contexto social e familiar; • desenvolvimento de intervenções que favoreçam a adesão ao tratamento, visando à interrupção ou redução do uso de crack, álcool e outras drogas; • acompanhamento psicossocial ao usuário e à respectiva família; • atendimento psicoterápico e de orientação, entre outros, de acordo com o
Projeto Terapêutico Singular;
• atendimento em grupos, tais como psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, assembléias, grupos de redução de danos, entre outros; • oficinas terapêuticas; • atendimento e atividades sociofamiliares e comunitárias; • promoção de atividades de reinserção social; • articulação com a Rede intersetorial, especialmente com a assistência social, a educação, a justiça e os direitos humanos, com o objetivo de possibilitar ações que visem à reinserção social, familiar e laboral, como preparação para a saída; • articulação com programas culturais, educacionais e profissionalizantes, de moradia e de geração de trabalho e de renda; e
• saída programada e voltada à completa reinserção do usuário, de acordo com suas necessidades, com ações articuladas e direcionadas à moradia, ao suporte familiar, à inclusão na escola e à geração de trabalho e renda (BRASIL, 2012).
Os CAPS estão organizados nas seguintes modalidades:
CAPS I:
Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 15 mil habitantes. Equipe mínima: 1 médico com formação em saúde mental; 1 enfermeiro; 3 profissionais de nível universitário*, 4 profissionais de nível médio**.1
CAPS II:
Atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 70 mil habitantes. Equipe mínima: 1 médico psiquiatra; 1 enfermeiro com formação em saúde mental; 4 profissionais de nível superior*, 6 profissionais de nível médio**.
CAPS III:
Atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporciona serviços de atenção continua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPSad. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 150 mil habitantes. Equipe mínima: 2 médicos psiquiatras; 1 enfermeiro com formação em saúde mental, 5 profissionais de nível universitário*, 8 profissionais de nível médio**.
Para o período de acolhimento noturno, a equipe deve ser composta por: 3 técnicos/auxiliares de Enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço, 1 profissional de nível médio da área de apoio. Para as 12 horas diurnas, nos sábados, domingos e feriados, a equipe deve ser composta por: 1 profissional de nível universitário*, 3 técnicos/auxiliares de Enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço, 1 profissional de nível médio da área de apoio.
CAPSi:
Atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões com população acima de 70 mil habitantes. Equipe mínima: 1 médico psiquiatra, ou neurologista ou pediatra com formação em saúde mental; 1 enfermeiro, 4 profissionais de nível superior***, 5 profissionais
de nível médio**.
Unidade de Acolhimento para Adultos:
É destinada a pessoas que fazem uso do crack, álcool e outras drogas, maiores
de 18 anos, de ambos os sexos, que se encontram em sofrimento psíquico e outras
situações que impossibilitem estabelecer laços sociais, realizar projetos de vida e
que apontem a necessidade de cuidado integral de caráter residencial transitório.
Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 200 mil
habitantes.
Equipe mínima:
• 56 horas semanais para profissionais de nível universitário da área da
Saúde, com distribuição entre os turnos de domingo a domingo, de maneira
a garantir a presença mínima de um profissional por período, todos os dias
da semana;
• profissionais de nível médio, com a presença mínima de dois em todos os
dias da semana e nas 24 horas do dia.
Os profissionais de nível universitário na área da Saúde poderão pertencer
às seguintes categorias: assistente social, educador físico, enfermeiro, psicólogo,
terapeuta ocupacional e médico.
Unidade de Acolhimento Infanto juvenil:
É destinada às crianças e aos adolescentes, entre 10 e 18 anos incompletos,
de ambos os sexos, que se encontram em sofrimento psíquico e outras situações
que impossibilitem estabelecer laços sociais, realizar projetos de vida e que apontem
a necessidade de cuidado integral de caráter residencial transitório. Indicado para
municípios ou regiões de saúde com população acima de 200 mil habitantes.
Equipe mínima:
• 56 horas semanais para profissionais de nível universitário da área da Saúde, com distribuição entre os turnos de domingo a domingo de maneira a garantir a presença mínima de um profissional por período, todos os dias da semana; • profissionais de nível médio, com a presença mínima de dois em todos os dias da semana e nas 24 horas do dia; • 40 horas de profissionais de nível universitário na área de Educação, distribuídas de maneira a garantir a presença mínima de um profissional por período em todos os dias úteis da semana, das 7 às 19 horas. Os profissionais com nível universitário podem pertencer às seguintes categorias: assistente social, educador físico, enfermeiro, pedagogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e médico.
Nessa perspectiva, projetar o “espaço CAPS” e os espaços do CAPS requer considerar, em particular: • a afirmação da perspectiva de serviços de portas abertas, no sentido literal e simbólico: espaços e relações de “portas abertas”; • a disponibilidade e o desenvolvimento de acolhimento, cuidado, apoio e suporte; • a configuração de um serviço substtutivo, territorial, aberto e comunitário; • espaços que expressem o “cuidar em liberdade” e a afirmação do lugar
social das pessoas com a experiência do sofrimento psíquico e da garanta
de seus direitos; • a atenção continua 24 horas compreendida na perspectiva de hospitalidade;
• a permeabilidade entre “espaço do serviço” e os territórios no sentido de produzir serviços de referência nos territórios. Os CAPS devem contar, no mínimo, com os seguintes ambientes:
Espaço de acolhimento: local onde aconteceo primeiro contato do usuário e/ou seus familiares/acompanhantes e a unidade. Diferente de uma sala de atendimentos coletivos ou individuais, trata-se de espaço acessível, acolhedor, com sofás, poltronas, cadeiras para comportar as pessoas que chegam à unidade, mesas para a recepção. A sala de arquivo deverá ficar de fácil acesso à equipe.
Salas de atendimento individualizado: acolhimento, consultas, entrevistas, terapias, orientações. Um espaço acolhedor que garanta privacidade para usuários e familiares nos atendimentos realizados pela equipe multiprofissional. É necessário que contenha uma mesa com gavetas, cadeiras, sofá e armário, e se for necessário, algum recurso terapêutico. Nesta sala estarão o(s) profissional(is) da equipe do CAPS, o usuário e/ou familiar(es) ou acompanhante. É importante que pelo menos uma das salas de atendimento individual contenha uma pia para higienização das mãos, maca disponível, se necessário, para as avaliações clínicas e psiquiátricas.
Salas de atividades coletivas: espaço para atendimentos em grupos, e para o desenvolvimento de práticas corporais, expressivas e comunicativas; um dos espaços para a realização de ações de reabilitação psicossocial e de fortalecimento do protagonismo de usuários e de familiares; ações de suporte social e comunitárias; reuniões com familiares etc. Espaço que contemple atividades para várias pessoas de forma coletiva. É importante que a disposição dos móveis seja flexível permitindo a formação de rodas, minigrupos, fleiras, espaço livre etc. Poderá contar com equipamentos de projeção, TV, DVD, armário para recursos terapêuticos, pia para higienização das mãos e manipulação de materiais diversos. Algumas salas poderão contar também com um espaço anexo que sirva de depósito e guarda de materiais.
Espaço interno de convivência: espaço de encontros de usuários, familiares e profissionais do CAPS, assim como de visitantes, profissionais ou pessoas das instituições do território, que promova a circulação de pessoas, a troca de experiência, bate-papos, realização de saraus e outros momentos culturais. Este deve ser um ambiente atrativo e aprazível que permita encontros informais. É importante lembrar que o espaço de convivência não é equivalente a corredores.
Sanitários públicos, adaptados para pessoas com necessidades especiais:
deverão ter, no mínimo, dois banheiros, um feminino e um masculino, ambos com adaptação para pessoas com deficiência. O número de sanitários deverá ser adequado ao fluxo de pessoas.
Posto de enfermagem: espaços de trabalho da equipe técnica para execução de atividades técnicas específicas e administrativas, com bancada, pia, armários e mesa com computador. É desejável que seja próximo aos quartos. Farmácia: espaço climatizado, destinado a programar, receber, estocar, preparar, controlar e distribuir medicamentos ou afins. Possui pia, armários para armazenamento de medicamentos e mesa com computador. É interessante
que a porta seja do tipo guichê, possibilitando assim maior interação entre os profissionais que estão na sala e os usuários e os familiares. A farmácia destina-se ao armazenamento e à dispensação de medicamentos exclusivamente para usuários em acompanhamento no CAPS.
Sala de aplicação de medicamentos (Sala de medicação): espaço com bancada para preparo de medicação, espaço para ministrar medicação oral e endovenosa, pia e armários para armazenamento de medicamentos dispensados no dia. É interessante que a porta seja do tipo guichê, possibilitando assim maior interação entre os profissionais que estão na sala, os usuários e os familiares. É desejável que seja próximo ao posto de enfermagem.
Quarto coletivo com acomodações individuais (para Acolhimento Noturno
com duas camas), com banheiro continuo: todos os CAPS poderão ter ao menos
um quarto com duas camas e banheiro para atender usuários que necessitem de
atenção durante 24 horas. Pelo menos um dos quartos com banheiro deverá ser
adaptado para pessoas com deficiência. O número de quartos é superior para os
CAPS III e para os CAPSad III, já que devem possuir capacidade para acolhimento em
tempo integral. No caso dos CAPSad III, um dos quartos deverá conter duas camas
do tipo hospitalar e neste ambiente haverá banheiro adaptado para pessoas com
deficiência. Cada quarto, projetado para duas pessoas, deve ser um espaço acolhedor
e expressar a perspectiva de hospitalidade; deve ter armários individuais para que os
usuários possam guardar seus objetos de uso pessoal.
Quarto de plantão (Sala de repouso profissional), com banheiro continuo:
ambiente com cama ou afim, cadeiras confortáveis e armários individuais para que
os profissionais possam guardar seus objetos de uso pessoal. Este ambiente deve ser
previsto apenas para CAPS que oferecem atenção continua 24 horas.
Banheiro com vestiário para funcionários: ambiente com sanitário, pia,
chuveiros e vestiário. É recomendável que o banheiro comum seja compartilhado
por usuários, familiares e profissionais da equipe. Entretanto, caso o gestor opte por
inserir um banheiro apenas para funcionários, as dimensões estão previstas neste
documento. O número de sanitários deverá ser adequado ao número de profissionais.
Sala administrativa: um escritório; espaço com mesa, computador, cadeiras e
armários.
Sala de reunião: sala que comporte mesa redonda ou mesa retangular grande
para reuniões de equipe, reuniões de projetos com usuários e familiares, reuniões
intersetoriais, com pessoas externas à unidade, supervisão clínico-instucional,
ações de educação permanente etc. Deverá contemplar espaço para retroprojeção.
Almoxarifado: espaço com prateleiras e/ou armários para armazenamento de
materiais necessários.
Arquivo: sala com armário e/ou arquivos para circulação de duas pessoas. É a
sala onde ficam armazenados os prontuários. Poderão ser prontuários eletrônicos. É
oportuno que fique próximo ao espaço de acolhimento.
Refeitório: o CAPS deve ter capacidade para oferecer refeições de acordo com
o Projeto Terapêutico Singular de cada usuário. O refeitório deverá permanecer
aberto durante todo o dia, não sendo para uso exclusivo no horário das refeições.
Preferencialmente, com mesas pequenas ordenadas e organizadas de forma a
propiciar um local adequado e agradável para as refeições como momentos de
convivência e de trocas.
Cozinha: espaço para preparo, cozimento e manipulação de alimentos, assim
como para realização de ações coletivas com os usuários, contendo pias, bancadas,
fogão, refrigerador e armários. Além do espaço de preparo, a cozinha será composta
de ambientes para higienização, depósito de mantimentos e depósito de utensílios
de cozinha.
Sala de utilidades: destinada à guarda dos materiais e das roupas utilizadas na
assistência aos usuários do serviço, além de guarda temporária de resíduos.
Área de serviços: ambiente destinado à limpeza dos materiais e das roupas
utilizadas na assistência aos usuários do serviço. Poderá ter tanque de lavagem,
lavadora de roupas e espaço para secagem. Também poderá, oportunamente, ser
utilizado pelos usuários do serviço.
Depósito de material de limpeza (DML): sala destinada à guarda de aparelhos,
utensílios e materiais de limpeza, dotado de tanque de lavagem.
Rouparia: espaço pequeno, com armário ou recipientes que separem as roupas
limpas das sujas. Não será usado para descarte de material contaminado. Este
ambiente pode estar conjugado com o depósito de material de limpeza (DML). Pode
ser substituído por armários exclusivos ou carros roupeiros.
Abrigo externo de resíduos comuns: áreas para descarte de lixo doméstico.
Vide Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Regulamento Técnico da Anvisa/
MS sobre gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Área externa para embarque e desembarque: espaço externo suficiente para
entrada e saída de automóveis e ambulâncias.
Área externa de convivência: área aberta, de circulação de pessoas, com espaços para ações coletivas (reuniões, oficinas, ações culturais e comunitáriasetc.) e individuais (descanso, leitura), ou simplesmente um espaço arejado no qual os usuários e/ou os familiares possam compartilhar momentos em grupo ou sozinhos, projetado como espaço de conviver. Pode ser um gramado, uma varanda, semelhante a uma praça pública, com bancos, jardins, redes, de acordo com os contextos socioculturais etc.
Abrigo GLP: espaço destinado ao abrigo de botijão de gás.
Processo de comunicação
Elementos funcionais: emissor, mensagem, receptor, resposta, canal, codificação, decodificação, contexto.
Processo de comunicação
Tipos de comunicação: verbal, não-verbal e paraverbal.
Variáveis: pessoas envolvidas, percepção, contexto, linguajar, disponibilidade, senso de oportunidade. 
Níveis de comunicação: intrapessoal, interpessoal, grupal e de massa. 
Recursos terapêuticos
Estímulo para a descrição de experiências, pensamentos e sentimentos;
Oferecimento de apoio;
Promoção de um ambiente terapêutico.
A experiência do sofrimento e do transtorno mental.
A descrição favorece o alívio da ansiedade, a busca de ajuda e a compreensão por parte de outras pessoas.
Competência do enfermeiro em comunicação humana e estratégias de comunicação terapêutica. 
Apoio
Conjunto de ações do enfermeiro que levam o cliente a ter a sensação de que não está sozinho em suas experiências, podendo ajudá-lo a enfrentar situações.
Formas de ofertar apoio: uso de técnicas de comunicação terapêutica, uso do toque, demonstrar sensibilidade aos sentimentos expressos, ajudar na identificação de soluções, oferecer ambiente terapêutico. 
Ambiente terapêutico
Promoção e recuperação da saúde mental em ambiente terapêutico e seguro, desenvolvido pela equipe de saúde de forma interdisciplinar, com o cliente e sua família.
Inclui pessoas, local, estrutura física e clima emocional.
Características: estrutura física e características sociointeracionais.
Considerações finais
Destaca-se a importância da comunicação no desenvolvimento do processo de enfermagem e do relacionamento terapêutico;
Relacionamento terapêutico. 
Quanto aos recursos terapêuticos, é prerrogativa dos enfermeiros a implementação e gerência, que devem ser planejados em equipe interdisciplinar. 
Humor e Afeto
• Alguns autores usam como sinônimo e outros fazem a seguinte diferença: • Humor: emoção constante e predominante. Maneira que a pessoa alega estar se sentindo (humor declarado/o que sente).
• Afeto: expressão externa da resposta emocional do paciente. Como a pessoa parece estar se sentindo (inclui expressões faciais, postura, contato visual, choro etc).
	Variações de HUMOR
	Eutímico: faixa normal 
	Exaltado: ar de confiança e
alegria (patológico ou não)
	Disfórico: estado de ânimo
desagradável
	Eufórico: alegria intensa e
desproporcional
	Irritável: facilmente provocado
até a raiva
	Deprimido: tristeza patológica
	Lábil: oscilações súbita e
imotivadas
	Êxtase: intensidade de
sentimento
	Expansivo: expressão
superestimada de sentimentos
sem restrições
	Anedonia: perda total ou parcial
de interesse.
Humor e Afeto
• Aspectos comportamentais a serem avaliados no exame do estado mental; • Avaliação com base em observação e indagações; • Descrição do humor baseia-se em: tipo, adequação, labilidade e intensidade.
Humor
• Tipo: raiva, ansiedade, alegria, amor, desdém, asco, medo, culpa, tristeza, vergonha e surpresa.
• Labilidade:
alterações súbitas de humor, de êxtase embotamento afetivo ou a lágrimas, em questão de minutos.
Humor
• Adequação: estimativa corresponde à situação do quanto o humor e ao conteúdo do pensamento, justificativa e espontaneidade da reação do paciente. • Intensidade: leve, moderada ou grave.
Transtornos Afetivos ou do Humor
• O sintoma central é a alteração do humor/afeto. Afeta diversas áreas da vida do indivíduo (profissional, familiar, social) e a maioria dos outros sintomas são menos
prejudiciais ou consequência do humor alterado. • Tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode relacionar-se com eventos estressantes. • Não se classifica como transtorno do humor quando a alteração de humor seja causada por outra doença ou por medicamentos. Nesse caso, será apenas um sintoma.
Transtorno Afetivo ou de Humor
• Tipos: • Transtorno Depressivo Maior; • Transtorno Bipolar (tipos I e II); • Distimia;• Ciclotimia; • Outros.
Transtorno Depressivo Maior (TDM)
• Cinco ou mais sintomas durante período mínimo de 2 semanas, sendo pelo menos um
dos sintomas: humor deprimido ou perda de interesse ou prazer.
Sintomas de TDM
• Predomínio de humor deprimido (Ex. sentimento de vazio). • Diminuição do prazer nas atividades. • Perda ou ganho de peso significativo. • Insônia ou hipersônia. • Agitação ou retardo psicomotor. • Fadiga ou perda de energia.
Sintomas de TDM
• Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva. • Diminuição da concentração e capacidade de pensar, indecisão. • Pensamentos recorrentes sobre morte, ideação suicida ou tentativa de suicídio. • Angústia e prejuízo nas atividades, sociais, ocupacionais etc. • Não são causados diretamente por substâncias psicoativas.
Transtorno Bipolar
• Período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritadiço com duração mínima de 1 semana. • Autoestima inflada, redução da necessidade de sono, pressão de fala, fuga de ideias, distrabilidade, agitação psicomotora, envolvimento excessivo em atividades
prazerosas com potencial para conseqüências dolorosas.
• Tipo I
Apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses. Tanto na mania quanto na
depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.
Tipo II
• Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador. 
Ciclotimia
Considerada uma versão mais branda do distúrbio bipolar, uma vez que os episódios de hipomania e depressão tendem a ser de menor duração (cerca de quatro dias ou menos) e de menor gravidade.
Teorias e modelos para o desempenho da função de terapeuta do Enfermeiro
• Psicanálise (Freud, Jung) • Comunicação terapêutica (Ruesch) • Terapia centrada na pessoa (Rogers) • Terapia cognitiva (Beck) • Terapia comportamental (Skinner) • Modelos grupais (Moreno, Pichon Revière) • Interação terapêutica (Orlando, Travelbee, Peplau)
Psicofármacos
• Antidepressivos: diminui a intensidade dos sintomas e a tendência suicida. • A resposta inicial o tratamento pode variar de 1 a 6 semanas, os efeitos terapêuticos aparecem de
2 a 3 semanas após o início do tratamento e os efeitos colaterais, após a primeira tomada de
medicação. • Manutenção por cerca de 6 meses e retirada gradual da medicação (abstinência). Psicofármacos. Carbonato de Lítio: eficaz no controle (e não na cura) de flutuações do humor. Contra-indicação: insuficiência renal aguda, infarto agudo do miocárdio e o 1º trimestre da gravidez. - Atentar para a necessidade de várias semanas para que a melhora inicie-se.- Auxiliar na adesão ao tratamento. - Ingesta adequada de sal e hidratação com líquidos.- Avaliar função renal (litemia).
Psicofármacos
• Sedativo Hipnótico: reduz a inquietação e tensão emocional, além de serem usadas para induzir sedação e sono. • É mais um tratamento sintomático, nenhum desses medicamentos produz um estado que seja idêntico ao do sono natural e inúmeros deixam o indivíduo, no dia seguinte, com sensação de "ressaca": dor de cabeça, sensação de noite mal dormida e mal estar.
Cuidadosde Enfermagem na Administração de Psicofármacos
Administração de Psicofármacos
• Verificar armazenamento apropriado (luz, temperatura, calor), validade, identificação correta do frasco (rótulo com nome e dosagem).• Certificar-se da regra dos cinco certos: medicamento certo, via certa, dose certa, hora certa e paciente certo. • Verificar sinais vitais antes e após ministrar os fármacos considerando o período de absorção de cada um. • Não ignorar queixas dos pacientes referentes aos efeitos colaterais dos fármacos.
Assistência de Enfermagem
• Avaliar no Exame do Estado Mental: - Aparência; - Psicomotricidade; - Fala; - Humor;
- Atenção e memória; - Conteúdo do pensamento; - Sono.
Considerações finais
• Contribuição do Enfermeiro no acolhimento e cuidado à pessoa com transtorno afetivo, com
base na sistematização da assistência; • Necessidade de conhecimento acerca dos transtornos afetivos e das possibilidades de tratamento.
Componentes do exame psíquico
Apresentação
Atitude
Contato
Consciência
Atenção
Orientação
Memória
Senso-percepção
Pensamento
Crítica e Noção de Doença
Humor e Afeto
Psicomotricidade 
Apresentação
Aparência física do paciente;
Vestes e condições de higiene;
A apresentação poderá, portanto, estar adequada, descuidada, exagerada, bizarra, dentre outros adjetivos. 
Atitude
De que maneira o paciente se posta diante do examinador? Esta pergunta será respondida com base na descrição de sua atitude. 
Alguns pacientes adotarão atitude ativa e colaborativa, respondendo às perguntas adequadamente. Outros, colocar-se-ão de forma negativista, seja ignorando intencionalmente as perguntas e solicitações do examinador (negativismo ativo), seja por se encontrarem alheios e indiferentes aos que lhes é solicitado ou perguntado (negativismo passivo). 
Contato
Impressão subjetiva do examinador referente à entrevista daquele paciente. Foi fácil a realização da entrevista?
Foi difícil estabelecer empatia com o mesmo?
Quais sentimentos e emoções foram experimentados pelo examinador em relação ao paciente? 
Consciência
Consciência neurológica: ao grau de vigília. Poderá estar preservada (paciente lúcido, consciente ou vigil) ou rebaixada (paciente sonolento, obnubilado ou torporoso). 
O termo “confusão mental” corresponde, em termos genéricos, a qualquer grau de rebaixamento do nível de consciência, excetuando-se o coma. 
Atenção
Capacidade de direcionar ou focar a vida mental em determinados estímulos específicos. 
Atenção voluntária (tenacidade): capacidade de direcionar, voluntária ou involuntariamente, a vida mental para um estímulo específico.
Orientação
Capacidade de um indivíduo de conseguir situar-se tempo-espacialmente (em relação ao ambiente) e quanto a si mesmo;
Didaticamente, divide-se a orientação em autopsíquica (identidade do eu) e alopsíquica (quanto ao mundo externo, subdividida em orientação temporal e orientação espacial). 
Memória
É a função psíquica responsável pela fixação, armazenamento e evocação dos estímulos e vivências. 
Embora existam diversas classificações e subsistemas de memória, uma das mais adotadas é aquela que leva em consideração o tempo decorrente entre a fixação do estímulo e sua evocação. 
Com base neste critério, podemos classificar a memória em imediata, recente e remota. 
Senso-percepção
As sensações resultam dos efeitos produzidos por estímulos externos sobre os órgãos dos sentidos enquanto as percepções correspondem a fenômenos psíquicos relacionados ao reconhecimento e significado subjetivo das sensações. 
Ilusões e alucinações.
Nas ilusões, o paciente vivencia uma representação mental distorcida de um objeto externo presente. São basicamente restritas à esfera visual. 
Alucinação: falsa percepção, na qual se vivencia uma experiência sensorial, mas o estímulo físico correspondente a essa experiência está ausente.
Tipos: visual, auditiva, olfativa, gustativa, tátil, somática, comando, e outras.
Pensamento
Será avaliado indiretamente, com base no discurso do paciente. Dimensões do pensamento: curso, forma e conteúdo.
Curso: velocidade do pensamento, das ideias que se encadeiam umas nas outras. O curso pode estar lentificado, acelerado ou normal.
Conteúdo: ideias expressas pelo paciente (ideias suicidas, desejo de morte, planos para o futuro, ideias obsessivas, delírios). 
Delírio: crença incompatível com a realidade, ou seja, convicção que não se submete às evidências impostas pelo mundo real. 
Norteadores da crença delirante: convicção, inflexibilidade, certeza, intensidade, significância, preocupação e impacto comportamental. 
Temas delirantes comuns: persecutório, grandeza, influência, ciúme, místico, somático.
-Forma: modo como as ideias se encadeiam umas nas outras. A forma habitual do pensamento normal é chamada de agregada, na medida em que as ideias se encadeiam de maneira natural e harmônica, mudando-se gradualmente de um tema para outro. 
Crítica e noção de doença
Insight: o quanto de compreensão o mesmo apresenta em relação a seu próprio estado mental. 
Crítica: percepção da inadequação ou da gravidade que o paciente tem de suas vivências ou de seu comportamento.
Noção de doença se refere a quanto o paciente admite que tais vivências ou comportamento anormais são decorrentes de doença mental 
Humor e afeto
Descrição do estado emocional do indivíduo durante a avaliação. 
Humor: emoção constante e predominante. Maneira que a pessoa alega estar se sentindo (humor declarado).
Afeto: expressão externa da resposta emocional do paciente. Como a pessoa parece estar se sentindo (inclui expressões faciais, postura, contato visual, choro etc).
Psicomotricidade
Fenômenos motores exibidos pelo paciente durante a entrevista.
Do ponto de vista quantitativo: oscila entre o retardo psicomotor ou agitação psicomotora. 
O paciente poderá, assim, estar inquieto, acelerado, lentificado, apático, dentre outros termos. 
Quadros de extrema agitação psicomotora são também denominados estados de furor, enquanto estados de extrema inibição psicomotora são chamados de estados de estupor, onde se observa imobilidade e mutismo. 
Alterações qualitativas: movimentos repetitivos estereotipias (movimentos contínuos de média complexidade), os maneirismos (movimentos de alta complexidade e bizarros) e os tiques (de baixa complexidade e podem ser suprimidos pela vontade). 
	Primeiras propostas e ações para a reorientação da
assistência:
- II Congresso Nacional do MTSM (Bauru, SP),
em 1987, adota o lema “Por uma sociedade sem
manicômios.
- I Conferência Nacional de Saúde Mental (Rio
de Janeiro).
- surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na cidade
de São Paulo, em 1987
	Repercussão Nacional: processo de intervenção, em 1989, da Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SP) em um hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local de maus-tratos e mortes de pacientes. a possibilidade de construção de uma rede de cuidados efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico.
	1989- entrada no Congresso Nacional o Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado (PT/MG), que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos
mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. É somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que a Lei Paulo Delgado é sancionada no país.
	O processo de desinstitucionalização de pessoas longamente internadas é impulsionado, com a criação do Programa “De Volta para Casa”. CONSOLIDAÇÃO COMO POLÍTICA OFICIAL DO GOVERNO FEDERAL
	Lei Federal 10.216
	 redireciona a assistência em saúde mental. tratamento em serviços de base comunitária. dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais. não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios impõe novo impulso e novo ritmo para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil.
	Lei 10216
	 São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
 I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde,
consentâneo às suas necessidades;II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo
de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela
inserção na família, no trabalho e na comunidade;
 III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
 IV – ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
 V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para
esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
 VI – ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
 VII – receber o maior número de informações a respeito de sua
doença e de seu tratamento;
 VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos
invasivos possíveis;
 IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de
saúde mental
	Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça
	REDUÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES PELO
AUMENTO DE TRATAMENTO ALTERNATIVOS
	RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS
- PROPOSTA DO MS
- são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, egressas de hospitais psiquiátricos ou não reintegração na comunidade.
	Deve acolher, no máximo, oito moradores; Um cuidador é designado para apoiar os moradores nas tarefas, dilemas e conflitos cotidianos do morar, do co-habitar e do circular na cidade, em busca da autonomia do usuário; Cada residência deve estar referenciada a um Centro de Atenção Psicossocial e operar junto à rede de
atenção à saúde mental dentro da lógica do território.
	PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA
 um dos instrumentos mais efetivos para a reintegração social das pessoas com longo histórico de hospitalização Criado pela lei federal 10.708, encaminhada pelo presidente Lula ao Congresso, sancionada em 2003. pagamento mensal
 de um auxílio-reabilitação, no valor de R$240,00
	CAPS
 possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de atenção diária;
 promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica.
	NA RAPS está Presente
	 Na Atenção Básica • Unidade Básica de Saúde; • Núcleo de Apoio a Saúde da Família; • Consultório de Rua; • Apoio aos Serviços do componente Atenção
Residencial de Caráter Transitório; • Centros de Convivência e Cultura. Atenção Psicossocial Estratégica • Centros de Atenção Psicossocial nas suas diferentes modalidades. Atenção de Urgência e Emergência • SAMU 192; • Sala de Estabilização; • UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência /pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde. 
	Atenção Residencial de Caráter Transitório • Unidade de Acolhimento; • Serviço de Atenção em Regime Residencial. Atenção Hospitalar • Enfermaria especializada em hospital geral; • Serviço Hospitalar de Referência (SHR) para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades
 ecorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Estratégia de Desintitucionalização • Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); • Programa de Volta para Casa (PVC). Estratégias de Reabilitação Psicossocial • Iniciativas de Geração de Trabalho e Renda; • Empreendimentos Solidários e Cooperativas Sociais.
Acadêmico de Enfermagem 
Elaborado Por Davi De Freitas

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