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Paramixovirus resumo

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Paramixoviridae 
Brenner Boconcelo 
 
• Os paramixoviridae incluem os gêneros paramyxovirus, morbillivirus e pneumovirus e os recém descobertos virus Nipah e Hendra. 
• Os paramixovirus são virus relativamente grandes que possuem um genoma de RNA monocatenário de sentido negativo. 
• Possuem um nucleocápside helicoidal e uma envoltura completa. 
• Possuem uma proteína F que é responsável por realizar a fusão entre o virus e a célula hospedeira. 
 
Virus do sarampo 
• Virus pertencente à família paramixoviridae. 
• Virus causador do SARAMPO, possui RNA monocatenário de sentido negativo. 
• Possui envoltura completa. 
• O virus possui a capacidade de passar de uma célula a outra diretamente e eludir o sistema imunológico humoral. 
• O virus do sarampo é transmitido via respiratória, gotículas respiratórias de uma pessoa a outra. 
• O virus se replica sumamente nas células epiteliais das vias respiratórias e dos monócitos e linfócitos, e se disseminando através do sistema 
linfático, e mediante viremia através de células. 
• A ampla disseminação do virus do sarampo provoca uma infecção da conjuntiva, das vias respiratórias, do aparato urinário, dos pequenos vasos 
sanguíneos e sistema linfático e nervoso central. 
• O exantema maculopapuloso característico do sarampo é consequência da ação dos linfócitos T imunes dirigidos frente as células endoteliais 
infectadas pelos virus, que revestem o interior dos vasos sanguíneos. 
• Durante o período de incubação, o sarampo reduz a contagem de eosinófilos e linfócitos T e B. 
• O virus deprime a resposta imunitária mediante a infecção de linfócitos e monócitos e a depressão da produção de interleucinas. 
• O virus do sarampo pode provocar encefalite através da infecção direta dos neurônios, encefalite pós infecciosa, panencefalite esclerosante 
subaguda PEES que é provocada por uma variante infecciosa do vírus. 
• A incidência de infecção alcança um máximo no inverno e primavera, sendo uma das infecções mais contagiosas conhecidas. 
• A doença começa com febre elevada, tosse, conjuntivite, rinite e fotofobia > sigla TCRF. 
• As lesões típicas da doença se encontram na região bucal junto aos molares, lesões mucosas esbranquiçadas chamadas manchas de Koplik. 
• Imediatamente depois das manchas de Koplik, iniciam-se o exantema generalizado, que começa embaixo das orelhas e por fim se estende por 
todo o corpo. 
• Em pacientes que desenvolvem a pneumonia por complicação, é comum o surgimento de infecções bacterianas secundárias, 60% das mortes por 
sarampo se dá pela pneumonia, normalmente em pacientes imunodeprimidos ou pacientes que vivem em países subdesenvolvidos e com a 
qualidade de vida e alimentação precária. 
• Uma das complicações mais graves do sarampo é a encefalite que acomete cerca de 0,5% dos casos de sarampo. 
• O diagnóstico do sarampo pode ser feito através do Elisa para a detecção dos antígenos, PCR-RT, e pelas características clínicas e histórico do 
paciente. 
• O tratamento do sarampo é feito através da imunização da vacina tríplice viral SPR (sarampo, parotidite e rubéola). 
 
Virus da Parainfluenza 
• Foram descobertos ao final dos anos 50, são frequentes causadores de sintomas de resfriado e doenças respiratórias. 
• Possuem genoma de RNA e envoltura completa. 
• São causantes de infecções das vias respiratórias inferiores em lactantes e crianças, podem causar sobre tudo laringotraqueobronquite. 
• Os Parainfluenza infectam as células epiteliais das vias respiratórias superiores, onde raramente causam viremia. 
• Os virus manipulam o sistema imunológico celular para limitar a memória imunitária. 
• O virus se transmite via gotículas respiratórias, estes virus se estendem com facilidade por hospitais provocando brotes epidemiológicos nos 
serviços de neonatologia e pediatria. 
• As enfermidades produzidas por estes virus são normalmente sintomas de resfriado e doenças das vias respiratórias superiores, como faringite, 
rinite, bronquite leve, febre e sibilancia, bronquiolites e também pneumonia (comum em anciões/idosos), em determinados casos levam a 
laringotraqueobronquite. 
• A laringotraqueobronquite provoca uma infamação subglótica que pode obstruir as vias respiratórias, onde os pacientes infectados apresentam 
ronqueira, sibilancia, taquipneia, taquicardia, retração e supraesternal. 
• O diagnóstico consiste em isolamento viral de lavados nasais e secreções respiratórias. 
 
 
 
 
 
Paramixoviridae 
Brenner Boconcelo 
 
Virus da Parotidite 
• O virus da parotidite é o agente etiológico causador da parotidite aguda benigna vírica (vulgo Caxumba), que se caracteriza por uma tumefação 
dolorosa das glândulas salivares. 
• É um virus que possui genoma de RNA. 
• Possui envoltura completa. 
• O virus infecta primeiramente as células epiteliais das vías respiratórias superiores e infecta a glândula parótida através do conduto de Stensen 
por viremia. 
• O virus se dissemina para todo o organismo por viremia até os testículos, os ovários, pâncreas, glândula tiroide e outros órgãos, a infecção do 
sistema nervoso central pode ocorrer em até 50% dos casos. 
• O virus se transmite por gotículas respiratórias e contato direto, em países sem controle de vacinação, 90% das crianças < 15 anos sofrem 
infecção pelo virus da parotidite. 
• As incidências da doença são mais comuns na primavera e inverno. 
• O quadro clínico se manifesta em forma de parotidite acompanhado de febre, dor a mastigação, mal-estar, e tumefação da desembocadura do 
conduto de Stensen. 
• A enfermidade pode evoluir para mastite, epidídimo-orquite, ooforite, pancreatite, meningoencefalite e tireoidite. (Muitas vezes há a ausência da 
parotidite) 
• 10% dos pacientes podem apresentar meningite leve. 
• O diagnóstico pode ser feito através da imunofluorescência, e isolamento do virus na saliva, urina e orofaringe. 
• Há vacinas para a parotidite (tríplice viral SPR). 
 
Virus respiratorio sincitial 
• O virus respiratório sincitial (VRS) foi isolado pela primeira vez em 1956, é um virus membro do gênero pneumovirus. 
• É a causa mais aguda e mortal de infecções respiratórias em lactantes e crianças. 
• O virus produz a formação de sincítios, onde o virus infecta o epitélio respiratório, produzindo lesões celulares e necrose dos brônquios e 
bronquíolos, onde a necrose forma um tampão mucoso nas vias aéreas menores. 
• As infecções quase sempre se produzem no inverno, atenção, a introdução do virus em uma sala de cuidados intensivos de lactantes pode causar 
resultados devastadores! 
• O virus se transmite via aerossóis, mãos e fômites. 
• O virus respiratório sincitial causa enfermidades nas vias respiratórias desde comuns resfriados até pneumonias, rinorréia abundante, 
bronquiolite, febre, taquipneia, taquicardia, e roncus respiratórios. 
• O diagnóstico laboratorial se dá por PCR-RT de lavados nasais e imunofluorescência. 
• Tratamento à base de oxigenoterapia, controle dos sintomas, se há autorizado a utilização de ribavirina e imunoglobulinas anti-VRS.

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