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Resenha A obrigação como processo

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Centro Universitário Presidente Tancredo Neves
	
A OBRIGAÇÃO COMO PROCESSO
Clóvis V. do Couto e Silva
Direito Civil III
 Grupo: Alexandra Silva, Larissa Bianchini, Letícia Lima, Thiago Coimbra, Nicholas Somers, Moema Martins, Gabriela Lara.
2017
 Autonomia da vontade, quando a mencionamos estamos falando de um direito que o sujeito possui somente pelo fato de ser humano; e o mesmo deverá ter a oportunidade de fazer cumprir esse direito, podendo realizar o negócio jurídico de acordo com seus interesses dentro de seu direito; direito de ambas as partes.
	É valido ressaltar o Macro-Príncipio, entre outros de suma importância: O princípio de operabilidade; onde devem ser práticas no direito civil procurando trazer dinamismo, facilidade, objetividade. Outro ponto a ser destacado é o princípio de sociabilidade, onde os interesses gerais são mais importantes do que os direitos individuais, a partir dessa noção é que surge a ideia de função social dos contratos, função social da empresa, função social da propriedade, função social da posse.
 A função decorre da sociabilidade do código civil; outro grande princípio é a eticidade, as relações de direito devem ser pautadas na ética e a partir daqui surge o conceito de Boa Fé, onde o código civil de 2002 incorporou noções históricas do código civil Romano, Francês e o código alemão também trouxe noções sobre a boa-fé.
	Há distinções entre a boa-fé subjetiva e objetiva; a boa-fé subjetiva diz respeito a um estado psicológico da pessoa, ou seja, aquele que está de boa-fé ignora algum fato do caso concreto; por exemplo, possuidor de boa-fé ignora o vício da posse. E essa boa fé do possuidor é subjetiva, pois diz diretamente a pessoa do sujeito que está de boa-fé. Agora, quando se trata da boa-fé objetiva não diz respeito a elementos internos do sujeito e sim a elementos externos, é uma regra de comportamento, esperados da sociedade.
	A primeira função de boa-fé é a interpretativa, todos os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com a boa fé e com os costumes do local; encontrada no art. 113 do Código Civil; nortear o aplicador do direito.
	Outra função é a limitadora, os negócios jurídicos podem ser limitados pela boa fé impedindo o abuso do direito; encontramos sobre essa função da boa fé no art. 413 do código civil; a boa-fé limita os negócios jurídicos, encontramos a cláusula penal: se for abusiva pode ser revista pelo juiz.
	Ainda sobre Boa Fé devemos mencionar a função integrativa, traz deveres anexos aos negócios jurídicos; são deveres de informações, deveres de segurança, de lealdade, de compromisso, de cooperação, de ajuda, de proteção, são deveres que está ao credor do negócio jurídico; antes mesmo de termos o contrato formado a boa-fé já estava incidindo nas tratativas; Exemplo: tem-se o dever de informar ao contratante, as regras do contrato; E depois que o contrato estiver formado e concluído as regras da boa-fé que expõe esses deveres anexos também vão incidir, tem-se responsabilidade civil pré contratual e pós contratual, isto devido a boa-fé decorre da eticidade, essas são as três funções da boa-fé.
	Em relação ao inadimplemento, caso o sujeito venha a descumprir o contrato ele deve certamente reparar, reembolsar o dano; nestes casos não é admissível da outra parte atos de coação, ofensa a dignidade, cobranças ilegais.
	 O adimplemento surge no mundo jurídico, totalmente desligado da série de atos que o antecederam, e situado no plano do direito das coisas. O adimplemento determina o afastamento, a liberação, e na etimologia da palavra solutio surpreende-se vigorosamente essa ideia. Ao tempo do direito comum, construía-se o adimplemento como contrato. Há assim dias fases: a fase do nascimento, desenvolvimento dos deveres e a fase do adimplemento.  Entendemos assim que o adimplemento importa em transmissão da propriedade.  
	No direito romano, causa aparece relacionada com a condictio e com a traditio, que apesar de evidenciarem a nítida separação entre o plano do direito das obrigações e o do direito das coisas, a ideia de caixa permanece nas sombras.  O conceito atual de causa se deve muito aos juristas medievais, que puderam depois de um longo tempo concluir que a causa é uma obrigação antecedente, que começa, em verdade com a unificação dos conceitos de causa na traditio e na condictio.
	Com os dados do direito romano e medieval, o direito moderno reelaborou a teoria da causa. Surgindo então duas linhas de pensamento, objetiva e subjetiva. Já, se tratando de transferência de bens, não há atribuição sem causa, a causa existe sempre.
	Para melhor compreender a estrutura jurídica dos negócios de adimplemento é preciso confrontar nosso sistema com o alemão, que muito influenciou.    No direito germânico, o direito das obrigações e o direito das coisas são rigidamente separados, nada impedindo que a separação possa ser considerada de modo relativo, fazendo com que o conceito fundamental para ambos seja o contrato.
	No direito brasileiro, o sistema adotado no Código Civil é o da separação relativa, nesse sistema o que dá conteúdo ao negócio é a declaração de vontade, pois nesta a vontade de criar obrigações é naturalmente a vontade de adimplir o prometido. 
	A principal causa da separação dos planos é a determinação do objeto da dívida, comparando a determinação do sujeito do vínculo obrigacional com o objeto da prestação. O objeto da prestação deve ser determinado antes do adimplemento, pois não é apenas o pagamento que extingue a dívida, mas o pagamento eficaz.
	Em uma relação jurídica é fundamental a aplicação sociológica no termo processual na ciência do direito, pois há um elo entre o processo e as fontes (gênese dos deveres) no desenvolvimento do vínculo, recebendo a denominação de ''processo social'' que consiste no recorrente surgimento de inusitadas questões sociais, podendo ser solucionado com o auxílio da sociologia e das jurisprudências.
	A constante mutação dos comportamentos sociais e as lacunas legislativas causam certa complexidade do acompanhamento do sistema jurídico na interpretação judicial e doutrinária nos novos valores e princípios culturais colocados em pauta o que gera ''crise da teoria das fontes'', que resulta no reconhecimento de princípios meta-jurídica tradicionais no direito como ciência, seguindo rigorosamente a fundamentação no raciocínio dedutivo. Essa lógica formalista é denominada como suporte fático, sendo causa do direito subjetivo, necessária para a concretização dos direitos e obrigações com a aplicação da norma ao sujeito, ao predicado e na relação de ambos nos efeitos jurídicos, podendo ser simples ou complexo. É válido ressaltar que existem fatos jurídicos ineficazes, que são os negócios jurídicos sob condição suspensiva.
	O negócio jurídico ressaltado anteriormente é objeto da obrigação da prestação, sempre sendo constituída de um ato humano autônomo em todas as suas esferas, é a eficácia de fato jurídico, mesmo naquelas em que não há a manifestação da liberdade fática de estabelecer clausulas. Além do negócio jurídico, há outros atos voluntários, como os ''atos em sentido estrito'' em que independentemente da vontade, os efeitos serão somente aqueles regulamentados pela lei onde são tomadas as providências quanto à anulabilidade, nulidade, capacidade, vício da vontade e entre outros. As categorias mais frequentes de atos em sentido estrito são: Interpelações (exigências de pagamento); determinação de prazos; comunicações a respeito; certos reconhecimentos, que podem constituir atos de adimplemento de dever anexo, ou seja, ato-fato que são a produção de fatos no mundo jurídico que são advindos dos atos existenciais que são as necessidades básicas do indivíduo perante as bases estruturais da sociedade.
	Dentro do negócio jurídico é suma importância o vínculo obrigacional, em que este possui graus distintos de intensidade na sua aplicação sendo via de regra possui um valor econômico apresentando. A alteração na questão da responsabilidadedo pagamento desenvolveu-se o conceito de débito que passou o direito de exigir do credor, sendo a prestação primária correspondente ao débito e a secundária como a responsabilidade sendo relacionada com perdas e danos, apesar dessa enumeração ambas as classificações tendem a ser unificadas, formando assim a obrigação perfeita.
	A obrigação perfeita é definida pela possível pretensão de adimplemento ou perdas e danos que o credor possui que são as de dar, restituir, fazer e não fazer. Essas obrigações principais se dividem em perfeitas (é a pretensão da ação) e imperfeitas (ausência da pretensão). As obrigações naturais não possuem pretensão e ação, portando sua eficácia é de menor intensidade, elas são de modo geral: as de jogo e aposta, as de honra e as de crédito com pretensão prescrita, sendo comum a todas essas a questão do dever denominando-se no conceito jurídico como ''meros deveres em oposição à obrigação''.
As dívidas prescritas significam que, após um certo período de tempo a dívida não pode mais ser cobrada em juízo. Entretanto, a dívida em si continua existindo, por isso. O que não existe mais é a obrigação legal de pagá-la. Por isso se diz que as dívidas prescritas são dívidas dotadas de pretensão e ação. De nenhum modo podem ser consideradas simples deveres
A existência de deveres acessórios decorrentes da relação contratual apenas constitui do vínculo obrigacional como relação complexa e dinâmica implica reconhecer que mesmo adimplido o dever principal, ainda assim pode perdurar a relação jurídica. Sob essa ótica, a boa-fé, adotada no atual ordenamento também na acepção objetiva, se apresenta não só durante a vigência do contrato, mas também nas fases pré e pós-contratuais. Os princípios da relatividade envolvem deveres a serem cumpridos por terceiros, estranhos à sua celebração. O objetivo deste trabalho é analisar a boa-fé objetiva como parâmetro que veda o comportamento contraditório ou lesivo das partes contratantes, que devem atuar leal e positivamente em prol do cumprimento do contrato, cujas obrigações não mais se exaurem em decorrência do término do vínculo negocial.
A concepção processual no sentido de que o processo é um meio de interesse público na busca da justa aplicação do ordenamento jurídico no caso concreto exige um juiz ativo no centro da controvérsia e a participação ativa das partes, por meio da efetivação do caráter isonômico entre os sujeitos do processo. Trata-se então de uma evolução do princípio do contraditório. Por essa razão, quando se fala em princípio da colaboração, destaca-se a necessidade de responsabilização dos vários agentes do processo. Trata-se, na verdade, de “deveres anexos” comuns a qualquer relação contratual (lealdade, boa-fé objetiva, informação).
Sobre os deveres independentes e dependentes, ambos surgem com a criação do vínculo da relação obrigacional. Os independentes são aqueles capazes de serem acionados depois da prestação da obrigação principal, ganhando vida própria. Os dependentes são pertenças das obrigações principais, não possuindo acionabilidade própria.
Já os deveres do credor, na concepção atual de relação jurídica, em virtude da incidência do princípio da boa-fé, é a de uma ordem de cooperação, em que se aluem as posições tradicionais do devedor e credor. Com isso, ele não deixou de ser o credor, sujeito ativo da relação, mas reconheceu-se que a ele cabiam certos deveres. Não caberá, a toda evidência, a efetivação da obrigação principal, porque isso é pensão precípua do devedor. 
A questão que ora se propõe é a dos reflexos que podem decorrer, para as partes, da impossibilidade, originária ou superveniente, das prestações colocadas sob alternativa ou opção de escolha.
        Dispõe o art. 253 do Código Civil:
“Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra”.
       Na hipótese da impossibilidade originária, ou da impossibilidade superveniente, de uma das prestações, por causa não imputável a nenhuma das partes. Cuida-se de impossibilidade material, decorrente, por exemplo, do fato de não mais se fabricar uma das coisas que o devedor se obrigou a entregar, ou de uma delas ser um imóvel que foi desapropriado. A obrigação, nesse caso, concentra-se automaticamente, independentemente da vontade das partes, na prestação remanescente, deixando de ser complexa para se tornar simples. 
Em se tratando de perecimento culposo, devido, portanto, à conduta imputável ao devedor, o princípio é de que este responderá pelo equivalente mais perdas e danos. Cogitando-se de deterioração, por sua vez, o princípio é o de que "poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos"
É admissível, nos contratos de prestação duradouros corrigir-se, em nome da justiça imanente nos contratos, no sinalagma, as desproporções determinadas pela desvalorização da moeda.
A teoria da base do negócio jurídico, tal como está formulada, abrange dois aspectos: o subjetivo e o objetivo. Sob o aspecto subjetivo, de expectativa ou previsão comum de ambas as partes, inegavelmente encontra obstáculo na determinação do art. 90 (140) do Código Civil. No sentido de base objetiva do negócio (isto é, de que o negócio jurídico, segundo o conceito imanente da justiça comutativa, supõe a coexistência de uma série de circunstâncias econômicas, sem as quais ele se descaracteriza), sem dúvida alguma vige e é utilizável em nosso direito.
Teoria do Risco, chamada de objetiva, segundo a qual aquele que em virtude de sua atividade cria um risco de danos a terceiros, fica obrigado a reparar, sendo irrelevante que a ação do agente denote imprudência ou negligência.
Em se tratando de contratos bilaterais, o risco corre por conta do devedor da prestação. No que toca, porém, à transferência de propriedade de coisas móveis, o risco só se transfere do vendedor ao adquirente com a tradição.
O princípio nas obrigações unilaterais é de que o risco corre para o credor. Assim é porque, embora o devedor fique sem a propriedade do bem destruído, ainda que este deixe de integrar o seu patrimônio como direito real, supondo-se uma relação de direito material alienante - proprietário -adquirente, quem perde a pretensão, em decorrência do desaparecimento do bem, é o credor
	O mundo obrigacional, pelo sistema em que se filia implícita ou explicitamente a maioria dos códigos, e que se fundamenta na dogmática romana, tende aí, de modo perceptível, para o direito das coisas, guardando, porém, separação – separação essa que o senso genial dos juristas clássicos já havia pressentido.
 	Obrigações de Restituir devolvem-se a pessoa a posse da coisa, enquanto na obrigação de dar não se manifesta esse aspecto.
	Obrigação de dar como processo a é de grande importância a dogmática o exame do desenvolvimento da obrigação de dar, principalmente quando o seu adimplemento implique a transmissão de propriedade ou posse. O processo da obrigação de dar é mais perceptível quando se cuida de dívidas genéricas ou alternativas, o qual pode ser observado através das atividades levadas a efeito do mundo social, a que correspondem fases e conceitos no mundo jurídico.
	O desenvolvimento da obrigação é o fim jurídico que a comanda e a orienta, e, por esse motivo, afirma-se que ela se dirige ao adimplemento para, por meio deste satisfazer o interesse do credor. Na obrigação de dar que colime o efeito de transferir direito de propriedade ou posse, suscita-se a indagação de que em certo tipo de credito, ainda no plano do desenvolvimento do vínculo, se manifestem traços característicos de direito real.
	Nessas obrigações de dar propriamente ditas, o problema surge naquelas situações em que uma das fases consiste em transferir a posse, ou em que se admita o registro no alvo imobiliário. A doutrina tem entendido que a cláusula de vigência da locação de coisa locada, uma vez registrada, constituiria um verdadeiro ônus realque acompanharia o imóvel, indo além da doutrina em voga na França.
	A conclusão a que chegaram tinha por base a circunstância de que a transferência da posse de modo duradouro conferia no contorno à figura que, de puramente pessoal, passava a revelar traços específicos dos direitos reais. Sendo a obrigação um processo que se dirige ao adimplemento resolve-se sem dificuldade o problema.
	Execução da Obrigação de Dar à esta pode ser diretamente executada, principalmente quando consistir na transferência de propriedade. Discutiu-se no direito brasileiro se, na hipótese de não querer o devedor cumprir o prometido, caberia ação de adimplemento, ou se somente seria possível pedir perdas e danos.
	O código civil não mencionou explicitamente se caberia, ou não, ação de adimplemento específico (preocise agere). Já tivemos oportunidade de dizer que, desde Martino, se tem admitido a ação direta de adimplemento. Não são todos os sistemas jurídicos que consagram essa possibilidade.
	A ação de direito das obrigações nunca poderá ser ação emergente de ato que se situa no pano dos direitos reais, pois isso veria a ferir o princípio da separação do relativa com o sentido que lhe atribuirmos. A ação é a ordinária de adimplemento. Com a execução, far-se-á penhora do bem, desde que ele se encontre no patrimônio do vendedor.
	Não se pode deduzir que a compra e venda é negócio obrigacional e real. Nessa hipótese cabe a ação de prestação ou de adimplemento, podendo garantir-se o comprador contra uma possível transferência do bem pelo vendedor, in médio tempore, através da pré-notação.
	Essa ação de adimplemento existe enquanto não se presta o devido ou enquanto não se tornou impossível prestar. É preciso, no entanto, atentar que, quando se presta com defeito- por exemplo, com vício redibitório, a ação que compete não é a de prestação, porque esta já se efetivou, mas referente ao “defeito” da coisa, no caso, a de redibição.
	Impossibilidade superveniente à Se tem quando não há culpa do devedor, a prestação secundária não pode ser dada pois a prestação principal, única, foi extinta. Extingue então a obrigação. Como podemos observar, se houve culpa do devedor deve-se então dar ao credor uma opção: ou ele aceita a prestação secundária ou pede em dinheiro a quantia que seria equivalente a prestação principal. Devemos suscitar também que em hipóteses de impossibilidade ou insolvência ocorrer em virtude do fato não imputável ao devedor, cabendo-lhe prova resolvido estará o negócio jurídico.
	Obrigação de restituirá esta entre as obrigações de dar coisas, comunica-se a de restituir. Em razão de diferençar-se da simples obrigação de dar, pois o que se dá, nessa hipótese, é de propriedade do credor, distingue o código civil de maneira mais analítica, nessa parte. De modo geral, trata-se de restituir a posse, e não a propriedade. Em alguns casos referentes a bens fungíveis e consumíveis, a restituição, porém, por não se operar no idem corpus, mas no tantudem, no equivalente, torna-se idêntica à obrigação de dar. É o problema do dinheiro, de coisa móvel e consumível, por excelência, que pode, por vezes, alterar o tratamento jurídico.
	Obrigação de restituir e impossibilidade à quando se trata delas o art 869° do CC formula a regra que se “esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá credor a perda, e a obrigação se resolverá, salvos, porém, a ele os seus direitos até o dia da perda”. O credor terá apenas ressalvado seus direitos até o dia da perda. Assim, quando alguém aluga ou arrenda determinado bem e este vem a destituir-se por ato imputável ao devedor, o inquilino ou arrendatário poderá deixar de pagar o aluguel a partir da data da destruição, sem que o credor, o proprietário ou legitimado que o deu em locação possa exigir o que faltar até o termino do contrato, supondo-se que se trate de contrato a termo. Em hipótese de perda ou deterioração parcial, o código alude no art. 871°, a regra de que o credor a receberá “tal se ache, ... sem direito a indenização”. Desde que não haja culpa do devedor. 
	Esse artigo, porém, não esgota as hipóteses que podem ocorrer. Faculta-se, é certo, ao devedor, a devolução, por outro lado, é certo que, no caso de deterioração do bem a ser restituído, a todas as luzes, a entrega somente ocorrerá mediante o exercício do direito formativo extintivo (denuncia). É de notar-se que o risco aí não abrange o direito de propriedade.
	Não há como distinguir, sob esse ângulo, a impossibilidade total da parcial. No nosso direito, acertadamente, a impossibilidade total distingue-se da parcial no que diz respeito ao tratamento jurídico, no fato de que, na última hipótese, a resolução fica na dependência do exercício do direito formativo extintivo. Confere-se também, via de regra, a faculdade de nivelar economicamente a contraprestação. 
	Deterioração por culpa do devedor à se vê nos arts. 870°,865°; diz respeito a in fine isto é “ responderá pelo equivalente, mais perdas e danos” e no art 867° “ poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.
	Melhoramentos acrescidos à pode ocorrer no desenvolvimento do processo, no período entre o nascimento da obrigação e o seu adimplemento, haja melhoramento no bem a ser prestado. E cabe ao devedor, a restituição da indenização, bem como direito de retenção, se tratar de benfeitorias necessárias e úteis.
	Obrigações de Fazer e Não Fazer à A obrigação de fazer é uma atividade, um serviço que vincula o devedor ao credor. A atividade pode ser física ou material como lavar um automóvel ou fazer um vaso de barro. Pode também configurar uma outra modalidade, como no caso da renúncia de uma herança. 
	A obrigação de não fazer é uma prestação negativa, é o vínculo jurídico entre o credor e o devedor, pelo qual o devedor se compromete a não executar determinado ato, que podia livremente praticar, se não estivesse obrigado em relação ao credor ou terceiro.
	A Obrigação de Fazer como Processo à distinguem-se, também, as fases de nascimento e desenvolvimento e de adimplemento. Em alguns casos esse tipo de obrigação pode ser cumprida constituir negócio jurídico (um exemplo seria o pré contrato de venda de um imóvel) que afirma um “compromisso” de compra e venda, desde que inscrito no registro de imóveis , outorga direito real oponível a terceiros. 
	Obrigação de fazer e patrimonialismo à em se tratando de obrigação de fazer, nem sempre será possível exigir a condenação in natura, em razão do caráter pessoal da prestação. Do momento, interessa a relação entre a obrigação de fazer e a recuperação patrimonial, ou seja, importa saber o aspecto econômico e inerente ao dever, participa de sua definição, ou se é algo a que ele se anexa.
	A patrimonialidade não elemento necessário a definição da obrigação. O fato de se dar ingresso, no plano processual, a certas normas em virtude das quais pudesse ser efetivada a execução coativa de certos deveres, de cujo descumprimento não resultou dano, outro não é senão o decorrente da superação daquele princípio primitivo que permite a justiça privada. Os bens e interesses da vida, de modo geral, podem ser objeto de convenção válida.
	Obrigação de Fazer e Execução; A execução de sentença de obrigações de fazer é um comportamento humano e lícito, sendo a obrigação de fazer positiva, consistente na realização de um ato humano. As obrigações de fazer dividem-se em duas espécies fungíveis e infungíveis, sendo ambas previstas no Código Civil. Diferenciando-se uma da outra.
	Nesse tipo de obrigação o credor “não é obrigado a aceitar terceiro a prestação, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente”. E também esse tipo de obrigação tem o credor contra o devedor certamente a pretensão de exigir o adimplemento. 
 	Obrigações de Fazer e Impossibilidade a este tipo não pode ter objeto indefinido e indeterminado, que colha todas as virtualidades da pessoa. Ela se dirige à prática de um ou alguns atos.Não se cuida aqui algo as obrigações que nasciam pó exemplo na idade média, do contrato vassálio, que era semelhante a algo como a de ingênuo in obsequio. O que também ocorria era algumas dificuldades encontradas pelos juristas e legisladores na feitura das leis, para imaginar as hipóteses de admissão de execução das obrigações de fazer. Então a atividade que deve ser praticada pode-se tornar-se impossível. Nessa parte incidem, em geral, os princípios já anteriormente expostos no que forem compatíveis com as obrigações de fazer, cujo objeto é uma atividade que não resulta imediatamente a transferência ou modificação de direitos subjetivos. Se a impossibilidade for inicial e se tratar de obrigação personalíssima, não se pode falar em mera inaptidão. A obrigação é, então, objetivamente impossível, em virtude de seu caráter pessoal.
	Obrigação de Não Fazer; impõe ao devedor um dever de abstenção, ou seja, de não praticar o ato que poderia livremente fazer se não tivesse obrigado. Se o ato for praticado, o devedor será considerado inadimplente, podendo o credor exigir, com base no artigo 251 do Código Civil, o desfazimento do que foi realizado, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado com perdas e danos.
	Obrigação de Não Fazer e Interesse Patrimonial à examina a questão da patrimonialidade ou não para o conceito de dever e fá-lo como sedes materiae e as obrigações de fazer de non facere. 
	Em alguns casos a obrigação de não fazer, não se pode pensar em ação em que devem ser adimplemento, quando se cuidar de ato que deva ser praticado da omissão em que devem sem adimplidos em momento determinado. Assim quando o momento em que se deve devia realizar a omissão, pratica o devedor ato contrário, não se poderá pensar numa ação de adimplemento por parte do devedor.
	Obrigação de Não Fazer e Impossibilidade à Diz-se que esta obrigação de não fazer é impossível, quando o devedor não se pode abster de praticar ato contrário. A impossibilidade pode ocorrer, e via de regra sucede, por imposição acima do dever de direito privado – de direito público, portanto – como se alguém tivesse sido obrigado a não alienar (não fazer) determinada propriedade durante certo período de tempo, tendo sobrevindo, no fluxo do prazo, desapropriação da área.
	Obrigação de não fazer e actio; Deduz-se que o ato praticado sem que o devedor possa alegar a impossibilidade facultará o credor a exigir dele que o desfaça, sob pena de ser desfeita sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
	Obrigações Genéricas; São as que no momento que nascem, o objeto ainda não está determinado, embora seja determinável. Esta pode ser chamada também de obrigações de dar coisa incerta. A coisa “ será indicada, ao menos, pelo gênero e quantidade, e o devedor terá que prestar objeto de qualidade média, a ele cabendo escolha, “ se o contrário não resultar do título da obrigação.
	Obrigações pecuniárias: é quando a moeda passou a ser considerada como tradicionalmente algo semelhante a mercadoria. Por esse motivo e, sobretudo, por tratar-se de coisa móvel, tem-se aplicado o sistema peculiar a transferência de propriedade, isto é, fazendo-a depender da tradição.
	A obrigação pecuniária é modalidade da obrigação de dar, que tem por objeto o dinheiro, denominador comum da economia. É uma obrigação genérica, de coisas fungíveis, portanto. Só será pecuniária a obrigação que tenha por objeto moeda corrente. Um pagamento a ser feito em moedas raras, ou fora de circulação, para colecionadores, por exemplo, não tem essa característica. Serão elas obrigações específicas ou de dar coisa certa. A expressão "pecuniária" tem sua origem no vocábulo pecus (gado), porque na antigüidade os animais desempenhavam papel das trocas, dada sua fácil mobilidade.
	O desenvolvimento da relação obrigacional cujo objetivo da relação seja dinheiro, pode não ser aplicável às regras comuns as dívidas de propriedade. O objetivo como qualificação dogmática não pode ser visto como algo separado dos elementos que lhe dão forma e perceptibilidade.
	A obrigação era pura e simplesmente de responsabilidade pessoal, depois se tornou convencional, agora é vista como prestação primária ao débito e dever com prestações secundárias a responsabilidade, havendo uma dívida de prestar dinheiro autonomia da vontade. Pode haver obrigações com facultas alternativas como processo, obrigações duradouras, e divisíveis, obrigações reiterada e duradouras em sentido próprio.

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