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Guia de Estudos da Unidade 1 Políticas Públicas e Educação UNIDADE 1

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Políticas Públicas e Educação
UNIDADE 1
1
Para início de conversa
Olá querido(a) aluno(a), tudo bem?
É com imenso prazer que iniciamos a disciplina “Políticas Públicas e Educação”. Entende-se o significado 
da palavra Educação de diversas maneiras. Podemos falar que é o processo de socialização dos indivíduos. 
E a partir dela, aprendemos e construímos uma visão mais ampla, apreendendo e obtendo conhecimentos.
orientações da disciPlina
Vamos juntos, estudar as relações entre a Educação e os mais diversos segmentos na sociedade brasi-
leira, seu desenvolvimento histórico-social, além das diversas políticas públicas existentes no território 
nacional, em seus diferentes níveis de ensino. Diante dessas afirmativas, certamente você já se pergun-
tou por que a teoria se distanciou tanto da prática quando nos deparamos com o ensino no Brasil. Saber 
a história, conceitos básicos e princípios da Educação brasileira se fazem imprescindíveis para o maior 
conhecimento acerca do tema.
Vamos estudar ainda, nessa jornada, o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos em relação 
à Educação, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, 
a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Constituição da República Federativa do Brasil. Veremos também o 
Plano Nacional de Educação (PNE) e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB). 
Como você já visualizou, não falta conteúdo para a disciplina, não é? E para que você tenha sucesso nos 
seus estudos e amplie seus conhecimentos em relação a essa importantíssima temática para futuros 
profissionais em Educação, torna-se vital a busca por outros materiais. Leitura, adquirida através da busca 
pelo conhecimento. Curiosidade em saber cada vez mais. Confiança naquilo que se quer. Eu quero um país 
melhor, com Educação de qualidade. E você?
sisteMa edUcacional Brasileiro – HistÓrico
Brasil colônia
Para que se compreenda como se deu a gênese da educação brasileira, você precisa assimilar a história, 
o passado. Perceber como o conceito europeu/cristão de educação influenciou e influencia nossa história. 
Ou seja, falar da história da Educação é, obrigatoriamente, falar da população Indígena que habitava o 
solo (agora) brasileiro.
Os índios não utilizavam sinais gráficos, isto é, povo, cultura e língua sem nenhum registro escrito. Es-
tavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guarani (povo do 
litoral), aruaque e caraíba na Amazônia, e os tapuias na região onde hoje se situa o planalto central. 
Menos de um mês após a chegada dos primeiros jesuítas sob o comando do Padre Manoel de Nóbrega 
(Sanfins do Douro, 1517 – Rio de Janeiro, 1570), construíram a primeira escola fundamental brasileira, 
em Salvador. Porém, a partir do momento que dizemos que foram os jesuítas que edificaram a primeira 
escola, estamos esquecendo que os índios já educavam suas crianças. 
2
???
A transmissão de conteúdos de dava no dia a dia, através dos membros mais velhos das tribos. Mas toda 
essa metodologia, esse rigor apresentado nas escolas elementares, não tinha sentido para os índios. Para 
eles, a aprendizagem está por meio do exemplo, da ação. A prática pedagógica da qual conhecemos, ine-
xistia. Como viviam em uma economia natural e de subsistência, a educação não era dividida por classes. 
Existia sim a divisão de gênero.
você saBia?
Prezado(a) estudante, você sabia que naquela época surgiu o primeiro plano de ensino?
Pois bem, posso dizer que o primeiro plano de ensino que se tem notícia foi o de Manoel de Nóbrega, 
delimitando o ensino para o ensino do latim, a doutrina cristã, e saber ler/escrever. Mais tarde, a música 
instrumental e o canto orfeônico (nascido na Europa no século XIX tinha a intenção de modificar os pa-
drões estéticos das classes sociais menos favorecidas). Erguia-se uma escola sempre que se abrisse uma 
igreja, e foi assim durante anos. 
Com o passar dos anos não apenas os indígenas, mas os filhos dos colonos e os filhos dos portugueses 
que já nasciam no Brasil, começaram a frequentar as escolas. A esses, a opção de terminar seus estudos 
com o ensino profissional vinculado à agricultura ou continuar a aprendizagem da gramática e concluir 
seus estudos na Europa. Havia dois tipos de ambientes escolares: os aldeamentos e os colégios jesuítas. 
Geralmente, os índios eram educados nos aldeamentos e os colégios, destinados aos filhos da elite. 
Uma das tarefas mais “difíceis” dos missionários jesuítas era de convencer a corte real portuguesa de 
que os Índios eram seres humanos. Pensava-se, à época, que, ao contrário dos negros, que não eram con-
siderados humanos, que os Índios eram selvagens que ainda não tinham tido a possibilidade de conhecer 
Deus, Jesus Cristo e seus ensinamentos, “bons selvagens” que precisavam sair “da escuridão à luz”.
Os jesuítas possuíam uma grande capacidade de interagir com os habitantes da colônia, um grande poder 
de persuasão, conseguindo recrutar milhares de indígenas para o trabalho. Mas toda essa competência 
em se comunicar com os habitantes da colônia, sua enorme autonomia e política e econômica fez com 
que o ministro Marques de Pombal (Lisboa, 1699 – Pombal, 1782) decidisse que eles seriam expulsos do 
Brasil.
veja o vídeo!
Agora vamos às dicas acerca do assunto. Filme e vídeo. O filme, Anchieta, José do 
Brasil, com duração de duas horas e vinte minutos. Clique aqui para assistir.
A segunda dica é um vídeo, bem curtinho, nove minutos e cinquenta e três segundos, 
sobre a educação jesuítica da UNIVESP (Universidade Paulistana). Clique aqui para 
assistir.
https://www.youtube.com/watch?v=A2mOrUs31yU
https://www.youtube.com/watch?v=ic28PaXiM14
https://www.youtube.com/watch?v=ic28PaXiM14
3
ratio studiorum
Ratio atque Studiorum Societatis lesu, conhecido como Ratio Studiorum é um regime, um regulamento 
dos colégios jesuíticos que orientou o ensino dos colégios dessa ordem religiosa desde que foi composto, 
no final do século XVI, até a extinção da Companhia de Jesus, em 1773. Divido em 30 capítulos que repre-
senta um conjunto de regras para cada uma das funções dos membros do colégio. Possuía 467 regras e 
recomendava que o professor nunca se afastasse do estilo filosófico de Aristóteles e da teologia de Santo 
Tomás de Aquino.
Brasil império 
A influência da religião católica a educação brasileira sempre foi muito forte. Até hoje, as escolas mais 
“tradicionais”, seja nas capitais ou no interior do país, possuem origem religiosa, católica na maioria das 
vezes. 
Na Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, o ensino no Império foi estruturado em três níveis: 
primário, secundário e superior. Em alguns Estados como Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o 
curso secundário possuía várias disciplinas.
O método Lancaster era o melhor método de ensino que se tinha na época. Mas, no que consistia? 
Formado em um ambiente definido que atendia cerca de 100 alunos. Havia apenas um professor e este, 
indicava um aluno (mais avançado da turma) que deveria ensinar aos outros alunos. Foi rapidamente foi 
“tirado de circulação” em outros países, porém, permaneceu no Brasil por 15 anos. 
Com o início do Império no Brasil, se inicia uma série de debates acerca da educação, mas de fato, pouco 
se fez. A primeira carta magna brasileira, traz apenas dois parágrafos de um único artigo sobre a matéria: 
“A instrução primária é gratuita a todos os cidadãos” é um deles. E o segundo: “Colégios e Universidades, 
onde serão ensinados os elementos das ciências, belas artes e letras”. Esses dois únicos parágrafos em 
todo o documento mostra a falta de vontade e compromisso com a educação no país.
Em 15 de outubro de 1827, foi outorgada a Lei (de mesmo nome). “D. Pedro I, por Graça de Deus e unânime 
aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os 
nossos súditos que a Assembleia Geral decretou e nós queremos a lei seguinte”, dizia o início do docu-
mento que originouo dia dos professores (15 de outubro). O seu artigo 6° dizia: 
Art. 6º Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados, 
decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática, a gramática de língua nacional, e 
os princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à 
compreensão dos meninos; preferindo para as leituras a Constituição do Império e a História do Brasil. 
visite a Página
Leia a Lei, na íntegra, clicando aqui.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LIM/LIM-15-10-1827.htm
4
A partir de 1827 as meninas puderam frequentar as escolas. Elas já estudavam em casa, ensinada pelas 
mães, aprendendo apenas a ler (e não escrever) e prendas domésticas. Pela a Lei 15 de outubro, as esco-
las para meninos deveriam ter dentro do currículo, escrever, ler e contar, geometria prática, gramática da 
língua nacional, moral e doutrina da religião católica. Para as meninas, o currículo era bem mais simples; 
as quatro operações, leitura e prendas domésticas.
Brasil república
Com a Proclamação da República, em 1889, foi criado o Ministério da Educação, Correios e Telégrafos. 
Você não leu errado. Educação, Correios e Telégrafos tudo junto e misturado. Para completar, a verba des-
tinada para os correios e telégrafos era infinitamente superior à parte que estava destinada à Educação. 
Dois anos depois, o ministério foi extinto, e a Educação foi incorporada ao Ministério da Justiça.
Nessa época (início dos anos 1900), o Brasil tinha 75% da sua população de analfabetos, de acordo com 
o Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística. A Educação recebia uma grande in-
fluência positivista (defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento 
verdadeiro). A desigualdade social não é “privilegio” dos tempos modernos; e isso, assim como hoje, 
reflete-se na Educação. Ao povo, à grande massa, era destinada a escola primária e profissional, pois 
bastava estudar pouco e o suficiente para se ter um trabalho; já a escola secundária e superior, era ex-
clusividade da elite.
Em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública. Mais uma vez, como você pode perceber, 
a Educação não era prioridade, “passeando” por várias pastas, de Correios à Saúde, nunca tratada como 
deveria; pois a Educação é que poderia ser responsável por uma grande transformação social no país. 
Com a Reforma Francisco Campos (que foi o Ministro da Educação e da Saúde) estava a criação do Con-
selho Nacional de Educação e organização do ensino secundário e comercial. Esse conjunto de decretos 
efetivaram a legislação educacional, centralizando para a administração federal os cursos superiores, o 
ensino secundário e o ensino comercial. Em 1931, foi criado o Conselho Nacional de Educação. Em dois 
anos, foram seis decretos, entre eles, a estruturação do ensino secundário (Decreto N° 19.890 de 18 de 
abril de 1931) e o Decreto N° 20.158, de 30 de junho de 1931, que organizou o ensino comercial.
Manifesto dos Pioneiros da educação nova
“... que todas as crianças, de 7 a 15 anos, todas ao menos que, nessa idade, sejam confiadas pelos pais 
à escola pública, tenham uma educação comum, igual para todos”.
visite a Página
Leia o Manifesto, na íntegra, clicando aqui. 
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Educacao/ManifestoPioneiros
5
Prezado (a) aluno (a), o trecho acima faz parte do Manifesto dos Pioneiros da Educação, escrito em 1932, 
durante o período Vargas, por 26 intelectuais, entre eles Roquette Pinto (Rio de Janeiro, 1884-1954), Aní-
sio Teixeira (Bahia, 1900 – Rio de Janeiro, 1971) e Cecília Meireles (Rio de Janeiro, 1901-1964). O Mani-
festo resume a atual conjuntura política educacional no país, onde diziam que a escola estava a serviço da 
burguesia numa autonomia “isolada e estéril” e que a educação deveria função essencialmente pública 
e o ensino laico, gratuito e obrigatório. Efetivamente, muita coisa mudou em relação à educação, porém, 
muitos pontos negativos continuam.
a edUcaçÃo no Brasil nos teMPos de ditadUra Militar (1964-1985)
Mesmo após mais de 30 anos do início da abertura da democracia do país, todos nós, brasileiros, senti-
mos até hoje o reflexo dessa política excludente. As heranças deixadas pelo regime são muitas. O abismo 
entre o ensino público e o privado, em que o regime sucateou as instituições públicas, injetando milhões 
no ensino particular, gerando uma desigualdade facilmente vista na sociedade brasileira. Os militares 
assumiram o poder, substituíram as classes sociais que poderiam ser a transformação da sociedade, 
retirando a oportunidade de participação do povo nesse processo.
O Brasil firmou um acordo com os Estados Unidos, o acordo MEC/USAID. Os convênios tinham como meta 
uma grande reforma no ensino brasileiro e a implantação do modelo estadunidense nas universidades 
brasileiras. Esses acordos feitos seriam o principal motivo dos protestos estudantis, organizações essas 
que se tornaram clandestinas ao longo dos Atos Institucionais. A privatização do ensino foi um elemento 
fundamental para a derrocada da educação brasileira nesses anos de chumbo. 
Os cursos primários (que tinham 5 anos de duração) e o ginasial (4 anos), foram misturados e o curso 
cientifico fundido com o clássico, passou a ser chamado segundo grau e o universitário, terceiro grau. 
Isso gerou diretamente 1 ano a menos de estudos. Enquanto o Canadá e o próprios Yankees (idealizador 
dessa reforma) tinham 12 anos de estudos antes do acesso à universidade. São muitas as cláusulas, no 
mínimo, estranhas, que constavam nesse acordo. A imposição de um assessoramento estadunidense era 
uma delas. 
Caro(a) estudante, você certamente deve ouvido falar nas disciplinas Educação Moral e Cívica e Organi-
zação Social e Política Brasileira (OSPB) não é mesmo?
Agora, você vai conhecer alguns dos objetivos dessas disciplinas, segundo Heloísa Dupas Penteado, pro-
fessora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Leia e tire suas conclusões!
educação Moral e cívica (eMc) 
•	 Discriminar a Moral como uma característica essencialmente humana;
•	 Identificar o Civismo, na sua mais ampla acepção, como um aspecto da Moral;
•	 Compreender a Moral e o Civismo como um produto da vida social dos homens;
•	 Sensibilizar-se para assumir, conscientemente, os aspectos morais e cívicos de seus comportamentos;
6
•	 Dominar alguns conceitos básicos das Ciências Sociais, indispensáveis para a compreensão da Moral 
e do Civismo;
•	 Aplicar esses conceitos na análise dos aspectos “moral” e “cívico” dos diferentes comportamentos 
humanos;
•	 Conhecer a divisão político-administrativa atual do Brasil e ser capaz de ler o mapa político do Brasil; 
•	 Conhecer os símbolos nacionais e saber se comportar em relação a eles.
visite a Página
Para você se aprofundar sobre o assunto. Clique aqui para acessar.
organização social e Política do Brasil
•	 Defesa do princípio democrático, através da preservação do espírito religioso, da dignidade da 
pessoa e do amor à liberdade com responsabilidade, sob a inspiração de Deus;
•	 A preservação, o fortalecimento e a projeção dos valores espirituais e éticos da nacionalidade;
•	 Fortalecimento da unidade nacional e do sentimento de solidariedade humana;
•	 Culto à Pátria, aos seus símbolos, tradições, instituições e aos grandes vultos de sua história;
•	 O aprimoramento do caráter, com apoio na moral, na dedicação à comunidade e à família, bus-
cando-se o fortalecimento desta como núcleo natural e fundamental da sociedade, a preparação para 
o casamento e a preservação do vínculo que o constitui;
•	 A compreensão dos direitos e deveres dos brasileiros e o reconhecimento da organização socio-
político-econômica do País;
•	 O preparo do cidadão para o exercício das atividades cívicas, com fundamento na moral, no pa-
triotismo e na ação construtiva, visando ao bem comum; 
•	 O culto da obediência à Lei, dafidelidade ao trabalho e da integração na comunidade.
O reflexo dessa falta de educação e falta de prioridade (proposital) com a Educação estão na nossa frente, 
impedindo o país de impulsionar a qualidade e democratizar o acesso deste que deveria ser um direito 
fundamental de todo o brasileiro. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE), em um ranking mundial de educação, o Brasil ocupa o 60° posição, entre os 76 países 
avaliados e os 13 milhões, isto é, mais de 8% da população que não sabe ler nem escrever (sem contar 
os analfabetos funcionais).
O Programa Nacional de Alfabetização, que foi implantado no país pelo Educador Paulo Freire (Recife, 
1921 – São Paulo, 1997) foi extinto duas semanas após o golpe. Quando foi perguntado, Paulo Freire res-
pondeu que independente do golpe, isso já iria acontecer. O Educador disse que, quando Castelo Branco 
ouviu Paulo Freire falar durante um evento em São Paulo, disse: “vocês estão engordando cobras”.
http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss13_05.pdf
7
Posso citar nesse capítulo mais uma série de prejuízos que os anos de chumbo trouxeram para a educação 
brasileira. A ideia de educação como mercadoria, propriedades mercantilistas da educação trazidas pelos 
Estados Unidos; transformando-a em negócio e não um direito. Os diretores não eram selecionados pela 
sua prática, e sim pelo seu perfil gerencial. 
Outro programa que fracassou no país que tinha o objetivo de erradicar o analfabetismo no Brasil foi o 
MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) que tinha como base “conduzir a pessoa humana a 
adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo, como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo me-
lhores condições de vida”. A finalidade desse programa, não foi alcançada. Nem de longe. Sem proposta 
pedagógica, onde a maior preocupação era ensinar a ler e a escrever, sem relacionar os estudos com o dia 
a dia do educando, sem contextualização. Em quase 20 anos de programa, os índices de analfabetismo 
reduziram apenas 10%, passando de 35% para 25%.
concepções de educação
Querido(a) aluno(a), o termo Educação e o ato de educar está presente em todos os momentos de nossas 
vidas, não é mesmo? 
Em casa, quando os pais ensinam, através do “bom exemplo”, regras de conduta para vivermos socieda-
de. Na escola, onde o termo é mais conhecido e utilizado: Educar significa adquirir conhecimentos, atra-
vés de práticas pedagógicas que estimulem a curiosidade e o saber. Até no ambiente de trabalho, educar 
torna-se sinônimo de atualização de conhecimentos. E, diante do ato de educar e dessa relação dialética, 
o Filósofo e Professor Dermeval Saviani (São Paulo, 1943), distingue quatro concepções utilizadas no 
funcionamento e organização em um ambiente escolar. 
São elas: 
•	 A concepção humanista tradicional enxerga a educação a partir de uma visão pré-concebida do 
homem, algo que não se pode mudar. Essa concepção tradicional possui dois lados distintos; o religio-
so e o leigo (sistema público centrado no Educador que deve ser imitado pelos Educandos). O adulto 
representa o ser humano completo; a criança ainda está “incompleta”, sendo uma versão inacabada 
do mesmo;
•	 A concepção humanista moderna não difere da tradicional quando diz que possui um conheci-
mento prévio do homem. Porém, afirma que “a existência do homem precede sua essência, resultando 
daí seu conceito de homem”, defendendo a predominância do psicológico sobre o lógico, retirando o 
adulto do processo educativo e colocando a criança como eixo;
•	 Diferente das concepções humanistas, a concepção analítica não embasa seu conhecimento em 
uma visão apriorística (não depende de experiências) do homem e que a função da Filosofia da Educa-
ção é efetuar a análise da lógica da linguagem educacional e de que essa relação vem de um contexto 
linguístico e não um contexto social, político e econômico;
•	 Já a concepção dialética sustenta que a formação do homem se dá pela elevação da consciência 
coletiva realizada concretamente no processo de trabalho que cria o próprio homem (GADOTTI, 1995 
pág. 148). Essa concepção reconhece a educação a partir do conjunto das relações sociais do indiví-
duo, vistos dentro de um contexto histórico. 
8
Para PesqUisar
Pesquise um livro muito interessante que fala acerca da temática e que você vai ficar 
fera no assunto é GADOTTI, MOACIR. Concepção Dialética da Educação: um estudo 
introdutório. 9° EDIÇÃO. São Paulo: Editora Cortez. Esse livro também está disponível 
em PDF, para baixar. 
o sisteMa edUcacional Brasileiro – conceitos Básicos
O início do processo de abertura política no país viabilizou o surgimento de novas composições da socie-
dade civil e política. Organizações sindicais, associações cientificas e comunitárias, a criação de novos 
partidos políticos e Organizações Não governamentais (ONG’s), começaram a desenvolver ações que não 
eram assumidas pelo Estado. Foram com esses propósitos, a luta pelos direitos que foram negados por 
mais de vinte anos, que os educadores brasileiros se faziam ouvir através de fóruns, manifestações pú-
blicas, greves, desempenhando um papel de suma importância para a transformação da situação educa-
cional no país.
A Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988 (cena dos próximos capítulos) do artigo 205 ao 217, 
garante que a educação é um direito de todos, sendo um dever do Estado e da família. E a Lei n°9.394 de 
20 de dezembro de 1996 é a que estabelece a finalidade da Educação no Brasil, como devem estar orga-
nizados, quais os órgãos administrativos responsáveis, modalidades e níveis de ensino, e outros pontos 
de vista que trata e regulariza o sistema educacional brasileiro com bases nos princípios presentes na 
Constituição Federal de 1988.
Existem alguns órgãos que são responsáveis pela educação brasileira, nas esferas:
•	 Federais - Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE);
•	 estaduais - Secretaria Estadual de Educação (SEE), o Conselho Estadual de Educação (CEE) e a 
Delegacia ou Gerencias Estaduais de Educação (DRE ou GRE);
•	 Municipais - Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Conselho Municipal de Educação 
(CME).
A Educação Básica no Brasil constitui-se do Ensino Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Além da 
Educação Básica, temos o Ensino Superior. Outras modalidades brasileiras de ensino são a Educação de 
Jovens e Adultos, Educação Profissional ou Técnica, Educação Especial e a Educação à distância. 
Vou te mostrar agora um pouco desses níveis e modalidades de ensino. Lembrando que esse conteúdo é 
apenas o início do assunto. Ainda temos muito conteúdo para estudar sobre esse tema.
Vamos lá?
9
educação infantil
A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos de idade 
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comu-
nidade. A avaliação se dá sob acompanhamento (não há reprovação por não apropriação dos conteúdos), 
sendo oferecida pelas creches, até três anos de idade e nas pré-escolas para crianças de quatro a seis 
anos de idade. 
leitUra coMPleMentar oBrigatÓria
Além dos Artigos 29, 30 e 31 da Lei de diretrizes e Bases, existe um outro documento 
que orienta o Ensino na Educação Infantil; Referencial Curricular Nacional para a Edu-
cação Infantil, compostos pelos volumes 1, 2 e 3. Link 1 Link 2 Link 3
ensino Fundamental
Os Artigos, 32, 33 e 34 da LDB, fala em seu artigo inicial: 
“O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, 
iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão. ”
Aluno (a), atenção a alguns pontos importantes! As comunidades indígenas utilizarão suas línguas ma-
ternas e métodos próprios de aprendizagem e o ensino religioso que é matéria facultativa, são alguns 
pontos relevantes.
visite a Página
Leia a LDB na íntegra, disponívelclicando aqui.
 
ensino Médio
Os Artigos 35 e 36 tratam da última etapa da Educação Básica: O Ensino Médio. 
O Artigo 35 diz:
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como 
finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibili-
tando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a 
ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
10
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento 
da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a 
teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Lembrando que falei apenas da Educação Básica. Na LDB que você certamente já leu, mas para se apro-
priar melhor do conteúdo, lerá novamente, temos o Ensino Superior, que compreende os cursos de gra-
duação nas diferentes áreas profissionais e os cursos de Pós-graduação com especialização, mestrado, 
doutorado e pós-doutorado. Também há outras modalidades de ensino que são: a Educação de Jovens e 
Adultos, Educação Profissional ou Técnica, Educação Especial e a Educação à distância. 
A Lei n° 9.394/96 objetiva normatizar o sistema educacional brasileiro e garantir a todas e todos o acesso 
à educação. 
categorias administrativas
Existem dois tipos de categorias administrativas para as instituições de ensino brasileiras: as públicas 
e as privadas. As primeiras são criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo poder público, 
enquanto as privadas são mantidas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Segundo o Título 
IV, artigos 8º até o 20º da LDB 9.394/96, as instituições públicas e privadas estão ao cargo da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Prezado(a) estudante, em todo o guia de estudo, reforço a necessidade da leitura, de textos acadêmicos, 
documentos, livros. Saber qual é a responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios é de suma 
importância para a construção de um profissional consciente e integrado para que se possa direcionar as 
obrigações da União, do seu Estado e do seu Município.
•	 União (Federal): é responsável pelas instituições de educação superior criadas e mantidas pelos 
órgãos federais de educação e também pela iniciativa privada. Entre suas principais atribuições está: 
elaborar o Plano Nacional de Educação, organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições 
oficiais do sistema federal de ensino e o dos territórios, prestar assistência técnica e financeira aos 
estados, Distrito Federal e municípios, estabelecer competências e diretrizes para a educação básica, 
cuidar das informações sobre o andamento da educação nacional e disseminá-las, baixar normas 
sobre cursos de graduação e pós-graduação, avaliar e credenciar as instituições de ensino superior;
•	 estados: cuidam das instituições estaduais de nível fundamental e médio dos órgãos públicos 
ou privados. Os estados devem organizar, manter e desenvolver esses órgãos e instituições oficiais 
de ensino que estão aos seus cuidados, em regime de colaboração com os municípios, dividir propor-
cionalmente as responsabilidades da educação fundamental, elaborar e executar políticas e planos 
educacionais, autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos das instituições de 
educação superior dos estados e assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual;
•	 distrito Federal - dF: instituições de ensino fundamental, médio e de educação infantil criadas 
e mantidas pelo poder público do DF e também privadas. O DF possui as mesmas responsabilidades 
que os estados;
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•	 Municípios: são responsáveis, principalmente, pelas instituições de ensino infantil e fundamen-
tal, porém, cuidam também de instituições de ensino médio mantidas pelo poder público municipal. 
Pode optar por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de 
educação básica. Os municípios devem organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi-
ciais dos seus sistemas de ensino, exercer ação redistributiva em relação às suas escolas, autorizar, 
credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino, oferecer educação infantil 
em creches e pré-escolas e assumir a responsabilidade de prover o transporte para os alunos da rede 
municipal.
 
Palavras Finais
Querido(a) aluno(a), estamos finalizando a primeira unidade da disciplina “Políticas Públicas e Educação”. 
Percebeu que o assunto está apenas começando, não é mesmo? 
Saber do passado nos auxilia a compreendermos melhor o presente, interferindo-o. Passamos pelo Brasil 
Colônia com a presença dos jesuítas e toda influência da religião católica nas instituições de ensino.
Você também observou que o descaso que a Educação Brasileira é tratada não surgiu de repente e que, 
mesmo com a classe política sem saber o que fazer, por muito tempo, com a educação no país, sempre 
existiu educadores e outros profissionais que lutaram pelo acesso de todas e todos pela educação. Mes-
mo quando o Brasil passou pelos seus piores anos, o período da ditadura militar, onde o mínimo de avanço 
alcançado na educação, foi destruído, existiam pessoas que acreditavam uma educação pública, laica e 
de qualidade.
Na próxima unidade vou falar um pouco sobre a declaração universal dos direitos humanos, a declaração 
da UNESCO e o que diz a Constituição Federal a respeito da educação brasileira, suas instâncias admi-
nistrativas e organizacionais. 
acesse o aMBiente virtUal
Chegamos ao fim do nosso primeiro guia de estudo! Espero que você tenha gostado!
Lembre-se: não esqueça de fazer suas atividades disponíveis (questionário e fórum) no Ambiente Virtual 
de Aprendizagem – AVA, pois elas possuem caráter avaliativo.
No caso de dúvidas, não deixe de entrar em contato com o(a) tutor(a), ok?
Abraços! 
Até a próxima unidade!

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