Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENZIMAS CARDÍACAS Profª. Regina H. Pires CK LDH Mioglobina Troponina I Troponina T DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS CARDÍACAS Proteínas Enzimáticas Proteínas Estruturais INFARTO DO MIOCÁRDIO Infarto Agudo do Miocárdio Tempo 0 Isquemia do miocárdio Disfunção das bombas iônicas membranárias Liberação de íons intracelulares: K+, Zn++, PO4 3-, Mg++ Desregulação do metabolismo intracelular Liberação metabólitos intracelulares: lactato, adenosina, etc. Tempo 60 minutos Alteração membranas celulares Liberação de macromoléculas intracelulares: mioglobina, enzimas Necrose celular perda de todo conteúdo celular Íons Metabólitos Macromoléculas Horas Marcadores Cardíacos Marcadores Tradicionais: AST LDH CK-total CK-MB Marcadores Avançados: CK-MB isoformas Mioglobina Troponina I Troponina T Enzimas Cardíacas Enzima Eleva- ção Pico Máximo Normaliza- ção CK (CK- MB) 4 horas 24 horas 48-72 h 2o-3o dia AST 6-12 horas 48 horas 72-120 h 3o-5o dia LDH 8 horas 48-72 horas >240 h 10o-14o dia Creatino quinase - CK Reação catalisada: Creatina-P + ADP creatina + ATP Valor de referência: para a população caucasiana, pelo método CK-NAC-EDTA, feito a 37oC é 26-140 U/L para mulheres e 38-174 U/L para homens Cinética após IAM: Elevação: 4 a 10 horas após início da dor Pico máximo: 18 a 24 horas Retorno: 30 a 48 horas Meia-vida: 16 4 horas (MM: 10-20h; MB:7-17h; BB:3h) Eficácia diagnóstica: 13 a 18 horas após sintomas ENZIMAS NAS PATOLOGIAS CARDÍACAS A creatino quinase catalisa creatina à fosfocreatina, reversivelmente conforme as necessidades fisiológicas. A creatina não absorvida pela célula muscular é espontanea ou enzimaticamente metabolizada à creatinina. CK Creatinoquinase • São encontradas no citosol ou associadas com estruturas miofibrilares e são liberadas no sangue posteriormente à um dano ao tecido. • Possui 3 isoenzimas: CK-1 (CK-BB), CK-2 (CK-MB) e CK-3 (CK-MM). CK - Isoenzimas B M CK-MM CK-MB CK-BB 1-BB 2-MB 3-MM mito Músculo 97% MM 2% MB ~~ BB Miocárdio 60% MM 40% MB ~~ mito Cérebro 99% BB ~~ mito CK- Interpretação Clínica Infarto Agudo do Miocárdio Lesões cardíacas: miocardites, arritmias graves, angina, contusão cardíaca, cirurgias cardíacas; Procedimentos terapêuticos: cardioversão, ressuscitação cardiopulmonar, cateterização, angioplastia, injeção intramuscular; Lesões e doenças da musculatura esquelética: fadiga muscular, traumas, estado de choque, miopatias, hipertermia maligna, dermatomiosites, polimiosites, distrofias musculares Lesões cerebrais: acidente vascular cerebral, trombose, infarto, embolia, neoplasias, isquemia, lesões na cabeça, encefalopatias; Lesões do trato gastrointestinal: infarto, necrose, tumores; Doenças pulmonares: pneumonia, infecções causadas por Legionella, deficiência respiratória, hipoxemia, lesões no epitélio alveolar, asma; CK-MB CK-MB marcador de referência para o diagnóstico do IAM 22% da CK-MB músculo cardíaco 1% de CK-MBmúsculo esquelético Valor de Referência: < 3,9% ou < 5 µg/L “Índice Relativo” = 100 (CK-MB / CK-Total) < 5% lesão da musculatura esquelética; > 5% comprometimento da musculatura cardíaca > 25% possível interferência de CK-BB ou macros-CK Causas de elevação de CK-MB não associadas com Infarto do Miocárdio Liberação de CK não miocárdica Trauma muscular (esmagamento, queimadura, choque elétrico, cirurgias não toráxicas, exercícios físicos) Ataques apopléticos Miopatias (hipotireiodismo, alcoolismo crônico) Hipertermia e hipotermia Ressuscitação cardiopulmonar Defibrilação Injeção intramuscular Lesões cardíacas Contusão cardíaca traumática Cirurgias cardiotoráxicas Miocardites Exames cardíacos Diminuição do clearence Hipo e hipertireoidismo IRC (rins) Outras Gravidez (CK-MB placentária) Produção ectópica (tumor de cólo) Medicamentos (Teofilina, Procainamida) (Chan KM et al., Clin.Chem., 32, 2044-2051, 1986) Lactato desidrogenase - LDH Década de 60IAM Década de 70 eletroforese das isoenzimas. Reação catalisada: ácido lático + NAD ácido pirúvico + NADH + H+ Isoenzimas: MH H H H HH H HH H H M M MM M MM M M M LDH1 LDH2 LDH3 LDH4 LDH5 LDH Cinética enzimática após IAM: Elevação: 8 a 12 horas após início da dor Pico máximo: 24 a 72 horas Retorno: 7 a 14 dias Meia-vida: 57 a 170 horas (média de 99 horas) Eficácia diagnóstica: 19 a 24 horas após início dos sintomas Valor de referência: 125 a 220 U/L Enzimas e esforço físico INFARTO DO MIOCÁRDIO – MONITORAMENTO POR ENZIMAS Amostras seriadas (3 a 4 horas durante 12 a 16 horas). 1- CK-MB apresenta um aumento progressivo e atinge um pico, seguida por uma queda a níveis baixos. 2-A CK eleva-se por elevação de sua fração (CK-MB) 3-Aumento de AST (4 a 10x) nas 12-18 horas subseqüente ao infarto 4-A LDH aparece após 24 horas do início do infarto, podendo persistir por até 10 dias após o mesmo, atingindo pico nas 72 horas posteriores ao seu aparecimento. MARCADORES NÃO ENZIMÁTICOS DA LESÃO CARDÍACA I- MIOGLOBINA Proteína citoplasmática transportadora de oxigênio presente no músculo esquelético e cardíaco; 2% da proteína total, localizada no citoplasma e vida média de 10 minutos; Liberada após 1 a 2 h após o início dos sintomas com pico entre 6 a 9h. Não é específica. Eleva-se na presença de lesões musculares, IRC, exercícios extenuantes e exposição à drogas e toxinas. MARCADORES NÃO ENZIMÁTICOS DA LESÃO CARDÍACA II- TROPONINAS Proteínas contidas nas células musculares do aparelho miofibrilar das células do sarcômero (núcleo básico do aparato contráctil); Subdividem-se em: Troponina I (subunidade inibidora de actina); Troponina C (subunidade ligada ao cálcio e reguladora da contração) Troponina T (subunidade ligada à miosina – tropomiosina). Existe em três isoformas – duas no músculo esquelético e uma no músculo cardíaco. Elevam-se entre 4 – 8h dos sintomas com pico entre 36 e 72 h. MARCADORES BIOQUÍMICOS DA LESÃO DO MIOCÁRDIO NOVOS MARCADORES PARA O INFARTO DO MIOCÁRDIO I- ANOREXINA: Proteína ligadora de cálcio com afinidade para fosfatidilserina (presente apenas na porção interna da membrana celular). Deslocamento para circulação é indicador de desorganização celular relacionado com apoptose. II- PROTEÍNA LIGADORA DE ÁCIDOS GRAXOS (FABP) Proteína de baixo peso molecular, abundante no citoplasma das células cardíacas. Liberação rápida para o plasma (2 a 3 h) após dano celular, permitindo identificação precoce da lesão miocárdica. Assista ao vídeo: Contração Muscular https://www.youtube.com/watch?v=C80neUxktCE - https://www.youtube.com/watch?v=0aRXFrQY5Yw – Parte II https://www.youtube.com/watch?v=wYkj5et__ss https://www.youtube.com/watch?v=cqaT0h-hF88 Leia o artigo: Silva, S. H.; Moresco, R. N. Biomarcadores cardíacos na avaliação da síndrome coronariana aguda. Scientia Medica (Porto Alegre) 2011; volume 21, número 3, p. 132-142. Entregar: resenha crítica do vídeo, parte II Resenha crítica do artigo em 21/03/16.
Compartilhar