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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP JOSUÉ DA SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, RG..., através do seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer/apresentar a presente LIBERDADE PROVISÓRIA, com base no artigo 310, inciso, III, do Código de Processo Penal, e ao artigo 5º, inciso, LXVI, da CF/88, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. DOS FATOS O Requerente foi preso em flagrante, acusado de ter praticado delito de receptação, previsto no 180, “caput”, do Código Penal. O auto de prisão em flagrante observou todas as formalidades e foi encaminhado, no prazo legal, ao juiz, para apreciação. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA IMPOSSIBILIDADE DE CONVERTER A PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA O Requerente foi preso em flagrante acusado de ter praticado o delito de receptação, previsto no artigo 180, “caput”, do Código Penal. Todavia, conforme o artigo 180 do Código Penal, a pena máxima cominada prevista para o delito de receptação de 04 anos. Logo, considerando que o requerente é primário, não é possível a conversão da prisão em flagrante em preventiva, nos termos do artigo 313, inciso I, do Código de Processo Penal. Não se aplica ao caso, a hipótese do inciso II do artigo 313, porque o requerente não é reincidente. DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PREVENTIVA No caso, a autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva para preservar a ordem pública. Todavia, não estão presentes os requisitos que a autorizam a prisão preventiva. O Requerente é trabalhador e jamais se envolveu em atividade ilícita. Além disso, possui residência fixa e carteira de trabalho. Ademais, a esposa está grávida, sendo o único que poderá contribuir para o sustento da família. Logo, o requerente não representa perigo à ordem pública, estando, portanto, ausente os requisitos da prisão preventiva, previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal. Assim deve-se conceder a liberdade provisória, nos termos do artigo 321 do Código de Processo Penal. DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA Convém destacar que prevalece no nosso ordenamento jurídico o princípio da presunção da inocência, previsto no artigo 5º, LVII, da CF/88. Nesse sentido, a liberdade provisória é medida que se impõe. DA MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO Na hipótese de não ser concedida a liberdade plena, viável a aplicação da concessão da medida cautelar prevista no artigo 319 do Código de Processo Penal, já que constitui medida mais conveniente do que a conversão em prisão preventiva. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer a concessão da LIBERDADE PROVISÓRIA, com a expedição do alvará de soltura, a fim de que possa responder ao processo em liberdade. Subsidiariamente, requer que seja aplicada medida cautelar diversa do habeas corpus. Nestes termos Pede deferimentos São Paulo, data Advogado OAB
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