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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL GESSO AULA 09 Professora: Jaquelígia Brito Natal 2010 GESSO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito O QUE É GESSO? Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito O gesso é o produto da desidratação térmica da gipsita e sua posterior moagem. O gesso é um material branco fino que em contato com a água se hidrata, num processo exotérmico, formando um produto, não hidráulico e rijo. Quanto menores forem as partículas de gesso mais rápido será a pega, pois a superfície de contato será maior e consequentemente mais saturada será a mistura, favorecendo a cristalização, diminuindo o tempo de pega e aumentando a resistência final. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito CaSO4.1/2H2O Hemidrato Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Gipsita queimada a 130 °C – 160 °C CaSO4 . 2H2O + calor (CaSO4 . ½ H2O) + 1,5 H2O GESSO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO As propriedades específicas do gesso como: elevada plasticidade da pasta; pega e endurecimento rápido; finura equivalente ao cimento; pequeno poder de retração na secagem e estabilidade volumétrica, garantem desempenho satisfatório quando utilizado como aglomerante na fabricação de pré-moldados ou aplicado como revestimento. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito A propriedade de absorver e liberar umidade ao ambiente confere aos revestimentos em gesso um elevado poder de equilíbrio higroscópico, além de funcionar como inibidor de propagação de chamas, liberando moléculas d’água quando em contato com o fogo. GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO Devido a solubilidade dos produtos em gesso, a utilização destes fica restrito a ambientes interiores e onde não haja contato direto e constante com água ( áreas molhadas) e desde que se considere certos cuidados, tais como: o alto poder oxidante do gesso quando em contato com componentes ferrosos; diminuição da resistência com o grau de umidade absorvida. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO Quanto mais água, mais lenta se dá a pega e o endurecimento. A presença de impurezas diminui muito a velocidade de pega. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO A velocidade de endurecimento do gesso depende de: •Temperatura e tempo de calcinação; •Fissura de suas partículas; •Quantidade de água no amassamento; •Presença de impurezas ou uso de aditivos. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO Existem aditivos que podem acelerar ou retardar essa pega do gesso. Como retardador de pega, podem ser misturados ao gesso: Açúcar; Álcool; Cola; Serragem fina de madeira. (Proporção de 0,1% da massa de gesso.) Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO Como aceleradores de pega, podem-se utilizar no gesso: Sal de cozinha; Alúmen (silicato duplo de alumínio e potássio) sulfatos de alumínio e potássio; Gesso hidratado . Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO - GIPSITA GIPSITA REGIÃO NORDESTE Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Brasil Pernambuco Região Araripe Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Jazida de Gipsita de Araripina – PE Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GIPSITA 2% 55% 43% Cimento Gesso Gesso agrícola Consumo Setorial de Gipsita no Brasil -2000 (BALANÇO MINERAL BRASILEIRO, 2001*). * O Balanço Mineral de 2001 foi o mais recente balanço realizado. GIPSITA Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GIPSITA Célula cristalina do mineral gipsita (CANUT, 2006) • A célula unitária da gipsita é cúbica de face centrada (CFC), composta por 4 moléculas de SO4 2-, 4 átomos de Ca2 1+ e 2 moléculas de H2O. CaSO4.2H2O Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito • Matéria-prima → Gipsita (CaSO4.2H2O) • Impurezas (máximo 6%) → Silício (SiO2) Alumina (Al2O3) Óxido de ferro (Fe2O3) Carbonato de cálcio (CaCO3) Cal (CaO) Anidrito sulfúrico (SO3) Anidrido carbônico (CO2) GIPSITA Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – PROCESSO DE PRODUÇÃO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – PROCESSO DE PRODUÇÃO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – PROCESSO DE PRODUÇÃO Moinho de Martelo Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – SUBSTRATOS PARA APLICAÇÃO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – SUBSTRATOS PARA APLICAÇÃO Bloco de Concreto Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – SUBSTRATOS PARA APLICAÇÃO Bloco de Concreto Celular Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – SUBSTRATOS PARA APLICAÇÃO Bloco de Cerâmico Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – SUBSTRATOS PARA APLICAÇÃO Bloco Sílico-Calcário Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – SUBSTRATOS PARA APLICAÇÃO Concreto Estrutural Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – REVESTIMENTOS VERTICAIS Revestimentos internos verticais no edifício: gesso liso (PAREDE) Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Revestimentos internos verticais no edifício: gesso liso (PAREDE) GESSO – REVESTIMENTOS VERTICAIS Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – REVESTIMENTOS VERTICAIS Revestimentos internos verticais no edifício: gesso liso (TETO) Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito GESSO – REVESTIMENTOS Condição para início dos serviços Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito ETAPAS DO PROCESSO DE APLICAÇÃO DO REVESTIMENTO DE GESSO LISO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - CLASSIFICAÇÃO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO TALISCA: Peça que serve como referência para definir a espessura da camada de revestimento, direcionar o nivelamento, e também como delimitação da área de trabalho. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Taliscamento Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Taliscamento Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Mestra Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - APLICAÇÃO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - CLASSIFICAÇÃO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - SUPERFÍCIE SARRAFO: Ao se subdividir longitudinalmente uma tábua de 30cm de largura em 2, 3 ou 4 partes, obtém-se sarrafos de 15, 10 ou 7,5cm respectivamente (medidas nominais). Por extensão, o sarrafo é qualquer pedaço de tábua com menos de 30cm de largura. A nomenclatura pode variar conforme a obra e diferentes dimensões: se tiver 20cm poderá se chamar “sarrafão”, caso sua largura seja de 5cm poderá ser, simplesmente, uma ripa, independente de ser ou não destinado à cobertura. Régua de alumínio utilizada para regularização de superfícies. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - SUPERFÍCIE Sarrafeamento Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia BritoREVESTIMENTOS DE GESSO - SUPERFÍCIE DESEMPENADEIRA: Peça de aço inox de base lisa, utilizada para aplicação e regularização de superfícies, dando semi- acabamento em paredes e pisos. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - SUPERFÍCIE Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO - SUPERFÍCIE ACABAMENTO SARRAFEADO: passagem do sarrafo ACABAMENTO DESEMPENADO: passagem da desempenadeira Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Revestimento interno – Problemas patológicos Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Gesso Liso - Caracterização Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito REVESTIMENTOS DE GESSO Gesso Liso - Consumo 10 a 15 kg/m2/cm (ESPESSURA) Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito DRYWALL (GESSO ACARTONADO) Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Sistema de energia em estruturas DRYWALL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Conjunto de divisórias em DRYWALL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Balcão para cozinha americana em DRYWALL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Cobertura de hall em DRYWALL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Sala com janelas em DRYWALL Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Sistema acústico - DRYWALL Numa simples parede de gesso acartonado (drywall), com 16cm de espessura, com lã de vidro no interior, conforme mostra a figura, pode-se obter o mesmo isolamento acústico do que um muro de concreto de 18cm de espessura (60dBA). Entretanto a parede de gesso pesará apenas 40Kg/m², contra os 414Kg/m² do muro de concreto. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito O tamanho padrão das chapas é de 1,2m X 2,4m. Espessura de 1,25 cm (para paredes) e 1,5 cm (para tetos). OBS: EM AMBOS OS CASOS PODERÁ HAVER ALTERAÇÕES NAS DIMENSÕES. DRYWALL Resolução nº 307 do CONAMA A Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA classifica os resíduos de gesso como os de CLASSE C – “são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem / recuperação”. Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito RESÍDUOS DE GESSO Resíduos de gesso de revestimento(RGR) RESÍDUOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito Fontes de Resíduos de Gesso (SINDUSGESSO, 2008). 88% 12% Acartonado e pré-moldados Revestimento Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito RESÍDUOS DE GESSO Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito SOLUBILIDADE DO RESÍDUO DE GESSO - POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE - Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito RESÍDUOS DE GESSO Elemento Ca S Sr Fe Al Si K Zr Mn Cu Percentual (massa) 75,35 23,13 0,52 0,20 0,19 0,17 0,17 0,10 0,10 0,07 Tabela 2 – Análise química semi-quantitativa do resíduo por fluorescência de raios X Materiais de Construção I – Profª Jaquelígia Brito MICROESTRUTURA DO GESSO
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