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Editorial Eventos Notícias Chão de fábrica 01 04 06 48 MA42_Editorial.indd 3 5/10/2009 12:10:45 � Editora Saber Ltda Diretor Hélio Fittipaldi Associada da: Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Atendimento ao Leitor: atendimento@mecatronicaatual.com.br Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou comercialização dos aparelhos ou idéias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso haja enganos em texto ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento. Editor e Diretor Responsável Hélio Fittipaldi Jornalista Responsável Thayna Santos Redação Daniele Aioki, Natália F. Cheapetta Revisão Técnica Eutíquio Lopez Produção Diego Moreno Gomes, Designer Diego Moreno Gomes Colaboradores César Cassiolato Evaristo Orellana Alves Filipe Pereira Gustavo Trombini Lazari Henrique Oliva de Andrade José Carlito de Oliveira Filho Rafael Batalhote Verçosa Rebecca Lee www.mecatronicaatual.com.br PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339 publicidade@editorasaber.com.br Capa Stock.XCHNG/www.sxc.hu Impressão São Francisco Gráfica e Editora Distribuição Brasil: DINAP Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800 Mecatrônica Atual é uma publicação da Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, administração, publicidade e correspondência: Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, CEP 03087-020, São Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333 ASSINATURAS www.mecatronicaatual.com.br fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366 atendimento das 8:30 às 17:30h Edições anteriores (mediante disponibilidade de estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, ao preço da última edição em banca. Aos poucos os números de diversas entidades, revelam as pesquisas de compor- tamento do mercado industrial, mostram uma recuperação gradual dos diversos segmentos. Se bem que a crise mundial tenha sido de menor impacto aqui no Brasil, ela não deixou de ser significativa. As mazelas do “custo Brasil” ficaram à mostra em maior escala em alguns seto- res do que em outros e aqueles que tiveram poder de articulação junto ao mundo político conseguiram algumas ações paliativas para o seu sofrimento, mas... por quanto tempo!? Até as próximas eleições!? Não se sabe. O fato é que um favorzinho aqui, uma alíquota de imposto menor ali, são ações que fazem mais mal, como um todo, do que bem. Tiram o foco do mercado que ao invés de lutar para que seja regulamentada a Constituição de 1988 (22 anos de procrastinação dos “nossos funcionários”, os políticos), fica se atendo a detalhes menores e com a mente embotada devido à luta entre os tais políticos tanto no âmbito municipal, quanto no estadual e federal, que defendem seus próprios interesses. O custo Brasil se avoluma e a cada dia fica mais difícil se produzir aqui, devido aos custos e à burocracia brasileira. Muitos industriais que estão se conscientizando disso e na impossibilidade de uma mudança rápida, preferem encerrar suas ativida- des fabris no Brasil e transferir-se para o exterior. Quantos empregos de qualidade e melhor remuneração estamos perdendo!? Quantos engenheiros e técnicos estão mudando de profissão e nós ficando sem o conhecimento importante para uma retomada futura!? Se perdermos este bonde agora, a volta será muito difícil ou quase impossível. Algumas associações até não pedem, no momento, que os governos municipal,estadual e federal façam muito. Como exemplo, a Abimaq quer no mínimo, uma isonomia de impostos para os produtos fabricados aqui com os que vêm do exterior, proclama seu presidente Luiz Aubert Neto. É uma injustiça com o empresariado brasileiro e com os trabalhadores, que estão perdendo seus postos de trabalho e indo para o subemprego. Os números da “desindustrialização” brasileira são visíveis, ao analisarmos as pesquisas nos últimos anos e vermos as quedas de participação dos produtos fabricados aqui contra os importados. Oportunamente voltaremos a este tema em artigo detalhando tudo isso. Hélio Fittipaldi Mudanças necessárias MA44_Editorial.indd 3 26/2/2010 13:42:59 � índice Editorial Notícias Chão de fábrica 03 05 50 32 44 18 27 40 12 36 40 12 18 Nova abordagem “Track and Trace” Monitoramento Remoto com o smsCLP Programação de um CLP: Modos de programação Gerenciamento de Ferramentas de Corte Libertando o poder do HART e proporcionando benefícios aos usuários PROFINET e PROFIsafe: Aplicações na indústria automobilística no Brasil PROFIBUS Medição Contínua de Densidade e Concentração em Processos Industriais 08 MA44_Editorial_v2.indd 4 1/3/2010 11:48:58 �Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias Editorial Eventos Notícias Chão de fábrica 01 04 06 48 National Instruments disponibiliza controle avançado, medição e visão em um único sistema Projeto Carbono Zero é lançado pela DRSA, da ABIMAQ Com o recurso de visão possibilita aos engenheiros usarem estas ferramentas em uma variedade de aplicações de medição e controle. Alinhada à mobilização mundial de conscientização sobre o clima e em prol da construção de uma economia de baixo carbono, a ABIMAQ, através da sua diretoria de Responsabi- lidade Socioambiental (RSA), lança o Projeto Carbono Zero, com o objetivo de provocar uma reflexão sobre o modelo de gestão adotado pelas empresas associadas e favorecer a diminuição de emissão de carbono (CO2). Alessandra Bernuzzi, diretora de RSA, explica que existem várias ferramentas que viabilizam a diminuição de emissão de CO2 e a escolhida para a primeira fase do Projeto foi o Inventário Corporativo de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), desenvolvido pela Brazilian Carbon Bureau (BCB) – consultoria que atua no mercado nacional de créditos de carbono. “Nós temos responsabilidade com o meio ambiente, que deve ser alvo contínuo de intervenções e ações em prol de sua conservação. O nosso Projeto Carbono Zero visa não só nivelar o conhecimento sobre responsabilidade socioambiental, mas inclusive promover uma reflexão sobre este conhecimento”, diz Bernuzzi. Outro objetivo a ser atingido é a viabilização de negócios via sustentabilidade, pois, de acordo com a diretora, o in- ventário pode e deve auxiliar as empresas a enxergar com mais clareza a questão e desenhar uma estratégia de redução e/ou compensação de emissão de CO2 na atmosfera. “O inventário, continua a diretora, pode incentivar uma refle- xão que promova o desenvolvimento de novos modelos de gestão, com adoção de medidas como redução de consumo e de desperdícios de matérias-primas, sistemas energéticos mais eficientes, alteração de combustíveis pelos chamados ‘mais limpos’ e até plantio de árvores, por exemplo. Cabe às empresas identificar maneiras de emitir menos carbono, com projetos de engenharia reversa”. A companhia anunciou em fevereiro a implementação dos recursos de visão de máquina ao NI CompactRIOe ao NI Sin- gle-Board RIO, que propiciam aos engenheiros a integração de medição e controle para sistemas industriais embarcados. Com esta solução integrada, o CompactRIO torna-se um dos únicos controladores programáveis para automação (PACs) no mercado a realizar tarefas de visão, proporcionando mais eficiência, com um menor impacto físico e menos complexidade do sistema. O recurso de visão de máquina possibilita aos engenheiros usa- rem o CompactRIO e o Single-Board RIO em uma variedade de aplicações de medição e controle, é a solução ideal para aplicações de robótica, como evitar obstáculos, e para o reconhecimento de padrões, além de mapeamento e localização simultâneos (SLAM), onde a funcionalidade de controle de visão avançada é necessária. Aplicações de vigilância industrial incluem tanto o acompanhamento do estado da máquina quanto à monitoração de reservatórios críticos, onde a conectividade com câmeras infravermelho é vital. Finalmente, o sistema operacional real time e a pastilha FPGA (Field Programmable Gate Array) integrada usados no CompactRIO e no NI Single-Board RIO facilitam o processo de validação FDA para dispositivos médicos embarcados. Os sistemas de visão de máquina são compostos por duas partes: a aquisição de imagens e processamento de imagem. Para possuir as imagens, a gama de software para aquisição de imagens da NI se expandiu para o protocolo Internet (IP) de câmeras, incluindo a Basler Vision Technologies. Além do suporte nativo de câmera IP, a National Instruments Alliance Partner moviMED lançou a placa de captura analógica AF-1501 para produtos NI Série C, que pode adquirir imagens monocro- máticas. Para processar imagens, os engenheiros agora podem programar e implantar bibliotecas de processamento de imagem para o CompactRIO e o Single-Board RIO com o ambiente gráfico de desenvolvimento NI LabVIEW 2009, utilizando o Módulo NI Vision Development 2009, que contém funções de processamento de imagem e visão de máquina. “No nosso departamento Global de Desenvolvimento e Tecnologia, estamos sempre procurando otimizar o tamanho, velocidade e confiabilidade das máquinas de nossa produção”, explica Ben Engelen, engenheiro sênior de projetos de visão e medição da Philips GTD Mechanization. “A plataforma CompactRIO fornece em alta velocidade o determinismo que necessitamos para um eficiente e preciso posicionamento de componentes. O novo módulo Movimed AF-1501 de captura de vídeo nos ajuda a integrar o feedback de vídeo com a mesma plataforma que automatiza todo o processo.” Os engenheiros podem adicionar recursos de visão para o CompactRIO e para os controladores NI Single-Board RIO: NI cRIO-901x, NI cRIO-902x e 907x cRIO-NI e NI-96xx para sistemas embarcados. Para saber mais sobre os recursos de visão do CompactRIO e das plataformas NI Single-Board RIO, visite http://zone.ni.com/devzone/cda/tut/p/id/10867. N I/D iv ul ga çã o MA44_Noticias.indd 5 25/2/2010 12:17:53 � Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 //notícias Indústria automobilística encerra 2009 com crescimento de vendas Financiamento de R$ 1,2 bilhão do BNDES para Mercedes-Benz O ano passado foi considerado o melhor da história da indústria automobilística nacional, que fechou com o total de 3.141.226 veículos emplacados, incluindo caminhões, automó- veis e comerciais livres e ônibus. A quantidade surpreendeu os executivos mais otimistas que diante da crise que ameaçava abalar o setor no início de 2009. O aumento constou de 11,35% nas vendas em relação a 2008, que até então era o ano recorde do setor, com 2.820.957 unidades vendidas. Os dados foram divulgados no dia 05 de janeiro pela Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. “Temos um novo piso de volume de vendas, que superou a média mensal de 250 mil unidades”, disse o presidente da Fena- brave, Sérgio Reze. De acordo com Reze, se não houvesse crise, que chegou a afetar o primeiro trimestre do ano, o crescimento das vendas seria de 3,5%. “O primeiro semestre de 2009 foi de recuperação e o segundo de crescimento”, concluiu. O resultado do mês de dezembro representa aumento de 16,4% dos emplacamentos, com 293.030 unidades emplacadas contra 238.504 unidades no mês anterior. Este resultado re- presenta o melhor dezembro da história da indústria no Brasil. Comparando-se com dezembro de 2008, que foi o momento mais crítico da crise, e quando o governo anunciou o desconto do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o crescimento de dezembro de 2009 foi de 50,6%, de 194.550 unidades saltou para 293.030 unidades. De acordo com o ranking das montadoras a Volkswagen ficou em primeiro lugar nas vendas de automóveis em 2009, com 25,26% de participação do mercado. Em segundo lugar, a Fiat com 24,99%, seguida da GM (20,26%), Ford (9,48%), Honda (4,62%), Renault (4,58%), Peugeot (3,20%), Citroën (2,75%), Toyota (2,23%) e Hyundai (0,85%). Nos comerciais leves, a Fiat liderou com 22,13% do mercado brasileiro. Na soma dos dois segmentos a Fiat terminou 2009 como líder de mercado 24,49% de market share, seguindo está a VW, com 22,74%, GM (19,79%), Ford (10,10%) e Honda (4,18%). De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 2010 será o melhor ano da história do setor no país, com crescimento de 9,3% nas vendas, o que corresponde ao volume de 3,4 milhões de unidades. Se- gundo a Fenabrave o mercado de automóveis e comerciais leves crescerá 9% neste ano. “Se as projeções do governo é de que o Brasil crescerá 5%, o setor tem plenas condições de superar esse nível”, observa Sérgio Reze. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 1,2 bilhão para a em- presa Mercedes-Benz do Brasil. Este financiamento foi liberado para expandir a capacidade de produção de sua unidade em São Bernardo do Campo, desenvolver motores adequados à nova legislação ambiental e novos modelos de caminhões leves e médios. O novo motor a diesel atenderá às exigências estipuladas pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, que em 2012 entrará em vigor. Segundo o BNDES, os recursos incluem a modernização do centro de distribuição de peças em Campinas (SP) e investimentos sociais e ambientais. De acordo com o programa global da companhia, o investimento na ampliação da capacidade vai gerar 1,9 mil empregos diretos até a conclusão do projeto, em 2011, todos em São Bernardo do Campo. Com os investimentos em aumento de capacidade, a empresa pode produzir 67 mil veículos por ano, volume já atingida em junho de 2009 com ajustes na produção. A capacidade anterior da unidade em São Bernardo era de 55 mil veículos. Embora os investimentos na ampliação da produção tenham sido efetuados com a compra de máquinas e equipa- mentos, os recursos para modernização da fábrica incluem ainda a construção de três novos prédios, para abrigar ativi- dades de manutenção de máquinas, fabricação de protótipos, revisão final de caminhões e fabricação de embalagens. Os investimentos ambientais abrangem o processamento de materiais e resíduos, a ampliação da estação de tratamento de efluentes e a troca de telhas de amianto por telhas em aço galvanizado revestidas com isolante térmico e acústico. A Fiat terminou 2009 como líder de mercado (24,49%), seguida pela VW (22,74%), GM (19,79%), Ford (10,10%) e Honda (4,18%) MA44_Noticias.indd 6 25/2/2010 12:18:15 �Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias Unipar, Braskem e Petrobrás fecham acordo sobre Quattor Prorrogada a isenção de ICMS para compra de máquinas em SP Foi anunciado pelo governo de São Paulo a prorrogação até 30 de junho da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias Serviços o ICMS nacompra de máquinas e equipamentos importados, sem similar nacional. Esta decisão beneficia 119 setores industriais. O governo também editou um decreto que estendeu até 30 de junho a devolução do crédito do ICMS na aquisição de máquinas e equipamentos fabricados por empresas paulistas, de forma imediata e em única parcela. Antes da medida o crédito era devolvido em até 48 vezes. O objetivo, segundo o governo, é estimular os investimen- tos, ampliar e modernizar o parque fabril do Estado e criar empregos. “Os setores industriais escolhidos para receber estes benefícios foram os que geram maior quantidade de empregos por renúncia fiscal”, diz em nota, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa. Por meio de decreto, que vigora desde fevereiro, o go- vernador José Serra estendeu os benefícios na compra de máquinas e equipamentos importados a 24 novos segmen- tos industriais, totalizando 143 setores beneficiados com a desoneração de investimentos. Entre os setores incluídos, estão os fabricantes de adesivos, pólvora, fósforos, catalisa- dores, pneus, equipamentos hidráulicos, motores, válvulas, compressores, rolamentos, carrocerias, reboques e cabines para ônibus e caminhões. O critério utilizado pelo governo foi o potêncial de aber- tura de postos de trabalho. Segundo a Secretaria Estadual de Fazenda, cerca de 90 mil empresas estão em condições de se beneficiar da medida. Os setores respondem por cerca de 1,2 milhão de empregos na indústria paulista. Anunciado pela União de Indústrias Petroquímicas, Unipar, o acordo para vender sua participação de 60% na Quattor para a Braskem. A operação de R$ 870 milhões coroa meses de negociações e disputas judiciais para a formação da maior petroquímica da América Latina e a oitava maior petroquímica do mundo. A companhia será controladora de um virtual mono- pólio sobre resinas plásticas produzidas no País, com capacidade para produção anual de 5,51 milhões de toneladas. Este acordo foi fechado pela Unipar juntamente com o grupo Odebrecht e Petrobras. O negócio envolve ainda a venda das participações da empresa na Unipar Comercial e Distribuidora e na Polibutenos Indústrias Químicas. Do total da operação, R$ 647,3 milhões correspondem a valor que será pago pela participação acionária da Unipar na Quattor. A aquisição deverá ser paga com R$ 100 milhões desembol- sados entre 18 de fevereiro e 4 de março e com os R$ 547,3 milhões restantes em até cinco dias úteis após a obtenção pela Braskem de autorizações de credores da Quattor. Com o acordo, a Braskem também vai levar a dívida da Quat- tor, Unipar Comercial e Polibutenos, que até novembro de 2009 somava R$ 6,685 bilhões, afirma a Unipar em comunicado. Pool para importar aço é iniciativa inédita no setor produtivo brasileiro A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da ABIMAQ com o objetivo de tornar seus produtos mais competitivos, organiza iniciativa inédita dentro do setor produtivo brasileiro, um pool (grupo de empresas) para importar aço é um dos focos de atuação nesse início de ano. Devido à valorização excessiva do real frente ao dólar e ao alto preço do aço no mercado interno, a indústria brasileira de máquinas agrícolas está perdendo competividade. No ano de 2009, o setor sofreu queda de 28,2% em seu faturamento e as exportações sofreram retração de 52,6%. Acredita-se que este ano haverá um crescimento da demanda que já pode ser observado devido o aumento de preços pelas indústrias de aço para recuperar margens. Com base nos estudos de mercado, a CMSIA optou por criar um pool de empresas associadas para importar em conjunto o aço. Até o momento cerca de 30 empresas se cadastraram. Fi at /D iv ul ga çã o MA44_Noticias.indd 7 25/2/2010 12:18:23 � Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 case R saiba mais Controle de patrimônio via RFID Mecatrônica Atual 39 Visão Artificial: Sistemas que enxergam Mecatrônica Atual 30 Site do fabricante: www.cognex.com Confira o case aplicado em uma indústria far- macêutica para combater a falsificação de me- dicamentos distribuídos nos Estados Unidos Autômatos Programáveis ecentemente, os Estados Unidos detectaram dois casos de falsificação de medicamen- tos no sistema de distribuição do país, amplamente divulgados: comprimidos de Lípitor, para baixar o colesterol, e a droga injetável Procrit, para estimular o aumento de células vermelhas no sangue. Os pro- gramas Track-and-Trace, concebidos para viabilizar e suportar requisitos de retenção de registros e-Pedigree Eletrônico, atribuem a cada recipiente uma etiqueta serializada exclusiva que pode ser lida em cada nível da cadeia de suprimentos para acompanhar as mudanças na posse do produto desde a fabricação até o consumo. A Omega Design, fabricante de máquinas de embalagem em Exton, Pensilvânia, EUA, propôs um novo método de serialização que utiliza uma etiqueta lateral serializada e uma marcação sincronizada exclusiva na base de cada recipiente. Esta abordagem oferece a vantagem de empregar etiquetas impressas de baixo custo e, ao mesmo tempo, pode identificar os recipientes reais em etiquetas que foram empacotadas. “As leitoras de ID Cognex In-Sight® satisfazem os requisitos desafiadores da aplicação, tais como a capacidade de ler os 12 códigos exclusivos da base, de uma vez só, enquanto o pacote é segurado por um robô”, disse John Scholes, gerente de projetos especiais da Omega Design. Garantindo a segurança da cadeia de suprimentos farmacêutica Os Estados Unidos enfrentam o problema crescente do fornecimento de medicamentos falsificados misturados a legítimos. A World Health Organization estima que 30% dos medicamentos controlados nos países em desenvolvimento são falsif icados. Nos países desenvolvidos, os remédios falsos correspondem a 1% do mercado. Nova abordagem “Track-and-Trace” para aplicação farmacêutica utiliza marcação exclusiva na base do recipiente Autor Anônimo contratado pela Cognex Corporation MA44_Case_TracknTrace.indd 8 1/3/2010 11:35:51 �Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual case F1. Contêiner com Data Matrix. As informa- ções 2D (Data Matrix) gravadas na base são as mesmas legíveis por humanos, isto é, uma ID de contêiner exclusiva com 4 dígitos. vantagens: custo muito inferior da etiqueta e da leitora, alta velocidade de impressão e de aplicação, taxas de falha insignificantes e fácil implementação. Saiba quais recipientes há em um pacote Atualmente, em uma linha de produção farmacêutica típica, vários processos de em- balagem, tais como selecionadora, inserção de dessecante, enchimento, colocação de algodão, selagem e colocação de tampa, podem ocorrer antes que um recipiente finalmente receba sua etiqueta serializada ou tag RFID. Portanto, as empacotadoras têm que confirmar, e não presumir, que um recipiente pertence realmente à linha de empacotamento antes que uma etique- ta serializada seja afixada do lado de um recipiente. Mesmo depois de receber sua etiqueta, o modo como os recipientes fluem por outros processos pode comprometer todo o esforço de vincular códigos agregados de nível mais alto a unidades individuais. Para formar um pacote, os recipientes precisam passar por um sistema de empacotamento termoencolhível (shrink bundling) que confere, embala e separa os recipientes em unidades. Um único recipiente mal posicio- nado ou rejeitado, extraído depois que seu lugar na sequência foi estabelecido, pode corromper a integridade de cada pacote subsequente. Em 1987, o Congresso aprovou o decreto de comercialização de drogas controladas (Prescription Drug Marketing Act - PDMA), criando a exigência de rastreamento da cadeia de custódia para distribuidores de medicamentoscontrolados e produtos re- lacionados, sob a vigilância da agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (Food and Drug Administra- tion - FDA). Este requisito ficou conhecido como Pedigree eletrônico ou e-Pedigree, uma declaração de origem que identifica cada etapa de venda, compra ou transação anterior de um medicamento. A FDA deverá seguir as especificações e-Pedigree estabelecidas pela GS1, organização mundial líder dedicada à criação e à implementação de padrões e soluções globais para aprimorar a eficiência e a visibilidade das cadeias de oferta e demanda tanto globalmente quanto em setores. O padrão de identificação automática GS1 Healthcare inclui um Número Glo- bal de Item Comercial (Global Trade Item Number - GTIN), um Número Global de Localização (Global Location Number - GLN) e um Número Global de Sincronização de Dados (Global Data Synchronization Number - GDSN). O GS1 recomenda “investir em scanners de código baseados em câmera para suprir necessidades específicas de identificação automática em serviços de saúde”. A indústria farmacêutica está cogitando diversos métodos para se adequar a estas novas exigências. Todos os programas Track- and-Trace atribuem a cada recipiente uma etiqueta serializada exclusiva que permanece com ela durante todo o seu uso. Logo depois de preenchido, o recipiente se torna parte de uma série de embalagens maiores - em geral, pacotes, caixas e paletes - e cada um tem que estar vinculado em uma relação pai-filho. A maioria das empresas farmacêuticas utiliza etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID na sigla em inglês) para níveis mais altos de empacotamento, como paletes e caixas. Entretanto, o uso de tags RFID no recipiente ou no pacote aumenta substan- cialmente os custos de embalagem. Outra preocupação é o alto custo dos interrogadores RFID que os farmacêuticos precisam utilizar para verificar o e-Pedigree do recipiente para cada receita. Em comparação, imprimir um código digital em uma etiqueta de papel tem F2. Imagem da câmera visualizando e reco- nhecendo o código de uma embalagem. F3. Imagem da câmera visualizando e reconhecendo os 12 códigos de 12 embalagem. MA44_Case_TracknTrace.indd 9 1/3/2010 11:35:59 10 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 case A única maneira de garantir o conteúdo de um pacote é estabelecer previamente a integridade do pacote e, depois, identificar os recipientes contidos. Mas as etiquetas la- terais são um desafio para as empacotadoras que tentam identificar as embalagens após a criação do pacote. Por exemplo, como é possível escanear os códigos nos recipientes que se encontram no meio de um pacote 3x4 tendo em vista que as etiquetas estão bloqueadas de todos os lados? A solução da Omega Design é imprimir uma ID exclusiva na base de cada recipiente vazio para complementar — e não substituir — a etiqueta serializada afixada do lado do recipiente. A etiqueta lateral é consultada ao longo de toda a vida útil do recipiente, provendo a ID exclusiva do recipiente e, também, todas as informações relevantes para o consumidor, tais como identidade do produto, fabricante, dosagem, quantidade etc. O código na base exclusivo permite que a empacotadora identifique os recipientes facilmente depois que eles foram agregados em um pacote. Após a criação do pacote, as etiquetas laterais serializadas seriam difíceis de ler, mas a ID exclusiva na base do recipiente é visível através do filme termoencolhível transparente. A Omega Design oferece uma solução para a implementação desta abordagem Track-and-Trace com uma única máquina selecionadora e decodificadora capaz de manter controle total sobre cada recipiente - velocidade, altura e orientação - enquanto passa sob o cabeçote de impressão e sobre as estações de verificação e rejeição. O uns- crambler aceita frascos volumosos e os orienta sequencialmente na linha de produção. Os unscramblers Omega imprimem e verificam uma ID exclusiva na base de cada recipiente vazio. Esta ID exclusiva contém informações suficientes para o rastreamento temporário do recipiente na linha de empa- cotamento. Depois que uma etiqueta maior, definitiva e totalmente serializada é aplicada ao recipiente, uma câmera e um sistema de gestão de software serializado sincronizam o código da etiqueta e o código da base. Na hora do empacotamento final, a embala- dora termoencolhível agrupa e empacota o número especificado de recipientes em um pacote. Um robô ergue cada pacote e o passa sobre outra leitora de ID, que identifica os recipientes contidos no pacote. Este pacote recebe uma nova etiqueta, que é ligada a cada embalagem nele contida. Uma relação pai-filho é estabelecida. Aplicação de sistema de visão exigente As duas leitoras de ID utilizadas nesta aplicação têm que satisfazer requisitos rigorosos. A leitora de ID usada no uns- crambler precisa ler códigos Data Matrix com precisão, acompanhando o ritmo de uma linha que opera à velocidade de 50 a 300 frascos por minuto. A embaladora é um desafio ainda maior porque a leitora de ID precisa ler todos os frascos no pacote com apenas uma imagem. “Escolhemos os sistemas de visão da série Cognex In-Sight 5000 para esta aplicação porque nossa experiência mostra que eles fornecem a precisão exigida para a leitura de códigos 2D Data Matrix”, disse Scholes. Os sistemas de visão In-Sight vêm com o software de leitura de código Cognex ID- Max® Data Matrix, baseado em tecnologia PatMax®, para lidar com uma vasta gama de degradações na aparência do código e prover decodificação robusta e confiável em todas as situações. A Omega Design utiliza a leitora de ID In-Sight 5410 no unscrambler e o In-Sight 5603 de performance mais alta na embaladora. A Cognex também dispo- nibiliza uma linha completa de leitoras de ID fixas e de mão que verificam a origem F4. Módulo de rastreamento em embaladora com filme retrátil: estação de agregação de pacotes com etiquetagem de pacotes/componente pai-filho. MA MA44_Case_TracknTrace.indd 10 1/3/2010 11:36:06 11Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual case F6. Um close da estação de impressão, inspeção e rejeição do posicionador de garrafas plásticas da Omega Design Corporation F5. Posicionador de garrafas plásticas inclui impressão a jato de tinta contínuo (Continuous Ink Jet - CIJ), inspeção e rejeição em um único sistema. do frasco em qualquer ponto da cadeia de suprimentos. Shaun Keperling, da Omega Design, utilizou a interface de programação base- ada em planilha da Cognex para sobrepor imagens dos 12 códigos inspecionados e fornecer indicações de aprovação/repro- vação tanto para cada código quanto para todo o pacote, na interface com o usuário. “A interface da planilha é muito flexível”, disse Keperling. O programa tem início quando o sistema de visão recebe um sinal digital do contro- lador lógico programável (programmable logic controller -- PLC) indicando que um pacote está posicionado para inspeção. Primeiramente, o programa captura a imagem na base do pacote contendo 12 códigos 2D. Em seguida, 12 ferramentas de inspeção diferentes são acionadas para ler os códigos. Se todos os códigos são lidos, uma saída digital é enviada de volta ao PLC, que instrui o robô a colocar o pacote na esteira. O sistema de visão transfere as IDs do recipiente para um computador, onde são gerenciadas pelo software Track and Trace. Se a inspeção falha, o PLC instrui o robô a reposicionar o pacote mais duas vezes e ativa novamente a inspeção. Se estas inspeções também falham, o pacote é encaminhado a um escoadouro de descarte. “A meta principal dos padrões da FDA e das leis de e-Pedigree é proteger os consu- midores contra remédios contaminadose falsificados”, concluiu Scholes. “Para tanto, os fabricantes têm que acompanhar seus produtos ao longo da cadeia de suprimentos, até o nível da unidade ou do recipiente. Em- bora as datas de conformidade e os padrões finais mudem constantemente e variem de acordo com o Estado, está amplamente aceito na indústria farmacêutica que o requisito definitivo envolverá a serialização. A nova abordagem descrita aqui representa um método eficaz, econômico e fácil de imple- mentar para incorporar a serialização 2D Data Matrix a linhas de embalagem novas e existentes sem comprometer a velocidade ou a precisão da máquina.” MA Fundada em 1969, Omega Design Corporation é uma empresa inovadora, líder mundial na indústria de embalagens, empenhados em servir os clientes com as máquinas da mais alta qualidade, serviços e soluções de embalagem. MA44_Case_TracknTrace.indd 11 1/3/2010 11:36:15 12 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação saiba mais Monitoramento online do desempenho da planta industrial Mecatrônica Atual 39 Monitoramento de condições através da vibração Mecatrônica Atual 31 Sistema de monitoramento e estimativa dos tempos de operação dos disjuntores Mecatrônica Atual 31 Autômatos Programáveis Monitoramento de equipamentos em localidades remotas garantindo a manutenção eficiente Imagine a possibilidade de estações remotas como elevatórias de água, de bombeamento de gases ou geradoras de energia enviarem relatórios de mau- funcionamento, apontando exatamente a causa do problema e possibilitando a mobilização de técnicos e de peças forma eficiente antes mesmo de uma paralisação em seu funcionamento. A detecção de uma falha, seu diag- nóstico e uma posterior manutenção são dificultados quando os equipamentos ficam em localidades remotas, onde geralmente a causa da falha é conhecida somente após gerar uma consequência. Por exemplo, em uma elevatória de água a falha no bombeamento é detectada somente quando falta água nos consumidores, por meio de reclamações ao SAC. Já a manutenção Monitoramento Remoto com o smsCLP demanda vários deslocamentos até o local: um para o diagnóstico do problema, outro para levar as peças de reposição e outro para levar o pessoal especializado. Imagine por exemplo um gerador diesel operando como suporte a uma eventual falta de energia na rede em um processo crítico. Por ser um equipamento que não pode falhar deve haver um monitoramento constante de anormalidades tanto da pré-operação, monitorando o nível e temperatura do com- bustível, quanto da partida e da operação, monitorando a transição da carga, a tensão e corrente de saída entre outras variáveis. O smsCLP integrado a estes equipamen- tos permitirá que os técnicos responsáveis recebam mensagens de texto SMS e/ou e-mails relatando a anormalidade instan- taneamente, permitindo uma manutenção constante e um deslocamento mais eficiente uma vez que o técnico receberá a informa- ção exata de qual é a peça ou a providência a ser tomada. Este artigo mostra a utilidade do smsCLP para monitoramento de equipamentos em localidades remotas e sua fácil configuração de relatórios via mensagens de SMS e e-mails. José Carlito de Oliveira Filho MA44_smsCLP.indd 12 25/2/2010 16:31:15 13Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual automação F1. Conjunto do smsCLP. Monitoramento Remoto com o smsCLP Características do smsCLP O smsCLP consiste de dois equipamen- tos, veja a figura 1: O CLP Prosec T1-16S TOSHIBA de oito entradas e oito saídas digitais expansíveis até 144 I/O mais entrada para cartões de conversores A/D e/ou D/A e alimentação 100-240 Vac, possibilitando que o integra- dor utilize o smsCLP não só para o monitoramento mas também para o controle e automação de suas apli- cações programando em linguagem Ladder ou STL. O terminal smsCLP Duodigit Quad Band com entrada para 2 SIM cards de qualquer operadora, sendo o plano pré-pago ou pós pago com o serviço de dados habilitado. O envio dos relatórios é configurado para ser efetuado tanto eventualmente quanto temporariamente. Os 8 registradores de entrada digital do smsCLP X<0:7> e os 24 registrado- • • res digitais auxiliares R<2000:2017> são monitorados a cada 2 segundos e podem ser configurados como gatilho de envio de um relatório, assim como os relatórios gerados podem conter o valor de qualquer registrador do smsCLP. Também podem ser configurados rela- tórios temporários, por exemplo: configurar o smsCLP para todos os dias às 7 horas da manhã enviar a contagem de peças ou a temperatura de uma bomba. As mensagens podem ser enviadas por ordem de prioridade, por exemplo: o técnico de assistência imediata (prioridade 1) é o primeiro a receber a mensagem, caso este não responda para o número do smsCLP com um SMS, em 5 min. o técnico super- visor (prioridade 2) receberá a mensagem, e assim por diante. Os últimos eventos do smsCLP são registrados e podem ser recebidos via e-mail enviando um SMS com a mensagem Status, possibilitando uma análise estatística do processo e das mensagens enviadas. MA44_smsCLP.indd 13 25/2/2010 16:31:08 14 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação Estudo de Caso – Estação Elevatória O sinótico da figura 2 representa uma estação elevatória com um tanque de armazenamento que utilizaremos neste artigo para demonstrarmos um exemplo de configuração do smsCLP. Como entrada do smsCLP teremos três sensores de nível (L0-L2) e um sensor de temperatura da motobomba(T0) e como saída controlaremos a motobomba elétrica(M0). Desta forma demonstraremos F2. Sinótico de uma estação elevatória de água. F7. Interface do software smsCLP F3. Esquema de conexão do smsCLP F6. Interface para cadastrar um novo F5. Interface para cadastrar um registrador F4. Interface para criação de um novo que o smsCLP pode ser utilizado tanto para o monitoramento quanto para o controle do sistema. Veja na figura 3 o esquema de conexão do CLP. Veja no esquema de conexão do sms- CLP que o nível mínimo L0 representa o registrador booleano de entrada X0 e o cartão de conversor A/D que mede a tem- peratura T0 representa o registrador de 16 bits XW04, utilizaremos estes registradores para configurar os relatórios no software do smsCLP a seguir. O primeiro passo é executar o software smsCLP e criar um novo smsCLP entrando com seu nome que precederá todas as men- sagens, com a empresa integradora e com seu numero de celular, como na figura 4. O segundo passo é cadastrar os regis- tradores a serem monitorados pelo smsCLP entrando um nome de identificação e seu respectivo endereço de memória no CLP, veja na figura 5. O terceiro passo é cadastrar os técnicos que receberão as mensagens de SMS e e-mail MA44_smsCLP.indd 14 25/2/2010 16:30:59 15Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual automação digitando o nome do técnico, seu e-mail e telefone, veja na figura 6. Agora o smsCLP está pronto para receber as configurações dos relatórios, veja na figura 7 a interface do software smsCLP já com os técnicos e registradores cadastrados. Cadastramos os registradores de entrada do smsCLP e criamos três técnicos: um técnico imediato, um técnico nível 2 e um técnico superior nível 3. Mais a frente de- monstraremos o tratamento de prioridades do smsCLP utilizando estes três níveis de técnicos. Configuração dos Relatórios Eventuais Neste exemplo comunicaremos aos téc- nicos responsáveis dois relatórios eventuais de falhas, um quando o nível do tanque ficar abaixo do nível mínimo L0 e outro quando a temperatura T0 for maior que 90 graus Celsius. Admitindo que o sensor de nível utilizado nesteexemplo fica em nível lógico 0 quando o nível da água está abaixo do nível medido, configuraremos o disparo de um relatório quando houver uma borda de descida no registrador X0, referente ao nível L0 como vimos anteriormente. Para criar um novo relatório basta digitar uma descrição para o relatório, neste caso “Tanque no nível mínimo”, definir uma condição de disparo, neste caso o registra- dor X0 na borda de descida e então criar as mensagens de e-mail e/ou SMS. Clicando no botão Novo Relatório Eventual configuraremos um novo relatório e suas mensagens, como pode ser visto na figura 8. Para adicionar as mensagens que serão enviadas no momento em que a condição de disparo deste relatório for satisfeita, clique no botão Nova mensagem, escolha o tipo de mensagem, os técnicos que receberão as mensagens e finalmente digite a mensagem que desejar, lembrando que ela pode conter o valor de qualquer registrador do smsCLP (figura 9). Criamos três novas mensagens de SMS com destino aos três técnicos cadastrados, isto é, quando o relatório “Tanque no nível mínimo” tiver sua condição de disparo satisfeita (X0 - borda de descida) os três técnicos receberão um SMS com a mensa- gem da figura 9. F8. Interface para criar um novo relatório eventual F9. Interface para criar uma nova mensagem SMS ou e-mail. MA44_smsCLP.indd 15 25/2/2010 16:30:53 16 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação Note que o valor do registrador XW04 foi inserido na mensagem clicando no botão Inserir valor do registrador. Os caracteres $XW04$ serão substituídos pelo valor atual do registrador quando o relatório for ativado. Agora vamos configurar o relatório de superaquecimento da bomba utilizando o valor provindo do conversor A/D arma- zenado no registrador XW04. Para isto precisaremos de dois blocos em Linguagem Ladder no smsCLP para ativar e desativar o registrador especial R2001 quando a temperatura passar do valor desejado, veja na figura 10. O registrado R2001 faz parte dos 24 registradores especiais que podem ser utili- zados como gatilho dos relatórios, por isso foi utilizado no código acima para repre- sentar a condição de superaquecimento na motobomba. Note que quando R2001 está em nível lógico 1 a temperatura da bomba é maior que 90. No software smsCLP vamos confi- gurar o relatório de superaquecimento da motobomba com o registrador R2001 na borda de subida como gatilho e para isso enviaremos SMS e e-mails em ordem de prioridade para os técnicos cadastrados (figura 11). Da forma que foram configuradas as mensagens do relatório de superaquecimento na motobomba, o técnico imediato será o primeiro a receber um e-mail e um SMS, caso ele não responda via SMS com uma mensagem sem conteúdo para o número do smsCLP em cinco minutos o sistema enviará a mensagem para o técnico nível 2 e assim por diante até o ultimo técnico. Caso nenhum técnico responda o relatório é resetado. Considerações Finais Apresentamos uma aplicação do sms- CLP e sua configuração de forma a exibir a gama de possibilidades de aplicação deste sistema versátil, fácil de operar e com um preço muito competitivo diante as soluções semelhantes de mercado. Informação precisa em tempo real faz a diferença quando a ordem é a confiabili- dade. Para esta tarefa a ferramenta certa é o smsCLP, mostrando uma nova maneira de garantir suas máquinas funcionando através de mensagens diretas aos técnicos responsáveis por sua manutenção. F11. Relatório de superaquecimento na motobomba com as mensagens por ordem de prioridade. F10. Ladder de configuração do relatório de superaquecimento na bomba. MA 6 7 TO TO [ XW004 <= 00090 ] [ XW004 > 00090 ] [ RST R2001 ] [ SET R2001 ] SUPER AQUEC. SUPER AQUEC. MA44_smsCLP.indd 16 25/2/2010 16:30:47 18 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação Asaiba maisManutenção preditiva e pró ativaMecatrônica Atual 9 Automação industrial - 3ª edição - J. Norberto Pires - Editora Lidel Autómatas programables - Josep Balcells, José Luis Romeral - Editora Marcombo Técnicas de automação - João R.Caldas Pinto - Edições Técnicas e Profissionais Curso de Automação Industrial - Paulo Oliveira - Editora Edições Técnicas e Profissionais Manual de Formação OMRON - Engº Filipe Alexandre de Sousa Pereira Catálogos OMRON www.omron.pt No seguimento do curso de Automação, neste artigo apresento como perceber os conceitos básicos de programação de um CLP. No decorrer das próximas edições apresentaremos a forma de programar um controlador lógico programável Filipe Pereira filipe.as.pereira@gmail.com Eng. Elétrotécnico / Automação Klean Energie 4 Life, Ltda Energias Renováveis - Portugal s linguagens de programação são empre- gadas nos CLPs desde que estes surgiram em 1960. Estas permitem ao usuário inserir programas de controle utilizando sintaxes pré-estabelecidas. Previamente ao estudo dos três tipos de linguagem mais utilizados na programação de CLPs, convém rever alguns conceitos essenciais. O programa que vai definir o automatis- mo é constituído por uma série de instruções e funções onde são operados os bits de memória. Estas instruções e funções, serão introduzidas na memória do CLP, através de um periférico destinado a esse fim e que poderá ser uma console de programação ou software específico para PC. Veja na figura 1 um exemplar de CLP programado por console. Os CLPs têm, basicamente, dois modos de operação: o modo RUN e o modo PRO- GRAM ou STOP. Estes são selecionados através de um comutador que se pode Programação de um CLP: Modos de programação MA44_CLP_pt3.indd 18 25/2/2010 12:38:59 19Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual automação F1. CLP programado por console. encontrar no frontal do CLP, na console de programação ou através do software de programação. Antes de se introduzir o programa através da console, deve converter-se o esquema de contatos numa lista de instruções entendidas pelo CLP, ou fazer a programação direta em esquema de contatos utilizando o compu- tador com software que o permita. O programa é introduzido nos endereços de memória do CLP, contendo cada um uma instrução, os parâmetros de definição e todos os parâmetros requeridos por essa instrução. Os endereços de memória do programa (linhas do programa) começam em zero (0) e estão limitados pela capacidade da memória do CLP. Cada fabricante possui modos diferentes de proceder à programação de um CLP. As áreas de memória têm designações diversas, as instruções e funções têm mne- mônicas e códigos diferentes e a sequência de teclas na console destinadas à programação difere de marca para marca. No entanto, conhecendo um modelo, facilmente nos integramos no modo de funcionamento de um outro, pela simples consulta do respectivo manual, uma vez que a lógica de programação dos sistemas existentes no mercado não difere no seu essencial. Vejamos o que faz o CLP em cada modo de funcionamento: O modo RUN é o modo normal de funcionamento do CLP, porque neste modo, a CPU executa o programa contido na memória; Para se proceder à introdução do pro- grama, é necessário que o CLP esteja no modo PROGRAM; O processador inicia a resolução do programa de controle após ter lido o estado de todas as entradas e ter guardado toda a informação em memória. • • • Com a importante resolução do pro- grama de controle (da primeira para a última rung), a continuidade lógica de cada rung vai sendo averiguada e as saídas serão atualizadas no final do SCAN. Observe o exemplo da figura 2. Analisemos o diagrama de estados anterior: O contato normalmente aberto 000.00 ativa a primeirasaída se estiver no estado On, fazendo com que a saída 001.00 também seja On, na rung a seguir, o contato associado à bobina de saída 001.00 ao passar a On ativa a saída 001.01, e assim sucessivamente; Apesar das saídas estarem em dife- rentes rungs e assumirem o estado durante o SCAN, todas elas passarão ao seu estado On em simultâneo no módulo de saída, porque o CLP só atualiza o estado das saídas no final de execução do programa; • • MA44_CLP_pt3.indd 19 25/2/2010 12:39:05 20 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação Se os contatos estivessem conforme indicado na figura 3, as saídas já não seriam acionadas todas simul- taneamente, ou seja, se a condição de saída de uma rung afetar a rung que a antecede, a CPU não volta atrás para resolvê-la. É importante assimilar deste exemplo que, para o mesmo ciclo de SCAN, uma saída só terá efeito noutra rung se esta for colocada antes dessa rung. • F2.Análise ao Scan do CLP de acordo com um respectivo programa de controle em Ladder. F3. Estado das saídas do CLP após um SCAN. Outro conceito importante é o de entra- das normalmente fechadas que, apesar de ser um conceito bastante simples, costuma suscitar algumas dúvidas. Suponha que se desejasse implemen- tar em programação o seguinte circuito (figura 4). O normal seria copiar o esquema de contatos para Ladder, obtendo-se o resultado do circuito seguinte, mostrado na figura 5. Tal situação não é correta, uma vez que, quando o CLP lê o estado da entrada BP1, é guardado no endereço de memória, associado a esta entrada, o valor lógico da entrada, ou seja, um (1). Quando o CLP executa o ciclo de SCAN, é examinada a continuidade lógica da rung mas, como o contato associado ao endereço de memória está negado, a continuidade lógica não vai existir, porque o um (1) que reflete o estado da entrada BP1 negado é zero (0). A solução para o circuito é a colocação no programa de um contato normalmente aberto, para não negar o endereço de memória associado ao estado da entrada. Senão vejamos, na figura 6. Resumindo: Independentemente da forma como os circuitos estão ligados, na programação pode alterar-se o seu estado, uma vez que o estado de uma entrada de- pende não só da forma como está ligada, mas também de como é programada. Os três tipos de linguagens mais utili- zados nos dias de hoje são: Ladder; Lista de instruções; GRAFCET. As linguagens de programação em Ladder e em lista de instruções implementam as operações de forma quase similar, diferindo apenas na forma como são representadas e no modo como são inseridas no CLP. O GRAFCET implementa as instruções de controle baseando-se em passos e ações representados de forma gráfica. Ladder lógico A linguagem de programação Ladder é composta por uma série de instruções sim- bólicas usadas para desenvolver programas de controle das máquinas e processos. Veja a figura 7. • • • F4. Ligação de uma entrada normalmente fechada à entrada de um CLP. MA44_CLP_pt3.indd 20 25/2/2010 12:23:14 21Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual automação F5. Análise do estado da saída de um CLP com uma entrada normalmente fechada. F6. Solução para o caso de o CLP possuir uma entrada normalmente fechada. MA44_CLP_pt3.indd 21 25/2/2010 12:23:51 22 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação A evolução do Ladder original tornou esta linguagem mais capaz, pois novas funções foram adicionadas às tradicionais operações básicas de relés de temporização e de contagem. Novas funções, denominadas de blocos de função, aumentaram o poder da lingua- gem Ladder básica. O principal objetivo dos diagramas La- dder é controlar saídas e executar operações funcionais baseando-se em condições de entrada. Os diagramas em Ladder usam rungs onde se representam as funções de controle. Uma rung consiste numa série de condições de entrada, representadas por contatos, e uma instrução de saída no final, representada por uma bobina. Uma rung é “verdadeira” quando existe continuidade lógica, ou seja, quando a energia flui, através da rung, da esquerda para a direita (figura 8 e 9). A matriz da rung representa as possíveis localizações para colocação dos contatos de entrada ou instruções. Quando a continuidade lógica existe, a condição da rung é verdadeira, havendo um controle da saída. Por outro lado, se a continuidade lógica não se estabelece, a condição da rung é falsa. Quando um diagrama Ladder contém um bloco de função, uma ou mais instru- ções podem ser utilizadas para representar as condições de entrada que o habilitam. A matriz da rung em Ladder determina o F8. Exemplo de continuidade lógica. F7. Comparação entre linguagem Ladder e um circuito elétrico. F9. Outro exemplo de continuidade lógica. número máximo de contatos que podem ser empregados para ativar uma saída, di- vergindo o tamanho da matriz de CLP para CLP. Na figura 10, a matriz citada. Para blocos de função a matriz utiliza, em regra, menos contatos, figura 11. Existem algumas normas para a colocação dos contatos de entrada. Uma delas, que se verifica em quase todos os CLPs, evita que a continuidade lógica que tem de haver numa rung flua ao contrário (sneak paths). Estes sneak paths ocorrem quando a continuidade lógica flui numa rung atra- vés de um contato que provoca, só ele, a continuidade de uma rung. Veja-se o exemplo dado na figura 12. A saída Z deverá estar ativa quando os contatos A, B e C ou A, D e E ou F e E estiverem ativos. No entanto, se os contatos F, D, B e C estiverem ativos existe conti- nuidade lógica e Z está ligado. Esta situação deverá ser evitada, uma vez que a saída fica activa com uma com- binação de contactos que a não deveriam activar (figura 13). Em resumo: MA44_CLP_pt3.indd 22 25/2/2010 12:23:58 23Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual automação As instruções em Ladder representam o estado On/Off de entradas e saídas de campo; O Ladder usa dois tipos de símbolos: contatos e bobinas, em inglês coil; Os contatos representam as condições de entrada e as bobinas representam a saída de uma rung; Em um programa, cada contato ou bobina tem um endereço que permite identificar o que está a ser avaliado e o que está a ser controlado; O endereço está referenciado à tabela de entradas, de saídas ou a um registro interno do CLP. • • • • • F10. Matriz de uma Rung em Ladder. F11. Matriz de um Bloco de uma função. F12. Exemplo de um “Sneak Paths”. F13. Exemplo de uma combinação de conta- tos que ativam indevidamente a saída. F14. Tarefa do processador aquando do fecho do contacto NO. MA44_CLP_pt3.indd 23 25/2/2010 12:24:05 24 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação Contato normalmente aberto (NA) Este contato procura uma condição de ON em um determinado endereço. Durante a execução do contato normalmente aberto (NO), o processador examina o endereço referenciado no contato por uma condição de ON (figura 14). Contato normalmente fechado (NF) Este contato procura uma condição de OFF em um determinado endereço. Durante a execução do contato normalmente fechado (NC), o processador examina o endereço referenciado no contato por uma condição de OFF (figura 15). F15. Tarefa do processador aquando do fecho do contacto NC. F16. Controle de uma bobina NO de saída por parte do CLP. F17. Controle de uma bobina NC de saída por parte do CLP. Bobina normalmente fechada Esta função funciona de forma oposta à anterior, ou seja, quando não existe con- tinuidade lógica nos contatos, a posição de memória afecta à saída vai ser zero (0) (figura 17). Importante: Os contatos podemser colocados em série, em paralelo ou numa configuração série- paralelo para controlar cada uma das saídas. Uma saída nunca pode ser ligada diretamente à entrada. Bobina normalmente aberta Uma bobina de saída controla uma saída real ou um bit interno do CLP. Du- rante a sua execução, o processador avalia todas as condições de entrada numa rung (figura 16). MA44_CLP_pt3.indd 24 25/2/2010 12:24:15 25Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual automação Circuitos lógicos Para implementar circuitos lógicos, dis- põem-se ainda das seguintes instruções: AND - realiza um E lógico com o bit especificado; OR - realiza um OU lógico com o bit especificado; NOT - nega o estado do bit ao qual está associado. Analisemos cada uma das funções, no caso do nosso CLP em estudo neste curso, que é o CJ1 da OMRON. Antes de iniciarmos a programação pro- priamente dita, convém deixar algumas dicas de utilização do software Cx-Programmer da OMRON que permite a programação em LADDER neste CLP. Síntese sobre a utilização do software de programação (CX-Programmer) Como em qualquer outra aplicação do Windows, para executar o CX-Programmer é utilizado o menu Iniciar. Para acessar a área de trabalho é neces- sário criar um novo projeto ou abrir um já criado. Analisemos então cada uma das funções lógicas: • • • F18. Função lógica AND. F19. Função lógica NOT. Função AND A função AND, em Ladder lógico, é implementada com dois ou mais contatos de entrada em série. Veja-se o exemplo: pretende-se implementar um circuito lógico que apenas ativa a saída 01.00 do CLP, se as entradas 0.00 e 0.01 e 0.02 estiverem ativas (On). Observe a figura 18. Função NOT A função NOT em Ladder lógico re- presenta-se com um contato normalmente MA44_CLP_pt3.indd 25 25/2/2010 12:25:46 26 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 automação fechado (figura 19). Voltando ao exemplo anterior: pretende-se que a saída 01.00 fique ativa, se as entradas 0.00 e 0.02 estiverem a Off e a entrada 0.01 estiver a On (considera- se que uma entrada está a On quando o led, que a sinaliza, se encontra ligado). Função OR A função OR, em Ladder lógico, é im- plementada com dois ou mais contatos de entrada em paralelo (figura 20). Observe-se o seguinte exemplo: Pretende-se implementar um circuito lógico que active a saída 01.03, quando a entrada 0.01 estiver a Off ou quando as entradas 0.02 ou 0.03 estiverem a On. Instrução SET A instrução SET permite que, quando a condição lógica, que antecede a instrução SET, vá a On, o bit associado à função co- mute para o seu estado lógico On, e assim permaneça mesmo que a condição lógica, que antecede a instrução de SET, comute para Off (figura 21). Instrução RSET Situação semelhante acontece com a instrução RSET, pois, quando a condição lógica que antecede esta instrução vai a On, o bit manipulado é, em simultâneo, levado a Off permanecendo nesse estado (figura 22). Nota: Caso haja simultaneidade da função de SET e RSET, é a condição de RESET a predominante. Função KEEP A instrução KEEP permite definir um bit de memória como biestável, ou seja, o estado do relé é definido por duas condições lógicas: SET ou RESET (figura 23). Os conceitos básicos da programação e suas funções já estão concluídas. Para as próximas edições trataremos a forma de programar um controlador lógico progra- mável. Até a próxima! F22. Instrução RSET. F23. Função KEEP. Importante: Caso haja simultanei- dade das duas condições a ON, a condi- ção de RESET é a predominante. Sempre que existam vários blocos lógicos a controlar uma instrução, estes são pro- gramados em primeiro lugar e só depois é programada a instrução em causa. MA F20. Função lógica OR. F21. Instrução SET. MA44_CLP_pt3.indd 26 25/2/2010 12:27:19 27Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual manutenção O saiba mais CASTRO, P. Gerenciamento de Ferramentas. São Paulo: 2004 (Congresso Usinagem). FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. 751 p. Veja mais referências no fim do artigo. A usinagem é um processo muito usado nas indústrias do ramo metal-mecânico, com a necessidade da utilização de ferramentas de corte, que são responsáveis por cortar o material das peças, conferindo-as ao formato desejado. Tais empresas enfrentam grandes dificuldades para o controle desse ferramental, que vão desde problemas com a rastreabilidade da ferramenta dentro da própria empresa até suas requisições. A questão dos custos do ferramental também é de extrema importância para as empresas, visando a redução dos custos de produção para permanecerem competitivas no mercado. O objetivo do presente trabalho é apresentar as vantagens do gerenciamento das ferramentas de corte, visando a redução dos custos produtivos Gerenciamento de Ferramentas de Corte Gustavo Trombini Lazari Henrique Oliva de Andrade Rafael Batalhote Verçosa intuito deste artigo é demonstrar, através de um estudo de caso feito em uma empresa fabricante de motores de grande porte, como o gerenciamento de ferramentas está sendo aplicado e o quanto pode ser vantajoso no mercado competitivo, no sentido de reduzir os custos de produção e aumentar o ganho da empresa. Segundo estudos de ZONTA (2007), as ferramentas de corte representam de 3 a 5% dos custos de produção. Entretanto, se não houver um gerenciamento no processo, esses custos chegam até 30% no produto do fabricante. Alguns dos fatores que frequentemente contribuem para que se atinja este percen- tual são: Produção programada não pode ser efetivada por falta de ferramentas; Grande parte do tempo dos funcio- nários envolvidos (operador, super- visor e líder) é gasto na procura e na expedição de ferramentas; Super ou subdimensionamento do estoque (quantidade e variedade); Obsolescência do estoque. Atuar na redução de custos com ferra- mentas é uma visão que as empresas precisam • • • • MA44_Corte.indd 27 25/2/2010 16:24:37 28 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 manutenção F1. Curva ABC. Garantir atualização tecnológica; Garantir o uso ecologicamente correto de ferramentas de corte. Análise da empresa A empresa escolhida para realização do estudo de caso é uma empresa de pequeno a grande porte de fabricação de motores movidos à diesel. Gerenciamento de ferramentas de corte O gerenciamento de ferramentas de corte implica em redução de custos na produção de forma padronizada, ou seja, o gerenciamento visa qual é a melhor forma de reduzir ao máximo os custos de produção na melhor estratégia do processo. As etapas a seguir irão demonstrar como a empresa em estudo está atuando para se obter a máxima redução dos custos com ferramentas de corte. 1. Custo por peça, comprometimento com fornecedores O primeiro ponto para um gerencia- mento eficaz é o comprometimento dos fornecedores com a empresa. A empresa estudada está em fase de desenvolvimento e de implementação de um novo conceito chamado custo por peça, que visa a redução dos gastos sob o ponto de vista das ferramentas de corte. O custo por peça tem sido uma forma de trabalho desenvolvida por algumas grandes empresas consumidoras de ferramentas, que observam nessa estratégia uma boa alternativa para reduzir seus custos produtivos. • • adquirir e implementar para se tornarem mais competitivas no mercado, e as empresas retardatárias que não adotarem essa nova aplicação irão ter maiores dificuldades para se manterem no mercado. Desenvolvemos um estudo de caso em uma empresa fabricante de motores que apresenta a necessidade de melhoria contínua em seus processos para continuarcompeti- tiva no mercado. A questão é como atuar de uma maneira mais eficiente na redução dos custos de produção em empresas que utilizam processos de usinagem? Gerenciamento de ferramentas de corte Os objetivos específicos do gerencia- mento de ferramentas são resumidos da seguinte forma: Reduzir estoques e obsolescência; Padronizar as ferramentas utiliza- das; Eliminar a falta de ferramentas; Aumentar a produtividade; Reduzir o custo com ferramentas; Controlar a localização e fluxo de ferramentas no chão-de-fábrica; Reduzir os tempos de preparação de máquinas; Reduzir quebras de ferramentas; Garantir a disponibilidade de infor- mação precisa e atualizada; Fortalecer o relacionamento com fornecedores; Garantir a qualidade dos serviços de recondicionamento e preparação de ferramentas; Garantir a qualidade da peça pro- duzida; • • • • • • • • • • • • Ao invés da empresa pagar as ferra- mentas por unidade adquirida, a ideia do custo por peça é pagar aos fornecedores das ferramentas um valor fixo pré-estabelecido por peça produzida. Dessa forma, os fornecedores das ferra- mentas deverão acompanhar mais de perto o processo no dia-a-dia, porém, caso uma ferramenta não apresente o desempenho esperado (que foi acordada na hora da venda) quem terá que arcar com esse custo acima do esperado é o próprio fornecedor da ferramenta e não mais o cliente, como ocorre na maioria das vezes. Vale salientar que, para esse tipo de produto (ferramentas de corte), o acom- panhamento e serviço pós-venda são de suma importância, pois devido às inúmeras variações características dos processos de usinagem, é sempre recomendável que se tenha um acompanhamento técnico próximo por parte do fornecedor das ferramentas. 2. Controle de saídas de ferramentas O controle de saída das ferramentas é um importante indicador para se mensurar os gastos com ferramentas e manter sua rastreabilidade dentro e fora da fábrica. A utilização de software para o auxílio desse controle é extremamente importante para o gerenciamento de ferramentas, onde através dele é possível mensurar os gastos totais com ferramentas e/ou os gastos por máquina, uma vez que a ferramenta é enviada para uma máquina específica. Com isso é possível também detectar com facilidade as máquinas e/ou processos que estão consumindo ferramentas em demasia, podendo a empresa tomar uma atitude mais rápida e eficaz no sentido de amenizar as perdas ocasionadas por estas situações. O software ainda auxilia na emissão de relatórios de custo e emissão de pedidos de compra. Para atuar na redução dos custos de produção inerentes às ferramentas de corte de maneira mais eficiente, em julho de 2009 foram mapeados os gastos com ferramentas em todas as linhas da fábrica (tabela 1). FONTE - Empresa estudada. 3. Mapeamento e composição dos custos Com os dados da tabela 1, foi traçada uma curva ABC (figura 1) para identificar quais são os itens mais impactantes em MA44_Corte.indd 28 25/2/2010 16:24:46 29Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual manutenção relação ao custo. Foi observado que, para todas as linhas de produção da fábrica, a distribuição dos custos segue a mesma proporção, em média, 80% dos custos é representado por apenas 20% dos itens. FONTE - Empresa estudada. Esses 20% dos itens passaram a ser considerados críticos e, para cada linha de produção, foi traçada essa curva para mapear a distribuição dos custos. Dessa forma, as ações e os testes de novas ferra- mentas passaram a ser direcionados a esses itens críticos a fim de se obter uma redução mais significativa nos custos produtivos da fábrica. 4. Análise crítica do consumo elevado Após a identificação do item que será analisado, foi utilizado o diagrama de causa e efeito (figura 2) para levantamento de todas as prováveis causas que possivelmente F2. Matriz causa-efeito. T1. Gastos totais com Ferramentas. estão cooperando para um consumo elevado de ferramentas de corte. Para cada caso específico, é feito um brainstorming envolvendo todas as pessoas que têm envolvimento com o processo, que podem ser os operadores, os engenheiros de processo, de manufatura e os fornecedores da ferramenta. FONTE - Empresa estudada MA44_Corte.indd 29 25/2/2010 16:24:58 30 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 manutenção MA A matriz causa-efeito, demonstrada pela figura 2 possibilita cercar todas as causas que geram o consumo elevado de ferra- mentas, por diferentes pontos de vista dos envolvidos, tornando as ações e os testes de novas ferramentas mais eficazes no sentido de reduzir o consumo e consequentemente, diminuir os custos. 5. Melhorias organizacionais Após fazer a análise de Pareto (referências bibliográficas) e do diagrama causa e efeito, observa-se um grande consumo de insertos nas operações das figuras 3 e 4. O controle da vida e da utilização de todas as arestas, bem como a redução dos estoques de ferramentas, são exemplos de ações que têm grande importância no que tange às ferramentas de corte. Nas operações de usinagem da biela, as fresas utilizam um inserto triangular, que apresentam 3 arestas de corte em cada face, totalizando 6 arestas de corte. No entanto, no caso da biela, uma das fresas trabalha com a rotação no sentido horário - figura 3 - e a outra no sentido anti-horário – figura 4. Em um caso como esse, quando em- pregado na fresa direita (sentido horário), apenas os lados em destaque da aresta de corte do inserto será desgastado – figura 5. Já quando usado na fresa esquerda (sentido anti-horário), o mesmo ocorrerá para o lado oposto da aresta – figura 6. Dessa forma, se os insertos da fresa direita forem reutilizados na esquerda, ou vice-versa, pode-se empregar 2 vezes cada aresta, o que representa um total de 12 arestas por inserto. Segue exemplo de quanto pode ser significativo o ganho com o reaproveitamento dos insertos. Na tabela 2, pode ser observado que para a produção de 1.000 peças com uma vida de inserto de 250 peças/aresta, são necessários 67 insertos para fazer a produção anual (12.0000 peças). Como nesse caso a empresa não tem a cultura de reaproveitar os insertos, são exigidos 67 insertos em cada operação, contabilizando um total de 134 insertos ao ano, que representa R$ 52.517,28. Na tabela 3, observa-se que reaprovei- tando todos os insertos, a operação 170 não necessita requisitar nenhum inserto novo, gerando assim uma economia de 67 insertos e R$ 26.258,64 no ano. F3. Fresa horária. F4. Fresa Anti-horária. T2. Gastos sem reaproveitamento de inserto. T3. Gastos com reaproveitamento de inserto. F5. Inserto fresa horária. F6. Inserto fresa Anti-horária. MA44_Corte.indd 30 25/2/2010 16:25:05 31Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual manutenção Referências Bibliográficas BESANT, C.B. CAD/CAM – Projeto e Fabricação com o Auxílio de Computador. Rio de Janeiro: Camus, 1988. 249 p. CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; DA SILVA, R. Metodologia científica. São Paulo: Person Education do Brasil, 2006. 162 p. CHWIF, L; MEDINA, A. C;. Modelagem e Simulação de Eventos Discretos: Teoria e Aplicações. 2 ed. São Paulo, SP: Bravarte, 2006. 255 p. FAVARETTO, A. S. Estudo do Gerencia- mento de Ferramentas de Corte na Indústria Automotiva de Curitiba e Região Metropolitana. Curitiba, PUC-PR: 2005. 201 p.(Mestrado em Engenharia de Produção). HOHMANN, C. Principle of 5 S. Dis- ponível em <http://www.membres.lycos.fr/ hconline/5S/fives.htm>. Acesso em 11 mar. 2009. ISHIKAWA, K. Guia de Control de Cali- dad. Nueva York: Unipub, 1976. 216 p. LUSTOSA, L. et al. Planejamento e Con- trole da Produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 355p. MOURA, R.A. Kanban – A Simplicidade do Controle da Produção. 2 ed. São Paulo: IMAN, 1992. 355 p. SILVA, J.M. O ambiente da qualidade na prática. Belo Horizonte: Fundação Chris- tiano Ottoni, 1996. 260 p. SLACK, N.; CHAMBERS S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2007. 747 p. 6. Considerações e demonstração dos resultados O gerenciamento de ferramentas de corte se mostrou muito importante na busca da redução dos custos produtivos e do aumento da produtividade. Contudo, é bom ressaltar que todas as pessoas do grupo (preparadores, afiadores, técnicos, operadores e principalmente a liderança) devem estar alinhadas e comprometidas a manter todas as informações precisamente atualizadas. Foi demonstrado nesse estudo um ganho de R$ 26.258,64 por ano, porém deve-se destacar que o intuito foi mostrar a possibilidade de redução de custos através do gerenciamento. De acordo com análise dos relatórios de “savings” apontado pelos gerenciadores, a empresa teve redução de 18% dos custos com ferramentas resultantes do gerenciamento, o que representa mais de um milhão de reais de economia ao ano. Conclusão Através do desenvolvimento do estudo de caso, foi possível demonstrar os ganhos que a empresa vem obtendo com a aplicação do gerenciamento de ferramentas de corte no sentido de aumentar a competitividade da empresa. O controle de saída das ferra- mentas no chão de fábrica com auxílio do software se mostrou uma importante etapa no processo, visto que através desses dados são criadas curvas ABC (Pareto) que auxiliam na identificação das ferramentas que mais impactam na composição total do custo. A utilização do diagrama de causa e efeito (Ishikawa) ajuda a identificar de maneira eficaz as causas do consumo elevado das ferramentas que mais impactam na composição do custo por peça, permitindo assim uma atuação mais rápida e precisa por parte da empresa e do fornecedor da ferramenta no sentido de reduzir o consumo desse item. Como propostas para futuros trabalhos, levantamos a necessidade de um estudo da aplicação do gerenciamento de ferramentas de corte em empresas que utilizam processos de fabricação de peças não seriadas. STOCKTON, R.S. Sistemas básicos de controle de estoques: conceitos e análi- ses. São Paulo: Atlas, 1976. 139 p. TRENT, E.M.; WRIGHT, P.K. Metal Cutting. Woburn: Elsevier, 2000. 446 p. TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica São Paulo: Universidade de Murdoch, 2005.. Disponível em < http:// www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3. pdf> Acesso em 16 set. 2009. WCM. KAIZEN DEFINITION: The zen of doing it better, and making it better. World Class Manufacturing. Disponível em: <http://wcm.nu/Kaizen/kaizen.html>. Acesso em 20 jun. 2009. WOMACK, J.P.; JONES D.T.; ROOS D. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro. Campus, 1992. 347 p. YIN, R.K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 2.ed. Porto Alegre, RS: Book- man, 2001. 205 p. ZONTA, A.J. Gerenciamento de ferra- mentas: Estudos de caso de empresas do setor metal-mecânico brasileiro. Florianó- polis: 2007. Disponível em: <http://www.cimm.com. br/portal/publicacao/arquivo/69/Geren- ciamento_de_Ferramentas_-_Estudos_ de_caso_em_empresas_do_setor_metal- mec_co_brasileiro.pdf> MA Os Autores são formados em Engenharia de Produção Mecânica pela Escola de Engenharia Mauá no curso. Realizaram estágio na Sandvik do Brasil e hoje atuam como engenheiros de vendas técnicas nas distribuições da Sandvik. Gustavo - g_lazari@hotmail.com Henrique - h.andrade@uol.com.br Rafael - rafaelbatalhote@yahoo.com.br MA44_Corte.indd 31 25/2/2010 16:25:14 32 Mecatrônica Atual :: Janeiro/Fevereiro 2010 conectividade saiba mais Protocolo Digital Hart Mecatrônica Atual 43 A Tecnologia Hart na indústria – Estrutura do Protocolo Mecatrônica Atual 19 Manuais de equipamentos HART Smar Site de fabricante: www.smar.com.br Autômatos Programáveis HCC301: conversor de HART para 4-20 mA O HCC301 é um conversor Smar a dois fios capaz de gerar um sinal de cor- rente 4-20 mA através de uma variável via comunicação HART. Com isto podemos transferir informações de equipamentos HART aos controladores e facilitar os controles e processos com uma solução de baixo custo. Este conversor tem a capacidade de trabalhar como mestre primário do bar- ramento HART e continuamente fazer o “polling” de uma variável em um outro equipamento HART, convertendo a mesma dinamicamente a um valor em corrente de 4-20 mA proporcional a uma escala pré-con- figurada.Mesmo sendo um mestre primário, o HCC301 permite livremente que se tenha um mestre secundário no barramento, como por exemplo, um hand-held. O protocolo HART tem sido testado com sucesso em milhares de aplicações em vários segmentos, mesmo em ambientes perigosos. Porém, o dia-a-dia tem nos mostrado que os usuários pouco se utilizam dos recursos que esta tecnologia disponibiliza e que poderiam tirar vantagens de características e funcionalidades deste protocolo, libertando o “poder” que o HART tem. Neste sentido, este artigo mostrará detalhes da utilização da comunicação HART em medições multivariáveis, descrevendo aplicações de um conversor de HART para 4-20 mA capaz de acrescentar mais flexibilidade de uso aos equipamentos HART Libertando o poder do HART e proporcionando benefícios aos usuários Eng. César Cassiolato Smar Equipamentos Industriais Ltda. Esta variável atualizada em corrente pode ser a variável primária em unidade de engenharia, a variável primária em percentagem ou também uma das variáveis dinâmicas do equipamento HART: a variável secundária, terciária ou a quarta variável.O equipamento HART pode ser de qualquer fabricante, o que dá mais flexibilidade e recursividade ao usuário. Pode-se configurar no conversor a con- dição de falha segura segundo a NAMUR- NE43, onde em uma falha, este gerará um sinal de corrente de acordo com a seleção do usuário(3,6 ou 21 mA), de tal forma que o controlador possa tomar uma ação segura. O usuário ainda configura o número de “retries” de comunicação até que o conversor gere a corrente em falha segura. Em nível de segurança, pode-se ainda habilitar a proteção de escrita evitando alterações não autorizadas. MA44_Hart.indd 32 24/2/2010 16:37:03 33Janeiro/Fevereiro 2010 :: Mecatrônica Atual conectividade F1. Diagrama funcional do HCC301- Smar. Veja mais detalhes no diagrama de blocos funcional na figura 1. Durante a configuração do HCC301, este deve ser configurado para escravo, o que é feito localmente no equipamento. A figura 2 mostra a tela de configuração do conversor utilizando-se um hand-held (PALM, HPC301 Smar), onde podemos ver a simplicidade para o usuário. Algumas aplicações 1) Aumentando a segurança e confiabilidade em elementos finais de controle A grande maioria dos posicionadores de válvulas HART do mercado não possuem um sinal de retorno indicando a posição real da válvula e quando têm, exigem ligações a 4 fios, dificultando e aumentando cus- tos de instalação.A solução normalmente adotada, é a utilização de um transmissor de posição, mas que envolve custos e exige instalação adequada. Com isto, é muito frequente se ver no campo o posicionador recebendo um setpoint de posição desejada via controlador, mas o controle não tem um sinal de feedback, dizendo se a válvula realmente foi para a posição desejada, se está emperrada, se está lenta, como está o controle seu controle, etc... Observe a figura 3, onde temos um posicionador de válvulas. Poderíamos a um baixo custo extrair via comunicação HART a posição real da válvula e fornecê- la proporcionalmente a 4-20 mA para o sistema de controle, melhorando condições de performance,
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