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Oratória - Apresentações

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Oratória
Oratória é a arte de falar em público. 
Falar bem a pequenos grupos ou grandes plateias é indispensável para quem quer vencer. 
Cada vez mais é preciso apresentar ideias, serviços ou vender produtos. 
Quem se expressa bem aumenta as oportunidades de negócios, promoções e bons empregos, além de gerar cooperação, ser admirado e desenvolver a auto-estima. 
Veja o que você ganha com a oratória:  
Desenvolve a autoconfiança.
Vende melhor suas ideias.
Evidencia conhecimentos e capacidades.
Aumenta o prestígio e a promoção pessoal.      
Melhora o relacionamento interpessoal.
Faz mais amigos.
Aumenta sua rede de relacionamento.
Projeta uma personalidade vencedora. 
Metade da vitória no mundo consiste em saber comunicar-se adequadamente, de acordo com que se pensa, sente, é, faz e deseja. 
(Pedro Bloch)
Ser um bom orador envolve diversos aspectos: físicos, intelectuais, emocionais e comportamentais.
Sem eles uma pessoa não consegue passar uma boa impressão e obter credibilidade.
Alguns aspectos a considerar na oratória: 
Recursos corporais: aparência, gestos, postura, olhar, fisionomia, posição diante da plateia.
O corpo fala também! Melhore sua expressividade corporal.
Vestuário e acessórios. A forma de você se vestir influencia a receptividade dos ouvintes.
Recursos vocais: não falar com voz muito fraca, muito lenta e numa mesma intensidade para não entediar a plateia. Cuidar com a dicção e a pronúncia.
Domínio do assunto: conteúdo, conhecimento da matéria, saber responder a perguntas difíceis.
Palavra escrita: escrever com clareza, coerência e objetividade. Evite usar palavras difíceis, estrangeiras e termos técnicos. Para falar bem você precisa escrever bem.
Estrutura da mensagem: introdução, desenvolvimento e conclusão bem definidos.
Etiqueta: boas maneiras; conversar e fazer abordagens pessoais adequadas.
Ética: moral e bons princípios. Saber o que é certo e errado.
Didática: apresentar o assunto de modo a ser facilmente compreendido.
Boa memória: ganha-se credibilidade quando falamos sem consultar anotações.
Organização: lidar com o tempo, ter planos alternativos para o caso de imprevistos.
Ensaios: muito treino nos bastidores. Grande parte do êxito na oratória está aqui!
Psicologia: capacidade para lidar com o nervosismo, situações e pessoas difíceis.
Entusiasmo: colocar sentimento e dar vida às palavras.
Carisma: influência que o orador exerce sobre o público.
Liderança: capacidade de conduzir pessoas e ser aceito.
Criatividade: nas respostas às indagações da plateia. Inovar na didática e conteúdo. Tornar o tema atraente.
Cerimonial: tratamentos em situações formais. Ex.: no Senado use V. Excelência para tratar um senador.
Conhecimentos gerais: geografia, história, política, etc. Ser uma pessoa atualizada, esclarecida.
Visibilidade: projetar uma boa imagem profissional. Saber vender seus talentos.
Focar o público: voltar-se para os interesses da plateia.
Gafes: dizer coisas impróprias. Ex. “Fico feliz falando para o povo da Bahia que é muito hospitalar”.
Recursos audiovisuais: saber lidar com projetores; preparar o material de apoio. 
DICAS PARA CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO
O medo de falar precisa ser enfrentado. Para enfrentá-lo, é preciso conhecer suas causas.
Medo é um mecanismo de defesa que surge, nas horas difíceis, para nos proteger. Já vimos que ao sentir medo liberamos adrenalina na corrente sanguínea. O excesso de adrenalina provoca um descontrole geral do organismo. Surgem sintomas: aumentam as batidas do coração, pernas ou mãos trêmulas, mãos suadas, voz insegura, riso nervoso, descontrole dos movimentos dos braços, mãos e pernas, gagueira, “calorão”, “calafrio”, angústia e “branco”. Perde-se a sequência do assunto, vêm a sensação de dar vexame ou ser ridículo, tiques e vontade de andar de um lado para o outro. Cada pessoa reage de uma forma e é comum a ocorrência de mais de um sintoma. Não existe fórmula milagrosa.
A seguir recomendações que o ajudarão a controlar o medo:
1. Domine o assunto sobre o qual irá falar. Não acredite na sorte, no improviso, porque só com seu estudo e esforço obterá êxito. Se não tiver tempo para dominar totalmente o assunto, use apoios como anotações para consulta ou projeções. Não abuse destes recursos para não evidenciar falta de preparo. Procure saber mais do que irá expor. Imagine as perguntas que a plateia poderá fazer. Estude as respostas. Reduza as possibilidades de risco de se perder, esquecer ou confundir assuntos. Quando não dominamos a matéria temos medo de esquecer algo, não sabermos a resposta para as perguntas da plateia, não sermos eficientes na argumentação e passarmos por inseguros ou incompetentes.   
2. Pratique, pratique e pratique o que vai falar. O ensaio é importante para você fazer uma boa apresentação. Organize uma sequência ideal para falar. Reorganize se preciso. Cronometre o discurso sempre! Respeite o tempo da plateia. Treine em casa e no local um pouco antes da apresentação. Siga as dicas para o ensaio:
Use inicialmente suas anotações. Depois, aos poucos, livre-se delas.
Só use anotações em última necessidade.
Pratique situações em que você olha seu roteiro e em seguida volta o olhar para a plateia.
Desenvolva a espontaneidade dominando totalmente o tema. Ganhará confiança.
Depois que ensaiou olhando as anotações, treine falar de improviso, sem uso de roteiros, para inspirar mais credibilidade diante da plateia.
Pratique usando gestos, variando a intensidade da voz e a velocidade, as pausas, depois decida qual o modo ideal de comunicar determinado ponto.
Pratique na frente do espelho para se observar.
Pratique na frente de amigos e peça para que corrijam você quanto à postura, gestos, fisionomia, tiques, vícios de linguagem e intensidade da voz. Seja receptivo às críticas ou sugestões.
Tente reproduzir as condições da apresentação para tornar mais real o ensaio.
Cada vez que você ensaia percebe que sua fala acaba sendo um pouco diferente do que ensaiou. É assim mesmo. Na sua memória ficam os pontos principais que servem de gatilho para você improvisar o resto.
Quando não temos prática ou experiência para falar receamos ter de enfrentar situações difíceis e demonstrar nosso nervosismo e falta de prática diante de público. Problemas técnicos, falha de equipamentos e a inabilidade para lidar com eles também podem causar medo. Conclusão: prepare-se para falar ensaiando muito!
3. Procure se conhecer. Identifique seus pontos fracos e também os positivos. Na sua infância pode ter construído uma auto–imagem negativa; agora poderá reconstruí-la gerando a autoconfiança que precisa. O autoconhecimento permite que a pessoa saiba quem é, como os outros a vêem e ouvem. A imagem que fazemos da nossa pessoa pode ser pior do que aquela que os outros de fato observam. Como não trabalhamos psicologicamente estas situações, fixamos uma imagem ruim a nosso respeito. Ao falar em público, nervosos, imaginamos que a imagem transmitida é ruim. Se você não se conhece, é certo que ficará inseguro diante de uma situação estressante como é falar em público.
4. Faça contato com os ouvintes antes de falar. Isto funciona como quebra-gelo. Você ficará mais à vontade por não ter de lidar com ouvintes totalmente estranhos. Cumprimente os ouvintes na entrada do auditório.
5. Use todas as possibilidades para falar em público. Nas reuniões de condomínio, empresa, igreja, clube e sala de aula. Quanto mais apresentações realizar, ganhará mais autoconfiança.
6. Não eliminamos totalmente o medo. O que precisa ser combatido é o medo excessivo. Oradores experientes controlam o medo. Sempre haverá algo desconhecido que nos deixa com receio. Isto é positivo porque nos mantém atentos. Uma pessoa totalmente segura correrá o risco de se tornar negligente. Excesso de confiança pode deixar uma pessoa arrogante. Trabalhe para controlar o medo, não para eliminá-lo.
7. Canalize a energia do nervosismo para o entusiasmo. O nervosismo pode ser transformado emenergia positiva e emoção. Aproveite a energia nervosa e coloque emoção nas palavras. Dê vida ao discurso. Adrenalina e emoção são duas coisas intimamente ligadas. Faça-as trabalharem em sintonia, não uma contra outra.
Oratória e Aparência
“A primeira impressão é a que fica”.
 
Vivemos numa sociedade que nos julga baseada em nossa aparência. Antes de ser ouvido você é visto! A forma como você se apresenta nos primeiros instantes da sua fala, imprime nos outros uma imagem, positiva ou negativa. Isto influenciará no grau de receptividade do público.
 
 
Aspectos básicos a observar:
 
Higiene pessoal: cabelo, barba, bigode, dentes e unhas. 
Roupas: bem passadas, limpas e discretas. Você pode vestir-se de forma atraente, sem precisar apelar. Roupa sofisticada, cabelo com gel, nó da gravata levantado um pouco, pode passar imagem de “mauricinho”. 
Óculos: a armação quando bem adaptada valoriza o rosto e suaviza os traços indesejáveis. 
Gravatas: cuidar com a largura, comprimento, cores e nó. 
Combine a gravata com seu tipo físico, estilo pessoal e a tendência da moda. A ponta da gravata deve ficar na linha do cinto. Evite nó mal feito, frouxo, desalinhado, para fora do colarinho e desproporcional ao tipo físico.
 
ORATÓRIA, ELEGÂNCIA E MODA
 
Oratória não é apenas comunicação oral. Tudo o que você faz e expõe ao público denunciará como é sua personalidade. Elegância é algo que se aprende. Aprende – se as regras do bem vestir ficando atento para as combinações das cores, o arranjo das peças de vestuário, aguçando a sensibilidade para o que é sensato. Ninguém se torna elegante da noite para o dia. É preciso se autolapidar não só no vestuário como na postura, atitudes, etiqueta, modo de andar, parar, penteado e corte de cabelo. Ser elegante é a somatória de fatores. 
 
Faça combinações com as peças do seu vestuário. Roupas básicas, de corte clássico ou de cores que se harmonizam, neutras, não saem da moda, duram muito tempo e são mais fáceis de combinar. Exemplo: paletó azul-marinho ou preto. Você pode combiná-los com várias cores de camisa e calça. Ter estilo é saber adaptar o vestuário às ocasiões sem ter que adquirir novas roupas. Elegância exige criatividade para saber jogar com o vestuário e manter um estilo sóbrio e charmoso. 
Linguagem Corporal
Gestos, andar, parar, movimentar-se e expressão facial.
 
A linguagem corporal faz o estilo de um comunicador. Ele pode ser elegante, confiante, entusiasmado, expressivo, carismático ou rude, desleixado, frio, chato e inexpressivo. A linguagem corporal auxilia a comunicação oral, a prender a atenção dos ouvintes e completa as informações. 
 
Os recursos que dispomos e o impacto na comunicação são estes: 
Recursos corporais, vestuário e etiqueta: 50 % de impacto. 
Voz: 40 % de impacto. 
Conteúdo: 10% de impacto. 
Se você apresentar um ótimo visual, boas maneiras e falar com boa voz, acompanhada de entusiasmo e gesticular adequadamente, poderá impressionar uma plateia mesmo se o conteúdo da palestra não for excelente.
RECURSOS CORPORAIS: O QUE FAZER
Atitude básica: plantas dos pés firmes no chão, pés ligeiramente afastados, peso do corpo igualmente distribuído entre eles, cabeça ereta, queixo paralelo ao chão. Mantenha uma postura elegante. Fique bem posicionado. Todos devem enxergá-lo. Ficar em pé da forma correta dá maior clareza à sua voz e você ganha autoconfiança.
Manter o contato visual com a plateia. Gesticular para prender a atenção dos ouvintes. 
Movimentar-se com confiança e serenidade.
Dar objetivo aos gestos. Usá-los para completar a informação oral.
Praticar o uso dos gestos em sintonia com as ênfases vocais. Cuidar com cacoetes, tiques e gestos repetidos.
Use as mãos para enfatizar quantidade, tamanho, direção e peso. Ensaie os gestos para ficarem espontâneos.
RECURSOS CORPORAIS: O QUE NÃO FAZER
Tiques / cacoetes com mãos, braços, pernas, pés, olhos, cabeça e sobrancelhas.
Excesso ou falta de gestos. Colocar as mãos nos bolsos, costas ou na frente do corpo.
Segurar o pulso. Abrir muito as pernas quando parado. Cruzar os braços
Cruzar as pernas em pé.
Tocar o nariz, pescoço, orelha, várias vezes.
Falar e ficar se movimentando nervosamente de um lado para o outro. 
Para falar, pare e olhe para a plateia, fale, depois, movimente-se. 
Apoiar-se sobre uma das pernas (postura deselegante).
Passar imagem de arrogante (cabeça e tórax muito erguidos).
Passar imagem de excesso de humildade (cabeça baixa, ombros caídos).
Falar com fisionomia rígida ou desanimada.
Dar as costas para a audiência enquanto fala.
Ficar parado num ponto por muito tempo.
Ficar com uma ou as duas mãos na cintura.
Apoiar-se em mesas, cadeiras, tribuna e parede.
Olhar fixo para um ponto: pessoa, chão, teto.
Balançar para os lados ou para frente.
Coçar-se. Assoar o nariz.
Ficar pendendo para um lado.
Dramatização teatral: gestos muito largos ou sentimentais.
Ficar arrumando o cabelo.
Tentar esconder a folha de apoio para leitura. 
Pigarrear para melhorar a voz. Lubrifique as cordas vocais bebendo água.
Arrumar a roupa. Ex.: colocar a camisa para dentro da calça, afrouxar ou ajustar a gravata.
Manias / vícios. Exemplos: tirar e colocar os óculos várias vezes. Manipular objetos como canetas, anel, gravata, pulseiras. Colocar a haste dos óculos ou caneta na boca.
Andar: não ande rápido ou lento demais. Isso demonstrará nervosismo ou entediará a plateia.
Oratória e Voz
O modo como falamos é o que as pessoas pensam quem somos.
Cada pessoa é um “som”. Tem a voz tão peculiar quanto a fisionomia ou impressão digital.
Todos temos uma identidade vocal que é chamada de timbre. Você reconhece uma pessoa, sem vê-la,  pelo seu timbre. A voz é a ligação entre você, suas ideias e os ouvintes. 
VOCÊ        -      VOZ      -   OUVINTE
A voz é o cartão de visita do orador. Os ouvintes podem reagir mais ao modo de como você fala do que àquilo que você diz. As pessoas nos julgam pelo modo como falamos. A voz projeta para o ambiente a personalidade do comunicador. Com a voz você informa, sugestiona, persuade, fascina ou desencanta os ouvintes. Voz de qualidade transmite: segurança, credibilidade, sentimento e emoção. Para educar sua voz, você precisa perceber sua “fraqueza” específica que pode ser uma voz fraca, rouca, fanha, estridente, infantilizada, arrastada, efeminada ou ríspida. Estes problemas podem passar uma imagem errônea do orador, levando-o a ser considerado tímido, monótono, desajustado, impaciente ou autoritário.
RECURSOS  DA  VOZ
1. Intensidade: forte ou fraca.  
A intensidade é a força com que o som é produzido. O nível da intensidade vocal deve variar conforme o lugar. Sua voz deve ser ouvida em todo o ambiente. Faça um teste depois que falou por alguns instantes. Pergunte: “Na última fila, estão me ouvindo”? Ajuste então a intensidade da sua voz e a mantenha assim durante a palestra. Não fale forte demais o tempo todo. Poderá irritar os ouvintes ou passar a ideia de que é agressivo. Não fale fraco demais o tempo todo. As pessoas não ouvirão e deixarão de prestar atenção. Intensidade excessivamente forte ou fraca provoca monotonia. Voz baixa usada conscientemente, colocada em momentos importantes, chama a atenção dos ouvintes.
 2. Velocidade: rápida ou lenta.
Não fale muito depressa. Será difícil entendê-lo porque vai atropelar as palavras ou comer sílabas (sons). Poderá passar a mensagem de que está ansioso. O orador deve sentir a velocidade ideal para poder articular de forma clara os sons. Não fale muito devagar. Oradores lentos na fala entediam os ouvintes. Fale no ritmo certo.
3. Pausa. Pequena parada antes ou depois de um ponto relevante. É um dos mais importantes recursos da voz. A pausa dá tempo ao público para refletir e compreender melhor a mensagem e tempo ao orador para olhar para a plateia. Cria expectativas nos ouvintes. Permite o controle da respiração. Voz de qualidade é voz produzida por boa respiração.  As pausas oferecem oportunidade de ganhardomínio sobre si nos pontos difíceis do discurso. Pausa não é silêncio sem significado. Bem aplicada, mexerá com os sentimentos dos ouvintes. O silêncio planejado é mais eloquente do que as palavras soltas sem sentido.
Cuidados ao usar as pausas.
Evite fazer pausas longas demais, muitas pausas ou não fazer pausa nenhuma. Importante: durante a pausa o orador deve continuar olhando para os ouvintes! Pausar antes de uma ideia importante gera expectativa.  Pausar depois oferece a oportunidade de refletir.  Pausa dramática: Pausa mais longa. Usada em declarações muito significativas. Vem depois de uma declaração enfática.  Após a pausa o orador deve dizer as palavras com mais ênfase e energia, evidenciará aos ouvintes que não se perdeu ou esqueceu algo, que usou conscientemente o recurso da pausa.
4. Silêncio.  A audiência terá tempo para descansar a mente e “tomar fôlego” para assimilar novas ideias. Silêncio deliberado é um forte meio para fazer o público refletir. Silêncio inicial: ficar de pé diante do público, antes de começar o discurso. Serve para olhar a plateia, sorrir, dar um tempo para que se acostume com a sua presença e mostrar que você tem o controle da situação.
Oratória e Emoção
Emoção. Textos bem preparados e argumentados não são suficientes para envolver a plateia. É necessário algo mais. Transmita emoção! Certifique-se de que seu texto tenha momentos de emoção. As palavras sozinhas comunicam pouco. É necessário comunicar emoção e trabalhar os gestos. 
Comunicação é essencialmente emoção! 
Quando o orador fala, o coração tem que ir junto com as palavras.  O melhor orador é aquele que transmite entusiasmo e paixão pelo seu tema. Quando o orador transmite entusiasmo, as falhas cometidas tornam-se irrelevantes. 
É preciso dar vida às palavras e gestos, colocar sentimento, dar ênfase às ideias ou palavras significativas. No discurso há O QUE dizer e o COMO dizer. A interpretação, tal qual um ator de teatro, valoriza a apresentação.
Modulação. É a inflexão ou entonação. É o “tempero” do discurso. Modular é variar o tom (graves, agudos). A modulação bem feita emociona os ouvintes.
Atitude. A forma de “soltar” a voz é determinante na qualidade da comunicação. Uma ideia, frase ou palavra soará diferente, portanto, assumindo significados variados, dependendo de como usamos a voz.  Atitudes transmitidas pela voz: simpatia, antipatia; alegria, tristeza; bom humor, mau humor; nervosismo, tranquilidade; arrogância, humildade; desinteresse, interesse; confiança, desconfiança e assim por diante.
Dependendo das situações você deve se expressar com atitudes vocais diferentes.
Ênfase. Enfatizar significa chamar a atenção para o aspecto principal. O orador deve reconhecer no texto as palavras-chave que transmitem  o sentido principal da mensagem.  Pergunte-se: quais os pontos mais importantes do discurso? Se tivesse que cortar assuntos, quais eliminaria? Como resumiria o discurso? Identifique os pontos altos do discurso e assinale-os.
Como enfatizar.
Grife palavras, frases ou expressões no texto que indiquem as ideias principais.
Use uma maior intensidade vocal ou abaixe a voz, propositadamente.
A fraca intensidade é, às vezes, mais poderosa que a forte.
Fale de forma lenta ou rápida, deliberadamente.
Varie a intensidade e a velocidade.  Serve para: motivar, envolver, causar impacto e evitar a monotonia.
Faça perguntas retóricas ou dramáticas (fazem pensar ou chamam a atenção para algo importante).
Use pausas, antes ou depois de uma declaração importante. Use o silêncio.
Transmita emoção.
Use gestos e expressões faciais, combinando-os com a voz.
Combinar as técnicas citadas torna a palestra envolvente. A voz plana, sem modulação, faz os ouvintes perderem o interesse pelo discurso.
Voz de qualidade. A voz deve ter as seguintes características para poder produzir emoção de qualidade:
Clareza: perfeitamente percebida e sem falhas de dicção, sotaques ou regionalismos.
Alcance: potência para poder falar em ambientes sem som eletrônico.
Resistência: poder falar sem se fadigar.
Variedade: variar o tom, a intensidade, a velocidade.
Naturalidade: harmonia com a idade, o sexo e a personalidade.
Oratória e Audiovisuais
Falar em público exige muito mais do que apenas entender de um assunto e falar sobre ele. O sucesso depende de vários fatores. Um deles é o uso de recursos audiovisuais (RAV). Vantagens dos RAV:
Maior fixação do conteúdo. Facilitar a atenção e o raciocínio dos ouvintes. Focar pontos importantes.
Estabelecer comparações. Facilitar a visualização. Rapidez na aprendizagem. Estímulo ao público.
Roteiro para o orador. Economia de tempo. Valorização da imagem e das ideias do orador.
Cuide para não transferir o impacto da apresentação para os RAV, fazendo-os de muletas. Poderá passar como mero apresentador de textos e figuras. O orador deve usar os RAV para valorizar suas palavras, não para suprimi-las ou tomar o seu lugar. Alguns oradores bombardeiam o público com RAV.  É a imagem do orador, sua postura, fisionomia, gestos e a forma de interagir com o público que vão garantir o êxito da palestra. Os RAV servem apenas como coadjuvantes. Eles são meios e não fins em si mesmos. Nenhum RAV deve substituir o talento do orador. O melhor RAV é o próprio orador! Veja a seguir alguns RAV:
Projetores multimídia
Quadro-de-giz  ou branco
Flip chart
Ilustrações
Gráficos
Folhetos
Filmes
Tabelas
Fluxogramas
Desenhos
Músicas
Mapas
Modelos
Maquetes
Objetos
Cartazes
Ao usar RAV você precisa pesquisar com antecedência:
1. Público – alvo: faixa etária, número de participantes, expectativas, escolaridade. 
2. Ambiente: tamanho, condições técnicas para uso dos RAV, RAV disponíveis e condições dos mesmos.
A pesquisa serve para nos guiar e responder às seguintes questões: QUAIS os RAV que posso usar? COMO devo produzir os RAV? QUANDO devo apresentá-los?  ONDE devo posicioná-los? As dimensões da sala são boas? Como conseguir a atenção da plateia? QUANTO da carga horária da palestra devo usar com os RAV? A QUEM devo impressionar com os RAV? QUE tipo de perguntas as pessoas me farão e como os RAV podem auxiliar?
O uso inadequado de RAV pode prejudicar seriamente uma apresentação. 
Certifique-se de que os RAV adicionam valor a ela. Não os use apenas para preencher o tempo. Faça um misto: orador fala, uso de RAV, orador fala, uso de RAV, e assim por diante. Ao fazer o esboço da sua palestra, crie a estratégia da apresentação, fixe em qual ponto vai inserir os RAV e quais deles darão maior impacto.
Pergunte-se: os RAV que utilizarei são compreensíveis? Os RAV são profissionais ou dão a ideia de serem feitos por estudante primário? Os RAV foram idealizados para o nível das pessoas que assistirão a minha palestra? Preciso realmente deste ou daquele RAV? Poderei substituir os RAV imediatamente por outra alternativa de persuasão, caso ocorram problemas técnicos? Os RAV foram organizados na melhor sequência?
NÃO USE  RAV  QUANDO:
A relação custo / benefício impede.
Só para imitar outros oradores.
Substituir informações que podem ser ditas verbalmente.
Não planejar e treinar seu uso.
Familiarize-se ao máximo com Recursos Audiovisuais (RAV). Faça simulações de uso. Ao treinar a fala da sua palestra, pratique ao mesmo tempo o uso do RAV. Sincronize-os.  Se algo sair errado com o RAV, tenha um plano alternativo para ser usado imediatamente. Ex.: projetor multimídia estragou. Peça um pequeno intervalo para resolver o problema e siga em frente.  Do contrário use o plano alternativo: quadro ou flip chart. Disponha sempre de outros recursos, temas, exercícios, para apresentar. Treine o uso do plano alternativo. Mantenha a sala limpa. Elimine distrações. Organize seus RAV pela ordem de apresentação. Tenha RAV reservas. Tudo o que pode dar problemas. RAV são ótimos para oradores novatos, que não estão muito confiantes em si mesmos, ou para oradores eventuais. Lembre: o melhor RAV é você mesmo. Sua postura, voz, gestos, valem mais que qualquer RAV artificial. Os RAV não substituemvocê.
Os ouvintes são mais receptivos quando encontram um local confortável, bem equipado e organizado. O orador deve ser uma pessoa muito cuidadosa com o funcionamento dos equipamentos. Deverá dominar todos os aparelhos e usá-los com elegância e segurança. Não confie na sorte. Há muitos detalhes a serem verificados. É a sua competência que está em jogo. Chegue duas horas antes do início da palestra, para verificar se está tudo em ordem. Use uma lista de verificação de itens previamente organizados. Evitará problemas futuros.
http://mundodospensantes.webnode.com.br

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