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BIOQUIMICA – P3 AMINOÁCIDOS Unidades básicas que compõe as proteínas Formam também as enzimas Precursores de outros compostos Geram energia Grupo amino = NH3 Grupo carboxila = COOH Carbono α = carbono vizinho ao carbono da carboxila, ligado também a um átomo de hidrogênio. - Existem mais de 300 tipos de aminoácidos mas apenas 20 o nosso DNA consegue codificar. - Diferem entre si por apresentarem cadeias laterais (grupo R) diferentes Aminoácidos essenciais: nosso corpo não consegue sintetizar Ex: clara do ovo e carne: principais proteínas Arroz e feijão: metionina e lisina, um complementa o outro Aminoácidos não essenciais: o corpo consegue sintetizar Os aminoácidos podem ser classificados pelo seu grupo R: - AA não polares: hidrofóbicos e não polares (não tem diferença de eletronegatividade), são neutros, são importantes na estabilização da estrutura da proteína. Ex: glicina (menos AA existente, apenas H na cadeia lateral) Alanina (CH3 na cadeia lateral) Valina, leucina e isoleucina (principais AA do músculo que são degradados na contração muscular) - AA polares mas não carregados: mais hidrofílicos que os não polares pois contem grupos funcionais que formam pontes de H com a água. Não tem carga. Ex: serina, teolina, cisteina, asparagina, glutamina. - AA polares carregados positivamente: básicos, AA na qual os grupos R mais hidrofílicos são aqueles que são positiva ou negativamente carregados, Ex: lisina, arginina, histidina - AA polares carregados negativamente: ácidos, contem outra carboxila na cadeia lateral Ex: aspartato e glutamato - AA aromáticos: cadeias laterais aromáticas e relativamente apolares. Participam de interações hidrofóbicas. Ex: fenilalanina, tirosina, tripofano. Aspartame: dipeptídeo (dois aminoácidos juntos). Adoçante. Fenilalanina + aspartato Tirosina: precursor da melanina Triptofano: presente no chocolate, síntese de serotonina Forma espacial: para formar as proteinas, precisam estar na forma de L-aminoácidos (grupamento amino para a esquerda) L-aminoácido: grupamento amino para a esquerda D-aminoácido: grupamento amino para a direita (presente na parede das bactérias) *alguns alimentos durante seu cozimento (aquecimento) mudam da forma L para a forma D Cisteina: contem um resíduo de SH na extremidade da cadeia lateral - quando duas cisteinas se juntam formam uma cistina (característica do cabelo enrolado) - se juntam por ligação disulfeto - escova progressiva, definitiva: produtos a base de formol (agente redutor) que quebra a ponte disulfeto, desfazendo a cistina, alisando assim o cabelo - permanente: contem um agente oxidante, forma a ponte disulfeto e cria a cistina, enrolando assim o cabelo. Depois de inseridos em uma proteína, os AA podem sofrer modificações ou alteração enzimática. Podem sofrer adificacao (mais um grupamento) com a ação de enzimas especificas - 4-hidroxiprolina: prolina + enzima prolina oxidase. Coloca uma oxidrila no carbono 4. Importante no colágeno. - para a formação do colágeno é preciso vitamina C. a falta causa o escorbuto (sangramento gengival) - em pH 7, geralmente os AA ficam na sua forma ionizada (com cargas): grupamento amino positivo; grupamento carboxila negativo. TITULACAO - adição ou remoção gradual de prótons. pKa: constante de dissociação do ácido - o numero de zonas de tamponamento depende do numero de grupamentos ionizáveis - AA não polares servem como tampões (molécula que limita a variação do ph) - cada molécula tem uma capacidade tamponante em um determinado momento - pK1: da carboxila, em torno de 2 - pK2: do grupo amino, em torno de 9,5 - pKa da cadeia lateral: varia de um AA para outro Titulação em glicina - para se fazer a titulação deve se partir de um pH bem ácido, é adicionado então HCl ate o pH baixar para em torno de 1. - para baixar o pH é adicionado hidrogênio - a molécula de glicina fica totalmente protonada - há a adição de H na carboxila - começa a ser adicionado base (Na OH) aos poucos para aumentar o pH (de 1,0 em 1,0 mL) - o NaOH rouba os prótons da carboxila e posteriormente do grupo amino - vai formando água - quando 50% das moléculas apresentarem grupo carboxila protonado (COOH) e 50% apresentarem o grupo carboxila desprotonado (COO-), diz-se que o pK1 é igual ao pH. Entre 2,3. Atua como tampão entre 1,3 e 3,3. - quando todos os H da carboxila são retirados é começado a tirar os H do grupamento amino. Isso acontece depois do ponto isoelétrico (PI) - quando 50% das moléculas apresentarem o grupo amino protonado (NH3+) e 50% apresentarem o grupo amino desprotonado (NH2), diz-se que o pK2 é igual ao pH. Entre 9,6. Varia como tampão entre 8,6 e 10,6. - quando a carga é 0 e a molécula não se desloca no campo elétrico, esse momento é chamado de ponto isoelétrico. Soma do pK1 e do pK2 dividido por 2. Entre 5,9 Titulação de um aminoácido ácido - carga inicial +1 - glutamato e aspartato - primeiro sai o H da 1 carboxila ligada ao carbono α (pK1, em torno de 2,19) - o segundo H a sair é da segunda carboxila, na cadeia lateral (pKr, em torno de 4,25) - por ultimo sai o H do grupamento amino (pK2, em torno de 9,67) - PI: pk1+pkr/2 = 3,22 = carga 0 Titulação de um aminoácido básico - histidina - primeiro H que sai é da carboxila - depois sai o H do grupamento amino da cadeia lateral - por ultimo sai o H do grupamento amino do carbono α -PI: pkr + pk2/2= 7,5 = carga 0 PROTEINAS Ligação peptídica: entre a carboxila de um AA e o grupo amino de outro - forma água - o H do grupo amino se junta com a oxidrila da carbonila, formando água e criando a ligação peptídica (condensação) - ligação planar, rigida, não tem liberdade de rotação (por causa da dupla ligação) - presente em todas as junções dos AA, tanto pra formar proteinas quanto enzimas - pepsina: presente no estomago, quebra a molécula de água, insere a hidroxila de volta a carbonila e o H de volta ao grupo amino, quebra a ligação peptídica. (hidrolise). Chamada enzima proteolítica. Como um AA se apresenta em pH 7? Se apresentará com cargas. O H da carbonila já ira ter saído (em torno de 2) e o H do grupo amino ainda estará intacto (só sai em torno de 10) Dipeptídeo: dois aminoácidos ligados Oligopeptídeo: pequenas quantidades de AA ligados Polipeptídeo: vários aminoácidos ligados Cadeia polipeptídica: um monte e AA - “colar de pérolas”: se juntam por afinidade - hemoglobina: 4 cadeias polipeptídicas - depende de uma proteína para outra - insulina: 51aa (considerado um pepídeo) Conjugados: outro tipo de molécula se liga a proteína - lipoproteína: lipídeo + proteína Ex: LDL, HDL - glicoproteina: carboidrato + proteina - fosfoproteina: fosfato + proteina - flavoproteina: vitamina + proteína Forma estrutural das proteínas - Cada proteína tem uma conformação espacial - ligações fracas: ligação iônica, van der walls, ponte de H, interação hidrofóbica - é por meio das interações fracas que as cadeias laterais dos AA (que não estão envolvidas na ligação peptídica) que faz com que as proteínas fiquem com tal característica espacial - a estrutura tridimensional das proteínas e sua função é determinada pela seqüência de AA - a mudança da posição dos AA numa seqüência faz com que ocorram interações diferentes entre eles, conseqüentemente essa proteína terá uma forma espacial e uma função diferente - a conformação de uma proteina é estabilizada em grande parte, por interações fracas não covalentes Estrutura primáriael - sequencia de AA que se une por ligação peptídica - ela que diz como será a posição das cadeias laterais e das interações covalentes Estrutura secundária - como a sequencia de AA se dispõe no espaço - levaem consideração as pontes de H presente na ligação peptídica α hélice - espiral perfeita - H de um grupamento amino e O2 da carboxila do grupo ácido de outro aminoácido - flexível e elástica - cadeias laterais voltadas para fora - proteinas fibrilares e globulares β folha/ β lamina - forma sanfonada - flexível mas não elástica - cadeias laterais não envolvidas - podem ser paralelas ou antiparalelas - entre a sequencia de AA formam pontes de H - paralela: ponte de H na diagonal - antiparalela: ponte de H na vertical Dobras β - AA pequenos - elementos de conexão entre trechos sucessivos de α hélice e conformação β - junção entre duas estruturas secundárias Estrutura terciária - leva em consideração as ligações covalentes nas cadeias laterais - apenas uma cadeia peptídica Estrutura quaternária - duas ou mais cadeias peptídicas envolvidas Proteinas fibrosas ou fibrilares - cadeias polipeptídicas em forma de folhas ou feixes - geralmente apresentam um único tipo de estrutura secundária - fornecem suporte, dão forma e proteção. Ex: α-queratina, colágeno e fibroína da seda α-queratina - principal componente da camada externa rígida da epiderme - cabelos, unhas, garras, chifres, cascos - ligações que estabilizam a estrutura quaternária são as ligações dissulfeto - quanto mais cisteina presente, mais dura a queratina Colágeno - sustentação do tecido conjuntivo - prolina, glicina, alamina - 3 cadeias polipeptídicas mantidas por ligações de H (α hélice) - hidroxiprolina: hidroxila junto a prolina. Enzima que faz isso é a hidroxilase. Para fazer esse processo precisa de uma coenzima da vitamina C. a falta de vitamina C leva ao escorbuto (sangramento gengival) - lisina e histidina unidas por ligação covalente nas hélices do colágeno e com o passar da idade aumentam essas ligações cruzadas o que deixa, por exemplo, a carne do boi mais dura Fibroína da Seda - suas cadeias polipeptídicas estão predominantemente na conformação β - rica em resíduos de alanina e glicina - a seda não sofre estiramento pois a conformação β já é altamente estendida Proteínas globulares - montagem de segmentos polipeptídicos nas conformações α-hélice e folha β - motivos: arranjos estáveis formados por diversos elementos de estrutura secundária - tem função de transporte, atividade catalítica, defesa Ex: hemoglobina Anemia falciforme: substituição de um único AA (glutamato por valina) na seqüência de AA da hemoglobina fazendo com que o oxigênio não seja transportado corretamente. Desnaturação protéica - proteína perde sua função - mas a ligação peptídica não se desfaz - somente as interações fracas das cadeias laterais - desnaturação permanente - alteração de ph, temperatura, presença de solventes e metais pesados desnaturam proteinas ENZIMAS - catalisam reações Co-fatores: um ou mais íons inorgânicos. Ex: ferro, manganês Coenzimas: moléculas orgânicas derivadas das vitaminas - co-fatores e coenzimas estão presentes no sitio ativo da enzima para auxiliar o processo de transformação química Apoenzima: parte protéica da enzima, seqüência de AA Holoenzima: enzima completa, parte protéica + aditivos (co-fatores e coenzimas) Velocidade de reação e energia de ativação - o substrato deve atravessar uma “barreira” (energia) para se transformar em produto - estado de transição: topo da barreira. O substrato a partir daí pode progredir e virar produto ou regredir e ficar na forma de substrato - com um catalisador (enzima) presente no substrato, se está diminuindo a energia de transição necessária para poder virar um produto - aumenta a velocidade de reação conforme abaixa a energia de ativação SUBSTRATO → ENZIMA + SUBSTRATO ↔ PRODUTO + ENZIMA → PRODUTO *Enzimas podem catalisar reações reversíveis. Ex: LDH faz a reação reversível do piruvato e do lactato *Outras condições também podem melhorar a ação das enzimas: pH, temperatura. Energia de ligação: energia liberada quando ocorre interações fracas do substrato no sitio ativo da enzima - a quantidade de energia de ligação vai dizer o quanto a energia de ativacao vai ser baixada - é especifica de cada enzima Isoenzima: catalisam o mesmo tipo de reação, mas são codificadas por genes diferentes Enzima absoluta: que degrada só um tipo de substrato Ex: lactas degrada lactose, sacarase degrada sacarose Enzima relativa: pode degradar mais de um tipo de substrato Ex: hexoquinase, degrada varias hexoses (glicose, manose) A hexoquinase tem diferentes isoenzimas, do tipo 1, tipo 2, tipo 3, tipo 4 Tipo 1, 2, 3 são relativas. Tipo 4 enzima absoluta, só degrada glicose Classificacao das enzimas - Oxidoredutase: transferência de elétrons - Transferases: transferência de grupos - Hidrolase: reação de hidrolise - Liase: quebra dupla ligação e adiciona H, ou remove H e adiciona dupla ligação - Isomerases: mudam um grupo de posição - Ligases: formam ligações (condensação) Modelo do ajuste induzido: não é um modelo de chave-fechadura perfeito Tipo de catálise - Ácida: grupos R presos do lado do sitio ativo da enzima de AA que doam prótons - Básica: grupos R de AA podem receber prótons - Ions metálicos: íons, cofatores envolvidos na reação - Catalise covalente Cinética - conforme a adição de substrato vai aumentando a velocidade, mas chega a um momento em que a velocidade chega ao limite. A não ser que se adicionem mais enzimas - a enzima fica saturada Modelo Michaelis-Menten - Cinetica de primeira ordem: ↑ substrato ↑ velocidade - Cinética de ordem zero: ↑ substrato; = velocidade (não se altera mais, já chegou ao limite, os sítios ativos de todas as moléculas de enzimas estarão saturadas) - Km (constante de Michaelis): concentração de substrato máxima necessária para atingir metade da velocidade de reação - é por meio do Km que se descobre o perfil das enzimas (o que diferencia uma hexoquinase uma das outras é o Km) - inverteram a equação e conseguiram chegar a um valor exato de Km, importante para os fármacos (que são inibidores) Inibidores: interferem com a catalise, diminuindo ou interrompendo as reações enzimáticas - Irreversíveis: substancia que se liga à enzima promove uma mudança conformacional e inativa ela de vez. Destrói grupos funcionais importantes - Reversíveis: se ligam reversívelmente a enzima, pode voltar a atuar com o aumento de substrato - Competitiva: substrato e inibidor competem pelo mesmo sitio ativo, ganha quem tiver maior concentração - Incompetitiva: só se liga quando a enzima já tem o substrato ligado. Inibidor se liga em outro lugar e não no sitio ativo - Mista: o inibidor pode se ligar com o substrato já ligado ou não. Modulacao alostérica: as enzimas são reguladas por meio de ligação não covalente reversível com compostos chamados moduladores alostericos, que podem regular a enzima positiva ou negativamente. Enzima alosterica é aquela que contem outro sitio que não o catalítico e precisa ser ativado primeiro para poder ativar a enzima depois. Não se encaixa na teoria Michaelis-Mentem Modulacao covalente: modificação covalente na enzima causa sua conversão nas formas ativa e inativa. Essa regulação ocorre principalmente pela adição e remoção de grupos fosfato em resíduos específicos de serina Inibicao por retroalimentação: um substrato A, transformado por uma enzima, gera uma molécula B, vem outra enzima, transforma em C e a molécula no final produzida, por feedback negativo pode inibir a primeira reação da cascata de reações. Ex: o aumento de AG pode inibir a síntese de outros AG
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