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Ação cambial

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Ação cambiária
Cobrar valor de qualquer título de crédito
O objetivo é fazer cumprir a obrigação constante do título
É de natureza executiva (o título de crédito também é)
A ação de execução da cambial não discute o direito, busca o cumprimento com urgência da obrigação constante do título
Ação célere
Conspira em favor do credor
Sujeita-se a prazos prescricionais a sua propositura
Se faz contra o devedor principal ou seus avalistas: Prescreve em 3 anos contados do seu vencimento.
Quando se faz contra os devedores indiretos (co- obrigados) sacador, endossantes ou seus respectivos avalistas a prescrição é de um ano contados da data em que foi feito o protesto do título que é obrigatório neste caso.
Ações de regresso tem prescrição em 6 meses contados do prazo em que foi quitada
Exauridos os prazos resta-lhe a ação ordinária de conhecimento o título será apenas prova da relação de crédito.
O portador tem, assim, o direito de acionar todos os obrigados e coobrigados, sem estar adstrito a observar a ordem em que eles se obrigaram. Explicamos à saciedade que todos os que se obrigaram na letra a ela se vinculam diretamente, pois suas obrigações são autônomas, umas em relação às outras. O portador pode eleger apenas um obrigado, ou então um coobrigado para contra ele dirigir a ação, ou pode promovê-la contra todos, citando-os solidariamente.
O portador tem o direito de acionar todas essas pessoas individualmente, sem estar adstrito a observar a ordem por que elas se obrigaram.
Esse direito se transfere do portador a qualquer dos signatários quando haja pago a letra, assumindo este a posição de portador. Por outro lado, a lei deixa claro que “a ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros, mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar”. Daí, então, surge o problema de apresentação do título, que instruirá a ação do portador, quando tiver que exigir seu crédito resultante da letra em outros processos. Se no curso do processo de execução um dos coobrigados for à falência, o processo contra este ficará suspenso por efeito da declaração judicial, correndo contra os demais; o credor habilitará a letra também naquela falência.
A fotocópia apta a preencher “totalmente a finalidade legal e funciona como meio de prova válido e amplo, em virtude de ser fornecido pela autoridade competente, com o cumprimento de todos os requisitos exigidos pela lei, valendo mesmo como legítima certidão e justificando até o uso de ação executiva se a parte o desejasse”.
Objeto da ação cambial
Com a ação se pretende obter a importância da letra, que constitui o crédito nela incorporado. Em segundo, os juros e despesas de protesto, se tiver sido tirado27. A respeito da cláusula de juros a Lei Uniforme, permite ao sacador estipular na letra o pagamento de juros, mas apenas nas letras com vencimento à vista ou a tempo certo de vista, fluindo a partir da data do título. Nas demais letras, a dia certo ou a tempo certo de data, a cláusula reputa-se não escrita. Assim dispõe a lei porque nas primeiras não é possível contar os juros por dentro, previamente, como ocorre nas segundas. O portador pode reclamar daquele contra quem exerce seu direito de ação, “os juros à taxa de 6% desde a data do vencimento”. Excluir o princípio da vigência de juros legais desde a data do protesto por falta de pagamento. Pela Lei Uniforme, os juros moratórios passam a viger desde a data do vencimento independente do protesto.
Essa taxa de 6% ao ano, expressamente fixada na Lei Uniforme, pode ser substituída pela taxa legal em vigor no território de qualquer dos países signatários da Convenção. A pessoa que pagar a letra pode reclamar dos seus garantes a soma integral que pagou, os juros da dita soma, segundo a taxa legal, desde a data do vencimento, e as despesas que tiver tido com o protesto.
A defesa do executado
A lei regula, de maneira estrita, as hipóteses em que o devedor, réu na ação cambiária, pode opor exceções de defesa ao credor, negando-lhe legitimamente o pagamento. O princípio geral, na verdade, é o da inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé, indicando a lei, de forma estrita, os casos em que a regra é derrogada, permitindo-se a oposição ao pagamento.
Em três hipóteses poderia, assim, ocorrer validamente a oponibilidade ao pagamento, na ação cambiária: 
Direito pessoal do réu contra o autor; 
Direito pessoal, no caso, deve ser entendido como um direito que deriva de obrigação assumida pessoal e diretamente pelo obrigado cambiário (réu) para com o portador (autor).
Assim, entre as exceções que podem ser opostas pelo réu contra o autor, decorrentes de suas relações diretas e pessoais, se incluem: as derivadas de má-fé, erro, simulação, dolo, fraude e violência, causa ilícita, condição ou contrato não cumprido, pagamento, novação, compensação, confusão, remissão, dilação e concordata.
As exceções fundadas em direito pessoal, convém insistir, devem decorrer das relações diretas entre devedor e credor cambiários.
Assim, em síntese, nas relações pessoais e diretas entre devedor e credor (seja na relação original, seja na cadeia de endossos), são admissíveis todas as exceções; mas quando a relação não é direta e de permeio entre os sujeitos da relação pessoal surge um terceiro, a ela estranho, contra este, estando ele de boa-fé, não lhe podem ser opostas. O terceiro pode ter a sua boa-fé contestada, ficando demonstrado, por exemplo, que não passa de um testa de ferro do autor, ou que com ele se conluiou, procedendo-se nessa hipótese contra ele a recusa de pagamento, tornando-se oponível a exceção.
A lei, portanto, concedeu o favor da inoponibilidade das exceções ao devedor, o qual, entretanto, não pode opor ao portador as exceções fundadas sobre relações pessoais dele com o sacador ou com os portadores anteriores, ressalvando que esses terceiros decaem do direito se ao adquirirem a letra tenham procedido “conscientemente em detrimento do devedor”.
O devedor recobra o direito de opor as exceções quando pode provar que, adquirindo a letra, o portador fez conscientemente uma operação vantajosa para ele em detrimento do devedor: assim é se o portador adquiriu a letra a um preço inferior ao seu valor atual explorando a situação do cedente, cujo crédito estava paralisado por uma exceção do devedor; assim é se o portador, credor ou cedente, usa como pagamento de seu crédito a letra da qual o cedente não se podia servir. Essa solução é perfeitamente conforme ao texto.
Defeito de forma do título; 
Os defeitos de forma do título são a ausência daqueles elementos essenciais que a lei indica (nº 536 supra), e podem ser de duas ordens: defeitos de forma extrínseca e defeitos de forma intrínseca, como os classifica Lacerda. Os primeiros — defeitos de forma extrínseca — são os defeitos formais, que se revelam materialmente na redação do título. Os segundos — defeitos de forma intrínseca — são os que afetam a obrigação cambial, em sua origem. São dessa ordem a incapacidade, a falsidade e a falta ou defeito do mandato ou representação legal, do obrigado.
falta de requisito necessário ao exercício da ação.
É de natureza processual; diz respeito à ação e não ao título propriamente dito. Dessa ordem são as defesas que se fundarem na não exibição da cambial vencida, na falta de posse da cambial, na extinção da cambial em virtude de pagamento, na falta ou nulidade do protesto se a ação é regressiva, na prescrição (Lacerda).
Processo de anulação da letra de câmbio
O proprietário da letra, autor da ação, deve justificar, na petição inicial, a sua propriedade, bem como esclarecer as circunstâncias que resultaram no extravio ou destruição do título. Por extravio deve entender-se a perda, furto ou qualquer outra forma de apossamento. A letra e os fatos devem, assim, ser cumpridamente descritos com clareza e precisão. Na hipótese de extravio, o autor deve requerer ao juiz competente do lugar do pagamento a intimação do sacado ou do aceitante e dos coobrigados, para que não paguem a letra, ea citação do detentor, se for conhecido, para apresentá-la em juízo, no prazo de três meses. 
Na hipótese de ser desconhecido o detentor da letra extraviada, ou no caso de destruição, deve o autor pedir a citação dos coobrigados para que, dentro do prazo de três meses, apresentem contestação, firmada em defeito de forma do título ou na falta de requisito essencial ao exercício da ação. As citações e intimações, quando não se souber o paradeiro do título extraviado, ou no caso de destruição, devem ser efetuadas por edital. 
Processado o pedido, decorrido o prazo de três meses sem se apresentar o portador legitimado, ou sem a contestação do coobrigado, o juiz decretará a nulidade do título extraviado, ou destruído, e ordenará, em benefício do proprietário, o levantamento do depósito da soma cambial, caso tenha sido efetuado. Titular dessa sentença, fica o autor proprietário da letra habilitado para o exercício da ação executiva contra o aceitante ou outros coobrigados.
A sentença tem, como se vê, efeito executório. Se, todavia, for apresentada a letra no prazo de três meses, acima aludido, ou oferecida contestação, o juiz julgará prejudicado o pedido de anulação da letra, ressalvando-se ao autor o direito de recorrer às vias ordinárias para fazer valer seus eventuais direitos. A ação anulatória, ressalva o Decreto nº 2.044, não impede a expedição de duplicata da letra e nem para os efeitos de responsabilidade civil dos coobrigados, dispensa o aviso imediato do extravio, dado por carta registrada, endereçada ao sacado, ao aceitante e aos outros coobrigados. 
A carta será, na forma da lei, levada aberta ao correio, onde, verificada a existência do aviso, será certificado o seu conteúdo no conhecimento e talão respectivo. Mais prático, porém, é dar-se esse aviso por carta certificada pelo Oficial de Registros Públicos.
Prescrição da ação
A prescrição — sublinha Clóvis Beviláqua — é a perda da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em consequência do não uso delas, durante determinado espaço de tempo.
A Lei Uniforme reduziu ainda mais esses prazos, como se vê: 
a) as ações contra o aceitante prescrevem em três anos a contar do vencimento; 
b) as ações do portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem em um ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, quando se trata de letra com cláusula “sem despesas”; 
c) as ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em seis meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado. 
A prescrição pode ser interrompida, mas só produz efeito em relação à pessoa contra quem foi dirigida (art. 71 da Lei Uniforme). Por iniciativa do portador, é claro, pode interromper-se a prescrição contra um ou todos os obrigados ou coobrigados.
Ação de enriquecimento injusto
Convenção de Genebra decidiu que “qualquer das Altas Partes Contratantes tem a liberdade de decidir que, no caso de perda de direitos ou de prescrição, no seu território subsistirá o direito de proceder contra o sacador que não constituir provisão ou contra um sacador ou endossante que tenha feito lucros ilegítimos. A mesma faculdade existe, em caso de prescrição, pelo que respeita ao aceitante que recebeu provisão ou tenha realizado lucros ilegítimos”. “Sem embargo da desoneração da responsabilidade cambial, o sacador ou o aceitante fica obrigado a restituir ao portador, com os juros legais, a soma com a qual se locupletou às custas deste. A ação do portador, para este fim, é a ordinária”. Nesta ação, baseada nos princípios naturais da equidade, o autor deve provar o locupletamento à sua custa por parte do réu, isto é: 
a) o enriquecimento do réu; 
b) o seu empobrecimento; 
c) a falta de justa causa; 
d) a relação de causalidade entre o enriquecimento e o empobrecimento.
“A prova do prejuízo é feita pelo portador com a simples exibição do título não pago”.

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