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Protesto da letra de câmbio

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Protesto
Tem natureza cartorial e é instrumento utilizado como prova de descumprimento da obrigação nela contida;
Deve ser requerido perante o cartório de protestos e títulos;
O sacador pode emitir título com cláusula obstativa de protesto;
Existem protestos obrigatórios, ex. Protesto por falta de aceite;
A letra de câmbio deve ser submetida a vista do sacado.
O fato deve ser registrado na cártula;
Deve ser proposta nos dois dias úteis seguintes àquela que a letra de câmbio é exigível;
Necessário para a propositura de ação no caso do não aceite. Se for aceito, não demanda protesto e o sacado se torna o devedor principal;
O objetivo é prova algo que está gravado na célula cambiária
Cartório de protestos de títulos e documentos notificará o sacado
Deve-se apresentar o título e o protesto por falta de aceite ou de falta da data do aceite (falta do vencimento)
Protesto por falta de pagamento- credor- se a letra não foi paga
O aceitante é o devedor principal, se não o paga a ação não precisa de protesto (protesto facultativo)
O protesto constitui precisamente um ato oficial e público que comprova a exigência do cumprimento daquelas obrigações cambiárias, constituindo-se em prova plena. A certidão do protesto lavrado pelo oficial público é de fato, em princípio, inquestionável.
Como a formalidade extrajudicial, mas solene, destinada a servir de prova da apresentação da letra de câmbio, no tempo devido, para aceite ou para pagamento, não tendo o portador, apesar da sua diligência, obtido este ou aquele; com o mesmo objetivo, serve ainda de prova da insolvência do aceitante.
Efeitos do protesto
O protesto constitui, portanto, elemento fundamental para o exercício do direito de regresso. Sem ele, dado o formalismo do direito cambiário, não é possível o detentor exercer seu direito contra os obrigados regressivos. Dele decai o credor, de nada lhe valendo a alegação de que apresentou o título por outros meios. Tudo isso evidentemente na hipótese de não haver a cláusula “sem protesto”, inserida na letra. Nesse sentido, portanto, o protesto é obrigatório, com função conservatória do direito; contrastando com esse temos, também, o protesto facultativo, extracambiário, cuja função é simplesmente probatória, constituindo em mora o devedor. Battaglini, todavia, atribui funções cambiárias tanto a um como a outro. 
A primeira função — comenta ele — deriva do fato de que o ato é dirigido a constatar algumas circunstâncias que são relevantes para a atuação dos direitos cambiários, que constitui o processo escrito pelo oficial público, da apresentação do título ao obrigado, e do resultado desta apresentação. Através de segunda função (função conservatória), que é posterior àquela típica do ato — prossegue o autor —, assegura, de um lado, aos obrigados em regresso, a garantia necessária, e, de outro, ao titular, um meio para obter o pagamento. Em terceiro lugar, indica uma outra função, a de aferir a insolvabilidade do devedor.
Discutia-se, anteriormente, se o protesto suspendia a prescrição cambiária, já que constituía um ato inequívoco do credor. Prevaleceu, todavia, a corrente doutrinária que lhe negava esse efeito, tendo o Supremo Tribunal Federal incluído na Súmula o registro nº 153, no sentido de que “simples protesto cambiário não interrompe a prescrição”. O Código Civil contraria esta súmula, pois no art. 202, III, estabelece como causa de interrupção da prescrição o protesto cambial. Havia, ainda, o efeito constitutivo de mora do devedor, sujeitando-o ao pagamento de juros.
“a taxa de juros deve ser estipulada em escritura pública ou escrito particular, e, não o sendo, entender-se-á que as partes acordaram nos juros de 6% ao ano, a contar da data da propositura da respectiva ação ou do protesto cambial”.
Pela lei uniforme o portador pode reclamar daquele contra quem exerce o seu direito de ação os juros à taxa de 6% desde a data do vencimento (art. 48, 2º). Não exigiu a lei o protesto para marcar o início da fruição dos juros, mas a data do vencimento. Vencido o título, mesmo que não estipulados os juros, passam eles a ser devidos. 
A Lei Uniforme tentou simplificar, dispensando o protesto no caso de falência do sacado, que fosse aceitante ou não, bem como na do sacador de uma letra não aceita, admitindo como suficiente a apresentação da sentença declaratória para que o portador da letra pudesse exercer o seu direito de ação.
Protesto necessário
O protesto se torna necessário:
a) no de falta de aceite ou de pagamento, para conservar os direitos do portador contra o sacador e contra os outros coobrigados, a exceção do aceitante (arts. 44 e 53, al. 2); 
b) no de letra pagável a certo termo de vista, em que houver falta de data, para o efeito de constatar essa omissão, e o portador conservar os seus direitos de regresso contra os endossantes e contra o sacador (art. 25); 
c) no de ter sido indicada uma pessoa para aceitar ou pagar, por intervenção, e esta não o tenha feito, para exercer o seu direito de ação antes do vencimento, contra o que fez a indicação (art. 56, al. 2); 
d) no de ter sido a letra aceita por intervenientes e não ser paga, para conservar o direito de regresso contra aquele que tiver indicado as pessoas para pagarem em caso de necessidade (art. 60); 
e) no de pluralidade de exemplares, para o portador poder exercer seu direito de regresso, quando o que enviar ao aceite uma das vias, e a pessoa em cujas mãos se encontrar não entregue essa via ao portador legítimo doutro exemplar, para poder exercer o seu direito de ação (art. 66); 
f) no de cópia, e a pessoa em cujas mãos se encontre o título original se recusar a entregá-la ao legítimo portador da cópia, para exercer o seu direito de ação contra as pessoas que tenham endossado ou avalizado a cópia (art. 68, al. 2).
Para o credor exigir judicialmente do aceitante ou de seu avalista a dívida cambiária, não é necessário o prévio protesto do título. O protesto é exigido “só para os casos de ação regressiva do portador contra o sacador, endossador, e avalista”. “é legítima a interpretação de que o art. 53 estabelece perda da ação, expirados os prazos, contra os endossantes, o sacador e respectivos avalistas, não contra o aceitante e seu avalista”.
Forma do protesto
É competente para extrair o protesto o oficial do lugar em que a letra deva ser aceita ou paga. Tratando-se de um documento formal, de que decorrem as consequências mais sérias e graves, a Lei nº 9.492/97, no art. 22, determina que do seu registro e do instrumento devem constar: 
I — a data e o número de protocolização; 
II — o nome do apresentante e o endereço; 
III — a reprodução ou transcrição do documento ou das indicações feitas pelo apresentante e declarações nele inseridas;
 IV — a certidão das intimações feitas e das respostas eventualmente oferecidas; 
V — a indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas; 
VI — a aquiescência do portador ao aceite por honra; 
VII — o nome, número do documento de identificação do devedor e endereço; 
VIII — a data e assinatura do Tabelião de Protesto, de seus substitutos ou de escrevente autorizado. 
O parágrafo único do art. 22 autoriza a dispensa, no registro e no instrumento, da transcrição literal do título, desde que o Tabelião de Protesto conserve em seu arquivo gravação eletrônica de imagem, cópia reprográfica ou micrográfica do título ou documento de dívida. E o procedimento do protesto só terá curso se o documento não apresentar vícios. O Tabelião não apreciará a questão da prescrição ou decadência do título ou documento de dívida. Se o Tabelião constatar irregularidade formal, será obstado o registro do protesto (art. 9º, parágrafo único). Títulos de dívida em moeda estrangeira, emitidos fora do Brasil, poderão ser protestados, desde que acompanhados de tradução efetuada por tradutor público juramentado, devendo constar do registro do protesto a descrição do documento e sua tradução. Em caso de pagamento, este será efetuado em moeda nacional, cumprindo ao apresentantea conversão na data de apresentação do documento para protesto.
Se o título ou documento de dívida estiver sujeito a qualquer tipo de correção monetária, o apresentante indicará o valor do crédito mediante conversão vigorante no dia da apresentação do título ao Tabelião. Não disponha expressamente, a intimação ao sacado ou ao aceitante é dispensada no caso de o sacado, ou aceitante, firmar na letra a declaração da recusa do aceite ou do pagamento, e, na hipótese de protesto, por causa de falência do aceitante. 
Destinado às reservas, que qualquer dos países signatários tem a faculdade de determinar que os protestos a fazer no seu território possam ser substituídos por uma declaração datada, escrita na própria letra e assinada pelo sacado, exceto no caso de o sacador exigir no texto da letra que se faça um protesto com as formalidades devidas, podendo ser previsto que essa declaração seja transcrita no registro público no prazo fixado para os protestos. A confissão de recusa do aceite ou do pagamento, assinado por quem o deve. Tal declaração tem o mesmo valor jurídico do protesto.
Prazos de protesto
Se impõe que o portador exija o pagamento logo após o vencimento, pois do contrário devido à sua desídia poderiam ficar os coobrigados sujeitos aos efeitos da insolvabilidade superveniente do aceitante. No caso de protesto por falta de pagamento devemos seguir a disciplina e, por isso, o dia da apresentação é o do vencimento, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e seus avalistas. Assim, em caso de recusa do pagamento, a letra de câmbio deverá ser entregue ao oficial de protesto no primeiro dia útil seguinte. 
Já quanto ao protesto por falta de aceite, como não houve reserva a respeito, vigem os dispositivos da Lei Uniforme. Em consequência a letra deve ser apresentada ao aceite do sacado. Diz o art. 44 da Lei Uniforme, alínea 2, que o protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se o sacado pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação, tendo sido está feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte. O protesto é tirado por falta de aceite ou de pagamento contra o sacado ou aceitante. Do protesto não são intimados diretamente os coobrigados, avalistas ou endossadores.
Daí por que a lei determina que uma vez protestada a letra, o portador deve avisar da falta de aceite ou de pagamento o seu endossante e o sacador dentro de quatro dias úteis que se seguirem ao dia do protesto ou da apresentação, esta no caso de a letra apresentar a cláusula “sem despesas”. O Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1908, estabelecia, no art. 30, essa obrigação que deveria ser cumprida dentro de dois dias. O prazo foi duplicado pela Lei Uniforme. Recebendo o aviso, cada um dos endossantes deve, por sua vez, informar o seu endossante do aviso que recebeu, indicando os nomes e endereços dos que enviaram os avisos precedentes, e assim sucessivamente até chegar ao sacador. No cumprimento da obrigação de avisar, a Lei Uniforme se satisfaz com qualquer meio, mesmo com a simples devolução da letra. Enviado o aviso, a pessoa que o fez deverá provar que o mesmo foi remetido dentro do prazo, ainda que seja pela simples prova de que a carta que continha o aviso foi posta no correio. Não dando o aviso no prazo indicado, o faltoso não perde os seus direitos, mas será responsável pelo prejuízo a que sua negligência der causa, sem que a responsabilidade possa exceder a importância da letra.
Dispensa do protesto e cláusula “sem protesto”
É a cláusula “sem despesas”, “sem protesto” ou outra equivalente19. Com a inserção dessa cláusula, o portador, para poder exercer os seus direitos de ação, estará isento, por vontade do sacador, expressa na própria letra, de promover o protesto.
Mas essa cláusula — adverte a Lei Uniforme — não dispensa o portador da apresentação da letra dentro do prazo prescrito, nem tampouco dos avisos a dar. É óbvio que, não provando a apresentação da letra pelo protesto, o portador terá de fazer a prova por qualquer outra forma extracambiária que o direito permite. Essa prova constituirá ônus daquele que da inobservância da apresentação queira se prevalecer contra o portador. 
Se a cláusula “sem despesas”, “sem protesto”, ou outra equivalente for inserida pelo sacador, produz os seus efeitos em relação a todos os que se obrigarem na letra. Se for inserida por um endossante ou por avalista somente em relação a ele terá efeito. Se o portador efetuar o protesto dispensável, por efeito de cláusula expressa, as respectivas despesas correrão por conta dele, mas se a cláusula for em benefício somente do endossante ou do avalista, por a terem inserido, as despesas podem ser cobradas de todos os demais signatários da letra. A prorrogação do prazo de protesto por ocorrência de “força maior”, a qual, prolongando-se além de trinta dias a contar da data do vencimento, permite ação sem que haja necessidade de apresentação ou protesto.
Cancelamento do protesto
Está-se generalizando, no direito brasileiro, a tendência de permitir o cancelamento do protesto de título por falta de aceite ou pagamento. Sobretudo no caso de falta de pagamento, quando o devedor obtém quitação de seu credor.
‘O protesto de um título por falta de pagamento ou de aceite não pode ser cancelado’ a segunda admite o cancelamento, desde que exiba a quitação e haja concordância do beneficiário do título e, finalmente, a terceira condiciona o cancelamento do protesto à existência de erro, engano ou qualquer outro vício ou irregularidade.’
Não cabe, portanto, a nosso ver, controvérsia sobre a função permanente do registro do protesto cambiário, relativo ao não pagamento. Somente admitiríamos o cancelamento do protesto em caso de erro, engano ou qualquer outro vício ou irregularidade, apurados em ação anulatória. 
Será cancelado o protesto de títulos cambiais posteriormente pagos mediante a exibição e a entrega, pelo devedor ou procurador com poderes especiais, dos títulos protestados, devidamente quitados, que serão arquivados em cartório. Adverte o parágrafo único desse dispositivo que não serão, para esses efeitos, aceitas cópias, ou reproduções de qualquer espécie, ainda que autenticadas. 
É uma cautela recomendável que serve para postergar de forma absoluta manobras ilegítimas e inescrupulosas. Por outro lado, na impossibilidade de exibir o título no original, já que as cópias e reproduções são inadmissíveis, o devedor, para obter o cancelamento, deverá apresentar a declaração de anuência de todos os credores figurantes no registro do protesto, com firmas reconhecidas, para arquivamento em Cartório. Na hipótese de cancelamento de protesto não fundado no pagamento posterior do título, será bastante a apresentação, pelo interessado, de declaração nos termos iguais ao anterior. 
O cancelamento de protesto que não se enquadre nas disposições das hipóteses antecedentes somente se efetuará por determinação judicial de ação própria. Cancelado o protesto, não mais serão expedidas certidões dele, nem de seu cancelamento, a não ser mediante requerimento escrito do devedor, ou requisição judicial. Informações ou certidões, ademais, mesmo sigilosas, a respeito de apontamentos feitos no livro do protocolo, somente poderão ser efetuadas por requerimento do devedor, ou requisição judicial.
Informações ou certidões, ademais, mesmo sigilosas, a respeito de apontamentos feitos no livro do protocolo, somente poderão ser efetuadas por requerimento do devedor, ou requisição judicial. Dessa forma, o Juiz da falência, ao nosso ver, poderá requisitar do oficial de protestos certidões dos registros efetuados em nome do devedor, a fim de poder fixar o termo legal da falência.
Sustação do protesto
A sustação visa a impedir a consumação do protesto. Geralmente, é verdade, a construção jurisprudencial concessiva da sustação o faz como medida preparatória de ação, mediante o depósito da importânciareclamada. O depositante, então, terá trinta dias, consoante a lei processual, para promover a ação anulatória do título incriminado. 
A sustação não constitui, porém, medida definitiva; não se pensa, na verdade, em, através dela, impedir o protesto. O que se pretende é apenas sustá-lo, dando-se azo ao protestando para que possa demonstrar judicialmente a inexistência ou invalidade da pretendida obrigação líquida e certa, corporificada no título, ou da inexistência da dívida cambiária quando ocorrer a hipótese de recusa de aceite. A sustação vale, então, como medida processual cautelar. Impõe-se o depósito da quantia reclamada, não em consignação em pagamento, mas como preliminar e preparatória de ação judicial de anulação do título levada ao protesto; poderá o juiz, entretanto, admitir apenas a prestação de caução, conforme o art. 799 do Código de Processo Civil (1973). Assim admitida a sustação, o depositante teria trinta dias fixados pela lei processual para ajuizar a ação, sob pena de, não o fazendo, ser realizado o protesto. Nos termos da Lei nº 9.492/97, art. 17, permanecerão em poder do Tabelião de Protestos, à disposição do Juízo, os títulos ou documentos de dívida cujo protesto foi sustado por ordem do juiz, de cuja autorização dependerá o pagamento, o protesto e a retirada do título ou documento de dívida. Revogada a ordem de sustação, lavrar-se-á o protesto sem nova intimação do devedor, devendo o registro do protesto ser efetivado até o primeiro dia útil subsequente ao do recebimento da notificação da revogação (art. 17, § 2º), salvo se o ato depender de consulta a ser formulada ao apresentante. Nesse caso, o prazo será contado da data da resposta dada pelo apresentante.
Em poucos casos admitiríamos que o juiz, de plano, decretasse o impedimento do protesto: quando o devedor alegar a prescrição que, extinguindo a dívida, torna impossível o protesto. E a prescrição, todos sabem, pode ser alegada em qualquer época. Deve-se admitir, ainda, a sustação do protesto do título, quando for ele solicitado na pendência de ação anulatória de contrato, ao qual o título estiver vinculado, até ser decidida aquela ação. Em síntese, como medida processual cautelar e preparatória de ação, o pedido de sustação do protesto, com o depósito da importância reclamada para discussão, deve ser concedido pelo juiz, na medida do voto do Min. Victor Nunes Leal, verificando prudentemente as circunstâncias de cada caso, como medida imperativa e salutar de estrita justiça. Anotamos, a respeito, a decisão cautelosa do Supremo Tribunal Federal, que decidiu que “é admissível a sustação do protesto, em casos excepcionais para evitar que degenere em abuso, convertendo-se em meio violento de cobrança ou intimidação” (Rec. Extr. nº 80.427-SC, 2ª Turma, in RTJ, 75/247). A sustação do protesto, como se vê, não é uma panaceia para socorrer o devedor faltoso, mas um caso excepcional para evitar a violência ou intimidação do devedor.

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