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4 1 INTRODUÇÃO O processo de urbanização, o estilo de vida nas grandes cidades e a necessidade de proteção fizeram crescer a aquisição de animais de companhia que são representados, em sua maioria, pelas espécies canina e felina. O homem passou a buscar a amizade incondicional, a fidelidade e o companheirismo do cão. Já os gatos estão sendo, cada vez mais, escolhidos devido a sua independência, higiene e necessidade de pouco espaço (SCHOENDORFER, 2001). O Brasil é o segundo país com a maior população de animais domésticos do mundo: são 101,1 milhões, perdendo somente para os Estados Unidos da América (EUA), com 146 milhões (FIOCCO, 2012). Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), em 2012, havia 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos nos lares brasileiros. Apesar de estudos mostrarem que é crescente a preocupação dos proprietários com o bem-estar de seus animais, não é possível afirmar que esses dados retratam uma realidade comum a todos que possuem animais de companhia (PINHEIRO JR et al, 2006). Assim, para fins puramente epistemológicos, delimitaremos nosso enfoque nos “animais de companhia”, também denominados “animais de estimação”, que são os mais presentes nas grandes cidades, conforme pesquisa do IBOPE - Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística de setembro de 2000, segundo o qual 59 % (cinqüenta e nove por cento) da população brasileira possui algum tipo de animal de companhia, sendo 44 % (quarenta e quatro por cento) cães. De acordo com os mais recentes estudos médico-veterinários, a companhia desses animais para o ser humano produz os seguintes efeitos benéficos: a) Efeitos psicológicos: diminui depressão, estresse e ansiedade; melhora o humor; b) Efeitos fisiológicos: menor pressão arterial e freqüência cardíaca, maior expectativa de vida, estímulo a atividades saudáveis; c) Efeitos sociais: socialização de criminosos, idosos, deficientes físicos e mentais; melhora no aprendizado e socialização de crianças. O desenvolvimento da relação entre o ser humano e o animal de companhia ocorre no âmago de uma mudança comportamental importantíssima da própria sociedade, que passou a cultivar vários hábitos, tais como: menor número de filhos e mais recursos em geral; conferir ao animal de companhia o status de membro da 5 família; que passa a viver mais dentro de casa do que fora; o animal de companhia ganha seu espaço (OLIVEIRA, 2008) As discussões envolvendo bem-estar animal não são recentes, mas têm aumentado consideravelmente nas últimas décadas. O conceito de bem-estar é complexo e pode ser entendido como um estado de saúde mental e física, onde o indivíduo se encontra em harmonia com o ambiente em que vive (BRAMBELL, 1965 apud SILVANO et al, 2010). A esta definição também se relaciona o conceito das cinco liberdades: o animal deve está livre de fome, sede ou nutrição deficiente; livre de desconforto; livre de dor, lesões ou doenças; livre de medo e estresse; livre para expressar seu comportamento normal (GUERIN, 2009). Para a promoção de bem-estar a um animal de companhia, é fundamental que seja exercida uma guarda responsável. Esta prevê que o proprietário deve proporcionar uma vida sadia, em que estejam inclusas todas as necessidades psicológicas e fisiológicas do animal, zelando pelo seu bem-estar, assistindo-o desde o nascimento até a morte e se preocupando com o controle populacional, por meio de acasalamentos programados e castrações, evitando assim a formação de uma população de animais errantes (REZENDE et al, 2012). Atualmente, o termo guarda responsável vem sendo utilizado como complemento à expressão posse responsável. O termo “guarda” pode ser usado tanto para designar a guarda exercida pelo proprietário como para outrem que tenha a guarda temporária do cão ou do gato. Já a expressão “posse” só pode ser usada para aquele que possui o animal, ou seja, o proprietário. Outras pessoas podem ter a guarda, mas não têm a posse, pois não são donas do animal (GOMES, 2013). A necessidade de difundir e praticar a guarda responsável no Brasil é emergencial. Para tanto, deve haver uma ação conjunta de vários setores da sociedade com o intuito de realizar campanhas educativas nas escolas e comunidades, exigir legislações mais rigorosas para maus-tratos, entre outras mudanças (GOMES, 2013). Na atualidade, observam-se legislações específicas tratando da guarda responsável, como é o caso do Município de São Paulo, que, através da Lei Municipal nº 13.131, de 18 de abril de 2001, conhecida como Lei Trípoli, dispõe sobre o registro, vacinação, guarda, apreensão e destinação de animais, além de prever o controle reprodutivo de cães e gatos e a educação para a guarda responsável; devendo-se ressaltar que o infrator dessas normas está, também, sujeito a sanções administrativas sob a forma de multa (OLIVEIRA,2008). 6 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Este trabalho tem como objetivo verificar a presença de posse responsável nas regiões adjacentes a UEMA – Universidade Estadual do Maranhão, levando em consideração toda a problemática que envolve este tema. 2.2 Específicos a) Definir qual o entendimento da população envolvida quanto ao tema proposto; b) Verificar se esta população tem acesso ao atendimento de médicos veterinários para seus animais, incluindo vacinação e esterilização; c) Como é realizado o controle de zoonoses nessas áreas; 7 3 POSSE RESPONSÁVEL 3.1 Conceito Científico Em 2003, durante a Primeira Reunião Latino-Americana de Especialistas em Posse Responsável de Animais de Companhia e Controle de Populações Caninas, foi elaborada a seguinte conceituação, obedecendo às mais modernas diretrizes da Medicina Veterinária e do entendimento formado entre ativistas de entidades de proteção dos animais. Assim, Guarda Responsável: É a condição na qual o guardião de um animal de companhia aceita e se compromete a assumir uma série de deveres centrados no atendimento das necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu animal, assim como prevenir os riscos (potencial de agressão, transmissão de doenças ou danos a terceiros) que seu animal possa causar à comunidade ou ao ambiente, como interpretado pela legislação vigente. Conforme a conceituação supramencionada, a guarda responsável de animais configura-se como um dever ético que o guardião deverá ter em relação ao animal tutelado, assegurando-se a este o suprimento de suas necessidades básicas e obrigando- se a prevenir quaisquer riscos que possam vir a atingir tanto o animal, como a própria sociedade (SANTANA, 2004). 3.2 Conceito Legal Utilizando-se, de modo geral, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, infere-se que o conceito legal de guarda responsável implica na conduta humana de dar ao integrante da fauna o devido respeito, não o submetendo a maus tratos e a atos cruéis, nem o explorando, muito menos promovendo o seu extermínio desnecessário ou cruel. Em virtude do caráter genérico desse conceito, deve-se buscar, no ordenamento pátrio, a melhor conceituação que atenda a realidade nacional. Contudo, essa tarefa é deveras complexa, por faltar uma norma federal específica sobre guarda responsável, sendo necessário procurar as legislações municipais que tratam do tema para se alcançar à idéia que formará um conceito legal adequado à realidade nacional (OLIVEIRA, 2008) 8 Em toda a dimensão que deve ter a guarda responsável como paradigma de uma nova ética entre o homem e o animal, nos valhamos da Lei de Contravenções Penais, desse modo, o conceitolegal de guarda responsável de animais: Não deixar o animal de companhia/doméstico em liberdade, não confiá-lo à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar sem a devida cautela “animal perigoso” (art. 31, caput); não abandonar na via pública o animal nem confiá-lo a pessoa inexperiente (parágrafo único, alínea “a”); não excitar nem irritar o animal, de modo a não expor a perigo a segurança alheia (parágrafo único, alínea “b”); não conduzir o animal na via pública de modo a expor em perigo a segurança alheia (parágrafo único, alínea “c”) . 9 4 RESPONSABILIDADES 4.1 Do Proprietário Segundo a World Society for the Protection of Animals (WSPA), posse responsável implica ao proprietário cuidar da saúde física, psicológica e ambiental do animal, zelar pelo seu bem-estar, reduzir o potencial de agressão e prevenir riscos que este possa trazer à comunidade tanto do ponto de vista individual quanto coletivo8. Em termos práticos, a posse responsável compreende a manutenção do animal dentro do espaço doméstico, conceder-lhe espaço e higiene adequados, evitar a procriação descontrolada, promover vacinação em tempo oportuno e proporcionar-lhes atividades físicas e de interação com as pessoas. Além disso, o animal só deve passear em vias públicas usando coleira e guia, e, nestas ocasiões, seu proprietário deve ser o responsável pela limpeza dos excrementos deste animal (DOMINGUES, 2012). 4.2 Do Médico Veterinário Uma das principais funções do médico-veterinário é atuar de forma preventiva, conscientizando a população sobre o bem-estar dos animais e temas relacionados à saúde pública (LOSS et al, 2012). Um estudo feito no município de Alegre-ES evidenciou que os proprietários de cães são carentes de informações sobre a saúde animal e humana. O estudo demonstrou que 73% dos entrevistados levavam o animal regularmente ao veterinário, entretanto, apenas 30% dos cães estavam adequadamente vacinados e 39% vermifugados. Além disso, 94% dos animais não eram castrados, 92% dos proprietários não souberam informar as vantagens da castração e somente 14% dos donos sabiam corretamente o conceito de zoonoses (LOSS et al, 2012). Estudo feito em Florianópolis-SC verificou que muitos veterinários não reconhecem seu papel como agentes de saúde pública, atuam de forma precária na difusão de informações sobre zoonoses e raramente notificam as doenças e agravos (MEDITSCH, 2006). A guarda responsável se configura como uma das principais práticas de promoção de bem-estar animal e está diretamente relacionada ao papel do médico- veterinário na sociedade. O conhecimento técnico do veterinário possibilita a difusão de informações sobre as necessidades básicas para a manutenção de uma relação saudável, 10 tanto para os animais quanto para os seus proprietários, independente do senso comum que é, muitas vezes, equivocado (SILVANO et al, 2010). O médico-veterinário deve exercer diferentes funções. Dentre elas: 1) Orientar os proprietários sobre os padrões comportamentais da espécie e da raça escolhida para que comportamentos normais não sejam interpretados, erroneamente, como anormais ou patológicos (LANDSBERG, HUNTHAUSSEN, ACKERMAN, 2005 apud SILVANO et al, 2010). 2) Informar sobre cuidados básicos de sanidade animal, visando à prevenção de doenças por meio da vacinação e vermifugação. Além disto, o veterinário deve conscientizar o proprietário quanto à higiene e o manejo do animal, evitando a ocorrência de zoonoses (MEDITSCH, 2006). 3) Difundir e praticar a esterilização quando a reprodução não for desejada ou como medida de controle populacional (THORTON, 1993 apud SILVANO et al., 2010). 4) Indicar a prática da eutanásia, visando evitar o sofrimento em pacientes terminais ou quando a saúde pública é ameaçada (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, 2002). 5) Informar, implementar e incentivar formas de identificação animal, como microchips (MATIELI; CURTO, 2009), com o objetivo de incentivar a guarda responsável e prevenir o abandono. 6) Informar aos proprietários sobre a responsabilidade civil que os mesmos têm com seus animais. 7) Atuar como agente de saúde pública, informando à população sobre o risco de transmissão de zoonoses (LOSS et al, 2012). A medicina veterinária e a população necessitam de profissionais que atuem de forma ética, com responsabilidade, cumprindo suas obrigações como médico-veterinário e como cidadão (LOSS et al, 2012). 4.3 Do Estado O Estado, por ser o detentor da verba pública, exerce um papel essencial no combate à guarda irresponsável de animais. No entanto, a obtenção dos resultados 11 desejáveis, como uma guarda responsável e controle da população de animais errantes, só podem ser alcançados com o empenho de todos e não apenas do Estado. A guarda irresponsável de animais leva à formação de uma superpopulação de animais errantes, o que provoca vários transtornos para a sociedade e para os próprios animais. A tentativa para a solução do problema deve estar fundamentada na realização de amplas campanhas de educação para a guarda responsável, além da promulgação de instrumentos legais que possam efetivar a proteção à fauna por meio da guarda responsável. A eutanásia só deve ocorrer em casos irreversíveis de doentes graves ou animais muito agressivos (SANTANA; OLIVEIRA, 2006). 12 5 ZOONOSES Zoonoses são doenças transmitidas ao ser humano pelos animais. Essa transmissão pode ocorrer de forma direta, através do contato com animais infectados, ou indireta, por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Várias infecções bacterianas, virais, fúngicas e parasitárias têm sido associadas ao contato com animais, pois os organismos infectantes são transmitidos através de vários modos. Infecções por agressões de animais são comuns e, frequentemente, requerem tratamento extenso ou hospitalização. Pelo menos, 60% das doenças infectocontagiosas que afetam os seres humanos e cerca de 75% de doenças novas ou emergentes, em todo o mundo, são consideradas zoonoses. Isto é resultado da convergência de fatores, com destaque para mudanças climáticas, urbanização crescente, invasão humana em zonas selvagens, aumento global de viagens e, para animais de companhia, estreitamento da relação com seres humanos (DOMINGUES, 2012). No presente trabalho iremos abordar a Raiva, uma importante zoonose, destaca- se que no período de 1990 a 2009, foram registrados no Brasil 574 casos de raiva humana, nos quais, ate 2003, a principal espécie agressora foi o cão. A partir de 2004, o morcego passou a ser o principal transmissor no Brasil. O número de casos humanos em que o cão é fonte de infecção diminuiu significativamente de 50, em 1990, para nenhum, em 2008, e dois no Maranhão, em 2009. As regiões Norte e Nordeste, no período de 1990 a 2009, foram responsáveis por 82% dos casos de raiva humana no Brasil, destacando-se Para e Rondônia na região Norte; Maranhão, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas no Nordeste; e Minas Gerais no Sudeste. (NORMAS TÉCNICAS DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA, 2011). 13 6 RAIVA 6.1 Definição A raiva e uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado,principalmente pela mordedura. Apresenta letalidade de aproximadamente 100% e alto custo na assistência preventiva as pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Apesar de ser conhecida desde a antiguidade, continua sendo um problema de saúde pública. O vírus da raiva é neurotrópico e sua ação no sistema nervoso central – SNC causa quadroclínico característico de encefalomielite aguda, decorrente da sua replicação viral nos neurônios. Pertence ao gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, possui a forma de projétil e seu genoma e constituído por ácido ribonucléico – RNA envolvido por duas capas de natureza lipídica. (NORMAS TÉCNICAS DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA, 2011). 6.2 Transmissão Apenas os mamíferos transmitem e adoecem pelo vírus da raiva. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre, enquanto o cão, em alguns municípios, continua sendo fonte de infecção importante. Outros reservatórios silvestres são: macaco, cachorro-do-mato, raposa, gato-do-mato, mão- pelada, guaxinim, entre outros. A transmissão ocorre quando o vírus contido na saliva e secreções do animal infectado penetra no tecido, principalmente através de mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas e/ou pele lesionada. Quanto a suscetibilidade, a infecção é geral para todos os mamíferos. Não se tem relatos de caso de imunidade natural nos seres humanos. A imunidade é adquirida pelo uso da vacina e a imunidade passiva, pelo uso do soro. (NORMAS TÉCNICAS DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA, 2011). 6.3 Profilaxia Pré-Exposição A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como: • médicos veterinários; 14 • biólogos; • auxiliares e demais funcionários de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva; • estudantes de Veterinária, Biologia e Agrotécnica; • pessoas que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e classificação de mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como funcionários de zoológicos; • pessoas que desenvolvem trabalho de campo (pesquisas, investigações ecoepidemiológicas) com animais silvestres; e • espeleólogos, guias de ecoturismo, pescadores e outros profissionais que trabalham em áreas de risco. Pessoas com risco de exposição ocasional ao vírus, como turistas que viajam para áreas de raiva não controlada, devem ser avaliados individualmente, podendo receber a profilaxia pré-exposição dependendo do risco a que estarão expostos durante a viagem. A profilaxia pré-exposição apresenta as seguintes vantagens: • protege contra a exposição inaparente; • simplifica a terapia pós-exposição, eliminando a necessidade de imunização passiva, e diminui o número de doses da vacina; e desencadeia resposta imune secundária mais rápida (booster), quando iniciada a pós-exposição. Em caso de título insatisfatório, aplicar uma dose de reforço e reavaliar a partir do 14º dia após o reforço. Esquema pré-exposição Esquema: 3 (três) doses. 2. Dias de aplicação: 0, 7, 28. 3. Via de administração, dose e local de aplicação: a) intramuscular profunda, utilizando dose completa, no músculo deltóide ou vasto lateral da coxa. Não aplicar no glúteo; e b) intradérmica, 0,1ml na inserção do músculo deltóide, utilizando-se seringas de 1ml e agulhas hipodérmicas curtas. 4. Controle sorológico: a partir do 14° dia após a última dose do esquema. Observações a respeito do controle sorológico: a) interpretação do resultado: são considerados satisfatórios títulos de anticorpos > 0,5UI/ml. 15 Em caso de título insatisfatório, isto é, <0,5 UI/ml, aplicar uma dose completa de reforço, pela via intramuscular, e reavaliar novamente a partir do 14° dia após a aplicação. b) profissionais que realizam pré-exposição devem repetir a titulação de anticorpos com periodicidade de acordo com o risco a que estão expostos. Os que trabalham em situação de alto risco, como os que atuam em laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva e os que trabalham com a captura de morcegos, devem realizar a titulação a cada seis meses. Caso o resultado seja <0,5 UI/ml, uma nova dose de vacina deve ser indicada e a avaliação sorológica repetida apos 14 dias. Não está indicada a repetição da sorologia para profissionais que trabalham em situação de baixo risco como funcionários de pet shops e veterinários que trabalham em área de raiva controlada, entre outros. c) o controle sorológico (titulação de anticorpos) e exigência indispensável para a correta avaliação da pessoa vacinada. Observações a respeito do uso da via intradérmica: d) A via intradérmica é recomendada pala Organização Mundial de Saúde porque reduz o custo do programa, uma vez que são utilizados volumes menores da vacina. No entanto, essa via só pode ser utilizada quando: - houver pessoal capacitado; - houver condições adequadas de armazenamento, porque, após a reconstituição, a vacina tem que ser mantida em temperaturas entre 4°C e 8ºC; - e for possível agendar um grupo de pessoas para um horário e local predeterminado, porque, após a reconstituição, a vacina tem que ser desprezada em, no máximo, 8 horas. (NORMAS TÉCNICAS DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA, 2011). 6.4 Profilaxia Pós-Exposição É uma das principais medidas do programa de controle da raiva. A prevenção de raiva em humanos, após o ferimento por animais (mesmo vacinados), fundamenta-se na eliminação do vírus e proteção específica (imunização ativa e passiva). A eliminação ou a neutralização do vírus deve ser a mais precoce e completa, através da limpeza rigorosa de qualquer ferimento produzido por animal. A assepsia deve ser feita com água e sabão, evitando curativos compressivos e suturas, por impedirem a exposição desejável dos ferimentos (se a sutura for 16 absolutamente necessária, fazê-la frouxa, permitindo drenagem do ferimento. No caso de indicação de soro antirrábico, a sutura deverá ser uma hora após a aplicação do soro intralesional). Pode-se utilizar soluções antisépticas de conteúdo alcoólico com exceção do timerosal (Merthiolate), ao qual o vírus da raiva apresenta resistência. Os cuidados com o ferimento incluem a prevenção do tétano sempre que necessário. O tratamento preventivo será instituído o mais cedo possível. O tratamento não possui eficácia quando instituído dez dias antes do primeiro dia dos sintomas (pródromo). Entretanto, deve ser iniciado mesmo que tenha decorrido muito tempo após o contato. O tratamento está fundamentado de acordo com as características do ferimento e nas condições do animal agressor, que deve ser mantido em observação por um período de dez dias, sempre que possível (cães, gatos e furões). O êxito do tratamento está relacionado com o início precoce da vacinação e cada caso deverá ser avaliado pelo médico do posto de saúde, para ser aplicado protocolo de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde. Não há contra indicação durante a gravidez, nem com qualquer tratamento, exceção aos corticosteróides ou outros imunossupressores. Não se indica tratamento para contato indireto através de materiais contaminados com secreções de animais. A transmissão inter humana é rara, mas nos casos de agressão por pessoas com sintomas suspeitos de Raiva é indicado tratamento. É indicado tratamento nos casos de agressão por animais silvestres, mesmo quando domiciliados, independente do tempo que ele resida no domicílio. Em todo Brasil a vacina antirrábica humana utilizada é a de cultivo celular sendo preconizada o uso de cinco doses nos dias 0, 3, 7, 14 e 28, podendo ou não ser necessário o uso do soro antirrábico (SAR). O paciente poderá receber o SAR até a terceira dose da vacina antirrábica. (MANUAL DE ZOONOSES, 2009) 17 7 METODOLOGIA Para a obtenção dos dados foi utilizado um questionário formulado pela equipe, contendoas seguintes questões: qual a procedência do animal, se o animal está com a vacinação em dia, em que se baseia sua alimentação, o animal já foi castrado,se já teve crias e qual o destino dos filhotes, se possui acompanhamento veterinário regular, se pratica exercícios regularmente, uso ou não de guia, se o animal já adquiriu alguma zoonose, sem o proprietário possui algum conhecimento sobre posse responsável incluindo as suas responsabilidades e as do Estado. Os questionários foram respondidos individualmente por cinco pessoas, residentes na periferia da cidade São Luís, no bairro da Cidade Operária, nas proximidades da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), no período de 16/10 a 22/10. 18 8 DISCUSSÃO Obtivemos como resultado que 100% dos animais da presente pesquisa foram provenientes de doações ou recolhimentos das ruas. Segundo GOMES, 2013, os processos de adoção e venda de animais de companhia devem ser capazes de garantir ao animal donos responsáveis e um lar adequado, onde ele tenha as suas necessidades etológicas e fisiológicas atendidas (DEFENSORES DOS ANIMAIS, 2013; LOSS et al, 2012). Entretanto, se observa que muitos cães e gatos são doados sem que seja realizado qualquer acompanhamento que propicie uma aquisição responsável. As organizações não governamentais (ONGs) protetoras dos animais costumam realizar um questionário que possibilita a obtenção de informações sobre a pessoa que pretende adotar. Esse questionário também visa orientar melhor o interessado no que diz respeito ao tipo de animal que mais combina com o seu estilo de vida assim como todos os cuidados e gastos que cães e gatos demandam. Além disso, os animais são doados esterilizados e vacinados. Todos esses questionamentos buscam tentar garantir ao animal uma guarda responsável. O ideal é que toda doação de animais seja realizada sob esses preceitos. Ainda sobre o tema de acordo com SANTANA ET AL, 2004, guarda irresponsável de animais de companhia resulta no abandono em avenidas, parques, imediações de clínicas veterinárias e outros espaços públicos. Os proprietários também deixam seus animais nos centros de zoonoses, mesmo sendo informados que o animal poderá, futuramente, ser submetido à eutanásia. O abandono de animais têm graves consequências e representa sofrimento para os animais abandonados; perigo para a saúde pública; aumento dos gastos públicos; superlotação em ONGs e nos CCZs. O risco sanitário ocasionado pela superpopulação de animais errantes, formada pela rápida reprodução de animais abandonados, chamou a atenção do Estado que vem tentando atuar de forma a prevenir o abandono. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), há cerca de 500 milhões de cães abandonados no mundo. Apenas no Brasil, a OMS estima que existam 25,21 milhões de cães e 4 milhões de gatos abandonados (BRANDESPIN, 2006). Como consequência desse enorme contingente, tem-se a formação de uma superpopulação de animais errantes (SANTANA; OLIVEIRA, 2006). Estes animais não têm nenhum tipo de controle de vacinação e tratamento de doenças (ANDRADE, 2011), funcionando como potenciais transmissores de zoonoses como a raiva e a leishmaniose. Eles também 19 são responsáveis pela proliferação de ectoparasitas, por agressões, acidentes de trânsito, poluição por dejetos, poluição sonora e outras perturbações (BORTOLOTI; D’AGOSTINO, 2007). Essa problemática é agravada pelo acelerado grau de reprodução de cães e gatos (BORTOLOTI; D' AGOSTINO, 2007). De acordo com os resultados, 80% dos animais encontra-se com a vacinação em dia, somente 20% possuem exclusivamente a vacinação disponibilizada pelo Governo. A vacinação deve ser ampla e acessível, com promoção pelo Estado de várias campanhas educativas sobre a importância de vacinar animais de estimação. Além da vacinação contra a raiva, a vacinação polivalente também é importante, pois protege contra várias outras doenças que acometem os animais e que podem comprometer o seu bem-estar. A vacinação antirrábica é realizada com sucesso pelos CCZs, por meio de campanhas e pelo fornecimento gratuito da vacina aos animais. Por causa disto, o país conseguiu reduzir, drasticamente, o número de casos de raiva humana e animal (BRASIL, 2012). Já as vacinas polivalentes, que fazem parte do esquema obrigatório de vacinação de cães e gatos, raramente são fornecidas pelo Estado. O alto custo gerado pela compra dessas vacinas inviabiliza a distribuição gratuita tal como se faz na vacinação antirrábica. Entretanto, deve-se ressaltar a importância de orientar os proprietários em campanhas de guarda responsável e nos próprios centros sobre todas as vacinas que fazem parte do esquema vacinal de cães e gatos e não somente a antirrábica. (GOMES, 2013). De acordo com DOMINGUES, 2012, a vacinação contra a raiva nos últimos 12 meses entre animais domiciliados foi inferior a 40% ficando muito aquém da recomendação da OMS de 80% de cobertura vacinal mínima da população canina total. A presença do vírus da raiva em diversos tecidos de morcegos reforça a possibilidade de transmissão dessa zoonose para animais domésticos, uma vez que, morcegos infectados podem apresentar paralisia, ou mesmo, movimentos desconexos, tornando-se presas fáceis para cães e gatos, especialmente aqueles cujo acesso as ruas é irrestrito. Com relação à alimentação, 60% dos entrevistados relataram que seus animais se alimentam de ração e 40% de uma mistura de ração e comida humana. A alimentação dos animais de companhia também passou por uma evolução visível nas últimas décadas. Na década de oitenta a maioria deles ainda era alimentada com os restos de comida de seus proprietários, e poucas indústrias de rações existiam e 20 investiam no Brasil. Neste ponto, dois fatores contribuíram para a expansão do segmento; o poder aquisitivo das populações dos grandes centros aumentou e os padrões de consumo se sofisticaram. Por outro lado, a evolução dos hábitos em favor dos alimentos industriais está associada a um conjunto de fatores cada vez mais difundidos: alimentação sadia, equilibrada e com grande variedade de produtos disponíveis no mercado e, principalmente, a praticidade (BORGES,2015). Ainda segundo a ANFAL-PET, o Brasil é o primeiro mercado produtor de alimentos balanceados para animais de estimação na América Latina e o terceiro no mundo. Quando o assunto é castração observa-se que 80% das pessoas entrevistadas não castraram seus animais. Além de evitar crias indesejadas, prevenindo o abandono, a castração reduz a probabilidade de certas doenças, como neoplasias mamárias nas fêmeas castradas antes do primeiro estro (REZENDE, 2012). Cães e gatos deixam de fugir para se acasalarem, reduzindo o risco de agressão às pessoas, de atropelamentos de animais e de transmissão venérea de doenças entre eles (BORTOLOTI; D’AGOSTINO, 2007). Outra dificuldade encontrada no controle da natalidade por meio de castrações é o preço das cirurgias. Uma parcela considerável da população (famílias de baixa renda) não tem condições financeiras de arcar com os custos do procedimento. Alguns municípios brasileiros já realizam mutirões de castração com a ajuda de veterinários voluntários e das prefeituras, que fornecem verba para a compra de material cirúrgico e local para a realização das cirurgias. É importante salientar que a implementação de um programa de controle populacional deve levar em consideração as características socioculturais da região e ser acompanhado de programas educativos de guarda responsável (TRIPOLI, 2005). Desta forma, corroborando com os achados de DOMINGUES, 2012, que afirma que a esterilizaçãofoi encontrada em apenas 19% dos animais, o que demonstrou a necessidade de incentivo aos proprietários sobre controle populacional destes animais. Segundo a OMS, as atividades isoladas de recolhimento e eliminação de cães e gatos não são efetivas para o controle da dinâmica destas populações, sendo necessário, portanto, atuar na causa do problema: a procriação animal sem controle. É importante ressaltar, assim como GOMES, 2013, que a efetividade de um programa de controle populacional não depende somente de campanhas de esterilização, mas também da conscientização da sociedade que deve manter seus animais 21 domiciliados e entender a importância e os benefícios da castração. Os programas de esterilização podem potencialmente reduzir a densidade populacional, embora essa redução não possa ser observada imediatamente. Em 60% dos casos os animais não castrados já deram crias, onde o destino dos filhotes foi a adoção, segundo o relato dos entrevistados. Em relação ao acompanhamento médico veterinário 100% relataram possuir atendimento veterinário regular ou quando há necessidade. Somente 40% dos animais participantes da pesquisa realizam atividade física freqüente, com a utilização de guia em vias públicas. Os exercícios físicos são fundamentais para manter a saúde, o bem estar e a forma dos cães. Assim, os donos devem fazer, pelo menos, dois passeios por dia. Além disso, é por meio da caminhada que os cachorros definem o seu lugar no grupo familiar, aumentam a socialização com outros animais e divertem-se. Os exercícios físicos apresentam muitas vantagens como a aceleração do metabolismo, que preveni a obesidade, elevam a resistência respiratória, auxiliam na digestão dos alimentos, evitam o estresse, mantêm o tônus muscular e as articulações flexíveis, entre outros.(ATIVIDADE FÍSICA PARA CÃES, 2015) Os exercícios físicos feitos de maneira regular ajudam a evitar o estresse que pode se desenvolver no animal, pelo fato de ficar o dia inteiro preso em casa ou mesmo sozinho, que é muito comum aos cães, especialmente aqueles que vivem nas grandes cidades. Mas não é somente por isso os cães devem praticar exercícios. Vamos pensar num cão livre e solto na natureza: será que ele fica aguardando um potinho de ração aparecer? Será que ele passa grande parte do dia dormindo? Será que ele que fica roendo alguma árvore ou brinquedo para passar o tempo? Temos a certeza de que isso não acontece. Soltos na natureza os cães têm necessidades básicas, pois precisam caçar para sobreviver, e isso não é uma tarefa fácil, passam mais de 10 horas por dia a procura de alimento, ou seja, sua estrutura física foi feita para longos e extenuantes exercícios e ainda a passar horas farejando. Os benefícios para os animais são diversos dentre eles: Alívio do estresse: infelizmente este problema tem afetado demais os cães, talvez pela convivência excessiva com os seres humanos e com a correria dos tempos modernos. Com o surgimento do estresse alguns cães ficam muito mais agressivos, depressivos, ansiosos e, com isso, muitos deles 22 desenvolvem distúrbios de automutilação, ficando extremamente grudados em seus donos a tal ponto de nem deixarem que outras pessoas possam se aproximar. Fortalece o vínculo entre dono e cão: cães que dão seus passeios regularmente com seus donos tendem a ser mais cooperativos e aceitam melhor os comandos, bem como o treinamento de obediência. Ajuda a manter os cães em forma e com mais saúde: doenças comuns entre os cães como a obesidade, dificuldades cardiorrespiratórias, e predisposição à diabetes podem ser combatidas ou mesmo evitadas com a prática diária de exercícios físicos. Ajuda a evitar a destruição: o procedimento evita que o cão se meta em problemas como a destruição de roupas, móveis, portas, jardins e até paredes. Traz tranquilidade ao cão: O animal fica bem mais tranquilo, pois o exercício ajuda a regular a respiração e fortalece os músculos, melhora também a circulação sanguínea, já que provoca uma melhor oxigenação dos tecidos ajudando a limpar as células de possíveis toxinas, e ainda aumentam a serotonina no organismo, o que torna o peludo mais relaxado e feliz. Evita brigas entre os animais da mesma casa: com os passeios regulares é possível criar um sentido maior de matilha, e mantendo os animais cansados, certamente eles vão pensar duas vezes antes de começar um conflito. (OS MELHORES EXERCÍCIOS PARA CÃES, 2015). 10% dos proprietários negaram que seus animais já contraíram alguma zoonose. Somente 40% tem algum conhecimento sobre posse responsável e as suas responsabilidades quanto tutores. Posse responsável de animais de companhia se configura como uma das práticas para promoção do bem-estar animal, sendo de fundamental importância e diretamente relacionada ao papel do médico veterinário na sociedade, que fornece subsídios para conscientização quanto às necessidades básicas para uma relação saudável tanto para os animais, quanto para seus proprietários, independente do senso comum, muitas vezes equivocado. O aconselhamento acerca de posse responsável se faz necessário para que o abandono deixe de ser um fato comum na sociedade, uma vez que cães e gatos são eutanasiados mais por razões comportamentais e por abandonos em abrigos públicos, do 23 que por todas as causas médicas combinadas (LANDSBERG, HUNTHAUSEN, ACKERMAN, 2005). Dentro do contexto de difusão da posse responsável, cabe ao médico veterinário: 1) Definir pontos fundamentais em relação à alimentação característica da espécie criada, suprindo demandas metabólicas específicas (CUNNINGHAN, 2004). 2) Orientar sobre os padrões comportamentais da espécie, para que comportamentos normais não sejam equivocadamente interpretados pelos proprietários, como disfunções (LANDSBERG, HUNTHAUSEN, ACKERMAN, 2005). 3) Orientar sobre cuidados básicos de sanidade animal, que são de extrema importância, pois envolvem prevenção de doenças por meio de vacinação, vermifugação; e quanto à higiene e manejo, evitando a ocorrência de zoonoses (NELSON, COUTO, 2006), o que mantém a saúde dos animais e evidencia o papel social do médico veterinário. 4) Difundir e praticar a esterilização, quando a reprodução não é desejada e para controle populacional (THORNTON, 1993), quando detectados distúrbios de herdabilidade genética para futuras gerações e prevenção de distúrbios já reconhecidos como de origem hormonal reprodutiva, como, por exemplo, neoplasias mamárias e hiperplasia prostática (FOSSUN, 2002). 5) Restabelecer a homeostase orgânica, quando a mesma é interrompida, através de terapêutica medicamentosa e cirúrgica, fornecendo meios para saúde e longevidade dos animais (BIRCHARD, SCHERDING, 2003). 6) Indicar a prática da eutanásia quando a mesma é justificada como forma de evitar sofrimento, em pacientes terminais, ou quando a saúde pública é ameaçada (RESOLUÇÃO 714 CFMV, de 20 de junho de 2002). 7) Implementar formas de identificação, como implantação de “microships”, (um pequeno equipamento implantado no tecido subcutâneo que fornece dados relativos ao animal como espécie, sexo, idade, raça, pelagem) (HOLMES, 2005). No estado de São Paulo, o Registro Geral do Animal (RGA) é obrigatório por lei desde fevereiro de 2002, e contém as mesmas informações do “microship” (PREFEITURA SP). 24 9 CONCLUSÃO Os resultados deste trabalho, apesar da pequena mostra, apontam para a necessidade de incentivar uma educação ambiental voltada para a posse responsável, com a implementação de programas educativos que levem proprietários de animais a assumir seus deveres,com o objetivo de diminuir o número de cães errantes e a disseminação de zoonoses. 25 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, W. F. Implantação do centro de controle de zoonoses: Um espaço público para o resgate de animais abandonados. Projeto técnico apresentado à Universidade Federal do Paraná para obtenção do título de Especialista em Gestão Pública. Colombo: Universidade Federal do Paraná, 2011, 33p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26658/ANDRADE,%20WILZ A%20DE%20FATIMA.pdf?sequence=1>. 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