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HEMOFILIA, o papel do psicólogo

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O PAPEL DO PSICÓLOGO
O atendimento psicológico do hemofílico se mostra tão importante quanto os dos profissionais da saúde, pois a doença causa grande impacto psicológico, principalmente em crianças e adolescentes, afetando sua qualidade de vida.
É inerente à doença os diversos desafios enfrentados por um hemofílico durante sua vida, suas limitações físicas e os cuidados que devem manter em suas ações para que não se machuquem geralmente trazem um sentimento de ser diferente com relação às outras pessoas.
Todas essas frustrações podem ser agravadas durante o seu desenvolvimento causando dificuldades de integração social, se estendendo a relacionamentos amorosos pela possibilidade da transmissão da doença. 
As dificuldades enfrentadas pelos hemofílicos vão além dos cuidados com sua saúde física. O descontrole e despreparo dos pais em situações de tensão, como por exemplo em episódios de hemorragia, podem levar a reações de tristeza ou culpa por parte do filho, e a limitação imposta pela hemofilia muitas vezes é reforçada pela superproteção familiar o que propicia à criança/adolescente um ambiente emocional que lhes traz um sentimento de incapacidade e falta de perspectivas com relação ao futuro os tornando pessoas dependentes, angustiadas, muitas vezes agressivas e revoltadas.
Diante da perspectiva de não aceitarem suas limitações e se sentirem à margem, é comum jovens hemofílicos desenvolverem atitude de negação e ocultação da hemofilia, vislumbrando, assim, uma maior possibilidade de socialização (EKSTERMAN et al., 1992).
O papel do psicólogo nesses casos se faz na medida em que pode oferecer a possibilidade de confronto do paciente com sua angústia e sofrimento em face da doença, auxiliando no desenvolvimento de uma maior qualidade de vida (SANTOS; SEBASTIANI, 1996).
O Atendimento deve também se estender à família, pois o ambiente em que o hemofílico se constrói é de grande relevância para o desenvolvimento de sua personalidade e independência podendo ela ter implicações tanto positivas como negativas em relação aos seus cuidados. 
A terapia em grupo também é de grande relevância já que a troca de experiências sobre a doença faz com que os indivíduos não se sintam sozinhos, que se identifiquem com outras pessoas, que lidem melhor com suas dificuldades e possam partilhar os sentimentos que lhe cometem.

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