Buscar

Teorias Adjacentes: Teoria da Mensuração, Teoria da Regulação, Teoria dos Contratos, Teoria da Agência, Teoria da Sinalização e Teoria dos Prospectos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade Estácio do Amazonas
Teorias Adjacentes: Teoria da Mensuração, Teoria da Regulação, Teoria dos Contratos, Teoria da Agência, Teoria da Sinalização e Teoria dos Prospectos
Heloísa Gabriela R. de M. S. Nunes Alberti
Manaus, 03 de outubro de 2017.
Teoria da Mensuração
Hendriksen e Breda (1999, p. 304) definem mensuração como “o processo de atribuição de valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma empresa, e obtidos de modo a permitir agregação (tal como na avaliação total de ativos) ou desagregação, quando exigida em situações específicas”. Eles enfatizam dois aspectos relevantes no estudo da mensuração: o objeto da mensuração e os atributos (propriedades) do objeto a ser mensurado.
A mensuração é a atribuição de números para representar elementos ou suas propriedades em um sistema especial sobre as bases do isomorfismo ou homomorfismo existente entre um ou mais sistemas relacionais empíricos (SRE) e um ou mais sistemas relacionais numéricos (SRN).
A mensuração envolve a vinculação do sistema formal e do sistema numérico, com alguns aspectos ou eventos, por meio de regras estabelecidas, as quais, consistem em definições operacionais que permitem estabelecer as conexões.
Uma característica forte na Ciência Contábil é que “a mensuração em unidades monetárias se presta como um meio útil de atribuir um significado comum a diferentes objetos ou eventos” (ALMEIDA E HAJI, 1997, p. 66). Isso constitui, ao mesmo tempo, uma vantagem e uma desvantagem, do ponto de vista da teoria da mensuração. Contudo, ao contrário das medidas físicas, o padrão de medida moeda não é estável (em termos de representatividade de uma propriedade econômica), como é o quilograma para representar o peso como propriedade física de um objeto. Não existe uma escala de medida universal para o “lucro” de uma entidade, cujo resultante em moeda, tenha a mesma ordem de grandeza e representatividade para todas as pessoas, como o metro, a polegada e outras medidas físicas.
Para Bierman (1963, p. 502), “devido ao uso da moeda como unidade de medida, a contabilidade não é capaz de mensurar com exatidão a posição financeira e econômica de uma entidade, em um dado momento”. Ele afirma que uma “exata” ou “verdadeira” mensuração é raramente atingível, principalmente, nas ciências sociais. Conclui que somente é possível conhecermos quando se está muito próximo ou muito longe do verdadeiro valor e acrescenta que a mensuração contábil deve decorrer de um meio “justo” ou “razoável”, orientado pelo objetivo de fornecer informações úteis aos seus usuários.
Esse é o objetivo da Contabilidade: fornecer informações econômicas para vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais. Isso torna evidente o caráter utilitário (pragmático) dessa disciplina, e por consequência, diferentes mensurações podem ser utilizadas para diferentes propósitos.
Objetivos da Mensuração Contábil
Considerando que a base de mensuração contábil é influenciada pelos objetivos Hendriksen e Breda (1999, p. 313) enquadram as escolhas sobre as bases de mensuração de ativos, no pressuposto da continuidade, em objetivos: sintáticos, semânticos e pragmáticos.
A sintática diz respeito à ordem, às relações lógicas e às combinações das coisas, é abstrata e puramente racional. A semântica diz respeito à significação, à análise dos diferentes elementos que constituem o sentido de uma palavra ou, ainda, em relação ao sentimento que possuem os indivíduos da significação de uma palavra (consciência semântica). A Pragmática, por sua vez, é uma subdivisão da semiótica que estuda a maneira como os homens empregam e compreendem os signos. Pragmático é a ação por oposição ao conhecimento teórico, suscetível de aplicações úteis (no sentido de um proveito) por oposição àquilo que é inútil ou puramente verbal.
Os objetivos sintáticos levam a duas possibilidades de escolha em decorrência do enfoque adotado: “ativo – passivo” ou “receita – despesa” (enfoque convencional adotado pela contabilidade).
No enfoque convencional (receita - despesa), o lucro é definido pela diferença entre as receitas totais e o valor de entrada de todas as despesas a elas associadas ou ao período. O único evento reconhecido para a formação do lucro é a realização da receita pela ocasião da venda, momento do confronto com as despesas. Esse enfoque assume uma vinculação entre a receita e a despesa na formação do lucro, que é comandada pelo momento do reconhecimento da receita. O enfoque alternativo (ativo – passivo) utiliza o conceito de crescimento natural, pelo qual se reconhece que o lucro ocorre quando o valor de um ativo aumenta (ou o passivo diminui), na ausência de fluxos de capital.
Os objetivos pragmáticos estão diretamente relacionados à relevância da informação contábil, a qual diz respeito à sua capacidade de fazer diferença nas decisões dos usuários, permitindo-lhes fazer predições, confirmar ou corrigir expectativas anteriores (HENDRIKSEN e BREDA, 1999, p. 315). Nesse sentido, a escolha das bases de mensuração deve ser feita em relação àquelas mais relevantes para seus usuários: investidores, credores, administradores etc.
Teoria da Regulação
Regulamentação está relacionada ao ato de regulamentar, de criar, editar regulamentos (leis, regras, padrões). Em outras palavras, neste sentido, regulamentar consiste em atribuir legitimidade à norma, amparo jurídico por meio de um regulamento. Uma vez legitimada, de tal norma poder-se-ia dizer regulamentada, ou amparada por lei.
Para os economistas, com destaque aos próceres da Escola de Chicago, uma prestação eficiente das atividades econômicas deve ser entendida como a correção, pelo Estado, das falhas de mercado, dentre as quais podemos exemplificar a falta de competição, monopólios naturais e externalidades negativas. Estas falhas, sem a atuação regulatória, provocariam alocação ineficiente de recursos, como provisão insuficiente de bens e serviços públicos e práticas de preços de monopólio (Majone, 2013). Observando especificamente os mercados financeiros, outro crucial fator que torna necessária a regulação é a assimetria de informação, a qual também é considerada uma falha dos mercados a ser contemplada pelos processos regulatórios.
As principais teorias da regulação são:
Teoria do Interesse Público - A mais antiga teoria da regulação é a Teoria do Interesse Público, também referida como Teoria Positiva da Regulação. Como o nome sugere, tem como propósito básico, maximizar o bem-estar social, zelando pelo interesse público sempre que este estiver em conflito (com) ou ameaçado pelos interesses dos agentes econômicos privados atuantes no mercado. Assim, de maneira sintética, esta teoria prevê a prevalência do interesse público ante o interesse dos agentes econômicos. 
Teoria da Captura - Alguns pesquisadores consideram a existência de uma Teoria da Falha Regulatória, em que o desenvolvimento da regulação culminaria com a deturpação dos fundamentos do interesse público, levando as agências (executoras da regulação) a favorecer os interesses privados, via certos modelos de influência. Basicamente, há três modelos de influência: 1- Instrumental: a influência danosa ao interesse público se dá por meio da troca de profissionais entre a indústria e órgãos reguladores e da relação entre estes profissionais; 2 - Estrutural: o processo de indicação dos membros do corpo diretor das agências reguladoras está sujeito ao lobby da indústria; os grandes players dos setores regulados, em ambientes propícios – como o Brasil3 – são doadores de recursos financeiros em campanhas eleitorais, preparando, assim, o cenário adequado ao exercício de influência nas indicações dos diretores e na elaboração de regulamentos e sua fiscalização; 3 - Captura: este modelo tornou-se mais proeminente e é concebido como uma teoria per se, a Teoria da Captura. Ela leva em conta que a “captura” pode se dar através de ambos os modelos acima; por um lado, a regulaçãoseria originária da própria demanda por parte da indústria (os legisladores capturados pela indústria), ou a regulação, com o passar do tempo, seria controlada pela indústria (os reguladores são capturados pela indústria).
Teoria da Competição Entre os Grupos de Interesse - Esta teoria é também conhecida como Teoria Econômica da Regulação, nesta teoria tanto legisladores quando reguladores estariam preocupados em maximizar seus interesses particulares, portanto, perpetuar-se no poder. Desta forma, a regulação se prestaria a atender às necessidades dos grupos de interesse que maior pressão exercesse sobre legislador e regulador. Por este prisma, existe uma semelhança entre a Teoria dos Grupos de Interesse e a Teoria da Captura. 
Objetivos da Regulação Contábil 
A teoria da regulação exerce considerável influência sobre a contabilidade uma vez que estabelece padrões a serem cumpridos em nome de um interesse coletivo maior. Por nortear a forma de elaboração e divulgação dos relatórios, a regulação da contabilidade assume papel determinante no atendimento às necessidades dos usuários das informações contábeis.
Devido à grande variedade de usuários e de interesses nas informações contábeis, cada país desenvolveu um processo peculiar de suas normas contábeis. Entretanto, existe hoje uma tendência mundial de convergência dessas normas. A harmonização das práticas contábeis, através das convergências atualmente em curso, pode ajudar a romper, de uma maneira positiva, a heterogeneidade normativa entre países.
Teoria dos Contratos
A teoria contratual da firma, sob o ponto de vista teórico, vê a empresa como um conjunto de contratos entre os diversos participantes. Cada participante contribui com algo para firma e em troca recebe “sua parte no bolo”. O funcionamento adequado da empresa depende do equilíbrio contratual estabelecido. Se uma das partes não estiver satisfeita com os termos do seu contrato, ou com sua execução, as atividades da empresa podem ser prejudicadas e até mesmo interrompidas. Pode-se perceber, portanto, que é fundamental que os contratos sejam exercidos da forma mais harmônica possível. 
No entanto, alguns problemas podem surgir na prática a respeito da execução e da imposição dos contratos. É importante caracterizar duas situações que podem ser encontradas: 
a) informação imperfeita: refere-se à situação na qual as regras do jogo são bastante claras e todos as conhecem, muito embora, os agentes não conheçam as ações dos outros agentes e; 
b) informação incompleta: nem mesmo as regras do jogo estão totalmente claras. Estes problemas podem levar ao colapso total da atividade da empresa.
A contabilidade possui cinco funções na coordenação dos vários contratos existentes entre os agentes ligados à empresa:
a) mensurar a contribuição de cada um dos participantes nos contratos; 
b) mensurar a fatia que cada um dos participantes tem direito do resultado da empresa; 
c) informar os participantes a respeito do grau de sucesso no cumprimento dos contratos; 
d) distribuir informação para todos os potenciais participantes em contratos com a empresa para manter a liquidez de seus fatores de produção e; 
e) distribuir alguma informação como conhecimento comum para reduzir o custo de negociação dos contratos.
Os sistemas de controles gerenciais devem contribuir para que os contratos entres os agentes e a firma sejam harmônicos, sem que seja necessária medição direta da contribuição de cada gestor. Outro grupo que merece atenção especial são os acionistas. Suas principais características são as seguintes:
a) os acionistas são comprometidos com a empresa antecipadamente, uma vez que eles fornecem os recursos muito antes de existir uma perspectiva de recebimento dos recursos; 
b) o interesse dos acionistas na empresa é residual, ou seja, eles são os últimos na prioridade de recebimento; 
c) seus direitos são transferíveis em um mercado líquido para os títulos que possuem;
d) os acionistas podem escolher os administradores e os auditores e, em última instância, dissolver a organização.
Por outro lado, as resoluções de problemas tradicionais da contabilidade podem ser analisadas dentro da perspectiva contratual: 
a) os gestores e os sistemas contábeis: as técnicas utilizadas pela contabilidade gerencial são antes de tudo, instrumentos de poder dentro da organização; 
b) o lucro e a sua mensuração: o lucro, como todas as medidas em contabilidade, possuem aspecto subjetivo e envolvem aspectos discricionários, permitindo que os administradores tenham alguma liberdade de mensuração; 
c) a contabilidade e o mercado financeiro: a disponibilidade de dados e o desenvolvimento promovido pela teoria de finanças em termos de modelos como o CAPM fazem desta linha de pesquisa o mainstream das pesquisas em contabilidade financeira; 
d) o regime de competência (accruals): os princípios contábeis podem ser vistos como bases contratuais amplas, que devem ser observados em quaisquer contratos que envolvam a contabilidade; 
e) o papel dos auditores: o papel dos auditores é, muitas vezes, considerado uma característica ad hoc da pesquisa em contabilidade.
A atual função da auditoria, meramente virada para o passado, começa a ser questionada, encaminhando-se a profissão de auditor para uma nova etapa na sua história. Os utilizadores da informação financeira são da opinião de que o auditor deve alargar o seu campo de atuação e pronunciar-se sobre matérias que atualmente não fazem parte do seu relatório, muito embora para fazê-lo necessite dominar técnicas que, até então, não utiliza com frequência, como é o caso das técnicas financeiras relacionadas com as previsões de falência e evolução futura do negócio. 
Para que essas diferenças sejam totalmente fechadas, se é que isso é possível, os profissionais de auditoria e a comunidade financeira necessitam reexaminar o papel da auditoria na sociedade, alcançando um acordo entre as partes. As opiniões dos utilizadores da informação financeira devem servir como um sinal de alerta para os auditores de que ainda há muito trabalho a desenvolver.
Teoria da Sinalização
A teoria da sinalização, trata de um campo abrangente de pesquisa sobre a política de dividendos e procura evidências de variações ocorridas nos preços das ações, provenientes da distribuição dos lucros.
Essas variações nos preços são ocasionadas, em parte, devido ao direcionamento dos recursos que são reutilizados na empresa. Por exemplo, quando os administradores investem em projetos que promovem novas receitas para a firma, esperam que esses investimentos gerem novos recursos e que esse fluxo de dinheiro mantenha, a longo prazo, a saúde da organização.
Quando ocorre o pagamento de dividendos, seria conveniente que a parcela distribuída dos recursos não debilitasse o fluxo de caixa da firma, pois essa debilidade estaria diretamente relacionada ao fluxo de dinheiro que a companhia necessitaria para empreender suas tarefas essenciais e investir em novos projetos, que garantiriam a sustentabilidade da firma no futuro. Assim, uma grande parte dos investidores fica atenta ao pagamento dos dividendos, porque ele estará diretamente relacionado ao futuro da organização.
A Teoria da Sinalização trata da assimetria informacional nos mercados, de modo a demonstrar como esta pode ser dirimida a partir da sinalização de informações emanadas das empresas para o mercado. Apesar de a referida teoria ter se desenvolvido para explicar problemas de informações (ou sinais) no mercado de trabalho (Spence, 1973), a sinalização é um fenômeno geral aplicável em qualquer mercado com assimetria informacional (Morris, 1987).
Sob a perspectiva do ambiente de trabalho, a Teoria se posiciona quando empregadores selecionam seus agentes. Aqueles avaliam o quanto cada candidato estaria oferecendo de produtividade e ofereceriam para cada um, o salário correspondente. O problema está em saber qual o agente possui maior e menor potencial. Em princípio, todosos candidatos teriam a mesma capacidade. No entanto, cada agente teria a informação privada referente a sua capacidade. Nessa direção, todos os candidatos seriam avaliados igualmente pelo empregador que poderia remunerar cada agente igualmente. Nesse caso, a parte detentora da informação privada, enviará um sinal por meio de uma ação que seja observável pela parte oposta, sinalizando de forma crível a qualidade e valor de seu produto ou serviço. 
A Teoria consiste, portanto, numa reação à assimetria informacional nos mercados, no caso específico entre empregadores e empregados. O contexto geral da teoria da sinalização e dos modelos desenvolvidos é caracterizado dentro das relações de mercado e na economia da informação, nas quais podem existir situações de assimetrias entre partes interessadas em formular um contrato. Quando uma das partes possui mais informações que a outra de modo a obter vantagem competitiva na transação têm-se caracterizada uma relação assimétrica. Essa condição leva os participantes do processo, agente e principal, à possibilidade de incorrer em duas situações inerentes à existência de informação assimétrica, a seleção adversa e risco moral.
A Teoria da Sinalização pode ser vinculada às práticas de governança corporativa, à medida que práticas diferenciadas de governança corporativa seriam capazes de influenciar as atividades dos analistas de mercados. Como o trabalho desses analistas depende de um modo geral das informações divulgadas pelas empresas, é possível que exista um vínculo entre a qualidade do sinal emitido (adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa e a acurácia das previsões dos analistas de mercado. Os sinais emitidos pela adoção das práticas diferenciadas representam parâmetros na mudança da probabilidade condicional que definem as crenças, tanto dos analistas, na elaboração de suas previsões e recomendações, quanto dos investidores, na escolha de seus investimentos.
Teoria dos Prospectos
A teoria do prospecto busca compreender o comportamento real do tomador de decisões. Os desvios do comportamento real dos indivíduos em relação aos modelos normativos são muito generalizados para serem ignorados, bem como muito sistemáticos para serem desconsiderados como erros aleatórios. 
Ela destaca as diferenças entre os termos utilidade e valor: a utilidade é definida em termos de riqueza líquida, já o valor é dado em termos de ganhos e perdas, que por sua vez são definidos como desvios em relação a um determinado ponto de referência. 
Na teoria do prospecto as preferências dependerão da forma pela qual o problema está estruturado. Além disso, uma das contribuições mais importantes da teoria do prospecto foi a inclusão do conceito de ponto de referência na análise do valor de determinado bem.
A teoria do prospecto possui um caráter descritivo/positivo, por mostrar como os indivíduos de fato se comportam e não como eles deveriam se comportar. É a descrição mais abrangente em relação ao processo de tomada de decisão, pois sintetiza vários séculos de observações empíricas e inferências a respeito do comportamento humano diante de decisões. Além disso, a teoria do prospecto forneceu novas perspectivas e tem servido de fomento a novos métodos de previsão do comportamento humano.
Características da Teoria dos Prospectos
Entre as características da teoria dos prospectos, é possível citar três entre as mais abordadas:
Ponto de Referência - A dependência de um ponto de referência mostra que um indivíduo avalia as consequências, sejam elas monetárias ou não, a partir de um determinado nível que serve como padrão, geralmente este ponto é o status quo, isto é, a inércia. Em termos de decisões de investimentos, o ponto de referência para um indivíduo pode ser o preço médio de compra de um ativo, o preço máximo ou mínimo atingido durante o período no qual o indivíduo esteve com o ativo em carteira, pode ser uma determinada variação percentual em relação a um índice de mercado, o preço médio de compra corrigido pelo ativo livre de risco entre outros. O ponto de referência dependerá das preferências de cada indivíduo e também do contexto. Sendo assim, ganhos e perdas não estarão necessariamente vinculados aos conceitos de lucro ou prejuízo, mas sim a uma relação positiva ou negativa com o ponto de referência.
Saturação da Percepção de Ganhos/Perdas - A função valor da teoria do prospecto afirma que os indivíduos atribuem percepções decrescentes do retorno, tanto para ganhos quanto para perdas.
Aversão à Perdas – A função valor é mais íngreme para as perdas do que para os ganhos.
A teoria dos prospectos consiste, simplesmente, em um modelo alternativo de tomada de decisões sob risco (ganhos/perdas), e tem como o objetivo analisar as anormalidades marcantes nos experimentos empíricos e dos conhecimentos da psicologia comportamental. 
Referências Bibliográficas
HENDRIKSEN, E. S., VAN BREDA, M. F. Teoria da contabilidade. S.Paulo: Atlas, 1999.
ALMEIDA, Maria G. M. HAJI, Zaina S. E. Mensuração e avaliação do ativo: uma revisão conceitual e uma abordagem do goodwill e do ativo intelectual.
Majone, G. (2013). As transformações do estado regulador. Revista de Direito Administrativo, 262, 11-43. 
Barrionuevo Filho, A., & Lucinda, C. R de. (2004). Teoria da regulação. In C. Biderman, & P. Avarte (Orgs.). Economia do setor público no Brasil (Cap. 4, pp. 47-71). Rio de Janeiro: Elsevier. 
LOPES, Alexsandro Broedel. A Teoria dos Contratos, Governança Corporativa e Contabilidade. In:IUDÍCIBUS, Sergio de.LOPES, Alexsandro Broedel. Teoria avançada da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2004
Dalmácio, F. Z. (2009). Mecanismos de governança e acurácia das previsões dos analistas do mercado brasileiro: uma análise sob a perspectiva da Teoria da Sinalização. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Outros materiais