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APOSTILA CRIMINALISTICA

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA 
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA 
POLÍCIA CIVIL DA BAHIA 
ACADEMIA DA POLÍCIA CIVIL 
 
CURSO DE FORMAÇÃO DE 
AGENTE E ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMINALÍSTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 
 
 
„ Local de Crime 
„ Vestígios 
„ Prova 
„ Metodologia da Investigação Criminal 
„ Manchas 
„ Sangue 
„ Impressões 
„ Indícios 
„ Reprodução simulada 
„ Perícia 
„ Laudo Pericial 
 
O termo “Criminalística”, usado pela primeira vez no livro “Manual do Juiz de 
Instrução” de Hans Gross, lançado em fins do século passado, no sentido de reunir os 
conhecimentos técnico - científicos que todos os juizes policiais e outros agentes do 
mundo jurídico deveriam conhecer, para facilitar as suas ações em prol da justiça 
criminal, em toda sua complexidade, compreende o estudo concreto dos vestígios 
materiais do crime, objeto da Técnica Policial - como também, o exame dos indícios 
abstratos, psicológico do criminoso. 
 
Magiora, em sue Direito Penal, faz referência ao termo Polícia Cientifica, e Reroud ao 
termo Polícia Técnica, com o mesmo sentido de Criminalística. Edmond Locard, um 
dos pioneiros da criminalística na França no seu “Traité de Criminalistique” considera a 
Polícia Científica apenas como um aspecto da criminalística. 
 
Apaixonado pelos problemas dos criminosos habituais e dos indícios deixados pelos 
delinqüentes nos locais de crime, Locard passou a estudar inúmeras obras de 
criminologia e fez contatos com peritos renomados na época. Viajou por diversos países 
europeus, à busca de novas técnicas de investigação criminal, as quais, desde logo, 
divulgou através de conferências e publicações. 
 
Tornou-se discípulo de Rudolph Archibald Reiss, mestre famoso e criador do Instituto 
de Polícia Científica da Universidade de Luusanne, Foi aluno de Alphonse Bertillon, 
3 
 
insigne criador da chamada “Fotografia Sinalética” e do “Sistema Antropométrico de 
Identificação”, conhecido como “Bertillonage”e que se irradiou para o mundo, a partir 
do Serviço da Identidade Judiciária da Prefeitura de Polícia de Paris. 
 
Com o objetivo de por em prática tudo o que aprendera, Locard procurou o Chefe de 
Polícia Regional de Lyon, Henry Cacaud, solicitando a sua ajuda, para que pudesse 
organizar um serviço que contasse com uma equipe permanente de cientistas e técnicos, 
que empregassem todos os recursos de sua sabedoria em busca de meios para detectar o 
crime. 
 
Cacaud convenceu-se dos seus argumentos e deu-lhe uma oportunidade, cedendo-lhe 
duas pequenas peças de sótão, sob as beiras do telhado do Palácio da Justiça. 
Foi assim que a 10 de janeiro de 1910, realizava-se o sonho de Locard, com a criação do 
“Laboratório Científico da Polícia” de Lyon, o primeiro do gênero em todo o mundo. 
 
Os estudos realizados por Locard sobre as impressões digitais, levaram-no a demonstrar 
em 1912, que os poros sudoríparos que se abre nas cristas papilares dos desenhos 
digitais, obedecem também aos postulados da “imutabilidade” e da “variabilidade”, 
criou assim a técnica microscópica de identificação papilar a que deu o nome de 
‘Poroscopia”. 
 
No domínio da documentoscopia, Locard criou o chamado “Método Grafométrico” 
baseado na avaliação e comparação dos valores mensuráveis da escrita. Apresentou 
notáveis contribuições no tocante à falsificação dos documentos escritos e topográficos, 
ao grafismo da mão esquerda e à anonimografia. Interessou-se, além do mais, pela 
identificação dos recidivistas. 
 
As instituições de Polícia dos outros povos, trazem um ramo de Polícia Científica, 
também chamada de Criminalística ou de Polícia Técnica. Esse ramo se identifica com 
os valores abrangidos pela Instituição de Polícia, porque nesse ramo o perito testemunha 
técnica é livre para agir conforme sua consciência individual. 
 
A instituição de Polícia no Brasil tentou acompanhar a mesma formulação dos outros 
povos, porém, em decorrência da cultura jurídica brasileira, produziram-se algumas 
originalidades tanto na própria Instituição de Polícia, quanto na Instituição de 
4 
 
Criminalística. Esta também conhecida como Polícia Científica ou Polícia Técnica, 
como em outros países, adquiriu plena força de instituição social independente e 
soberana, assegurada pelo Direito. 
 
A estrutura básica de um Departamento de Polícia Técnica compreende o Instituto de 
Criminalística, Instituto Médico Legal, Instituto de Identificação e o Laboratório. Cada 
um destes Institutos é encarregado de investigação de crimes do ponto de vista técnico - 
científico. 
 
A evolução tecnológica ocorrida recentemente concomitante com a denominada era da 
informática, fez crescer o número de delitos e a sofisticação dos criminosos, 
diversificando os tipos de crimes. 
 
Neste processo evolutivo, cabe ao Estado a responsabilidade da prevenção dos delitos 
punindo os criminosos, competindo à polícia prender e a justiça julgar. 
Modernamente, surgiu uma vertente na Polícia, denominada de Polícia Técnica ou 
Científica cujo objetivo é produzir a prova técnica, que após exame e análise de casos 
elabora Laudos Periciais pelos quais auxiliam a Polícia e a Justiça. 
 
Com a crescente criminalidade e a sofisticação dos delitos, os criminosos passaram a 
atuar também no interior do Estado optando por cidades de grande porte, por esta razão 
o Departamento de Polícia Técnica vem passando por um processo de Evolução e 
Modernização Administrativa e num esforço planejado está utilizando a estratégia para 
enfrentar desafios no auxilio à Polícia e a Justiça. 
 
Além da função técnica, a Polícia Técnica esta voltada também para funções sociais 
através da prestação dos serviços de identificação civil e criminal, produto do labor 
pericial, assegurando ao cidadão direitos constitucionais de caráter educativo e 
assistencial, visando assegurar com mais rapidez e segurança a justiça prolatar sentenças 
justas, evitando colocar inocentes na cadeia e criminosos nas ruas, viabilizando o 
conceito de Justiça Social, principalmente para classes menos assistidas. 
Tatuagem, marca a fogo, mutilações foram alguns dos métodos usados para identificar 
criminosos. 
O processo de identificação por meio de impressão digital foi feito inicialmente pelo 
britânico William Herschel e pelo escocês Henry Faulds, sendo a primeira experiência 
5 
 
cientifica iniciada por Sir Francis Galton e em seguida por Edward Henry na Inglaterra 
e por Juan Vucetich na Argentina, criador do sistema de identificação datiloscópica, que 
leva o seu nome. 
 
Na Bahia, o serviço de identificação criminal iniciou com a criação do Gabinete de 
Identificação, anexo a Repartição Central de Polícia em 1910, desde sua criação até os 
dias atuais vem passando por uma série de modificações, procurando se atualizar dentro 
das necessidades das novas técnicas do mundo contemporâneo. 
 
A identificação procura demonstrar a importância e relevância, no aspecto da Polícia 
Técnica na elucidação de crimes que em outras épocas eram considerados de difícil 
solução, graças a introdução da elaboração do retrato falado como um dos meios eficaz 
de identificação. 
 
A Bahia vem nestes últimos anos atravessando um considerável desenvolvimento, 
através da modernização e da inserção de tecnologia em todos os setores da economia, 
principalmente com o surgimento de pólos industriais tem atraído grande número de 
pessoas para as regiões onde estes pólos são implantadosgerando um processo 
acelerado de concentração urbana, assim é que a Secretaria da Segurança Pública numa 
ação administrativa é orientada por uma política social no sentido de atender as 
aspirações sociais de orientação e assistencial. 
 
Criminalística 
 
•Local de Crime 
•Metodologia da Investigação Criminal 
•Vestígios 
•Manchas 
•Sangue 
•Impressões 
•Indícios 
•Perícia 
•Laudo Pericial 
 
6 
 
Local de Crime 
 
•Levantamento 
•Isolamento 
•Classificação 
•Subdivisão 
•Elementos comuns a todos tipos de crime 
•Aspectos a serem observados 
•Espécie 
•Exames 
 
Criminalística: 
 
♦Conceito: conjunto de conhecimentos que estuda o crime e as circunstâncias por ele 
produzido, tendo por finalidade produzir a prova material. 
♦Prova Material: conjunto de elementos necessários a elucidação do delito, sem deixar 
dúvidas da maneira de como ocorreu. 
•Prova Pericial: É a prova material após analisada. 
 
Inter relação entre a Criminalística e outras ciências: 
 
•A Criminalística é um sistema multidisciplinar, mantém inter relação com diversas 
ciências tais como a física, química, biologia, medicina, odontologia, matemática, 
antropologia e outras, como subsídio na elucidação dos delitos. 
 
 
Metodologia da Investigação Criminal 
•O objetivo da investigação é a descoberta dos crimes e dos seus agentes; 
•Quando a autoridade policial toma conhecimento de um fato delituoso, é dever dessa 
autoridade verificar se esse fato integra alguma infração penal, para de imediato 
instaurar o competente inquérito; 
7 
 
•Quando o fato denunciado não constituir infração penal, a investigação não pode e nem 
deve prosseguir. 
•Constatado que o fato é delituoso, a investigação prossegue até o esgotamento legal; 
•A investigação deve procurar e esgotar todas as circunstâncias inerentes ao fato 
delituoso, objeto do crime; 
•É sabido que cada crime tem uma investigação adequada, ao proceder ao recolhimento 
dos vestígios e indícios da atividade criminosa, deve ser feito com o caráter particular 
de cada crime, os delitos impõe normas especifica de investigação. 
•O crime é um ato humano de natureza voluntária 
•O objeto do crime é a pessoa ou coisa sobre a qual incide a ação criminosa. 
•Através do objeto do crime é que dá origem as perícias, que tem como objetivo 
determinar os efeitos que a atividade criminosa produziu. 
•A ação criminosa do agente é produzida em certa data e em determinado lugar, que 
dependem de uma série de circunstâncias decisivas para averiguação total e poder levar 
a elucidação. 
•O exame do local do crime revela vestígios deixados pela própria identidade do 
criminoso, além de fornecer outras informações úteis a sua elucidação; 
•O efeito do crime, também chamado de resultado, é determinado pericialmente; 
Metodologia da Investigação Criminal 
•Pelos exames dos instrumentos do crime e dos vestígios pode-se determinar a 
identidade do criminoso; 
•O “modus operandi”, ou seja, a maneira e a espécie como foi praticado o delito, são 
pormenores que não devem ser esquecidos para determinar o perfil do criminoso. 
 
Elementos comuns a todos os tipos de crime 
 
•O agente ativo 
•A vontade do agente ativo 
•O agente passivo ou vitimas 
•O objeto da incidência do crime 
•O tempo do crime 
•O lugar do crime 
8 
 
•O resultado do crime 
•O instrumento do crime 
•O motivo determinante do crime 
•O fim do crime 
 
•Agentes ativos: autores e có-autores 
•Conforme nossa legislação penal, só o homem, pessoa física, pode ser criminoso; 
•A responsabilidade criminal recai única e exclusivamente sobre o agente do crime. 
Elementos comuns a todos os tipos de crime 
•Vontade 
•Concepção 
•Deliberação 
•Decisão 
•Execução 
•Consumação 
 
Vontade: ato voluntário do agente do crime praticar o delito; 
Concepção: quando o criminoso tem uma idéia que julga possível realizar; 
Deliberaração: consiste em submeter os motivos a uma valorização por pesagem de 
vantagens; 
Elementos comuns a todos os tipos de crime 
Decisão: acaba o conflito de tendências psíquicas, aí o individuo toma a decisão de 
delinqüir; 
Execução: quando a vontade salta do foro intimo para o exterior, inicia-se a execução 
do crime, que só termina com a consumação; 
Consumação: o motivo e o fim consubstanciam o resultado desejado pelo delinqüente. 
 
•Objeto do Crime: 
 
É a pessoa ou coisa sobre a qual incide a ação criminosa; 
•Através do objeto do crime é que surgem as PERÍCIAS, cuja função é determinar 
todos os efeitos que a ação criminosa produziu. 
9 
 
 
Base Legal da Prova Material: 
 
A prova material, portanto, assume real importância, como se observa nos artigos que 
prescrevem a sua aplicação no direito subjetivo (Código de Processo Penal, art. 386): 
O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
I – estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal [...] 
 
Prova 
 
É a busca da verdade, ou o meio utilizado para a percepção de uma verdade, ou seja, 
tudo que pode conduzir a uma certeza 
Prova Material: É todo vestígio que ofereça a oportunidade de constatação, sujeitos ou 
não a realização de exames periciais, dependendo de análises especificas. 
Prova Pericial: Pode ser entendida como os elementos materiais diretamente 
relacionados à ação delituosa e que, após processados pericialmente, obtenha a certeza 
científica, ou não, da sua relação com o crime ou com seu autor. 
Prova Documental: É consubstanciada em um papel escrito ou registro por meio 
eletrônico, demonstrado um fato, onde a sua produção pode estar ou não vinculada à 
ação criminosa, ou ter algum tipo de relação, servindo para demonstrar fato alegado na 
investigação. 
A prova para ser legítima e valorizada depende dos vestígios, e da maneira como são 
coletados no local do delito, levando-se em conta os cuidados necessários, do 
acondicionamento adequado e do transporte para o órgão responsável pelo exame (IC, 
Laboratório). 
 
A Prova Pericial é dependente da qualidade das amostras, e dos cuidados a ela inerente. 
Esta qualidade depende dos processos de: 
–Coleta; 
–Acondicionamento; 
–Identificação; 
–Armazenagem; 
10 
 
–Encaminhamento (transporte); 
–Entrega - Exame/Laboratório 
 
Classificação Prova: 
 
Diretas- São aquelas que mostram de maneira precisa, o que se procura esclarecer, 
permite conclusões, com o objetivo de constatar a existência do crime. (objetivas, 
materiais, periciais) 
Indiretas ou subjetivas - São chamadas indiciarias ou circunstanciais, as que dão a 
entender algum coisa relacionada com um crime, também denominada informativa. 
Complementares ou mistas: Possuem parcela de subjetividade: reprodução simulada, 
retrato falado, investigação da vida pregressa do acusado. 
 
•Base Legal CPP (Código de Processo Penal): 
 
Art.6-Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação 
das coisas, até a chegada dos peritos. 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos. 
Prova 
Art.158 - quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame do corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Art.169 - para efeito do exame do local onde houver sido praticada a infração, a 
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a 
chegada dos peritos, que poderão instruir os seus laudos com fotografias,desenhos ou 
esquemas. 
Parágrafo único: os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e 
discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos. 
Art.175-serão sujeitos a exames os instrumentos empregados para a prática da infração, 
a fim de verificar a natureza e eficiência. 
Art.182-o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeita-lo, no todo ou 
em parte. 
Elementos encontrados em Locais de Crime - Princípio da Troca de Locard: 
Intercomunicabilidade. 
11 
 
Função da Perícia 
 
Exame do Local 
•Levantamento dos vestígios e indícios; 
•Deteminação do(s) instrumento(s) do crime; 
•Determinação da maneira como o crime foi perpetrado; 
•Elaboração do Laudo Pericial. 
•Em última análise a Produção da Prova 
 
Exame do Local- Peritos 
 
a) Levantamento fotográfico; 
b) Elaboração do Croquis; 
c) Busca de imprssões; 
d) Coleta de material para estabelecer a sequência dos vestígios, indícios, para a 
formação da “prova”. 
 
 
Local de Crime 
 
Conceito; 
Classificação; 
Isolamento; 
Preservação; 
Levantamento; 
Exame. 
 
No local de crime Fica a biografia, perfil e a identidade do criminoso; 
Cabe a polícia procurar e identificar o agente do crime; 
Não existe crime perfeito, existe crime mal investigado. 
 
 
 
12 
 
Local de Crime 
 
Local é o lugar onde ocorreu um crime ou uma infração penal.(Gilberto da Silva Porto); 
É toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e que, 
portanto exige as providências da Polícia(Carlos Kendy); 
Os ingleses e americanos chamam de “the scene of crime” os franceses “le scêne du 
crime”, os espanhóis, argentinos e demais países que falam espanhol “el sitio del 
sucesso”, os jornais costuma chamar “teatro do crime”. 
Local de Crime 
Portanto, entende-se como local de crime a área onde se deu uma infração penal, que 
tenha deixado vestígios que, tecnicamente, conduzem à elucidação do delito; 
O levantamento do local do crime é a base para as investigações. Le Moyne Snyder 
acha que se uma investigação sobre homicídio termina em fracasso, a causa é o exame 
inadequado do local; 
Outros especialistas opinam ser os primeiros minutos de atividade em um local, 
decisivo, para determinação, com segurança do êxito ou fracasso da investigação. 
O local de crime, teoricamente, é o espaço físico onde ocorreu a ação delituosa, e onde 
são encontrados os vestígios e ou micro vestígios, que indicam o caminho a seguir na 
busca pela autoria do ilícito penal, ou a forma de agir do criminoso, que transformados 
em corpo de delito após a análise e identificação técnico-científica dos seus 
componentes vão perpetuar a prova material. Como conceitua (Rabelo) 
 
Isolamento de Local de Crime: 
Isolamento: Significa o ato de isolar, separar. Na Criminalística, isolamento de local é o 
ato pelo qual se processa a separação, entre a área da infração penal e as pessoas não 
credenciadas a procederem os exames; 
Os peritos e as autoridades encarregadas da investigação precisam do local como foi 
deixado após a prática do delito; 
Geralmente esse isolamento é feito primeiro pelo policial que tomou conhecimento do 
fato, evitando-se tocar em nada sob qualquer pretexto, para o local não ser alterado ou 
violado. 
Isolado o “Local”, os policiais providenciarão para que nada seja alterado. 
Protegendo para que os vestígios não sejam destruídos, removidos, alterados, tocados, 
senão pelos peritos. 
13 
 
A polícia militar; polícia judiciária; polícia rodoviária; polícia ferroviária e prepostos de 
engenharia de trânsito, órgãos responsáveis pela custódia do local, em obediência ao 
diploma legal deverá proceder ao isolamento do mesmo, com cuidado, evitando sua 
violação, para que as evidências não se percam e o andamento dos exames não fique 
prejudicado. 
 
Classificação do Local de Crime 
 
•Existem duas espécies de “Locais” 
 
1° Refere-se a natureza dos crimes cometidos; 
2° Refere-se aos lugares onde foram cometidos. 
No primeiro caso, temos os homicídios, latrocínios, roubos, furtos, acidentes de trânsito, 
etc. 
No segundo caso, sejam locais Internos ou Externos, se forem praticados dentro de 
recinto fechado ou em área livre (aberta). 
 
 
Subdivisão de local de crime 
 
 I - Imediato 
II - Mediato 
 
Imediato: compreende a área do fato, ou seja, onde aconteceu o crime; 
Mediato: compreende a área adjacente. 
 
Exame de Local 
 
É a fase que precede o levantamento; 
Pode ser encontrado protegido ou não, deve ser cuidadosamente e minuciosamente 
examinado, pois os vestígios e indícios aparentemente inúteis poderão constituir-se em 
fator de sucesso determinante para elucidação do crime. 
Exame de Local 
14 
 
Local é área onde se deu a infração penal, que tenha deixado vestígios, tecnicamente, 
conduzem a descoberta do autor; 
Le Moyne Snyder acha que, “se uma investigação sobre homicídio terminar em 
fracasso, a causa é o exame inadequado do local”; 
Outros opinam serem os primeiros minutos de investigação em um local, decisivo para 
a determinação, com segurança, de êxito ou fracasso da investigação. 
 
Aspectos a serem observados no local 
 
Não violado e devidamente protegido; 
Violado, alterado ou modificado, depois da ação criminosa; 
Outro, que além da área propriamente dita, se completa com outros com os quais 
tenham conexão. 
 
No primeiro caso são chamados de idôneos; 
No segundo caso inidôneos; 
No terceiro caso relacionados. 
 
Levantamento de Local 
 
Em criminalística levantamento é a reprodução desse local, por meio de descrição, do 
croquis e de fotografias, filmagens, etc. 
Segundo “Gilberto Porto”, é estudar detidamente o lugar do evento criminoso; 
Portanto, levantamento de local de crime ou de infração penal é o ato pelo qual esse 
local é reproduzido, através da descrição, dos croquis, da fotografia, datiloscopia, 
modelagem, vestígios e indícios ou outros meios técnicos, no sentido de documentar 
com detalhes a situação fiel. 
 
Levantamento de Local 
 
Antes do levantamento propriamente dito, devem os peritos procurar, detalhes pare que 
a descrição seja exata e objetiva, levando ao êxito da investigação criminal e elucidação 
do delito 
O procedimento investigatório policial começa na percepção do local de crime. 
15 
 
A busca pela prova material, para efetivamente provocar a ação da justiça, parte do 
encontro com os vestígios encontrados no local, motivo da investigação criminal. 
 
Vestígios 
 
Quase tudo que se possa imaginar, pode constituir um vestígio, quer seja encontrado no 
local do crime, na vítima ou no criminoso. 
Impressão digital, marcas, rastros, manchas, objetos, ferramenta, arma, projétil, pólvora, 
resíduos, líquidos, graxas, tintas, sangue, etc, são considerados vestígios. 
Na ficção literária, os vestígios são denominados de “Pistas”. 
Vestígios 
Quando ocorre um delito, o criminoso leva consigo, em alguma parte, nas vestes, 
sapatos ou no próprio corpo, algo do local onde esteve ou da sua vítima, ao tempo em 
que deixa neste mesmo lugar, qualquer coisa sua, sem que perceba tal ocorrência, ou 
entenda o seu significado e o valor que o mesmo possa vir a ter na investigação 
criminal; 
Qualquer coisa que possa ser deixada ou produzida por um criminoso, no local de crime 
ou levar consigo, é considerado vestígio. Portanto, em Criminalística, vestígios são 
elementos materiais encontrados no local de crime, no criminoso ou na vítima. 
Um vestígio pode ser de grande valor na elucidação de um crime, por isso o mais 
insignificante pormenor não deve serdispensado, dele pode vir a comprovação de um 
ato delituoso. 
Todo vestígio deve ser observado e coletado tecnicamente para exame laboratorial 
futuro, se necessário. 
A coleta de material encontrado em local de crime, no criminoso ou na vítima, deve ser 
feita com precauções, pode levar a elucidação do delito. 
A preservação dos vestígios no local de crime tem que ser orientada de forma a ser 
assegurada pelo seu valor probatório, para que não sofram alterações de qualquer forma, 
dificultando ou até mesmo inviabilizando o trabalho dos peritos 
Todo material encontrado no local deve ser considerado como suspeito e, portanto, 
coletado, poderá servir como indício e somente o exame pericial determinará sua 
utilidade. 
Para se conseguir um bom resultado na investigação criminal, depende da atuação do 
policial que primeiro chega ao local do crime e da maneira como são preservados os 
vestígios existentes 
16 
 
O atraso de um minuto na percepção do vestígio encontrado no local de crime é 
Partindo dessa premissa todos os esforços no sentido de agilizar a coleta e análise dos 
vestígios que vão compor o corpo de delito é fundamental para a elucidação do ato 
criminoso e identificar seus autores. 
 
Microvestígios 
 
Os microvestígios, a exemplo de fios de cabelo, fragmentos de tecidos ou substâncias 
orgânicas, são materiais de grande importância para os exames periciais e, muitas vezes, 
passam despercebidos pelas pessoas responsáveis pela preservação do local, como bem 
explica Vilanova (2002), no seguinte texto: 
 “Os microvestígios são vestígios materiais sólidos, de dimensões diminutas, por vezes 
implicando observação sob ampliação com lupa aplanática de dez aumentos; 
De certa forma, constituem o lixo ou sujeira, soltos, encontrados em locais ou 
transportados por indivíduos em suas vestes e mesmo no próprio corpo. 
ao afirmar que “Quando um individuo penetra em qualquer ambiente, o contamina com 
material que transporta em seu corpo e vestes: e por sua vez ele é contaminado pelo 
existente no mesmo ambiente”; 
O conceito exposto vem justificar a preocupação dos técnicos na coleta dos 
microvestígios e resume a relevância destes para o processo de investigação, porquanto, 
persistem de fato, naturalmente, por passarem despercebidos aos olhos menos avisados. 
A coleta destes vestígios, de certa forma simples, pode ser efetuada por um aspirador de 
pó, tipo comum, dotado com dispositivo que os recebem em folha de papel filtro, sendo 
posteriormente selecionado e catalogado; 
Não obstante, sua seleção tediosa é de grande importância para a Criminalística, de 
acordo com o estabelecido por Locard (1949) ao anunciar a teoria dos “contatos 
recíprocos”, corroborada por Vilanova (2002), 
 
Procedimentos no local 
 
Descrever detalhadamente o local, com ilustração esquemática, objetivando caracterizar 
o endereço do fato; 
A área imediata e mediata; 
As formas de acesso ao local; 
17 
 
As condições atmosféricas; 
Topografia, iluminação; 
Orientação geográfica com pontos de referência; 
Condições de visibilidade e sentido do vento; 
Ponto de referência para a descrição dos vestígios encontrados, etc. 
Amarramento do local. 
 
Dos Vestígios Materiais 
 
Descrever detalhadamente todos os vestígios encontrados no local da ocorrência, 
localização, característica e posicionamento em relação ao ponto de referência do objeto 
ou da coisa periciada; 
Fazer a coleta dos vestígios, projétis, substâncias, armas e outros materiais que 
necessitem de exame especifico 
 
Do exame do cadáver 
 
Fazer a identificação documental se houver; 
Descrever todas as características físicas do cadáver e posicionamento em relação ao 
ponto de referência; 
Fazer exame externo do cadáver descrevendo ferimentos(características e dimensões); 
sinais de violência, sinais de luta, etc; 
Descrever as vestimentas e tudo mais que julgar necessário; 
Fazer a coleta de vestígios e instrumentos do crime. 
Das vestes 
Descrever minuciosamente as características físicas de cada peça encontrada; 
A disposição geral quanto a sua forma de acomodação da vítima, observando se estão 
abertas, alinhadas ou fora de alinhamento normal quanto ao uso correto; 
Objetos encontrados no interior dos bolsos e tudo mais que for encontrado; 
Encaminhar todas as peças das vestes do cadáver para o Laboratório para exames. 
 
 
 
18 
 
Das coletas 
 
Descrever todas as coletas, substâncias, projétis, pegadas, manchas, impressões e outros 
vestígios que necessitem de exame especifico. 
 
Categoria dos Vestígios 
Impressões 
Manchas 
Marcas 
Instrumentos do crime contra a pessoa 
Outros vestígios 
 
Breve histórico do sistema datiloscópico 
 
Os desenhos das linhas papilares contidas na extremidade dos dedos, na palma das mãos 
e na planta e dedos dos pés começaram a ser estudados em 1664, contudo no final do 
século XIX estes estudos foram elevados à categoria de ciência, denominada de 
papiloscopia. 
Categoria dos Vestígios 
A metodologia aplicada à identificação datiloscópica foi estabelecida por dois 
estudiosos, em 1981, Henry Varigny, na França e Juan Vucetich, na Argentina, que tem 
como base às características únicas dos desenhos papilares, por meio dos quais duas 
pessoas não se confundem. De acordo com as pesquisas dos especialistas, “para se 
encontrar uma outra impressão digital com 13 pontos característicos coincidentes seria 
necessário procurar em mais de 12 quintilhões de pessoas”. Anup (2003). 
A partir de estudos, tão apurados tornou-se o sistema datiloscópico a forma mais segura 
e eficiente de proceder à identificação humana, e conseqüentemente, adotado em 
instituições responsáveis pela identificação civil e criminal de vários países. A 
identificação datiloscópica chegou ao Brasil em 1903 por iniciativa do jornalista e 
diretor do Gabinete de identificação do Distrito Federal - Rio de Janeiro, Felix Pacheco. 
A datiloscopia é o processo, mais aplicado pelos peritos papiloscopistas na pesquisa de 
impressões digitais destinada a descobrir a identidade de criminosos ou até de 
cadáveres, denominado de exame necropapiloscópico; 
19 
 
A segurança neste tipo de pesquisa está na certeza da imutabilidade dos desenhos 
contidos na palma das mãos e nas extremidades dos dedos. A formação das cristas 
papilares vem do quarto mês de vida intra-uterina e só desaparecem com a putrefação 
do corpo. 
 
Impressão 
 
Papilares: são deixadas pelas extremidades digitais, palma das mãos e planta dos pés; 
Impressão digitais: é reprodução de desenhos digitais, formado por conjunto de cristais 
e sulcos que se encontram na polpa digital; 
Impressões Palmares: são deixadas pelas palmas da mãos; 
 
Categoria dos Vestígios 
 
Impressões plantares: são deixadas pelas plantas dos pés (descalços), reproduzindo os 
desenhos papilares; 
Impressões das mãos: deixadas pelas mãos sem reproduzir as cristas papilares. Neste 
caso interessam o contorno da mão e dos dedos. 
Latentes: São submetidas a um processo de revelação por meio de processos químicos 
(pós reveladores). 
 
Pegadas: 
 
São impressões feitas por pés calçados ou descalços: 
 
a) Dinâmica: quando produzidas pelo pés em movimento; 
b) Estática: quando produzidas pelos pés em repouso, isto é quando a pessoa está 
parada em um lugar; 
c) Estampadas: produzidas sobre algum fundo moldável como terra, areia, argila, 
neve, etc. 
 
 
 
 
20 
 
Categoria dos Vestígios 
 
Impressões de luvas – A superfície de uma luva mostra um desenho, o qual, com 
freqüência tem um aspecto característico. 
Em casos raros, é possível encontrar fragmentosde impressões digitais dentro da 
impressão da luva, isto pode ocorrer quando as luvas têm furos tão grandes que alguma 
parte de um dedo fica descoberto e deixa uma impressão ao mesmo tempo que a da 
luva, por isso é aconselhável o seu exame e conservação. 
Categoria dos Vestígios 
Impressões Dentárias – São produzidas pelos dentes, comumente no corpo humano e 
em certos alimentos; 
No corpo humano – verifica-se geralmente no corpo da vítima, particularmente nos 
casos de crime de natureza sexual, e em certas circunstâncias em caso de luta; 
Nos alimentos – são aproveitadas por meio de moldagem 
 
Manchas 
 
São resíduos ou sinais que se apresentam sob a forma de crosta, aderida a determinada 
superfície; 
 
a) ORGÂNICAS: são produzidas pelos líquidos orgânicos, agregados ou 
produzidas pelo corpo humano; 
Ex: Sangue, esperma, líquido amniótico, colostro, suor, muco nasal, secreções uretrais, 
secreções vaginais, leite, vômitos etc. 
Manchas de esperma – são encontradas geralmente nos casos de crimes de natureza 
sexual, são recolhidas nas vestes, roupa de cama, vagina e no reto; 
Colostro – é uma substância das glândulas mamária, durante o período de gestação, é 
indicio de gravidez ou parto recente, pode ser coletado nas roupas intimas da mulher, 
apresentam-se sob forma de pequenas gotas amareladas 
Fezes – são encontradas nos locais de crime, mais freqüente nos locais de furto 
qualificado; 
Leite – as manchas de leite humano apresentam-se brancas, amareladas, encorpadas, 
possuindo um odor característico, indica o estado de gestação ou de amamentação, são 
submetidas a exame microscópico, para verificar se trata de leite humano ou animal; 
21 
 
Liquido amniótico – É segregado pela membrana em forma de saco que envolve o feto, 
mais freqüente nos locais de aborto; 
Mecônio – É uma substância pastosa, de cor amarelada-escura ou verde escuro que se 
encontra no intestino do recém nascido e é expelido nos primeiros dias, é indicativo de 
infanticídio ou aborto provocado; 
Muco Nasal – Manchas de cor cinza, algumas vezes amareladas, verdosas ou escuras 
produzidas pelo nariz . 
 
b) INORGÂNICAS: produzidas por qualquer substância não oriunda nem 
agregada do corpo humano. 
 
Exemplo: Ferrugem, cera, tinta, lama, pólvora, substâncias gordurosas, graxas, 
corantes... etc; 
Ferrugem - essas manchas determinam o tempo aproximado em que a peça metálica 
esteve em contato com agentes oxidantes; 
Lama - podem indicar os lugares onde o individuo transitou; 
 
Pólvora- Podem ser encontradas e recolhidas pelos seguintes processos: 
 
a) no corpo da vítima, do autor ou terceiros – pela lavagem com água destilada; 
b) Nas vestes – pelo mesmo processo; 
c) Nas armas – pela lavagem do interior do cano ou das câmaras do tambor; 
d) Nos estojos – pela lavagem das peças. 
 
Manchas de Sangue 
 
Geralmente encontradas nos locais de crime contra a pessoa, podem ser localizadas 
sobre o corpo da vítima, do autor, no solo, paredes, móveis, armas, etc. 
Diagnóstico das Manchas de Sangue nos Locais de Crime 
 
a) Se a mancha é realmente de sangue; 
b) Se o sangue é humano; 
c) Qual a região do corpo que poderá ter produzida; 
d) Qual o grupo sangüíneo; 
e) Qual o aspecto ou forma da mancha; 
22 
 
f) Quantidade de sangue extravasado; 
g) Formação do soro; 
h) Recentidade da mancha; 
i) Cor da mancha; 
J) Consistência da mancha; 
 
Formas das Manchas de Sangue 
 
É variável e atenderá ao extravasamento, às condições do terreno, à maneira porque o 
sangue caiu (ângulo da queda), as condições que foram produzidas, a direção traçada 
pelo ferido. 
Manchas por projeção: salpicaduras; 
Manchas por escorrimento: as que formam poças, charcos, regos, etc. 
Manchas por impregnação: embebimento em toalhas, lenços, panos em geral; 
Manchas por limpeza: as que apontam lavagem ou enxugamento de objeto; 
Rastro sangüíneo: são manchas que indicam a passagem de alguém sangrando ou o 
vazamento de sangue durante uma caminhada; 
Manchas de sangue amassado: são produzidas pela compressão de qualquer superfície 
sobre a mancha de sangue antes do seu ressecamento completo. 
 
Procedência do sangue: 
 
Os exames laboratoriais podem determinar a origem do sangue: 
De uma violação: contém partículas de esperma e pelos pubianos; 
Do nariz: contém partículas dos pulmões; 
Menstrual: contém células da mucosa vaginal e bactérias diversas; 
De feridas ou úlceras: contém partículas da epiderme e pelos locais. 
 
Características do sangue 
 
As características do sangue são constantes, perenes e imutáveis, condições que se 
verificam até mesmo após transfusões. 
A cor do sangue pode variar devido às circunstâncias especiais: 
a) suporte 
23 
 
b) tempo de exposição 
c) órgão que proceda 
 
A consistência do sangue é variável. 
 
O sangue muda de aspecto, quanto: 
 
A cor, a coagulação, em virtude da decomposição química dos seus componentes; 
O sangue vazado se infiltra nos mais estranhos lugares, por isso sua busca deve ser bem 
cuidadosa. 
 
Indício 
 
Na linguagem comum, o vestígio pode ser sinônimo de indício. 
A circunstância conhecida e provada que tem relação com o fato delituoso, ou seja, é o 
vestígio examinado, tratado e provado que tem relação com o crime ou com o 
criminoso, relacionado diretamente com a ação delituosa, constituindo-se a prova 
técnica. 
 
Base Legal da Prova Material 
 
A prova material, portanto, assume real importância, como se observa nos artigos que 
prescrevem a sua aplicação no direito subjetivo (Código de Processo Penal, art. 386): 
O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
I – estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal [...] 
 
Reprodução simulada 
 
A finalidade da reprodução simulada, é a reconstituição da dinâmica de um crime, 
quando existem controvérsias de depoimentos e de como ocorreu, a fim de dirimir 
24 
 
dúvidas existentes, com o objetivo de esclarecer detalhes do cometimento do crime e 
chegar à verdade dos fatos, 
 
Perícia 
 
É a aplicação de conhecimento técnico cientifico na elaboração de pareceres e laudos 
periciais, após exames detalhados elaborados pelo perito, com o fito de auxiliar a polícia 
e a justiça, na investigação criminal para a elucidação dos delitos. 
 
Laudo Pericial 
 
É o documento apresentado pelo perito, onde ele expõe de forma circunstanciada, as 
suas conclusões a cerca do fato examinado, ou seja, o perito descreve o que vê. 
 
Fases do Laudo Pericial 
 
1- Preâmbulo; 
2- Exposição; 
3- Descrição; 
4- Discussão; 
5- Conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Referências Bibliográficas: 
 
Cunha, Benedito Paula de, Doutrina da Criminalística Brasileira, São Paulo: Ateniense, 
1987. 
Rocha, Alberto Santana, e Santos, Maria das Graça Modesto, A Tecnologia da 
Informação como Instrumento de Otimização da Prova Pericial, Monografia-Uneb/PM-
2003. 
Santos dos, Paulo Vilaries. Criminalística e Tecnologia. Caso Novacap, Revista Perícia 
Federal, Brasília DF, Ano II, n.6, p.32-35, Junho 2000. 
Valverde Siqueira, Danielle Novaes. A Utilização da Tecnologia Data Warehouse no 
Processo de Controle da Violência Criminal. 
Maia, Raul. et al, Manual Dinâmico do Estudante – São Paulo: Difusão Cultural do 
Livro, ISBN 85 – 7338. Edipar Edições e Participações LTDA, Brasil, p 1999. 
Porto, Gilberto. Manual de criminalística. 2. ed. SãoPaulo, Editora. 
 Sugestões Literárias, 1969. (Coleção de Policia e Criminologia)

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