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Organização do Estado Federativo brasileiro - Direito Constitucional

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OBCURSOS PODIVM 
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André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 
1 
 
AULAS ESQUEMATIZADAS 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
É matéria constitucional no que concerne à divisão política do território nacional. Estrutu-
ração dos poderes. Forma de Governo. Modo de Investidura dos Governantes. Direitos e Ga-
rantias dos Governados. 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ART. 18 
Federação é uma aliança de Estados para a formação de um Estado único, em que as 
unidades federadas preservam parte da sua autonomia política, enquanto a soberania é trans-
ferida para o Estado Federal; dentro da atual organização do Estado brasileiro, existem as se-
guintes entidades federativas: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO FEDERAL: 
UNIÃO: 
Legislativo: Congresso Nacional; Art. 44; Sistema Bicameral; 
Câmara dos Deputados: Representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional. 
Art. 45; 
Sistema proporcional: Assegura em cada circunscrição eleitoral, aos diferentes 
partidos, contando certo número de membros, um número de representantes, variando 
segundo a importância numérica de cada um. No Brasil vale o “voto de legenda”; 
Senado Federal: Representantes dos Estados, eleitos pelo sistema majoritário. Art. 46; 
São mais experientes e contrabalanceiam os interesses da Câmara, evitando a despro-
porção numérica em favor dos Estados mais populosos, com isso, evitam prejuízo à Fe-
deração; 
Sistema majoritário: Os candidatos são individuais e são considerados eleitos os 
mais votados; 
VANTAGENS DO SISTEMA BICAMERAL: 
a. Facilita um estudo mais detido e mais sereno dos projetos de lei, e se evitam inconvenien-
tes de uma legislação precipitada e de surpresa; 
b. Estabelece um sistema de freio e contrapesos dentro do próprio Legislativo, evitando que 
uma das Câmaras descambe para a tirania; 
c. As duas deliberações sobre um projeto asseguram melhor a correção dos erros que tenham 
passados despercebidos em um primeiro estudo; 
d. Estabelecem em corpos separados as tendências progressistas e conservadoras, ambas 
necessárias ao bem público; 
e. Permite distribuir as atribuições dos corpos legislativos, facultando a uma câmara acusar e 
à outra julgar a acusação, ou então reservando a uma das câmaras o caráter político, nos 
governos parlamentares, para os efeitos da confiança que deve ter o Gabinete. 
Executivo: Presidente da República – Auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 76; 
Judiciário: STF, Conselho Nacional de Justiça, Tribunais Superiores, Tribunais e Juízes 
Federais, Tribunais e juízes especializados (militares, eleitorais e trabalhistas) e Tribunal de 
Justiça do DF. Art. 92 e 21, XIII; Compõem-se de magistrados; 
 
ESTADOS (NORMAS DE PRÉ-ORDENAÇÃO CONSTITUCIONAL): 
Legislativo: Assembléias Legislativas. 
Número de deputados estaduais: O número de Deputados à Assembléia Legislativa cor-
responderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o nú-
mero de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 
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André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 
2 
doze. = 1DepFed x 3DepEst até 36 e 1DepFedx1DepFed daí em diante. Os deputados estadu-
ais representam o povo na Assembléia Legislativa, Art. 27; 
Mandato de quatro anos. Art. 27 §1º 
Subsídio: < ou = a 75% do DepFed; Art. 27§2o; 
Auto-organização: Art. 27§3o à Constituição Estadual é fundamento de validade para as 
leis estaduais; Pode-se falar em controle de constitucionalidade das leis estaduais (e munici-
pais) perante a Constituição Estadual – sendo competente o próprio Tribunal de Justiça Esta-
dual; 
Imunidade material (inviolabilidade) e imunidade processual equivalem as do Dep. Fede-
ral; Art. 27 §1º (Regra de extensão normativa); 
Tem que ter iniciativa popular para projeto de lei. Art. 27 §4º 
Leis estaduais podem sofrer controle concentrado de constitucionalidade perante o STF: 
Art. 102, I, a – Somente por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade; 
Competência para fiscalização de contas: Art. 75 Parágrafo Único: As Constituições es-
taduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Con-
selheiros; Regra de extensão normativa; 
Executivo: Governador e Vice-Governador (Constituições Estaduais estabelecem os auxiliares 
– Secretários de Estado). 
Mandato de quatro anos (mesmas regras para Presidente); Art. 28; 
Pode assumir cargo público decorrente de concurso (é licenciado) outras hipóteses de 
assunção de cargo, emprego ou função pública perderá o mandato. Art. 28 §1º; 
Subsídio: Fixado pela Assembléia Legislativa (respeitado o teto); Art. 28 §2º; 
Judiciário: Tribunais de Justiça e Juízes dos Estados; Os juízes assumem após concurso pú-
blico na forma do Art. 93, I: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados 
do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de ativi-
dade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; 
Desembargadores (juízes no segundo grau), segundo a CF, compõem-se de magistra-
dos, ingressam por duas vias: 4/5 de juízes da última Entrância (entrância mais importante do 
primeiro grau de jurisdição), alternadamente por antiguidade ou merecimento, mediante indica-
ção, em lista tríplice pelo Tribunal de Justiça ao governador do Estado (Art. 93, III) e 1/5 de 
membros do MP com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e 
de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista 
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes (Art. 94); 
A estrutura federativa é que o Poder Judiciário seja Nacional mesmo sendo orga-
nizado e mantido em níveis estaduais, posto que é possível a revisão das decisões es-
taduais pelos tribunais superiores e supremo (tribunais da federação). Tem-se, no entan-
to, que a regra geral é não caber recurso para os tribunais da federação das decisões 
prolatadas em nível estadual, porém, se a decisão gera conflito de competência, contra-
ria dispositivo da Constituição, contraria ou nega vigência a tratado ou lei federal, decla-
ra a inconstitucionalidade desses atos normativos, considera válida lei ou ato do governo 
local contestados em face da Constituição ou de lei federal e, numa última hipótese, 
quando der à lei federal interpretação divergente da que lhe tenha dado outro tribunal ou 
o STJ será possível a rediscussão da matéria de direito pelos tribunais da federação 
(Ver Art. 102, III e 105, III). 
 
MUNICÍPIOS (NORMAS DE PRÉ-ORDENAÇÃO CONSTITUCIONAL): 
Legislativo: Câmara dos Vereadores. 
Número de vereadores (Eleição em data diferente, posto que as eleições municipais são 
feitas a cada quatro anos, sempre dois anos após as eleições Federais/Estaduais): Proporcio-
nal à população. Art. 29, IV a, b e c. 
Subsídio: Art. 29 VI e VII; 
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André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 
3 
Limitação de despesas do Legislativo. Art. 29-A; 
Inviolabilidade (ou imunidade material). Art. 29, VIII 
Proibições e incompatibilidades semelhantes “no que couber” aos parlamentares fede-
rais (CF) e deputados estaduais (CE). 
Função fiscalizadora. Art. 29 XI e Art. 31 todo; 
Cooperação das associações para planejamento municipal: Art. 29 XII 
Iniciativa popular. Art. 29 XIII; 
Leis municipais sofrem controle de constitucionalidadeconcentrado perante o TJ quando 
o parâmetro for a Constituição Estadual: Art. 125§2o 
Sendo leis municipais que firam diretamente a CF não há possibilidade de contro-
le abstrato perante nenhum tribunal (nem STF e nem TJ) – somente controle concreto – 
há possibilidade de se utilizar da ADPF para provocar a jurisdição concentrada do STF; 
Pode assumir cargo público (Art. 38 III), havendo compatibilidade de horários, e perce-
berá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo 
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do Art. 38, II (regra para prefei-
to); 
Executivo: Prefeito e Vice-Prefeito 
Mandato de quatro anos (mesmas regras para Presidente somente para Municípios com 
mais de 200 mil eleitores – “em data diferente, posto que as eleições municipais são feitas a 
cada quatro anos, sempre dois anos após as eleições Federais/Estaduais”). Art. 29, I, II e III. 
Subsídio: Fixado pela Câmara dos Vereadores: Art. 29, V 
Foro privilegiado (TJ): Art. 29, X 
Pode assumir cargo público decorrente de concurso (licenciado – podendo optar pela 
remuneração do cargo público ou do mandato – Art. 39 II) outras hipóteses perderá o mandato. 
Art. 29, XIV (onde se lê parágrafo único à leia-se parágrafo primeiro). 
Judiciário: Não existe estrutura judiciária de âmbito municipal, os juízes organizados e manti-
dos pelo Judiciário Estadual exercem a função nos municípios. 
 
DISTRITO FEDERAL (NORMAS DE PRÉ-ORDENAÇÃO CONSTITUCIONAL): 
Legislativo: Câmara Legislativa – composta por Deputados Distritais e se aplica as regras dos 
Deputados Estaduais para os Distritais. Art. 32§3o. 
É vedada a divisão do DF em municípios – Art. 32 caput; 
Executivo: Governador e Vice-Governador. 
Mandato de quatro anos (mesmas regras para Presidente); Art. 32 §2º; 
Pode assumir cargo público decorrente de concurso (licenciado) outras hipóteses perde-
rá o mandato. Art. 32 §2º 
Judiciário: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – Organizado e mantido pela 
União (Art. 21 XIII). 
 
NORMAS DE SUBORDINAÇÃO NORMATIVA: 37 A 39, 132, 134, 144 §4º A §7º 
 
BRASÍLIA: É a capital federal – Art. 18 §1º; 
 
TERRITÓRIOS: 
O primeiro território data de 1904 e era chamado de ACRE (adquirido por tratado inter-
nacional – atuação do Barão do Rio Branco; Natureza de mera-autarquia, simples descentrali-
zação administrativo-territorial da União. Os Territórios federais integram a União (art. 18§2o), e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas 
em lei complementar. 
Art. 33: 
Organizado por lei federal; 
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André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 
4 
Possibilidade de divisão em Municípios (hipótese em que poderá haver Intervenção Fe-
deral em Município – Art. 35), 
Executivo: Será governado por Governador nomeado pelo Presidente da República após a-
provação do SF nos termos do Art. 84 XIV; 
Legislativo: Lei disporá sobre a Câmara Territorial e sua competência deliberativa; 
Tem contas fiscalizadas pelo CN após parecer do TCU 
Art. 45 §2o os Territórios terão, sempre, quatro deputados na Câmara dos Deputados – 
regra que excepciona o princípio da proporcionalidade de Deputados Federais por habitantes, 
no entanto, continuarão sendo eleitos pelo sistema eleitoral proporcional. 
Judiciário e funções essenciais à justiça: Se tiver mais de cem mil habitantes (não eleitores) 
terá PJ, MP e DP federais; 
 
 
MUDANÇAS NOS ESTADOS (Art. 18 §3º): Os Estados podem incorporar-se entre si, subdivi-
dir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territó-
rios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebisci-
to, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 Plebiscito: 1ª Fase, condição prévia, essencial e prejudicial à fase seguinte. 
 Lei Complementar no CN após a aprovação do plebiscito. Art. 48, VI (parecer meramen-
te opinativo das Assembléias Legislativas respectivas); 
Ver Art. 235 da CF que estabelece normas para os novos Estados; 
 
 
MUDANÇAS NOS MUNICÍPIOS (Art. 18 §4º): A criação, a incorporação, a fusão e o desmem-
bramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei com-
plementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
f. Estudos apresentados e publicados na forma da lei (entende-se que é lei federal); 2. Apro-
vação por plebiscito; 3. Lei Complementar Federal estabelecendo o período e 4. Lei Esta-
dual. 
g. STF firmou jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral no sentido de que desde a edição 
da Emenda Constitucional 15/96, tornaram-se inadmissíveis a criação, incorporação, fusão 
ou desmembramento de municípios, até que se torne possível satisfazer os novos pressu-
postos constitucionais (aguardar Lei Complementar Federal estabelecendo período de mo-
dificação municipal). 
 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE NATUREZA FEDERATIVA Art. 19 (também 150 I a VI, 
151, I e 152 em matéria tributária); 
 O objetivo é prestigiar certos direitos fundamentais dos cidadãos e possibilitar a coexis-
tência harmônica dos entes da federação; 
 
BENS DA UNIÃO Art. 20 
- terrestres 
- superficial (solo) 
- terras devolutas da União 
- terrenos de marinha e acrescidos 
- sítios arqueológicos e pré-históricos 
- terras tradicionalmente de indígenas 
- subterrâneo (subsolo) 
- recursos minerais 
- cavidades naturais 
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5 
- hídricos 
- marítimos 
- mar territorial 
- zona econômica exclusiva 
- plataforma continental 
- praias marítimas 
- fluviais 
- rios interestaduais (limítrofes e sucessivos) 
- rios internacionais (limítrofes e sucessivos) 
- terrenos marginais 
- praias fluviais 
- lacustres 
- lagos interestaduais 
- lagos internacionais 
- insulares 
- externo 
- ilhas marítimas – oceânicas e costeiras, excluídas, destas, as que contenham 
a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a u-
nidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;. 
- interno 
- ilhas fluviais – limítrofes com outros países. 
- ilhas lacustres – limítrofes com outros países. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO – AUTONOMIA 
 
UNIÃO: É pessoa jurídica de direito público interno, dotada de autonomia e do poder de 
agir dentro dos limites traçados pela Constituição; a União apresenta uma dupla face 
dentro da organização político-administrativa do Estado brasileiro: a) entidade federativa 
dotada de autonomia política, b) atua como representação da RF do Brasil (exercendo o 
Poder de Soberania em nome da República Federativa). 
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA, NÃO-LEGISLATIVA OU MATERIAL: 
EXCLUSIVA DA UNIÃO: ART. 21 
COMUM (CUMULATIVA OU PARALELA) DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO 
FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS: ART. 23 
Comum: Competência de colaboração, onde qualquer ente pode dispor sobre o 
assunto, prevalecendo as ordenações da União já que haverá disposições em Lei Com-
plementar; 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA: ART. 22 
Lei complementar poderá autorizar os Estados (e o DF) a legislar sobre ques-
tões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE: À UNIÃO, AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDE-
RAL ART. 24: 
A competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Estados pos-
suem competência suplementar (complementar). Inexistindo lei federal sobre nor-
mas gerais, os Estados exercerãoa competência legislativa plena (supletiva). A su-
perveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia (pode voltar futu-
ramente) da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Apesar de a competência suplementar ser dada aos Estados e DF é possível que 
o Município também exerça competência suplementar (Art. 30, II), entretanto, só se ad-
mite que esta competência seja exercida com base no interesse local; 
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André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 
6 
 
 
 
ESTADOS FEDERADOS (Art. 25): Os Estados federados são dotados somente de autonomia 
política, poder de agir dentro dos limites fixados pela própria Constituição Federal; não possu-
em soberania, por isso não lhes são atribuídas competências internacionais; autonomia política 
importa em: 
Autonomia política art. 25 caput: Compete a cada Estado elaborar a sua própria Constituição 
Estadual que não há de ser mera cópia do texto federal, deve obedecer aos princípios e será 
parâmetro de controle de constitucionalidade para outras normas estaduais e municipais; 
Autogoverno arts. 27, 28 e 125 onde compete a cada Estado a organização de seus 
próprios Poderes, bem como a escolha de seus integrantes, o que deve ser feito de acordo 
com o modelo federal, conforme o princípio de observância obrigatória – simetria, respei-
tado o sistema constitucional da separação de Poderes e o regime presidencialista 
Autolegislação art. 25 caput que se refere à capacidade de editar leis estaduais dentro 
de sua autonomia política, ou seja, nos limites das competências fixadas pela Constituição Fe-
deral e respeitando a Constituição Estadual; 
Auto-administração art. 18 e 25 a 28 compete a cada Estado organizar, manter e prestar os 
serviços que lhe são próprios. 
Autonomia Financeira: Diz respeito a repartição de tributos (Arts. 145 a 162); 
 
BENS DOS ESTADOS: Art. 26 
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA: 
COMUM (ART. 23). 
PRIVATIVA EXPRESSA (ART. 25 §2º): Explorar os serviços de gás canalizado. 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: 
PRIVATIVA EXPRESSA: A auto-organizativa (Constituições e Leis Estaduais) – Art. 25 
caput e Regulamentar a exploração de gás canalizado (Art. 25§2º); 
RECEBIDA POR DELEGAÇÃO DA UNIÃO: Nos termos do Art. 22 Parágrafo único; 
CONCORRENTE: Art. 24; 
Suplementar (ART. 24§2º): Especificando a norma geral da União. 
Supletiva (Art. 24§3º): Legislando de maneira plena enquanto não há a norma 
geral. 
PRIVATIVA RESIDUAL OU REMANESCENTE (ART. 25 §1º): Aquilo que não for ex-
presso na CF, como sendo competência da União ou dos Municípios, pertence aos Estados. 
 
REGIÕES METROPOLITANAS (AGLOMERAÇÕES URBANAS E MICRORREGIÕES): são 
entidades administrativas (sem personalidade, é órgão e é de planejamento), instituídas pelos 
Estados, mediante lei complementar (estadual), envolvendo diversos Municípios, com continui-
dade urbana em torno de um pólo comum, visando a integração, a organização, o planejamen-
to e a execução de funções públicas de interesse comum; Certos encargos, como água, esgoto 
e transporte coletivos intermunicipais, por se referirem a problemas comuns a diversos Municí-
pios, não podem ser resolvidos de forma isolada por um deles, exigindo ação comum e a fixa-
ção de uma política única; possuímos nove regiões metropolitanas: São Paulo, Belo Horizonte, 
Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro. 
 
REGIÕES ADMINISTRATIVAS OU DE DESENVOLVIMENTO: Art. 43 Caput: SUDENE, SU-
DAN, SUFRAMA, Grande Terezina e Petrolina/Juazeiro... União deverá aplicar 50% dos recur-
sos destinados à irrigação no Nordeste (preferencialmente no semi-árido) – discriminações po-
sitivas ou ações afirmativas. 
 
 
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André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 
7 
 
MUNICÍPIOS (Art. 30): Os Municípios são entidades federativas (personalidade jurídica de di-
reito público interno) voltadas para assuntos de interesse local, com competências e rendas 
próprias; como toda entidade federativa, são dotados de 
Autonomia política, ou seja, do poder de agir dentro dos limites fixados pela CF, o que impor-
ta em: 
Auto-organização art. 29 caput (os Municípios são regidos por Leis Orgânicas, votadas 
em dois turnos, com o intervalo mínimo de 10 dias, e aprovadas por 2/3 dos membros da Câ-
mara Municipal; Lei Orgânica Municipal é uma espécie de Constituição municipal, porém deve 
respeitar os preceitos da Constituição Estadual e da Constituição Federal – notadamente o art. 
29, I a XIV); Lei Municipal que contrarie a Lei Orgânica do Município será ilegal e não inconsti-
tucional; 
Autolegislação art. 29 caput (posto que também têm competência para produzirem su-
as próprias leis) 
Auto-administração art. 30. 
Autonomia Financeira: Diz respeito a repartição de tributos (Arts. 145 a 162); 
 
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA: 
Comum: Art. 23; 
Privativa (ou enumerada): Art. 30, III a IX; 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS: 
 Expressa: Art. 29 caput 
Interesse local: Peculiaridades ínsitas à localidade. Art. 30, I; Exemplo: Cabe à União 
legislar sobre trânsito e transporte nas vias terrestres (Art. 22 XI), no entanto, caberá ao Muni-
cípio dispor sobre tais matérias na vias municipais (estacionamento, local de parada, sinaliza-
ção, mão e contramão) são matérias de interesse municipal e por isso afastam a competência 
da União. Será revelada casuisticamente. 
 Suplementar: Art. 30, II (no que couber = “Interesse local”); 
 
 
 
DISTRITO FEDERAL (Art. 32): O Distrito Federal é uma entidade federativa, dotada de auto-
nomia política, com atribuições e rendas próprias fixadas na Constituição; 
Autonomia política, possui: 
Autogoverno art. caput 32§2o e 3o (é regido por Lei Orgânica), 
É vedada a divisão do DF em municípios – Art. 32 caput; 
Autolegislação art. 32§1o (porque faz leis próprias), 
Auto-administração art. 32§1o (possui competência de Estado e de Município); 
Compete à União organizar e manter (art. 21, XIII e XIV) o Poder Judiciário, o Ministério Públi-
co, a Defensoria Pública; a *Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito 
Federal* - para estes últimos há lei dispondo sobre a utilização por parte do GDF (ver Art. 
144§6o), Art. 32, §4º. 
Autonomia Financeira: Diz respeito a repartição de tributos (Arts. 145 a 162); 
 
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA: 
- Comum: Art. 23; 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS: 
DE ESTADO E DE MUNICÍPIO 
EXPRESSA: ART. 32 caput; 
Residual: Art. 25§1o 
Delegada da União por meio de Lei Complementar: Art. 22 
Concorrente: Art. 24 Suplementar (complementando ou substituindo) 
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8 
Interesse local: Art. 30, I 
 
 
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9 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
 
O PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE: À União caberão aquelas matérias e 
questões de predominante interesse geral, nacional, ao passo que aos Estados e ao DF toca-
rão as matérias e assuntos de predominante interesse regional, e aos Municípios e ao DF con-
cernem os assuntos de interesse local. 
 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE; 
- CUMULATIVA TOTAL OU CLÁSSICA (ART. 23) 
- NÃO-CUMULATIVA OU LIMITADA (ART. 24 – UNIÃO: Normas Gerais e ESTADOS, DF, 
MUNICÍPIOS: Suplementar) 
 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA 
- HORIZONTAL: Atribuições de matéria de forma total (privativa ou exclusivamente) aos entes 
da federação – Competência exclusiva e competênciaprivativa; 
- VERTICAL: Atribuições de matérias de forma concorrente (cumulativa ou não-cumulativa) aos 
entes da federação – Competência comum e competência concorrente; 
 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS – ESTADO FEDERAL BRASILEIRO 
 
 
UNIÃO 
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) 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e 
celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, 
o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII 
- emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, es-
pecialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar 
e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - 
manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão 
ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a 
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, 
de 15/08/95:) XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de ra-
diodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os ser-
viços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os 
Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura ae-
roportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou 
que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e interna-
cional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o 
Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; XIV - organizar e manter a 
polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistên-
cia financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, 
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diver-
sões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa 
permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacio-
nal de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretri-
zes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabele-
cer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aero-
portuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXIII - explorar os serviços e 
instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimen-
to e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os se-
guintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pací-
ficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utili-
zação de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas; c) a res-
ponsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a 
inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em 
forma associativa. 
Incisos XX e XXI são matérias de competência concorrente (Art. 24); 
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UNIÃO ESTADOS DF MUNICÍPIOS 
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I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - 
cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger 
os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens natu-
rais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e 
de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e 
à ciência; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as flo-
restas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - pro-
mover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X 
- combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores des-
favorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trân-
sito. 
Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacio-
nal. 
Obs1: É de se reparar que os verbos são utilizados na forma imperativa; 
Obs2: A Lei complementar estabelecerá políticas e normas operacionais de cooperação; 
Obs3: Os incisos II, V, VIII, IX, X e XII dizem respeito às matérias de índole SOCIAL; 
Obs4: Os incisos III e IV dizem respeito às matérias de índole CULTURAL; 
Obs5: Os incisos VI, VII e XI dizem respeito às matérias relacionadas ao MEIO AMBIENTE; 
Obs6: O inciso I é hipótese de competência legislativa cumulativa secundária ou implícita; 
ESTADOS ART. 25 – §2o MUNICÍPIOS ART. 30 – Incisos III a IX (Rol exemplificativo); 
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§ 2º - Cabe aos Estados ex-
plorar diretamente, ou medi-
ante concessão, os serviços 
locais de gás canalizado, na 
forma da lei, vedada a edi-
ção de medida provisória 
para a sua regulamentação. 
(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 5, de 
1995); 
Existem competências materi-
ais administrativa e financeiras 
que são fruto da competência 
remanescente; 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas 
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes 
nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a 
legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de con-
cessãoou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de trans-
porte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e 
financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino 
fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do 
Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que 
couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do 
uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do 
patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora 
federal e estadual. 
Obs1: Os incisos IV e IX seriam hipóteses de competência suplementar já 
que necessitam da edição de lei estadual; 
Obs2: Os incisos VI, VII e IX são matérias incluídas na competências comum 
(Educação, Saúde e Patrimônio histórico – Ver Art. 211 §2º, 23, II e 23 III); 
Obs3: Os incisos III, IV, V e VIII são matérias de competências privativas 
(exclusivas) posto que já derivam do poder de auto-organização do Municí-
pio; 
 
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REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS – ESTADO FEDERAL BRASILEIRO 
 
 
UNIÃO * 
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I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapro-
priação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, tele-
comunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política 
de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional 
de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - 
jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e 
condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Dis-
trito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico 
e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e 
sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares 
e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - segu-
ridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer 
natureza; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, 
e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 19, de 1998) XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização na-
cional; XXIX - propaganda comercial. 
Obs: Os incisos IX, XXI, XXIV e XXVII são considerados como se fossem competência concorrente (não necessitando de 
delegação legislativa), porque caberá à União fazer as normas gerais ou diretrizes e bases, conforme expressamente de-
finido na matéria, em outras palavras, caberá aos Estados, DF e Municípios suplementar e a este último “no que couber”; 
ESTADOS DF (Apesar de o DF não estar expresso, ele possui porque tem competência de Estado); 
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Parágrafo único. Lei complementar poderá** autorizar os Estados a legislar sobre questões es-
pecíficas das matérias relacionadas neste artigo. 
Obs1: Teoricamente qualquer matéria poderia ser objeto de delegação, no entanto os incisos VI, VIII, XV, XXIII são impró-
prios de serem delegados; A delegação deverá ser simétrica – princípio da isonomia e Art. 19 III parte final; 
Obs2: Os incisos IX, XXI, XXIV e XXVII não necessitam serem delegados; 
UNIÃO ESTADOS/ DF MUNICÍPIOS 
Art. 24 §1o Art. 24 §2o Art. 24 §3o Art. 24 §4o Art. 30, II 
No âmbito da 
legislação con-
corrente, a 
competência da 
União limitar-se-
á a estabelecer 
normas gerais. 
A competência da 
União para legislar 
sobre normas gerais 
não exclui a compe-
tência suplementar 
dos Estados. 
Complementar 
Inexistindo lei federal 
sobre normas gerais, os 
Estados exercerão a 
competência legislativa 
plena, para atender a 
suas peculiaridades. 
Supletiva (também nos claros 
da lei federal); 
A superveniência de 
lei federal sobre nor-
mas gerais suspende 
a eficácia da lei esta-
dual, no que lhe for 
contrário. 
suplementar a le-
gislação federal e a 
estadual no que 
couber; 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos 
serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos re-
cursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turísti-
co e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; X - criação, funcionamento e processo do juizado de 
pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistên-
cia jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infân-
cia e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
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Competência concorrente: Cabe à União fazer somente as normas gerais (até pode fazer normas específicas que só se aplicarão 
a União) e estas normas gerais deverão ser obedecidas por todos os outros entes. Após a edição das normas gerais, os Estados 
e o DF poderão suplementar a legislação federal, especificando as normas gerais ou atuando onde couber. Na ausência de lei 
federal, os Estados e o DF teriam que esperar a ação da União. Para evitar esta dependência, a própria CF já previu que caberá 
aos Estados (e DF) legislarem de maneira plena (§3o). Os Estados (e o DF) poderão legislar normas gerais para si, ou seja, para 
atender suas peculiaridades –. Se Estados (e DF) já legislaram de forma plena, então, se a União resolver criar sua norma geral, 
ou seja, posteriormente ou supervenientemente às normas dos Estados (e DF), então, poderá, em tese, haver conflitos entre as 
normas gerais da União e as normas gerais dos Estados (ou do DF). Pela competência da União, deverão prevalecer suas nor-
mas gerais, suspendendo as normas dos Estados que forem contrárias. Fala-se em suspensão e não em revogação, pois como 
são entes diferentes, não pode a União revogar o que não fez. A suspensão permitirá o retorno posterior da norma Estadual ou 
Distrital se a norma da União for revogada. 
ESTADOS DF MUNICÍPIOS 
 REMANESCENTE, RESIDUAL OU “O RESTO” Art. 
25 §1o (Também18 §4º, 25§2º e 3º); 
COMPETÊNCIA DE ESTADO E DE 
MUNICÍPIO Art. 32 §1o Art. 30, I 
São reservadas*** aos Estados as 
competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição. 
Ao Distrito Federal são atribuídas 
as competências legislativas re-
servadas aos Estados e Municí-
pios. 
CRIAR REGIÕES METROPOLITANAS Art. 25 §3º 
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Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregi-
Se o DF tem competência de Estado e 
de Município significa dizer que: a) Po-
de receber delegação do Art. 22, pode 
legislar sobre tudo que não está ex-
legislar sobre 
assuntos de in-
teresse local; 
Interesse local 
é equivalente a 
peculiar inte-
resse ou inte-
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12 
 ões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução 
de funções públicas de interesse comum. 
presso à União (Art. 25§1o) e também 
pode legislar sobre matérias de inte-
resse local conforme Art. 30, I. 
resse predomi-
nante. 
Não enumeradas 
* Confrontar com Arts. 48, II, III, IV, V, VIII, IX, XII, XIII e XIV; Art. 5º VIII, XII, XVIII, XXVI, LXX-
VII; Art. 9º §1º; 142 §1º,146, 159, 163, 173, 174 §1º, 178, 182, 185 I, 190, 194 §único, 200 e 
224 
** A delegação é de ordem discricionária, a União delega se entender conveniente e oportuno; 
** Reserva vem de poderes reservados que dizem respeito ao processo histórico da formação 
Americana, em verdade não são bem poderes reservados e sim remanescentes ou residuais; 
 
 
INTERVENÇÃO 
É medida excepcional, o princípio é o da não-intervenção. É admitida em hipóteses de 
anormalidade e diante das possibilidades expressas no texto maior. 
Tem por objetivo retirar, ainda que temporariamente, a autonomia do ente que sofre a in-
tervenção, neste sentido é dito que é a antítese da autonomia já que a regra é não intervenção 
no sentido de consagrar as capacidade organizativas e políticas dos entes da federação. En-
tão, verifica-se como conseqüência da intervenção a perda do autogoverno da entidade federa-
tiva enquanto durar a intervenção. 
Como a medida é excepcional, só se admite nas hipóteses taxativamente previstas no 
texto da Constituição, ou seja, a relação dos fatos ou circunstâncias que podem ensejar a inter-
venção é numerus clausus. Tal constatação faz presumir incorreta qualquer afirmativa sobre 
hipóteses de intervenção previstas em legislação infraconstitucional. Defende-se, inclusive, a 
impossibilidade de alteração substancial das hipóteses de intervenção a ponto de fazer ser 
constatado o ataque à cláusula pétrea que é a forma federativa, expressamente prevista no Art. 
60 §4o, I. 
Ainda sobre a excepcionalidade, cabe ressaltar da obrigatoriedade (exceto quando a in-
tervenção for requerida pelo STF) de oitiva ao Conselho da República (Art. 90, I) e do Conselho 
de Defesa Nacional (Art. 91 §1o, II), no entanto, a opinião destes órgãos de consulta superior 
do Presidente da República não é vinculativa. 
E, por último, fique ressalvada que a intervenção gera verdadeira síncope ou instabilida-
de institucional, posto que gerará uma limitação – juntamente com o Estado de Defesa e Esta-
do de Sítio –, do tipo circunstancial, ao Poder Constituinte Derivado de Reforma, nos termos do 
Art. 60 §1o do texto Maior. 
José Afonso da Silva ensina que a Intervenção Federal importa em elemento de estabili-
zação constitucional posto que assegura a solução de conflitos ou crises constitucionais, é ins-
trumento de defesa da Constituição e por isso também é estudada no aspecto referente ao 
Controle de Constitucionalidade e, por último, é instrumento de defesa das instituições demo-
cráticas já que permite a manutenção destas. 
 
Intervenção Federal Art. 34 e 35: A União, agindo em nome da Federação (considera-se que 
todos estão intervindo), poderá, excepcionalmente, intervir em Estados ou no DF (Art. 34) e em 
Municípios localizados em Territórios Federais (Art. 35). Por conseguinte, nota-se a impossibili-
dade jurídico-constitucional da União intervir em Municípios localizados em Estados Membros. 
Partes na intervenção federal: 
a) Sujeito ativo: União em nome da República Federativa do Brasil; 
b) Sujeito passivo: Estado, DF ou Município localizado em Território Federal, ressalva-
da a observação que, atualmente, a última hipótese é impraticável tendo-se em conta 
que não há Territórios na atual organização político-administrativa da República Fe-
derativa do Brasil. 
c) Agente materializador: Presidente da República. Conclui-se desta competência que 
não cabe aos Poderes Legislativo e Judiciário decretarem intervenção, embora parti-
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13 
cipem de outras formas da intervenção. 
Natureza jurídica: Ato político-administrativo de caráter constitucional. 
Atuação e responsabilidade do Presidente da República: 
Ao Presidente da República compete, privativamente, decretar e executar a intervenção 
federal (Art. 84, X), então, poderá decretar a intervenção espontaneamente, quando solicitado, 
hipóteses em que haverá discricionariedade desse agente político na escolha da conveniência 
e oportunidade da intervenção, no entanto, entendemos que deverá agir se verificadas hipóte-
ses constitucionais sob pena de crime de responsabilidade nos termos do Art. 85, IV. 
Deverá decretar quando requisitado, situação que será constitucionalmente obrigado, 
sob pena de crime de responsabilidade nos termos do Art. 85 VII. 
Em ambos os casos o crime de responsabilidade será julgado perante o Senado Federal 
após manifestação de admissibilidade pela Câmara dos Deputados (Arts. 52, I e 51, I respecti-
vamente). 
 
Hipóteses (pressupostos de fundo): 
Resumidamente poderia se dizer que a Intervenção federal cuida, precipuamente, da de-
fesa do Estado, posto que visa manter a integridade nacional (Art. 34, I) e repelir invasão es-
trangeira (Art. 34, II “primeira parte”); cuidar dos princípios federativos já que procura evitar a 
invasão de uma unidade da Federação em outra (Art. 34, II “segunda parte”), pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública (Art. 34, III) e garantir o livre exercício de qualquer dos Po-
deres nas unidades da Federação (Art. 34 IV); objetiva a ordem das finanças estaduais já que 
por meio dela é possível reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o 
pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior, 
ou que b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, den-
tro dos prazos estabelecidos em lei (Art. 34 V); e, finalmente, proteger a própria ordem consti-
tucional, nas hipóteses de prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (Art. 34 
VI) e de assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republica-
na, sistema representativo e regime democrático, b) direitos da pessoa humana, c) autonomia 
municipal, d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta, e) aplicação do 
mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos 
de saúde (Art. 34 VII, a-e). Esta última hipótese é conhecida como Princípios Sensíveis já que 
são observados pelos “sentidos” sem necessidade de observação mais apurada, ou seja, são 
princípios que são“sentidos” pela leitura do texto constitucional. 
 
Pressupostos formais: 
O decreto instituidor da intervenção, a ser expedido pelo Presidente da República, deve 
especificar, sob pena de ser inconstitucional e sofrer controle político ou jurídico: A amplitude, o 
prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor (Art. 36 §1o “primei-
ra parte”), que são especificadas nos seguintes pontos. 
Amplitude: Tanto territorial ou o perímetro geográfico e indicando também os ór-
gãos, que sofrerão a intervenção; 
Prazo: Constitucionalmente é obrigatório, no entanto, poderá ser aumentado ou 
diminuído. A previsão do prazo é uma forma de evitar a retirada da autonomia sem a 
conseqüente retomada desta pelo ente que sofre a intervenção. 
Condições de execução: O decreto presidencial é um norte para a materializa-
ção dos atos de intervenção, ou seja, no decreto conterá os limites da intervenção e, se 
houver, do interventor. 
Interventor: Pela simples leitura é possível observar que não é uma previsão o-
brigatória já que a Constituição é clara em dizer “se couber”. O interventor, quando indi-
cado, será o “preposto” do Presidente da República para a consecução da intervenção. 
Cabe dizer que esta autoridade agirá, política e administrativamente, em nome da União 
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e seus atos, se causarem danos aos cidadãos serão imputados à União quando praticar 
atos para os quais foi instruído no Decreto de intervenção e, ao contrário, a responsabi-
lidade civil será imputada ao ente sobre o qual se intervém (Estado, DF ou Município lo-
calizado em território) quando o interventor praticar atos próprios de gestão administrati-
va os quais seriam praticados, em normalidade, pelo ente que sofre a intervenção. 
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ESPÉCIES: 
 Espontânea: Presidente age de ofício Art. 34, I, II, III e V; 
 Provocada: 
 Solicitação: Art. 34, IV cc 36, I (1ª parte) Poderes Legislativo e Executivo; DIS-
CRICIONÁRIO (conhecer a oportunidade e conveniência); 
 Requisição: Art. 34, IV cc 36, I (2ª parte) Poder Judiciário; VINCULADO, 
 Dependendo de provimento de representação: Art. 34, VII cc Art. 36 III (Prin-
cípios sensíveis) – (EC/45 36, III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de represen-
tação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à e-
xecução de lei federal). 
 
CONTROLE DO CONGRESSO NACIONAL: É um controle político sobre o decreto de 
intervenção expedido pelo Executivo no prazo de vinte e quatro horas (convocação extraordi-
nária se necessário no prazo de 24h). O Congresso Nacional, nos termos do art. 49, IV aprova 
ou rejeita (suspendendo) a intervenção por meio de “Decreto Legislativo”; O Presidente deve 
obedecer sob pena de crime de responsabilidade (art. 85, II); * Não há controle político pelo CN 
no caso de requisição do PJ se este bastar ao restabelecimento (suspender a execução do ato 
impugnado), senão, haverá decreto presidencial de intervenção e, consequentemente, haverá 
controle político pelo CN. 
 Presidente da República nomeará (quando necessário) interventor, afastando as autori-
dades envolvidas e cessados os motivos da intervenção voltarão se não houver impedimento 
(art. 36§4o) 
 
Intervenção Estadual Art. 35: Estados em Municípios; 
- Sempre um rol taxativo ou enumerativo (numerus clausus); 
Decretação é de competência do Governador de Estado por meio de decreto de inter-
venção que especificará a amplitude, o prazo e as condições da execução e, quando couber, 
nomeará o interventor. 
CONTROLE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA: É um controle político sobre o decreto 
de intervenção expedido pelo Executivo no prazo de vinte e quatro horas (convocação extraor-
dinária se necessário no prazo de 24h). A Assembléia Legislativa aprova ou rejeita (suspen-
dendo) a intervenção; O Governador deve obedecer; * Não há controle político pela AL no caso 
de requisição do PJ (art. 25, IV) se este bastar ao restabelecimento (suspender a execução do 
ato impugnado), senão, haverá decreto do Governador e, consequentemente, haverá controle 
político pela AL. 
Governador de Estado nomeará (quando necessário) interventor, afastando as autorida-
des envolvidas e cessados os motivos da intervenção voltarão se não houver impedimento (art. 
36§4o)

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