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Casos Concretos de História do Direito Brasileiro

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História do Direito Brasileiro - Casos Concretos 1 ao 14
Caso Concreto 1
Muita gente tem a ideia de que "esse negócio de Direitos Humanos é coisa prá bandido". Será que é isso mesmo? Afinal, o que são os Direitos Humanos e quem são os seus titulares? Para responder a estas perguntas esta primeira fase de nossa Atividade Estruturada, propõe:
1.    O aluno deve assistir aos vídeos (Youtube) encontrados nos sítios:
a)    O Trabalho Infantil http://www.youtube.com/watch?v=CQswJT7qOKI&NR=1
b)    Violação aos Direitos Humanos
http://www.youtube.com/watch?v=vL4wKEKTg-I
2.  Depois, ler o texto intitulado: Direitos humanos: Sobre a universalidade rumo aos Direitos Internacional dos Direitos Humanos.
No seguinte sítio: http://www.dhnet.org.br/direitos/brasil/textos/dh_univ.htm
O que são os Direitos Humanos
Formada por 30 artigos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos representa um conjunto de aspirações proclamadas como ideal comum de todos os povos. Liberdade, Igualdade e Fraternidade, são princípios que reforçam, em um plano internacional, os direitos fundamentais contidos no artigo 5º da Constituição Federal de 1988. 
Podemos dizer que os direitos fundamentais são uma evolução dos direitos humanos, ou seja, são direitos positivados elevados ao plano internacional. É o primeiro documento a fixar internacionalmente uma relação de direitos pertencentes aos dois sexos, masculino e feminino, independente de sua orientação sexual, classe social, raça ou idade. É um passo fundamental para a humanidade, tendo a defesa de seus governos se comprometido, nesse sentido, defender seus direitos. Infelizmente, as violações aos direitos humanos têm sido constantes. São muitas as denúncias de violações aos direitos humanos, independentemente do regime político exercido pelo País, digo, se de esquerda ou de direita, e mais recentemente no Governo Barack Obama, nos Estados Unidos, em nome da luta contra o terrorismo e segurança mundial. 
Os direitos humanos podem ser resumidos de uma forma bem simples: direitos à vida, à integridade física e moral, à igualdade, à liberdade de pensamento, de expressão, de reunião, de associação, de manifestação, de religião, de orientação sexual, à felicidade, ao devido processo legal, à objeção de consciência, à saúde, à educação, à habitação, lazer, cultura e esporte, ao meio ambiente, do consumidor, trabalhistas e a não ser vítima de manipulação genética, dentre outros.
No Brasil, a ideia de direitos humanos está associada à defesa de quem comete ilícito penal como algo pejorativo, ou seja, "é coisa prá bandido". É sabido que os movimentos de direitos humanos procuram defender o respeito à dignidade daquele ser humano, que ao ser preso torna-se vulnerável e, sob a guarda do Estado tem seus direitos desrespeitados sistematicamente. Não importa ser ele o "inimigo", há de ter seus direitos garantidos, e o Estado precisa e deve dar dignidade para que o transgressor da norma possa responder ao processo legalmente, bem como cumprir sua pena, se assim for preciso, em um ambiente saudável e, só assim, se reabilitar para a vida em sociedade.
Caso Concreto 2
"O Foral de Olinda, de 1537, o documento mais antigo relativo à cidade e o único Foral de Vila conhecido no Brasil, é uma carta de doação feita pelo primeiro donatário de Pernambuco, Duarte Coelho, aos povoadores e moradores. Este documento elevou o povoado de Olinda à Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação territorial. Além da importância histórica, gera, ainda hoje, à Prefeitura Municipal, o direito de cobrança do foro anual, laudêmio e resgate de aforamento.
Através do resgate histórico deste documento do século XVI, o Projeto Foral de Olinda possibilitou o aumento da arrecadação municipal, através da incorporação do cadastro de terrenos foreiros ao Sistema de Cadastro Imobiliário do município. Os trabalhos iniciaram-se em 1984, culminando com a emissão dos carnês de cobrança em 1994, 1996 e 1998, para, respectivamente, 34.000 imóveis localizados em Olinda, 15.000 em Recife e 18.000 parcelas no Cabo. Apesar de significativa a quantidade de foreiros, verifica-se que a arrecadação ainda é baixa."
Como se pode observar, o texto acima informa que o documento celebrado no Século XVI, ainda, nos dias atuais, gera arrecadação municipal. Sendo assim, visando a facilitar sua pesquisa, indicamos visita ao site 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/carta-foral/carta-foral.php
O que é uma Carta Foral? Por que, ainda hoje, um documento do período colonial - o foral de Olinda - é capaz de produzir efeitos de natureza arrecadatória, como por exemplo, a cobrança foreira sobre o quantitativo de imóveis descrito na matéria apresentada acima?
R - Uma carta de foral é um documento concedido a uma povoação onde se estabelecem as normas de relacionamento dos seus habitantes, entre si e com o senhor que lhes outorgou o documento (Rei ou Senhorio). É um documento que regulamenta uma doação territorial para um povoado, mediante pagamento de impostos pela propriedade adquirida. É capaz de produzir efeitos por que os dois princípios, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido guardam a validade do ato jurídico em questão, mesmo que antigo, ou seja, por ter embasamento jurídico inquestionável, tendo vigência ate os dias de hoje. 
Caso concreto 3
Leia o trecho selecionado, que se encontra abaixo e, a seguir, responda às questões propostas.
”... Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da forca e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho de Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas infames práticas e os mais nos sitios (sic) de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia deste abominavel Réu; (...)?”
Como podemos notar, a execução de Tiradentes teve um sentido bem mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição exemplar.
Sendo assim:   
3.1. Pelo que se entendeu, com base na referência feita à Constituição de 1988, uma sentença com este teor seria possível de ser editada no Brasil, nos dias de hoje? Fundamente a resposta.   
R – Não seria possível o condenamento à morte, exceto em casos de guerra declarada. A pena de morte no Brasil foi extinta no ano de 1890 e solidificada, nos dias de hoje, no art. 5º, inciso XLVII, ou seja, “sendo o indivíduo condenado por cometimento de crime, a pena a ser por este cumprida não poderá ser: a)  de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;  b)  de caráter perpétuo; c)  de trabalhos forçados; d)  de banimento;  e)  cruéis.” Mesmo porque não haveria aceitação da sociedade de atos de natureza cruéis por parte do Estado.
Faça uma comparação entre a letra da música Por Um Dia de Graça, do ano de 1984 e os arts. 5º. 6º e 7º da CF/88, e busque localizar na letra da música trechos que se encaixem e acontecimentos retratados nos slides da apresentação que você assistiu.  
Por Um Dia de Graça
Um dia Meus olhos inda hão de ver
 Na luz do olhar do amanhecer
Sorrir o dia de graça Poesias
Brindando essa manhã feliz
Do mal cortado na raiz
Do jeito que o mestre sonhava
O não chorar (ai o não chorar)
e o não sofrer se alastrando
No céu da vida o amor brilhando
a paz reinandoem santa paz
Em cada palma de mão
Cada palmo de chão
sementes de felicidade
O fim de toda opressão
O cantar com emoção
Raiou a liberdade
Chegou
O áureo tempo de justiça
Há o esplendor
Do preservar a natureza
Respeito a todos os artistas
A porta aberta ao irmão
De qualquer chão
De qualquer raça
O povo todo em louvação
Por esse dia de graça
Essa música, “por um dia de graça”, interpretada pela cantora Simone, em uma época vivida pela repressão
e censura, reflete o papel da sociedade em busca de seus direitos, em busca de dias melhores sem perder a fé “do jeito que o mestre sonhava.”Comparando a letra da música com os artigos 5º, 6º e 7º da Constituição Federal de 1988 vislumbramos que os direitos sociais, econômicos, igualitários de brasileiros e estrangeiros que aqui residiam não eram assegurados como ditos em Lei. 
Há essa época as eleições eram indiretas, e o governo era o de João Batista Figueiredo, último Presidente Militar, tendo o povo teve que engolir a pseudo-democracia prometida por esse governo; o que não durou muito tempo, pois as manifestações populares conseguiram pressionar o governo para o fim da ditadura. Desta forma, foi assegurada a anistia aos acusados e condenados por crimes políticos, bem como a reforma política foi aprovada e os partidos políticos da época, ARENA E MDB, foram extintos, passando a existir o pluripartidarismo. 
A negação dos militares a democracia e o atentado ao Riocentro foi o ponto final da ditadura para os brasileiros e nas eleições seguintes não foi eleito nenhum candidato militar. Em 1983 deu-se inicio aos movimentos de “diretas já” – uma das maiores movimentações populares da história do Brasil – E em 1984, o Congresso se reuniu para votar a emenda que tornaria possível as eleições diretas, e por falta de quorum para ser aprovada foi o fim do sonho. 
Porém, ainda restava uma luz no fim do túnel para os brasileiros: a eleição indireta disputada por dois civis, Paulo Maluf e Tancredo Neves e com o apoio das lideranças do “Diretas já”, leia-se Ulisses Guimarães – Senhor Diretas, venceu Tancredo Neves. Assim, o “... Cantar com emoção, Raiou a liberdade, Chegou...” tendo sua concretização maior em 1988 com a aprovação da Constituição de 1988.
Depois, faça um pequeno texto abordando a importância da luta pela redemocratização que culminou com a CF/88 para nossa vida atual.
O Brasil vivia desde 1964 sob o regime de ditadura militar, e após 1967 o Brasil foi assolado por atos institucionais que diminuam as liberdades individuais e as garantias fundamentais em nome da segurança nacional. Afastada à oposição, do Congresso Nacional e sobre pressão militar foi elaborada uma carta constitucional que legalizou a ditadura no período de (1964 – 1985).
Dante de Oliveira, eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB, apresenta o projeto de emenda constitucional que estabelecia eleições diretas. Em 25 de abril de 1984, sob grande expectativa dos brasileiros, a emenda das eleições diretas foi votada. Devido a uma manobra de políticos contra a redemocratização do país, não compareceram 112 deputados ao plenário da Câmara dos Deputados no dia da votação. A emenda foi rejeitada por não alcançar o número mínimo de votos para a sua aprovação. A mobilização popular, no entanto, força uma transição para a democracia, Tancredo Neves é eleito presidente da República, mas adoece, e morre não conseguindo tomar posse. Seu vice, José Sarney, assume a Presidência. A última eleição indireta marca o fim do regime militar, mas a transição para a democracia só se completa em 1988, no governo de José Sarney, com a promulgação da nova Constituição brasileira.
O processo de redemocratização fruto da luta de homens como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Dante de Oliveira dentre outros heróis anônimos que entregaram suas vidas na luta pela libertação política do Brasil, mostra hoje, alguns de seus resultados. Hoje podemos contar com um processo de eleições democráticas onde escolhemos nossos governantes, os direitos e garantias fundamentais são protegidos, a liberdade de expressão é assegurada. O processo de democratização ainda caminha a passos lentos, muito das garantias asseguradas pela Constituição Federal, ainda não foram implantadas, por falta de vontade política, mas como diria o Senhor Diretas, Ulisses Guimarães: “O poder não corrompe o homem; é o homem quem corrompe o poder. O homem é o grande poluidor".
Caso Concreto 4
A divisão e o exercício dos poderes são  temas de grande relevo de que deve tratar a constituição de um país, que, como já dissemos, é a Lei Maior de um sistema jurídico. É também comum ouvirmos que um regime é tanto mais democrático quanto maior for o número de pessoas que participam das decisões da comunidade política. A Constituição de 1824, nossa primeira Carta Magna, como não poderia deixar de ser, enfrentou o tema em alguns momentos, inclusive quando tratou da divisão e exercício do poder em seu texto. Porém, esse é um tema que está sempre em destaque.. Em reportagem extraída em 04/10/2008, do endereço http://noticias.busca.uol.com.br/buscar.html?
Garibaldi Alves (PMDB-RN), na oportunidade em que presidia o Congresso, criticou o excesso de poderes que a Constituição oferece ao Poder Executivo - principalmente no que diz respeito ao excesso de medidas provisórias editadas pelo Presidente da República.
Segundo o texto da reportagem, afirmou o Senador: "Eu diria que ela, a despeito de ser uma Constituição que nasceu com vocação para o Parlamentarismo, terminou permitindo o Presidencialismo imperial. Com o enfraquecimento do Poder Legislativo, ela deu a oportunidade do Executivo legislar, gerando uma certa hipertrofia entre os Poderes" (grifo nosso).
Agora, leia o texto da Constituição de 1824, que poderá ser encontrado no endereço virtual http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao24.htm,  e responda às seguintes questões:
a -  Segundo o art. 10 da Constituição de 1824, quais os poderes consagrados pela nossa primeira Carta?
R - o Poder Legislativo, o Poder Executivo, e o Poder Judicial, o Poder Moderador.
b - De acordo com a Carta de 1824, como se apresentava o Poder Moderador na estrutura política do Império? Quem era seu titular? Quais eram suas atribuições?
R – De acordo com o artigo 98 da Carta de 1824, “O Poder Moderador é a chave de toda a organisação Politica, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independencia, equilibrio, e harmonia dos mais Poderes Politicos”. (sic)
Caso Concreto 5
Em 1850 foi promulgada a lei Eusébio de Queiros que aboliu definitivamente o tráfico de escravos da África para o Brasil. Todavia, esta não foi a única lei destinada a combater o tráfico de africanos para o Brasil.  Em novembro de 1831 entrou em vigor uma lei que procurava dar andamento a um tratado firmado em 1826 entre a Inglaterra e o Brasil o qual, três anos após a sua ratificação (que se deu em 1827) declararia como ilegal o comércio de escravos para o Brasil.  Esta lei, contudo, não produziu os efeitos desejados. 
Desenvolva considerações acerca do que contribuiu para o fracasso da lei de 1831 e das condições que possibilitaram o êxito da lei Eusébio de Queiroz.
R - A Lei de 1831, atendendo a um tratado firmado com a Inglaterra em 1826, por meio do qual todos os escravos africanos que entrassem no Brasil a partir daquela data seriam declarados livres e os contrabandistas de escravos sofreriam severas penalidades. Essa lei teve eficácia por poucos anos. Mais ou menos a partir de 1837 o tráfico já tinha retomado sua força e alguns anos depois atingia proporções nunca antes vistas.
Assim, em 1845, a Inglaterra se concedeu, por meio do Aberdeen Act, conhecido no Brasil como Bill Aberdeen (legislação da Grã-Bretanha que proibia o comércio de escravos  entre a África e a America), poderes de jurisdição sobre navios e súditos brasileiros suspeitos de traficarem escravos africanos parao Brasil. Há época, alguns escravagistas, consideraram que a Inglaterra havia ferido o Direito Internacional esquecendo-se de que o Brasil havia ferido primeiro quando deixou de cumprir os tratados internacionais referentes ao tráfico negreiro para o Brasil. Esse fato criou inúmeros problemas diplomáticos para o Brasil resultando na inviabilidade econômica dessa prática escravagista condenada internacionalmente, forçando o Brasil a abandoná-la. Porém, ao invés do Brasil fazer valer a lei já existente que proibia o tráfico de escravos e que todo africano que viesse ao Brasil como escravo era para ser liberto e enviado de volta à África, preferiu adotar uma nova lei sobre o tema que novamente abolia legalmente o tráfico de seres humanos para o Brasil.
Desta forma, o gabinete imperial preservando a imagem de nação soberana promulgava a célebre Lei n. 581 de 4 de setembro de 1850, a Lei Eusébio de Queiroz que não gerou efeitos imediatos na estrutura econômica do país, mas foi muito bem planejada para trabalhar dois mecanismos de poder, que são: as relações pessoais e a lei.                                            
É correto afirmar que o Ato Adicional de 1834 “federalizou” o Estado monárquico brasileiro, modificando sua configuração conforme encontrava-se  previsto na Constituição de 1824? Justifique.
R - Sim, pois com o Ato Adicional de 1834 as províncias passaram a ter uma maior autonomia frente ao Estado monárquico, o que pela Constituição de 1824 lhes tirara completamente.
Caso Concreto 6
Os contratualistas
De um modo geral, o termo Contratualismo designa toda teoria que pensa que a origem da sociedade e do poder político está num contrato, um acordo tácito ou explícito entre aqueles que aceitam fazer parte dessa sociedade e se submeter a esse poder. Embora não se trate de uma posição estritamente moderna, nem restrita às filosofias de Hobbes, Locke e Rousseau, o Contratualismo adquiriu o estatuto de um movimento teórico ou corrente de pensamento precisamente com esses autores. Quando alguém contemporaneamente se declara um contratualista refere-se ou filia-se a eles. Assim, quando Rawls (...) declara que sua teoria da justiça prolonga a "teoria do contrato social, tal como se encontra em Locke, Rousseau e Kant", logo em seguida puxa uma nota indicando que não estava se esquecendo de Hobbes, mas que o deixara deliberadamente de lado. Ele tem de fazer isso, já que, como os autores citados, Hobbes é um e o primeiro dos contratualistas (LIMONGI, Maria Isabel de M. P. Os contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau. In: RAMOS, F. C.; MELO, R.; FRATESCHI, Y. Manual de filosofia política. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 97).
1.    Hobbes, Locke e Rousseau são contratualistas, embora  com teses diferentes. Todavia aceitam a mesma tese de fundo ou sintaxe. Explique-a.
R – Hobbes, Locke e Rousseau tinham um ponto comum a respeito da política: a ideia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas.  Aqui se entende o contrato como um acordo, consenso, não como um documento registrado em cartório. Porém, existem algumas divergências entre eles, que veremos a seguir:
Hobbes (1588-1679) acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado de guerra seja controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do homem seja dominado. Neste sentido, o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos. Os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir como soberano absoluto a fim de manter a ordem.
Locke (1632-1704) parte do princípio de que o Estado existe não porque o homem é o lobo do homem, mas em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da assembleia e não fruto da vontade de um soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, colocando-se contra toda tese que defenda a ideia de um poder inato dos governantes, ou seja, de pessoas que já nascem com o poder (por exemplo, a monarquia).
Rousseau (1712-1778) considera que o ser humano é essencialmente bom, porém, a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral. Um tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é a questão da democracia direta e da democracia representativa. A democracia direta supõe a participação de todo o povo na hora de tomar uma decisão. A democracia representativa supõe a escolha de pessoas para agirem em nome de toda a população no processo de gerenciamento das atividades comuns do Estado.
2.   O que podemos designar por "estado de Natureza"?
R - Parte-se do conceito de direito natural: por natureza, todo indivíduo tem direito á vida, ao que é necessário à sobrevivência de seu corpo, e à liberdade. Por natureza, todos são livres, ainda que, por natureza, uns sejam mais forte e outros mais fracos. Um contrato ou um pacto, dizia a teoria jurídica romana, só tem validade se as partes contratantes foram livres e iguais e se voluntária e livremente derem seu consentimento ao que está sendo pactuado.
A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O contrato social funda a soberania.
Caso Concreto 7
Os constituintes responsáveis pela elaboração da Constituição brasileira de 1891 optaram pela manutenção do perfil unitário e confessional do então recém-configurado Estado republicano brasileiro, ao mesmo tempo em definiu que a república teria um perfil parlamentarista, estabelecendo que o Parlamento seria unicameral, renovável por meio de eleições convocadas a critério do Presidente da República. Esta afirmativa está CORRETA ou ERRADA? Justifique.
R – Está “ERRADA”.  O Poder Legislativo do Brasil é exercido, no âmbito federal, desde 1891, pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, compostos, respectivamente, por deputados federais e senadores.
Com a proclamação da República, a tradição constitucional brasileira espelhou-se no modelo norte-americano para criar um Legislativo federal bicameral, dividindo-o em duas vertentes, uma a representar os estados federados, com senadores eleitos pelo sistema majoritário, e outra o povo, com deputados eleitos pelo sistema proporcional, formando, portanto, duas câmaras mutuamente revisoras. Foram exceções as Constituições de 1934 e 1937, que preconizavam o unicameralismo.
Caso Concreto 8
Qual diploma jurídico autorizou pela primeira vez o exercício do direito de voto pelas mulheres no Brasil? Havia restrição de alguma ordem ao exercício do voto feminino neste diploma jurídico?
R - O Código Eleitoral de 1932 permitia apenas que mulherescasadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. As restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946.
Caso Concreto 9
Segundo Francisco Campos, reconhecido como principal autor da Constituição de 1937, em entrevista concedida ao jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, em março de 1945, depois de seu rompimento com Getúlio Vargas, disse que esta Constituição não podia ?invocar em seu favor o teste da experiência, pois não foi posta à prova, permanecendo em suspenso desde o dia de sua outorga, sendo um texto de valor puramente histórico.  Por que, segundo Francisco Campos, a Constituição de 1937, adquiriu esta característica de um texto de valor puramente histórico?
R – Porque a Constituição de 1937 deveria ter passado por um plebiscito nacional que era previsto no art. 187, onde isso não ocorreu por conta do Ato Adicional nº 9 que dava amplos poderes ao Chefe do Governo ao qual impôs uma nova Constituição. Dessa forma, a Constituição elaborada por Francisco Campos deixou de ser um documento jurídico, por não haver adquirido ou haver perdido sua vigência, passando a ser somente “um documento puramente histórico”.
Caso Concreto 10
Como se encontrava organizada, de acordo com a Constituição de 1946, a justiça federal?
R - A Constituição de 1946 recriou apenas a 2ª instância da Justiça Federal — o Tribunal Federal de Recursos, composto de 9 juízes, que integrava o Poder Judiciário Nacional juntamente com o Supremo Tribunal Federal, os juízes e tribunais militares, os juízes e tribunais eleitorais e os juízes e tribunais do trabalho. Destaque-se o ressurgimento da Justiça Eleitoral, a constitucionalização da Justiça do Trabalho e a utilização do termo "Poder Judiciário Nacional", que excluiu a Justiça Estadual — seguindo o raciocínio de que cada Estado constituiria seu Poder Judiciário próprio. A jurisdição anteriormente atribuída à Justiça Federal de 1ª instância continuou sendo exercida pelos juízes de Direito dos Estados e do Distrito Federal; situação paradoxal, pois os juízes estaduais passaram a ter dupla natureza — estadual e federal.
Caso Concreto 11
Apesar de todas as restrições à representação política impostas pelo AI 2 (27/09/65), foi mantida a eleição direta para o cargo de Presidente da República e conservou-se a estrutura partidária herdada do período da “república populista”. Esta afirmativa está CORRETA ou ERRADA? Justifique.
R - Errada. A república populista vai de 1930 com o golpe de Getúlio Vargas a 1960 com a saída de Jango. O traço característico da república populista é o governo respaldado pelas classes menos favorecidas como o proletariado, por isso Getúlio Vargas ficou conhecido como pai dos pobres e mãe dos ricos porque favorecia a burguesia e já a ditadura não reprimia o povo pelos Atos Inconstitucionais.
Caso Concreto 12
O filme “O que é isso companheiro” baseado no livro de mesmo nome de autoria do ex-deputado Fernando Gabeira, relata o episódio do sequestro do embaixador americano, Charles Elbrick, pelo MR-8, em 04 de setembro de 1969, sendo que tal fato se constituiu em uma reação de determinados setores da esquerda brasileira ao "fechamento" do regime promovido pela edição do Ato Institucional n° 5 de 13 de dezembro de 1968. Muito a contragosto, o regime foi obrigado a cumprir as exigências dos sequestradores do embaixador, tendo, todavia, implantado no dia seguinte após o sequestro novas medidas de caráter jurídico-repressivo.  Quais foram essas medidas? 
R – O fim das liberdades individuais e a suspensão do habeas corpus.
Caso Concreto 13
No que se refere à Constituição de 1988, é correto afirmar que além de uma das mais concisas constituições brasileiras, ela também pode ser considerada como uma constituição clássica, tratando tão somente da organização do Estado e dos direitos civis e políticos dos cidadãos? Sim ou não? Justifique.
R – Não, pois, a constituição cidadã de 1988 preocupou-se de modo especial com a área social e os direitos dos cidadãos. Dá maior proteção ao trabalhador, aumenta a arrecadação dos estados e dos municípios, mais poderes ao Legislativo e igualdade de direitos para homens e mulheres, entre outras coisas.
Caso Concreto 14
O Brasil aparece com 13 setores da economia em que há trabalho forçado e/ou infantil em um relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgado na quinta-feira (10). O documento lista 122 produtos de 58 países cuja produção é realizada por meio de trabalho infantil, trabalho forçado ou ambos. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que "não reconhece a legitimidade" do relatório. Segundo o documento, no Brasil, há trabalho infantil na produção de tijolos, cerâmica, algodão, calçados, mandioca, abacaxi, arroz, sisal e tabaco. Nos setores de gado e carvão além de haver trabalho infantil, ele é forçado. Já nos setores de cana-de-açúcar e madeira, os americanos detectaram a presença de trabalho forçado de mão-de-obra adulta. (...)
a) Pode-se dizer que a ausência de regra legal é responsável pela existência de trabalho infantil no Brasil?
R – Não, pois, historicamente, o Brasil, desde a constituição de 1934, proíbe a execução do trabalho de parte de menores. Todas as constituições seguem a tendência de manutenção dessa regra, e ultimamente, concomitante com Estatuto da Criança e do Adolescente que proíbe qualquer forma de trabalho às crianças com menos de 14 anos.
b) A legislação brasileira apoia o trabalho infantil como forma de combate à pobreza, já que as crianças podem ajudar os  responsáveis no orçamento familiar?
R – No tempo do feudalismo sim, as crianças trabalhavam para ajudar suas famílias que, em troca, recebiam a terra dos senhores feudais. No século XXI, não, pois desde o século XX surgiram às normas que proibiam o trabalho infantil, sendo permitido, ao menor, trabalhar a partir dos 14 anos e somente na condição de aprendiz. 
 
Postado por HDzinha às 15:15

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