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Resumo – THE CELL – CAPÍTULO 10 – ESTRUTURA DA MEMBRANA A membrana plasmática engloba a célula, define os seus limites e mantém as diferenças essenciais entre o citosol e o ambiente extracelular. No interior de células eucariotas, as membranas do reticulo endoplasmático, o aparelho de Golgi, a mitocôndria e outras organelas limitadas por membranas mantém as diferenças características entre os conteúdos de cada organela e os do citosol. Todas as membranas biológicas têm uma estrutura geral comum: cada uma é um filme muito fino de moléculas lipídicas e protéicas, mantidas unidas principalmente por interações não-covalentes. A bicamada lipídica é responsável pela estrutura fluida básica da membrana e serve como uma barreira relativamente impermeável à passagem da maioria das moléculas hidrossolúveis. As moléculas protéicas que atravessam a bicamada lipídica servem de mediadores para praticamente todas as outras funções da membrana, por exemplo, transportar moléculas especificas através destas, ou catalisar reações associadas à membrana, como a síntese de ATP. Na membrana plasmática, algumas proteínas servem de ligantes estruturais que conectam o citoesqueleto tanto à matriz celular quanto às células adjacentes, enquanto outros servem como receptores para detectar e transduzir sinais químicos no ambiente celular. BICAMADA LIPIDICA A bicamada lipídica é a base universal da estrutura das membranas celulares. A estrutura DAE bicamada pode ser atribuída às propriedades especiais das moléculas lipídicas, que fazem com que elas se agrupem espontaneamente em duplas camadas, mesmo sob condições artificiais simples. Os Lipídeos das Membranas São Moléculas Anfipáticas, a Maioria das Quais Forma Espontaneamente Duplas Camadas Todas as moléculas lipídicas das membranas celulares são anfipáticas, ou seja, elas têm uma extremidade hidrofílica (“amante da água”) ou polar, e uma extremidade hidrofóbica (“teme a água”) ou não-polar. Os lipídeos de membrana mais abundantes são os fosfolipídeos. Estes têm um grupamento polar numa extremidade (cabeça polar) e duas caudas de hidrocarboneto de característica hidrofóbica. As caudas são normalmente ácidos graxos, que podem apresentar diferentes comprimentos. Uma cauda possui, de modo geral, uma ou mais ligações duplas em cis (isto é, é insaturado), enquanto a outra cauda não (isto é, é saturado). As diferenças no comprimento e na saturação da cauda de ácidos graxos são importantes, pois influem na habilidade das moléculas de fosfolipídeos de empacotarem-se, afetando, por isto, a fluidez da membrana. A forma e a natureza anfipática das moléculas de lipídeos são responsáveis pela formação espontânea da bicamada lipídica num ambiente aquoso. As moléculas hidrofílicas se dissolvem imediatamente em água porque podem formar interações eletrostáticas favoráveis, ou pontes de hidrogênio, com as moléculas de água. As moléculas hidrofóbicas, ao contrario, são insolúveis na água porque não são capazes de formar interações energeticamente favoráveis com as moléculas de água. Pelas razoes acima, as moléculas de lipídeos espontaneamente se agregam direcionando suas caudas hidrofóbicas para o interior e expondo as suas cabeças hidrofílicas para a água. Dependendo de sua forma, eles podem fazer isto de duas maneiras: podem formar micelas esféricas, com as caudas voltadas para dentro, ou podem formar lâminas bimoleculares, ou bicamada, com as caudas hidrofóbicas contidas entre as cabeças hidrofílicas. Nestes arranjos energeticamente mais favoráveis, as cabeças hidrofílicas se voltam para a água em cada superfície da bicamada, e as caudas hidrofóbicas estão protegidas da água no interior. As mesmas forças que fazem com que os fosfolipídeos formem duplas camadas também proporcionam uma propriedade de “auto-selamento”. Uma pequena fenda na bicamada cria uma borda livre em contato com a água; esta situação é energeticamente desfavorável, por isso os lipídeos rearranjam-se para eliminar os ângulos livre. (Nas membranas plasmáticas de eucariotos, as fendas maiores são reparadas pela fusão de vesículas intracelulares). Uma bicamada lipídica tem outras características alem de suas propriedades de “auto-selamento” que a tornam uma estrutura ideal para as membranas celulares. Uma dessas características mais importantes da membrana é a fluidez, que é crucial para muitas funções das membranas. A Bicamada Lipídica é Um Fluido Bidimensional As moléculas individuais de lipídeos são capazes de se difundir livremente através de duplas camadas lipídicas. As moléculas de fosfolipídeos em duplas camadas sintéticas muito raramente migram da monocamada de um lado para a monocamada do outro lado. Este processo, conhecido como “flip-flop”, acontece menos do que uma vez por mês em qualquer molécula individualmente. Ao contrario, as moléculas lipídicas prontamente trocam de lugar com as moléculas vizinhas dentro de uma mesma monocamada (107 vezes por segundo). O componente lipídico de uma membrana biológica é um liquido bidimensional no qual as moléculas que o compõe estão livres para se moverem lateralmente. As moléculas individuais de fosfolipídeos se encontram normalmente confinadas à sua própria monocamada. Este confinamento cria um problema para a sua síntese. As moléculas de fosfolipídeos são feitas somente em uma monocamada da membrana, principalmente na monocamada citosólica da membrana do reticulo endoplasmático (ER). Se nenhuma dessas novas moléculas sintetizadas pudessem migrar razoavelmente rápida para a monocamada não-citosólica, não poderiam ser feitos novas duplas camadas lipídicas. O problema é resolvido por uma classe especial de enzimas ligadas à membrana, chamadas de translocadores de fosfolipídeos, que catalisam um rápido flip- flop dos fosfolipídeos de uma monocamada para a outra. A Fluidez de Uma Bicamada Lipídica Depende da Sua Composição A fluidez de uma bicamada lipídica depende tanto de sua composição quanto de sua temperatura, como é imediatamente demonstrado em estudos. Um comprimento mais curto da cadeia reduz a tendência de as caudas de hidrocarboneto interagirem entre si, e as ligações duplas em cis produzem flexões nas cadeias de hidrocarbonetos que tornam mais difícil agrupá-las então a membrana permanece fluida em temperaturas mais baixas. A bicamada lipídica de muitas membranas celulares não é, composta exclusivamente de fosfolipídeos: freqüentemente contem também colesterol e glicolipídeos. As membranas plasmáticas de eucariotos contem quantidades especialmente grandes de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades “de barreira de permeabilidade” das duplas camadas lipídicas. Eles orientam-se na bicamada com os seus grupamentos hidroxila próximos aos grupos das cabeças polares das moléculas de fosfolipídeos. Nesta posição o seu anel esteróide rígido e em forma de placa interage com – e parcialmente imobiliza – as regiões da cadeia de hidrocarboneto mais próximas aos grupos das cabeças polares. Por meio da redução da mobilidade de alguns poucos primeiro grupos CH2 das cadeias de hidrocarbonetos das moléculas de fosfolipídeos, o colesterol torna a bicamada lipídica menos sujeita a deformações nesta região e, assim, diminui a permeabilidade da bicamada a pequenas moléculas hidrossolúveis. Apesar de o colesterol apresentar a tendência de tornar a bicamada lipídica menos fluida, mas altas concentrações também impedem as cadeias de hidrocarbonetos de se aproximarem e cristalizarem.Quatro principais fosfolipídeos predominam na membrana plasmática de varias células de mamíferos: fosfatidilcolina, fosfatidiletonolamina, fosfatidilserina e esfingomielina. Outros fosfolipídeos como o inositol fosfolipídeos, estão presentes em quantidades menores, mas são funcionalmente importantes. Por exemplo, têm um papel fundamental na sinalização celular. Por que as membranas de eucariotos contêm tamanha a variedade de fosfolipídeos, com grupos cujas cabeças que diferem em tamanho, em forma e em carga. É possível começar a entender, se pensarmos que algumas proteínas de membrana podem funcionar somente na presença de grupos específicos da cabeça dos fosfolipídeos. Além disso, algumas enzimas citosólicas ligam-se a grupos específicos da cabeça de fosfolipídeos expostos na face citosólica da membrana e são, assim, recrutados e concentrados em locais específicos da membrana. A Membrana Plasmática Contém Bolsas Lipídicas que São Ricas em Esfingolipídios, em Colesterol e em Algumas Proteínas de Membrana A maior parte dos tipos de moléculas lipídicas de membranas celulares está misturado ao acaso na monocamada lipídica em que reside. As forças de atração de van der Waals entre as caudas de ácidos graxos adjacentes não são suficientemente seletivas para manter juntos grupo de moléculas desta natureza. No entanto, para algumas moléculas lipídicas, como os esfingolipídeos, as forças de atração podem ser fortes o suficiente para manter temporariamente as moléculas adjacentes juntas em pequenos microdomínios. Estes microdomínios, ou rafts lipídicos, podem ser visto como separações de fase temporárias na bicamada lipídica fluída onde se concentram os esfingolipídeos e o colesterol. Como conseqüência de as cadeias de hidrocarboneto dos lipídeos concentrados serem mais longas e retas que as cadeias de ácidos graxos da maioria dos lipídeos de membrana, podem melhor acomodar certas proteínas de membrana, que, por isto, tendem a acumular-se nestes locais. Dessa maneira, supõe-se que as bolsas lipídicas ajudem a organizar estas proteínas – tanto concentrando-as para transporte, como para possibilitar que estas proteínas funcionem em conjunto. Na maior parte da membrana, as moléculas de lipídeos em uma monocamada da bicamada se movem através desta independentemente das moléculas presentes na outra monocamada. Nas bolsas lipídicas, no entanto, as longas caudas de hidrocarbonetos dos esfingolipídeos de uma monocamada interagem com aquelas presentes na outra monocamada. Então, as duas monocamadas em bolsas lipídicas comunicam-se por meio das caudas dos lipídeos que as constituem. A Assimetria da Bicamada Lipídica É Funcionalmente Importante A assimetria lipídica é funcionalmente importante. Muitas proteínas citosólicas ligam-se a grupos específicos das cabeças polares de lipídeos encontrados na monocamada citosólica da bicamada lipídica. Os fosfolipídeos da membrana plasmática podem ser utilizados de outra forma na resposta a sinais extracelulares. Os animais exploram a assimetria de fosfolipídeos de suas membranas plasmáticas para distinguir entre células vivas e mortas. Os Glicolipídeos São Encontrados Na Superfície De Todas As Membranas Plasmáticas As moléculas lipídicas com assimetria mais extrema de distribuição nas membranas são as moléculas lipídicas contendo açúcares, chamadas glicolipídeos. São encontradas exclusivamente na monocamada não- citosólica da bicamada lipídica, onde se supõe desempenhem um papel na separação celular. A Distribuição assimétrica de glicolipídeos na bicamada resulta da adição de grupos de açúcares às moléculas de lipídeos no lúmen do aparelho de Golgi que é topologicamente equivalente ao exterior da célula. Os grupos de açúcares desempenham importantes funções na interação das células com o ambiente circundante. As sugestões sobre quais seriam as funções dos glicolipídeos podem vir da sua localização. Na membrana plasmática de células epiteliais, por exemplo, os glicolipídeos estão confinados na superfície apical expostos, onde podem auxiliar na proteção da membrana contra as condições adversas freqüentemente ali encontradas. Acredita-se também que os glicolipídeos participem dos processos de reconhecimento celular, nos quais as proteínas ligadoras de carboidratos associadas à membrana ligam-se aos grupos de açúcares, tanto em glicolipídeos como em glicoproteínas, no processo de adesão célula-célula. Resumo As membranas biológicas consistem de uma bicamada continua de moléculas de lipídeos na qual as proteínas de membrana estão inseridas. Esta bicamada lipídica é fluida, sendo as moléculas lipídicas individuais capazes de se difundir através de sua própria monocamada. As moléculas lipídicas da membrana são anfipáticas. As mais numerosas são os fosfolipídeos. Quando colocados em água, se agrupam espontaneamente em duplas camadas, e formam compartimentos lacrados que se fecham novamente se rompidos. Existem três principais classes de moléculas de lipídeos de membrana – fosfolipídeos, colesterol e glicolipídeos. A composição lipídica das monocamadas interna e externa é diferente refletindo as variadas funções das duas faces da membrana celular. PROTEÍNAS DE MEMBRANA As proteínas de membrana desempenham a maioria das funções especificas das membranas. As são as proteínas, portanto, que dão a cada tipo de membrana na célula as propriedades funcionais características. Assim sendo, as quantidades e os tipos de proteínas em uma membrana são altamente variáveis. Como os lipídeos de membrana, as proteínas de membrana freqüentemente têm cadeias de oligossacarídeos ligados a elas, voltados para a face externa da célula; portanto, a superfície que a célula apresenta para o exterior é rica em carboidratos. As Proteínas de Membrana Podem Estar Associadas à Bicamada Lipídica de Várias Maneiras As diferentes proteínas de membrana estão associadas às membranas em distintas formas. Muitas atravessam a bicamada lipídica, com uma parte da sua massa em cada lado, estas proteínas transmembrana são anfipáticas, possuindo regiões que são hidrofóbicas e regiões que são hidrofílicas. As regiões hidrofóbicas atravessam a membrana e interagem com as caudas hidrofóbicas das moléculas lipídicas no interior da bicamada, onde elas estão isoladas da água. As regiões hidrofílicas ficam expostas à água nos dois lados da membrana. Outras proteínas de membrana localizam-se inteiramente no citosol e estão associadas à monocamada citosólica da bicamada lipídica. Outras proteínas de membrana, ainda, encontram-se inteiramente expostas na superfície externa da célula. As proteínas associadas a lipídeos são sintetizadas como proteínas solúveis no citosol e são, em seguida, direcionadas para a membrana por meio de uma ligação covalente de um grupamento lipídico. Algumas proteínas de membrana não se projetam de forma alguma para o interior hidrofóbico da bicamada lipídica; em vez disto, ligam-se a uma das faces da membrana por meio de interações não-covalentes com outras proteínas de membrana. Essas proteínas são conhecidas como proteínas periféricas da membrana. As proteínas transmembrana mantidas ligadas à bicamada por meio de grupamentos lipídicos, e algumas proteínas associadas à membrana por fortes ligações incomuns a outras proteínas não podem ser liberadas dessa maneira. Estas proteínas são chamadas de proteínas integrais da membrana. A forma como uma proteína de membrana se associa à bicamadalipídica reflete a função desta proteína. Somente proteínas transmembrana podem atuas nos dois lados da bicamada ou transportar moléculas através dela. Os receptores celulares de superfície são proteínas transmembrana que ligam moléculas sinalizadoras no espaço extracelular e geram diferentes sinais intracelulares no lado oposto da membrana plasmática. Algumas das proteínas envolvidas na sinalização intracelular, por exemplo, estão ligadas à metade citosólica da membrana plasmática por meio de uma ou de mais ligações covalentes com grupamentos lipídicos. Na Maioria das Proteínas Transmembrana a Cadeia Polipeptídica Atravessa a Bicamada Lipídica em Uma Conformação de α Hélice Uma proteína transmembrana geralmente tem uma orientação única na membrana. Isto reflete tanto a maneira assimétrica pela qual é sintetizada e inserida na bicamada lipídica no ER, como as diferentes funções dos seus domínios citosólico e não-citosólico. Como as ligações peptídicas são elas próprias polares e há ausência de água, todas as ligações peptídicas na bicamada tendem a formar pontes de hidrogênio entre elas. A formação de pontes de hidrogênio entre ligações peptídicas é maximizada se a cadeia polipeptídica forma uma α hélice normal quando atravessa a bicamada, e acredita-se que seja assim que a grande maioria dos segmentos das cadeias polipeptídicas que atravessam as membranas o façam. Em proteínas transmembrana de passagem única, o polipeptídeo atravessa a membrana somente uma vez, enquanto que nas proteínas transmembrana multipassagem a cadeia polipeptídica atravessa varias vezes a membrana. Uma forma alternativa para as ligações peptídicas satisfazerem os seus requisitos de formação de pontes de hidrogênio na bicamada lipídica seria arranjar as múltiplas fitas de cadeias polipeptídicas transmembrana em folhas β pregueadas organizadas em cilindro fechados, os chamados barris β. Alguns Barris β Formam Grades Canais Transmembrana As proteínas que formam barris β são abundantes na membrana externa das mitocôndrias, dos cloroplastos e de muitas bactérias. São proteínas formadoras de poros, gerando canais contendo água que permitem que determinados solutos hidrofílicos atravessem a bicamada lipídica da membrana externa bacteriana. Nem todas as proteínas de barril β são proteínas de transporte. Algumas formam barris menores que são completamente preenchidos por cadeias laterais de aminoácidos que se projetam para o centro do barril. Essas proteínas funcionam como receptores ou como enzimas, nesses casos, o barril é utilizado principalmente como uma âncora rígida que mantém a proteína ligada à membrana e orienta as regiões das alças citosólicas que formam os sítios de ligação para moléculas intracelulares especificas. A grande maioria das proteínas de membrana multipassagem das células eucariotas é formada por α hélices transmembrana. As hélices dessas proteínas podem deslizar umas sobre as outras, permitindo que a proteína sofá modificações conformacionais que podem ser utilizadas para abrir e fechar canais iônicos, transportar solutos ou transduzir sinais extracelulares para intracelulares. Nas proteínas com barris β se encontra rigidamente ligada às adjacentes por pontes de hidrogênio, tornando improváveis as modificações conformacionais do próprio barril. Muitas Proteínas de Membrana São Glicosiladas A grande maioria das proteínas transmembrana em células animais é glicosilada. Como nos glicolipídeos, os resíduos de açúcar são adicionados no lúmen do ER e do aparelho de Golgi. Por isso, as cadeias oligossacarídeos estão geralmente presentes no lado não-citosólico da membrana. As Proteínas de Membrana Freqüentemente Funcionam Como Grandes Complexos Algumas proteínas de membrana funcionam como parte de complexos de multicomponentes. As proteínas de membrana são freqüentemente organizadas em grandes complexos não somente para captar varias formas de energia, mas também para converter sinais extracelulares em sinais intracelulares. Muitas Proteínas de Membrana Difundem-se No Plano da Membrana Como os lipídeos da membrana, as proteínas de membrana não saltam (flip- flop) através da bicamada lipídica, mas rotam em torno de um eixo perpendicular ao plano da bicamada. Alem disto, muitas proteínas de membrana são capazes de mover-se lateralmente dentro da membrana (difusão lateral). As Células Podem Confirmar Proteínas e Lipídeos em Domínios Específicos de Uma Membrana Muitas células são dotadas de mecanismos para confirmar as proteínas de membrana em domínios específicos de uma bicamada lipídica continua. Em células epiteliais, como as que revestem o intestino, algumas enzimas e proteínas de transporte da membrana plasmática estão confinadas à superfície apical das células, enquanto outras estão confinadas às superfícies basal e lateral. Essa distribuição assimétrica das proteínas de membrana é freqüentemente essencial para o funcionamento do epitélio. A composição de lipídeos desses dois domínios de membrana também é diferente, demonstrando que as células epiteliais podem prevenir a difusão de lipídeos tanto quanto a de moléculas protéicas entre os domínios. É sabido que as células têm muitas maneiras de mobilizar as suas proteínas de membrana, por exemplo, uma forma mais comum de restringir a mobilidade lateral de determinadas proteínas de membrana é prendendo0as a conjuntos de macromoléculas tanto dentro como fora da célula. A Superfície da Célula É Revestida com Resíduos de Açúcares As proteínas da membrana plasmática, como regra, não se projetam como tal para o exterior da célula. Elas estão normalmente associadas a carboidratos, que recobrem a superfície de todas as células eucarióticas. Estes carboidratos são encontrados como cadeias de oligossacarídeos ligadas covalentemente às proteínas (glicoproteínas) e a lipídeos (glicolipídeos). O termo revestimento celular ou glicocálice é freqüentemente utilizado para descrever a zona rica em carboidratos da superfície da célula. Uma provável função do revestimento celular é a de proteger as células contra danos mecânicos e químicos e manter objetos estranhos e outras células a distancia, prevenindo interações proteínas-proteína indesejáveis. Resumo Enquanto a bicamada lipídica determina a estrutura básica das membranas biológicas, as proteínas são responsáveis pela maioria das funções das membranas, servindo como receptores específicos, enzimas, proteínas transportadoras, e assim por diante. Muitas proteínas de membrana se estendem através da bicamada lipídica. Em algumas destas proteínas transmembrana, a cadeia polipeptídica travessa a bicamada como uma única α hélice (proteínas de passagem única). Em outras, incluindo aquelas que responsáveis pelo transporte transmembrana de íons e de outras pequenas moléculas solúveis em água, a cadeia polipeptídica travessa a bicamada múltiplas vezes – seja como uma serie de α hélices seja como uma folha β pregueada na forma de um barril fechado (proteínas multipassagem). Outras proteínas associadas à membrana não atravessam a bicamada, mas em vez disso, estão ligadas a um dos lados da membrana. Como as moléculas de lipídios na bicamada, muitas proteínas de membrana são capazes de difundir-se rapidamente no plano da membrana. Porém as células são dotadas de formas de imobilizar proteínas especificas de membrana e de confirmar tanto as proteínas de membrana quanto as moléculas de lipídeos em domínios particulares em umabicamada continua. Supõe-se que o resultante revestimento de açúcares proteja a superfície da célula contra danos mecânicos e químicos.
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