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ECONOMIA- DIREITO

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Economia: é a ciência destinada ao estudo da gestão\gerenciamento dos recursos escassos.
Escassez: tem que ser analisada considerando duas variáveis:
I)	A quantidade ofertada ou disponível de um determinado produto. 
II)	Demanda por esse produto ou serviço. 
Uma coisa será considerada escassa, e, portanto, será considerada do interesse da economia estudar se a demanda por esse objeto for superior a oferta ou quantidade disponível do produto\serviço em questão. Escasso não é absolutamente o que existe em pouca quantidade, é sempre relativizado em comparação com a demanda. 
Ex: Quantidade de água potável no mundo. A demanda por esse bem é ainda maior do que a oferta, esse bem é escasso porque a demanda é superior, mesmo que exista uma quantidade significativa do produto.
Não se pode confundir escassez com utilidade e nem com valor. São coisas diferentes.
Utilidade é a aptidão que um bem ou um serviço tem para atender uma necessidade. É possível imaginarmos bens que são úteis, mas não escassos. Por exemplo: A luz do sol, é um recurso vital. A quantidade de luz que chega aqui atende a necessidade de todos e ainda sobra, a oferta dele é superior à demanda. Por isso não é um bem escasso.
Valor: Para a economia, no sentido de preço, é o valor de troca. Quanto se dispõe a pagar para ter acesso a um bem, o que se dá em troca por ele. Não havendo escassez o valor nesse caso é 0. Não é apenas a escassez que determina um preço, mas é um elemento de suma importância.
Necessidade é a manifestação de um desejo por algo que seja necessário à sobrevivência ou realização social do ser. Por isso, necessidade é algo subjetivo e individual, pois cada pessoa tem as suas próprias.
Relações entre direito e economia – Analise Histórica.
Adam Smith falava que o mercado funciona\ é guiado por uma mão invisível que faz o mercado andar. Mas essa mão não pertence propriamente a ninguém, é resultado do comportamento de todos os agentes ao mesmo tempo, de uma forma espontânea. E nesse raciocínio liberal o comportamento desses agentes implicaria nos melhores resultados para o mercado. Esse mercado seria altamente eficiente, oferta abundante, etc. Com base nesse raciocínio em que o mercado funcionaria em regime de concorrência perfeita se conclui que o estado não intervém na economia, ela se movimenta sozinha. Para isso fazer sentido dentro do pensamento liberal é que esse mercado já funciona de maneira perfeita sozinho, e se o estado entrar no meio poderia atrapalhar na eficiência.
Mercado: Espaço onde ofertantes e demandantes se encontram para fazer a troca de produtos, negociações.
O liberalismo econômico desenha um modelo para tentar explicar o funcionamento do mercado, chamado modelo de concorrência perfeita. Qualquer modelo é uma forma simplificada para tentar explicar uma realidade. No caso do liberalismo é um modelo teórico que os liberais utilizavam para tentar explicar o funcionamento do mercado.
Esse modelo se caracteriza pela presença de 5 elementos, esses elementos acabam apontando para a mesma direção, em qual ninguém é forte para sustentar o mercado, não se pode ir contra elas.
I) Atomicidade: Significa dizer que nesse modelo os agentes de mercado (ofertantes e demandantes) são pequenos como os átomos e existem em grandes quantidades, o que gera um enorme nível de concorrência. 
II) Homogeneidade: Produtos e serviços ofertados dentro do mercado são muito similares entre si, dentro de seus segmentos. 
III)	Pleno acesso às informações relevantes. Quem acessa as informações são os agentes do mercado, que conseguem acessar tudo e compreender adequadamente. São incapazes de tomar uma decisão equivocada.
Esse modelo de liberalismo é construído em um momento muito marcado pelo iluminismo, racionalismo, o ser humano o centro de todas as coisas. Nesse contexto faz sentido pensar que os agentes de mercado são seres extremamente inteligentes e incapazes de errar.
No mercado em concorrência perfeita existe uma competição extrema.
IV) Plena mobilidade dos fatores de produção. (Fatores de produção são as coisas que necessito para conseguir produzir - oferecer bens e serviços no mercado. -)
Fatores de produção: Natureza, terra ou recursos naturais. Trabalho e rotatividade humana subordinada.
Capital, o fator de produção capital não se resume a dinheiro, é composto, também, pelos instrumentos, ferramentas, maquinários que utilizo para oferecer outros bens ou serviço.
Empresário, ele organiza os demais fatores de produção. Empresa é uma atividade organizada, quem executa essa atividade é o empresário.
Esses elementos utilizados para produzir poderiam ser transportados de um mercado para outro, não há nada que impeça essa movimentação. Isso equivale dizer que não existem barreiras à entrada aos mercados.
Barreira a entrada é um obstáculo que se tem que superar para conseguir entrar no mercado. Essas barreiras podem ser criadas pela própria economia, mas também podem ser criadas pelo direito.
A mudança de mercado seria em prol da busca de maior lucro. Ao fazer isso, por existir um pleno acesso às informações relevantes, os antigos concorrentes também se mudariam, o que geraria novamente uma concorrência e impossibilitaria o monopólio.
V) Ausência de externalidades e ausência de economias de escala. Ausência de elementos que poderiam desequilibrar a competição. Seja favorecendo alguém dentro do mercado, seja prejudicando um concorrente.
Externalidades: São fenômenos que ocorrem quando um sujeito suporta as consequências ou efeito de algo que ele não provocou. Elas podem ser positivas ou negativas, dependendo do tipo de consequência. Poluição é um exemplo clássico de externalidade.
As economias de escala ocorrem quando o aumento da produção, gera uma redução no custo médio. Custo médio é o custo da produção total, dividida pela quantidade de unidades produzidas. Ex.: um avião com capacidade de 100 pessoas, à medida que vai enchendo, reduz seu custo médio para ser operado. Quando existe essa economia de escala, o ofertante tem o poder de barganha para atrair demandantes e desequilibrar a concorrência. Assim, na concorrência perfeita, não há economia de escala.
Não é sempre que o aumento da escala implica em redução do custo médio, acontece apenas em caso concreto.
Concorrência perfeita é uma situação muito difícil de se ver na prática. Existem as concorrências imperfeitas. Não sendo mercados perfeitos a questão de o Estado intervir precisa ser revista, e para o Estado intervir precisa de normas jurídicas que lhe dizem como fazer isso. Esse modelo depois do liberalismo não se aplica mais no mercado, pois não existe concorrência perfeita. Exemplos históricos do esgotamento da falha do modelo liberalista:
1º: Meados do sec. XIX: Concentração capitalista: surgimento de um poder econômico privado, que se mostrava muito forte dentro do mercado, quem detinha esse poder poderia estabelecer o preço e quantidade a ser ofertada.
2º: Monopólio do petróleo nos EUA.
3º: Crise de 1929 e a grande depressão: Um dos pontos mais importantes para gerar essa crise foi o que o próprio mercado criou, com a superprodução. E o mercado não consegue sair disso sozinho, precisa de uma intervenção estatal.
Moeda escritural: não tem lastro físico.
4º: Guerras mundiais: Um dos fatores importantes nas duas situações foram de natureza econômica, juntamente com outros fatores. O tratado de paz mundial ajudou a criar um contexto em regime totalitarista, impondo a Alemanha deveres econômicos sérios.
Surge a necessidade de um novo direito, o direito econômico tem por objeto as normas jurídicas que disciplinam o fenômeno econômico. Aparece no final do séc. XIX nos EUA e Canadá. Com o passar do tempo as próprias constituições dos países passaram a ter em seu texto assuntos dispondo acerca desse assunto.
O direito econômico tem algumas características e princípios que lhe são próprios. É relacionado ao fato econômico sobre qual a norma jurídica vai incidir. Os princípios acabam sendo coisas mais básicas, é o farolque se usa para interpretar as normas jurídicas de acordo com esse princípio.
Obs.: Autarquia: Tipo de pessoa jurídica de direito público que integra o Estado.
 
Princípios\ características do direito econômico
Caráter Concreto: muito ligado ao fato econômico sobre o qual a norma jurídica vai incidir. Caráter Concreto quer dizer que o fato econômico possui muitas variáveis na realidade (mundo concreto) que devem ser observadas.
Mobilidade: muito ligado ao fato econômico sobre o qual a norma jurídica vai incidir. O mercado está em constante transformação, então, além de ter muitas variáveis, estas estão sempre se modificando.
Por conta do caráter concreto (1) e mobilidade (2) que geram intensas variáveis e mudanças, existem agências reguladoras para auxiliar no controle e equiparar as transformações do mercado às jurídicas. Dentre as muitas competências destas, há a de normatizar o mercado de sua atuação, ou seja, criar normas para serem aplicadas em um determinado mercado.
Lei em sentido estrito: aquela que segue um processo legislativo. Já as normas formuladas pelas agências são resoluções, pronunciamentos, etc., as quais não precisam respeitar um processo legislativo e, assim, aceleram as adaptações à realidade mercantil. Além dessa rapidez na normatização, evidencia-se o fato de cada agência atuar em um ramo específico, otimizando ainda mais os avanços.
Art. 5º, inciso II, CF/88: “ninguém deixará de fazer algo senão em função de lei”. Lei, neste caso, está em sentido estrito. Então, as normas propostas pelas agências não seriam inconstitucionais, visto que estariam obrigando empresas a determinados atos? Não, o art. 174 da CF/88 estabelece que o Estado é o regulador da economia e, além disso, cada agência (autarquia federal) foi criada por uma lei em sentido estrito, cujo conteúdo define as competências e área de atuação. Também existem princípios constitucionais reguladores dessa atuação.
Princípios: caráter abstrato; regras: detalhistas, concreto. As agências produzem regras, mas devem respeitar princípios.
 
Ausência de codificação: A codificação é a organização de forma sistemática de determinado assunto em um código e busca ser o mais completo possível.
Um código econômico nesse sentido de codificação não poderia ser feito devido a velocidade em que as normas relacionadas a economia mudam, não se pode reunir todas as informações sobre a matéria em um único documento pois tiraria a essência da codificação com a rapidez das mudanças. Devido a isso o direito econômico reúne suas normas em várias leis diferentes. 
 
 Crise de imperatividade: Algo imperioso é algo obrigatório. Não significa uma abolição completa dos instrumentos imperativos, mas que não se pode valer apenas desse elemento imperativo.
 
 Análise econômica do direito (AED): Surge nos EUA no séc. XX é um método que se utiliza, para tentar elaborar e aplicar as normas jurídicas de uma maneira mais eficiente. Por ser um método interpretativo não vai ser utilizado só no ramo da economia, pois eles se instrumentam em saber como os agentes reagem com incentivos, que pode se valer de várias ferramentas que a economia disponibiliza.
 Análise Econômica do Direito é um método por meio do qual o jurista, operador do Direito, vai utilizar instrumentos da Ciência Econômica para que ele consiga criar normas jurídicas mais eficientes e que também possa aplicá-las de forma mais eficiente. A economia tem vários instrumentos para o estudo do comportamento dos agentes – como as pessoas reagem aos estímulos -, podendo escolher qual o mais indicado para a situação. Por exemplo, quando uma infração é cometida e ainda deixa o negócio lucrativo, deve-se analisar normas para desestimular a conduta dos agentes.
 
 Economicidade\eficiência: Conceitos econômicos. Economicidade é uma análise de custo benefício. O direito lida com vários tipos de benefícios que não são somente financeiros.
 
 Eficiência estática: Busca reduzir os custos com as ferramentas\conhecimento que se tem na mão.
É a forma de ter a maior produção possível com os recursos disponíveis, considerando o padrão tecnológico atual. Ou seja, é a forma de ter mais resultado usando o mínimo de recurso. Visa o curto prazo. 
Regra da razão x ilícito per se: Dois conceitos utilizados na defesa da concorrência, são correntes que dizem respeito a percepção se determinada situação é ilícito ou não em uma situação comercial. Ilícito per se: Qualquer restrição a concorrência seria ilícita. A conduta em si já é um ilícito. Regra da razão tem uma perspectiva diferente, tenta-se entender as consequências do comportamento e considerar que certos tipos de restrição a concorrência são lícitos caso sejam justificados para o mercado funcionar de maneira melhor. Não pensar o fato em si, mas o que ele causou.
Ex.: Contrato de distribuição: o fabricante vende o produto para o distribuidor, o qual faz o repasse para os comerciantes. O distribuidor é responsável pela logística de transporte e armazenamento do produto (ex. chocolate, que precisa de galpão refrigerado). Sabendo-se disso, nota-se que o distribuidor deve fazer investimentos iniciais, os quais ele espera que retornem em um certo período de tempo. A fim de ter um retorno mais rápido, o distribuidor adiciona uma cláusula ao contrato para que ele tenha exclusividade na distribuição. Nesse caso, a retirada da concorrência é lícita, pois nenhum distribuidor iria se arriscar tanto sem garantias, sendo, então, benéfico para o mercado. Assim, as condutas anti-concorrenciais devem ser analisadas de forma contextualizada para averiguar se é benéfico ou não para o mercado e à longo prazo.
 No período entre guerras o governo alemão incentivou a formação de cartéis para fomentar a produção e facilitar o controle estatal, já que mitigariam parte da complexidade do mercado.
 Declínio do princípio da Generalidade da Lei: Lei é norma geral abstrata. O Direito brasileiro é romano-germânico, sendo, portanto, civil law. Dessa forma, a fonte do direito é a lei, fazendo com que a atuação judicial seja dedutiva, partindo do micro (lei), para o macro (caso concreto). O Direito econômico implica em um declínio da generalidade da lei, pois os fatos econômicos possuem um caráter concreto muito acentuado. Exemplo desse declínio são as agências reguladoras, que analisam o mercado (concreto) para fazerem as regras.
 Desmoronamento da fronteira entre público e privado: No mercado temos os particulares mas existe participação do Estado também. O mercado que tinha um caráter essencialmente privado, passou a ter tanto o elemento público (Estado regulador) quanto o privado (particulares).
 
 Micro e macro jurídicos: Micro jurídica se refere aos tipos de situações que geram efeitos para as pessoas diretamente envolvidas.
Macro jurídico: Pessoas externas à essa relação. O fato tem o potencial de chegar a terceiros que a princípio não tem relação nenhuma com a situação econômica. O foco do direito econômico se interessa por fatos que tem o efeito macro jurídico.
Se um fato não tem característica macro jurídica não quer dizer que o direito como um todo não vai se interessar por ele. Outros campos do direito entendem que esse fato tem relevância para os outros tipos de situação.
O Estado, tem que se debruçar sobre aquilo que seja potencialmente relevante.
Constituição econômica\ordem econômica constitucional.
 
As primeiras normas positivadas no direito econômico foi a partir do sex XIX.
Os estados passaram a incorporaresse tipo de assunto em seu texto constitucional. A constituição econômica diz respeito a elementos que tratam acerca do funcionamento do mercado. Não é algo que busca regulamentar cada mercado em detalhes, o que ela faz é estabelecer elementos princípio lógicas que terão que ser observados no funcionamento do mercado.
Sentido formal: Seria o texto constitucional econômico tratado em capítulos, organizado sistematicamente.
Material: A essência de cada norma\previsão constitucional. E aí se percebe que eventualmente algum dispositivo constitucional tratara da questão do mercado, mas que não está escrito dentro do capítulo de ordem econômica formal.
A primeira constituição do mundo a ter uma previsão relacionada a ordem econômica constitucional foi a do México de 1917. É a primeira que trata, também de direitos trabalhistas. As questões trabalhistas dizem respeito ao funcionamento do mercado.
A constituição de Weimar na Alemanha em 1919. Dava previsões e aparato para a constituição atuar dentro da economia. Os movimentos de constitucionalização das questões econômicas estavam avançando.
No Brasil, a primeira constituição que prevê questões da ordem econômica é a de 1934.A constituição de 37 é a primeira que fala de intervenção estatal. A de 46 se comparada com as anteriores prevê um nível menor de intervenção estatal, surge uma forma neoliberal de pensamento.
A constituição de 1967 tinha o paradigma da segurança nacional. O Estado atuava como empresário, e isso é uma forma de intervenção na economia.
A constituição de 88 fala que o Estado só pode atuar como empresário em situações excepcionais. Em vários campos da economia o papel do estado se altera, principalmente nos que ele era monopolista.
O estado deixa de ser empresário e passa a ser agente regulador, ele não atua produzindo esses bens de serviço, mas atua fiscalizando e incentivando os empresários.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
Ordem econômica, aqui, é um sistema de funcionamento da economia. Quando se fala em sistema temos dois movimentos:
i) Reunir, no mesmo espaço certos elementos que guardem entre si alguma afinidade, algum ponto de contato.
ii) Esses elementos estão organizados para funcionar em conjunto, e o funcionamento visa algum objetivo.
A ordem econômica tem o objetivo de dar a todos existência digna, que são um conjunto de direitos considerados básicos, a própria constituição define isso, Art. 5º. A implementação da dignidade se dá com a atuação do próprio indivíduo e do estado, que adquire impostos e consegue intervir na vida das pessoas, eles serão favorecidos se a economia estiver funcionando bem.
Trabalho é um fator de produção, o trabalho pode e deve ser utilizado na atividade econômica, mas ele não pode ser explorado, o direito cria normas protetivas ao trabalhador. Muitas funções protetivas tem um fundo econômico também, defende os trabalhadores para que eles não sejam explorados e possam trabalhar bem, produzindo mais lucros.
Livre iniciativa é um direito de entrar no mercado, liberdade. Mas, a questão relevante é que a livre iniciativa não é um direito absoluto, não é ilimitado. Em alguns mercados só se pode entrar com especializações, há barreiras de entrada. Essas barreiras de entrada têm que ter justificativas, não se pode colocar qualquer requisito, muitas vezes o fundamento que se dá é a questão de peculiaridade.
I - Soberania nacional;
II - Propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - Livre concorrência;
V - Defesa do consumidor;
VI - Defesa do meio ambiente;
VI - Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei
 16\08\16
Justiça social: Diz respeito a uma redução de desigualdade, de distorções. E em uma perspectiva ligada a: Tratar igualmente os iguais, desigualmente os desiguais, cada um no limite de sua desigualdade. Essa ideia não é que todos sejam colocados no mesmo patamar. Pois a economia traz uma lógica capitalista, a ordem constitucional econômica tenta atenuar os efeitos do capitalismo. O primeiro aspecto tem a ver com dois conceitos econômicos:
I) Distribuição ou distribuição primaria: Distribuição de riquezas, que é produzida pelo mercado quando ele elabora bens de serviço, o mercado cria riqueza. O próprio mercado no movimento de criação dela já a distribui. Para haver a distribuição de bens e serviços são necessários os fatores de produção, cada titular desses fatores será remunerado, tecnicamente essa forma de pagamento é chamado de renda. A cada fator de produção corresponde a um tipo de renda. O trabalhador recebe o salário e o empresário o lucro. A natureza, ou a terra, recebe o aluguel. É pagando essas rendas que o mercado distribui as riquezas que produz, ao fazer isso ele se preocupa com elementos que não são necessariamente relacionados a questões de justiça social, um mercado livre paga mais ao que é mais relevante, o que gera a concentração de renda na mão dos fatores (das pessoas) que possuem esses elementos. E 	 esse problema pode ser materialmente aplicado de duas maneiras, o direito pode influenciar\limitar na própria dinâmica de distribuição do mercado.
Ex.: Salário mínimo. O trabalhador tem a garantia de um mínimo a se receber.
Juros: A legislação limita a cobrança de juros, é uma intervenção legal no modo de distribuição primaria.
II) Redistribuição ou distribuição secundaria: Alterar posteriormente a distribuição que o mercado fez na dinâmica da distribuição primaria, quem atua promovendo a distribuição é preponderantemente é o Estado. E a lógica é, que apesar da distribuição primaria, houve distorções no aspecto de justiça social. O primeiro movimento a ser feito é o tributário, com esse dinheiro o estado pode fazer alguns movimentos, por exemplo as chamadas rendas de transferência, e isso tem um sentido diferente das rendas propriamente ditas. Nesse aspecto a renda de transferência é o contrário, quem a recebe não participou da atividade produtiva. Ex.: Seguro desemprego, bolsa família. Qualquer pagamento de programas sociais é uma renda de transferência.
No direito tributário, um dos princípios é o da capacidade contributiva, que tem uma relação muito forte com a justiça social. Capacidade distributiva diz respeito ao seguinte em relação a distribuição: Quem tem mais, contribui mais. Em tese, esse movimento diz que tem melhor condição econômica custeia mais os movimentos do estado, mas não é o que acontece, pois, os mais pobres e mais ricos pagam o mesmo imposto ao comprar um refrigerante, por exemplo.
Inc. I – Soberania nacional: Significaria que seriamos autossuficientes no sentido econômico, mas isso não acontece, há coisas que não conseguimos produzir aqui, é necessária uma relação com outros países, importação e exportação. Em sua vertente econômica, a ideia é voltada a lógica de bom funcionamento do mercado, o bom funcionamento do mercado leva a uma autonomia maior em relação aos outros estados para que se possa com isso exercitar melhor a soberania política, de maneira mais plena.
A soberania aqui é econômica, e a ao art. 1º é política.

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