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O QUE É A OPERAÇÃO A Operação Lava Jato é a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. Ela teve início no Paraná, em 17 de março de 2014, unificando quatro ações que apuravam redes operadas por doleiros que praticavam crimes financeiros com recursos públicos. O nome Lava Jato era uma dessas frentes iniciais e fazia referência a uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de veículos, em Brasília, usada para movimentação de dinheiro ilícito de uma das organizações investigadas inicialmente. Desde então, a operação descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos e algumas das maiores empresas públicas e privadas do país, principalmente empreiteiras. Os desdobramentos não ficaram restritos à estatal e às construtoras. As delações recentes da JBS e braços da operação espalhados pelo Brasil e exterior são exemplos das novas dimensões que a investigação ainda pode atingir. A duração permanece imprevisível 1.434 procedimentos instaurados 775 buscas e apreensões 210 conduções coercitivas 95 prisões preventivas 104 prisões temporárias 6 prisões em flagrante 158 acordos de colaboração premiada 10a cordos de leniência 274 pessoas acusadas 141 condenações R$ 38,1 bi é o valor total do ressarcimento pedido (incluindo multas) R$ 3,2 bi de bens de réus já bloqueados Fonte: MPF (atualizado até 29 de maio de 2017) COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA 1 - PROPINAS Segundo o Ministério Público Federal, diretores e funcionários da Petrobras cobravam propina de empreiteiras e outros fornecedores para facilitar seus negócios com a estatal 2 - CONTRATOS SUPERFATURADOS Os contratos dessas empresas com a Petrobras eram superfaturados para permitir o desvio de dinheiro dos cofres da estatal para os benefíciários do esquema 3 - OPERADORES A propina paga pelas empreiteiras e fornecedores da Petrobras foi desviada para lobistas, doleiros e outros operadores encarregados de repassá-lo a políticos e funcionários públicos 4 - PARTIDOS POLÍTICOS Segundo o Ministério Público, o esquema beneficiava os partidos políticos responsáveis pela indicação dos diretores da Petrobras que colaboravam com o esquema na estatal O AVANÇO DAS INVESTIGAÇÕES 1 - DOLEIROS As autoridades começaram a investigar, em 2009, uma rede de doleiros ligada a Alberto Youssef, que movimentou bilhões de reais no Brasil e no exterior usando empresas de fachada, contas em paraísos fiscais e contratos de importação fictícios 2 - PETROBRAS Youssef tinha negócios com um ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, grandes empreiteiras e outros fornecedores da estatal. Os dois foram presos em março de 2014, e a partir daí os desvios em obras da Petrobras se tornaram o foco principal da investigação 3 - PRISÕES E DELAÇÕES Em agosto de 2014, após ser preso pela segunda vez, Costa aceitou colaborar com as investigações em troca de redução da pena. Afirmou que ele e outros diretores da Petrobras cobravam propina e repassavam o dinheiro a políticos. Youssef também virou delator. No final de 2016, a Odebrecht firmou acordo de delação premiada, que originou a "lista de Fachin". Em maio de 2017, delações de executivos da JBS envolvem o presidente Michel Temer e diversos políticos 4 - EMPREITEIRAS As delações deram impulso às investigações. Em novembro de 2014, a PF deflagrou operação contra funcionários e executivos da Camargo Correa, OAS, Mendes Junior, Engevix e Galvão Engenharia, UTC e IESA. Em junho de 2015, foram presos os presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo 5 - POLÍTICOS Em 2015, a operação alcançou os políticos. Em julho, houve buscas contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) e outros políticos. Em agosto, foi preso o ex-ministro do governo Lula José Dirceu, que recebeu pagamentos de empresas sob investigação. Em dezembro, foram presos o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. O ex-presidente se tornou réu pela primeira vez em julho de 2016, acusado de tentar obstruir a Lava Jato. O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que perdeu o foro privilegiado após ter o mandato cassado em setembro de 2016, foi preso no mês seguinte. O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ), alvo da PF em quatro operações, foi preso em novembro de 2016. O ex-ministro do Turismo do governo Temer e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi preso em junho de 2017 6 - OUTROS SETORES Empreiteiros que decidiram colaborar com as investigações sobre a corrupção na Petrobras apontaram desvios semelhantes em obras de outros setores: elétrico, como a usina nuclear de Angra 3 e Belo Monte, Copa do Mundo, como reformas e construções de estádios, e transportes, como a ferrovia Norte-Sul e obras do metrô. Em maio de 2017, a PF deflagra operação para investigar o grupo JBS AS FASES DA OPERAÇÃO 45ªFASE QUANDO ACONTECEU: 23/08/2017 OPERAÇÃO ABATE II Origem do nome da operação (A operação é desdobramento da Operação Abate, 44ª fase da Lava Jato) Tiago Cedraz teria tentado favorecer a Sargeant Marine, empresa americana que fornecia asfalto à Petrobras. Ele também teria participado de reuniões em que se planejou o pagamento de propinas a agentes da estatal. Segundo as investigações, o advogado também teria recebido comissões pela contratação da Sargeant Marine em contas de off-shore na Suíça. PRINCIPAIS ALVOS : Tiago Cedraz, advogado, filho de Aroldo Cedraz, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) 44ªFASE QUANDO ACONTECEU: 18/08/2017 OPERAÇÃO ABATE Apura desvios na contratação de fornecimento de asfalto pela empresa estrangeira Sargeant Marine à Petrobras, mediante o pagamento de propinas a funcionários públicos e agentes políticos PRINCIPAIS ALVOS: Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal e líder na Câmara dos governos do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma 43ªFASEQUANDO ACONTECEU: 18/08/2017 OPERAÇÃO SEM FRONTEIRAS Origem do nome da operação (Operação investiga esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e um grupo de armadores gregos) Operação investiga o pagamento de propina a executivos da petroleira por um grupo de armadores gregos, com troca de informações privilegiadas para o fretamento de navios. PRINCIPAIS ALVOS: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras; o empresário Henry Hoyer de Carvalho, apontado como operador do PP; Georgios Kotronakis, filho de Konstantinos Kotronakis, cônsul honorário da Grécia no Brasil. 42ªFASEQUANDO ACONTECEU: 27/07/2017 OPERAÇÃO COBRA Origem do nome da operação ( "Cobra" seria o codinome usado para Bendine nas tabelas de pagamentos de propinas da Odebrecht) De acordo com o Ministério Público Federal, há evidências de que Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras, solicitou R$ 17 milhões de propina na época em que comandou o Banco do Brasil (2009-2015) para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial PRINCIPAIS ALVOS: Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras. Além dele, foram alvos de mandados de prisão temporária André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr., suspeitos de serem operadores de Bendine 41ªFASEQUANDO ACONTECEU: 26/05/2017 OPERAÇÃO POÇO SECO Origem do nome da operação (O nome Poço Seco é uma referência aos resultados negativos do investimento realizado pela estatal na aquisição de direitos de exploração de poços de petróleo em Benin) A ação apura operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin, na África -contrato que rendeu uma condenação ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como beneficiário de US$ 1,5 milhão em propinas neste caso. A investigação identificou outros cinco destinatários de valores indevidos, segundo o Ministério Público Federal. A propina chegou a US$ 10 milhões, ou quase um terço do valor donegócio. PRINCIPAIS ALVOS: Um ex-banqueiro, um empresário, um ex-gerente da Petrobras e Fernanda Luz, filha do lobista que atuava na Petrobras Jorge Luz 40ªFASEQUANDO ACONTECEU: 04/05/2017 OPERAÇÃO ASFIXIA Origem do nome da operação (Referência a investigações nas áreas de produção, distribuição e comercialização de gás combustível na Petrobras) Ex-gerentes da Petrobras da área de Gás e Energia da estatal receberam mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras e de operadores financeiros. Os ex-gerentes beneficiavam as empreiteiras em contratos com a Petrobras por meio de direcionamento de licitação PRINCIPAIS ALVOS :Ex-gerentes Márcio de Almeida Ferreira e Maurício Guedes de Oliveira. Um terceiro fechou acordo de colaboração com a Lava Jato. Também há os representantes das empresas, Marivaldo do Rozario Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes 39ªFASEQUANDO ACONTECEU: 28/03/2017 OPERAÇÃO PARALELO Origem do nome da operação (O nome Paralelo é uma referência à atuação clandestina da corretora, "à margem dos órgãos de controles oficiais do mercado financeiro", de acordo com a PF.) Uma corretora de valores sediada no Rio, Advalor, foi alvo de buscas e apreensões e é suspeita de ter viabilizado o pagamento de propina para funcionários da Petrobras PRINCIPAIS ALVOS: ex-gerente da Petrobras, Roberto Gonçalves, suspeito de receber cerca de US$ 5 milhões de propina em contas no exterior 38ªFASEQUANDO ACONTECEU: 23/02/2017 OPERAÇÃO BLACKOUT Origem do nome da operação (Referência ao sobrenome dos dois operadores presos na operação) Em despacho, o juiz Sergio Moro ressaltou o "caráter serial dos crimes" e a "atuação criminal profissional" de pai e filho, Jorge Luz e Bruno Luz. Jorge Luz aparece em diversos depoimentos de delatores e é considerado por investigadores como "operador dos operadores" PRINCIPAIS ALVOS: Os operadores financeiros Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho, lobistas na Petrobras e ligados ao PMDB 37ªFASEQUANDO ACONTECEU: 26/09/2016 OPERAÇÃO CALICUTE Origem do nome da operação (O nome da operação faz uma referência à tormenta de Pedro Álvares Cabral em Calicute, na Índia) Os investigadores apuram o desvio mais de R$ 220 milhões de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro PRINCIPAIS ALVOS : Ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) 36ªFASEQUANDO ACONTECEU: 10/11/2016 OPERAÇÃO DRAGÃO Origem do nome da operação : (Referência aos registros na contabilidade de Rodrigo Tacla Duran que chamava de "operação dragão" os negócios fechados com parte do grupo criminoso que atuava em comércios na rua 25 de março, em São Paulo, para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior) Os executivos da UTC revelaram em depoimentos de acordos de delação premiada que Rodrigo Tacla Duran foi indicado a eles com o propósito de lavar dinheiro. Só a empreiteira celebrou contratos na ordem de R$ 56 milhões com o escritório de advocacia que foram "sobrevalorizados ou inexistentes". A Mendes Júnior firmou contratos com as mesmas características junto ao escritório na ordem de R$ 25 milhões PRINCIPAIS ALVOS: Os operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran 35ªFASEQUANDO ACONTECEU: 26/09/2016 OPERAÇÃO OMERTÀ Origem do nome da operação (Referência à origem italiana do codinome que a construtora Odebrecht usava para fazer referência a Palocci. Na mafia italiana, "Omertà" é um termo que significa "cumplicidade tácita" diante de autoridades ou rivais) A Operação Omertà investifa indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro Antonio Palocci e a empreiteira Odebrecht. Segundo a PF, há indícios de que Palocci atuou diretamente para obter vantagens econômicas à empresa em contratos com o poder público e se beneficiando de valores ilícitos PRINCIPAIS ALVOS: Antonio Palocci, ministro da Fazenda do governo Lula e ministro da Casa Civil durante seis meses no governo DIlma 34ªFASEQUANDO ACONTECEU: 22/09/2016 OPERAÇÃO ARQUIVO X Guido Mantega executivos das empresas Mendes Júnior e OSX, do empresário Eike Batista, são investigados por supostos desvios na construção das plataformas P-67 e P-70, da Petrobras, construídas para a exploração do pré-sal, em 2012. Mantega teria atuado diretamente junto à direção de uma das empresas para negociar repasses ao PT PRINCIPAIS ALVOS: Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda durante os governos de Lula e Dilma. Ocupou o cargo entre mar.2006 e dez.2014 33ªFASEQUANDO ACONTECEU: 02/08/2016 OPERAÇÃO RESTA UM Origem do nome da operação (Referência à origem italiana do codinome que a construtora Odebrecht usava para fazer referência a Palocci. Na mafia italiana, "Omertà" é um termo que significa "cumplicidade tácita" diante de autoridades ou rivais) Segundo as investigações, há indícios de que a Queiroz Galvão formou, com outras empresas, um cartel que participou ativamente de ajustes para fraudar licitações da Petrobras. O Ministério Público Federal aponta que as evidências sugerem ter havido corrupção por meio de propina a funcionários da estatal que se aproximariam de R$ 10 milhões. São investigados contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, nas refinarias Abreu e Lima, Vale do Paraíba, Landulpho Alves e Duque de Caxias PRINCIPAIS ALVOS: Executivos da Queiroz Galvão. Nessa fase, foram presos Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoite Moraes Filho, ex-presidente e ex-diretor da empresa 32ªFASE QUANDO ACONTECEU: 07/07/2016 OPERAÇÃO CAÇA-FANTASMAS Origem do nome da operação (O nome Caça-Fantasmas é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase da operação policial e remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.) O objetivo da nova fase seria desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras por meio de um banco sem autorização para operar no Brasil e empresas offshores em paraísos fiscais. O FPB Bank operaria irregularmente no Brasil e também utilizaria os serviços da Mossak Fonseca para criar offshores em paraísos fiscais. PRINCIPAIS ALVOS : Edson Paulo Fanton, que seria o responsável pelo FPB Bank, uma instituição bancária do Panamá que atuaria clandestinamente no Brasil 31ªFASEQUANDO ACONTECEU: 04/07/2016 OPERAÇÃO ABISMO Tem como alvo obra no Centro de Pesquisa da Petrobras, feita pelas empreiteiras Carioca Engenharia, OAS, Construbase, Construcap e Schahin. Obra teria gerado pagamento de propina ao ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira e aos ex-funcionários da Petrobras Pedro Barusco e Renato Duque. Ferreira e outras quatro pessoas foram presas PRINCIPAIS ALVOS: Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT 30ªFASEQUANDO ACONTECEU: 24/05/2016 OPERAÇÃO VÍCIO Investiga pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao ex-ministro José Dirceu (PT) por contratos da Petrobras com fornecedoras de tubulação. Duas pessoas sócias de empresa que teria sido utilizada para intermediar o pagamento de propina são presas 29ªFASEQUANDO ACONTECEU: 23/05/2016 OPERAÇÃO REPESCAGEM Polícia Federal prende o ex-funcionário do PP João Claudio Genu, que já havia sido condenado no mensalão, e outras duas pessoas. Segundo a investigação, ele continuou a receber propinas do esquema de corrupção na Petrobras 28ªFASEQUANDO ACONTECEU: 12/04/2016 OPERAÇÃO VITÓRIA DE PIRRO Fase prende o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e outras duas pessoas e mira a empreiteira OAS. A operação investiga doações feitas por empreiteiras para evitar convocações em CPIs da Petrobras. Argello era vice-presidente da comissão 27ªFASEQUANDO ACONTECEU: 01/03/2016 OPERAÇÃO CARBONO 14 Polícia Federal prende o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira e o empresário Ronan Maria Pinto em investigação sobre a relação entre desvios na Petrobras ea morte do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT). A suspeita é que empréstimo contraído pelo PT por meio de José Carlos Bumlai tenha servido para pagar Ronan e evitar que ele revelasse detalhes do assassinato. Pereira teria recebido recursos de empreiteiras investigadas 26ªFASEQUANDO ACONTECEU: 22/03/2016 OPERAÇÃO XEPA Polícia Federal prende 13 pessoas, incluindo executivos da Odebrecht. Investigação mira departamento da empreiteira feito para pagamentos de propina a pessoas ligadas ao poder público, inclusive à Petrobras 25ªFASEQUANDO ACONTECEU: 21/03/2016 OPERAÇÃO POLIMENTO Primeira fase internacional da Lava Jato prende o operador Raul Schmidt Felippe Junior, em Lisboa. Ele é suspeito de intermediar propina paga a ex-diretores da Petrobras 24ªFASEQUANDO ACONTECEU: 04/03/2016 OPERAÇÃO ALETHEIA Sem prisões, fase levou o ex-presidente Lula (PT) e outras dez pessoas a prestar depoimento. Investigação apura se empreiteiras investigadas pagaram vantagens indevidas a Lula por meio de obras em dois imóveis ligados a ele e repasses a sua empresa de palestras e ao seu instituuto PRINCIPAIS ALVOS :Lula (PT), ex-presidente 23ªFASEQUANDO ACONTECEU: 22/02/2016 OPERAÇÃO ACARAJÉ Operação mira departamento de pagamento de propinas instalado na Odebrecht e repasses da empreiteira a João Santana, marqueteiro das campanhas de Dilma Rousseff (PT). Oito pessoas foram presas, incluindo Santana e sua mulher, Monica Moura PRINCIPAIS ALVOS: João Santana, marqueteiro das campanhas de Dilma Rousseff 22ªFASEQUANDO ACONTECEU: 27/01/2016 OPERAÇÃO TRIPLO X Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão e investiga se a OAS utilizou um condomínio em Guarujá (SP) para repassar propina da Petrobras. O ex-presidente Lula (PT) chegou a ter um tríplex reservado para sua família no prédio. Outras unidades pertenciam ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e à Murray, uma offshore que teria sido usada para ocultar propina 21ªFASEQUANDO ACONTECEU: 24/11/2015 OPERAÇÃO PASSE LIVRE Operação prende o pecuarista José Carlos Bumlai, próximo de Lula. Ele é suspeito de receber propina para mediar negócios da Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras no pré-sal. Também teria intermediado o pagamento de uma dívida de R$ 12 milhões do PT com o Grupo Schahin por meio de um contrato com a Petrobras 20ªFASEQUANDO ACONTECEU: 16/11/2015 OPERAÇÃO CORROSÃO Polícia Federal prende Nelson Martins Ribeiro, apontado como intermediário de propina entre empresas contratadas pela Petrobras e diretorias da estatal. Roberto Gonçalves, ex-gerente executivo de engenharia na diretoria de Serviços, é outro alvo de prisão. Ele teria recebido propina por contratos de sondas e da Comperj. Fase investiga ainda desvios na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos 19ªFASEQUANDO ACONTECEU: 21/07/2015 OPERAÇÃO NESSUN DORMA Nova fase prende João Augusto Rezende Henriques, apontado como operador ligado ao PMDB, e José Antunes Sobrinho, um dos sócios da construtora Engevix. Há suspeita de desvios em contratos da Eletronuclear e pagamento de propina à diretoria Internacional da Petrobras. 18ªFASEQUANDO ACONTECEU: 13/08/2015 OPERAÇÃO PIXULECO 2 Desdobramento da fase anterior prende Alexandre Romano, advogado e ex-vereador do PT em Americana (SP), e investiga esquema de desvio no Ministério do Planejamento através de empréstimos consignados a servidores 17ªFASEQUANDO ACONTECEU: 03/08/2015 OPERAÇÃO PIXULECO Polícia Federal cumpre oito mandados de prisão, incluindo do ex-ministro petista José Dirceu, que já havia sido preso pelo mensalão. Para investigadores, Dirceu participava do esquema de corrupção a Petrobras e pode ter recebido propina através de pagamentos de empreiteiras por consultorias PRINCIPAIS ALVOS: José Dirceu, ex-ministro 16ªFASEQUANDO ACONTECEU: 28/07/2015 OPERAÇÃO RADIOATIVIDADE Foco são propinas pagas por empreiteiras em contratos com a Eletronuclear e nas obras da usina de Angra 3. Polícia Federal prende o presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. Caso atualmente está desvinculado da Lava Jato 15ªFASEQUANDO ACONTECEU: 02/07/2015 OPERAÇÃO CONEXÃO MÔNACO O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada é preso sob a suspeita de envolvimento em crimes de corrupção, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro 14ªFASEQUANDO ACONTECEU: 19/06/2015 OPERAÇÃO ERGA OMNES Presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez são presos, assim como outras dez pessoas, incluindo executivos das duas empreiteiras. A investigação apura suspeitas de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro PRINCIPAIS ALVOS: Presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo 13ªFASEQUANDO ACONTECEU: 21/05/2015 OPERAÇÃO LAVA JATO Em desdobramento da fase anterior, Polícia Federal prende Milton Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de Serviços 12ªFASEQUANDO ACONTECEU: 15/04/2015 OPERAÇÃO LAVA JATO O então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é preso sob suspeita de receber propinas por obras da Petrobras. O partido anuncia o afastamento de Vaccari do cargo. Também é expedida ordem de prisão contra a cunhada de Vaccari, Marice de Corrêa Lima PRINCIPAIS ALVOS: João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT 11ªFASEQUANDO ACONTECEU: 10/04/2015 OPERAÇÃO A ORIGEM Polícia prende os ex-deputados André Vargas (ex-PT-PR), Luiz Argôlo (ex-PP -BA) e mais quatro pessoas ligadas aos políticos. Também houve ordem de prisão contra o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que já estava preso por condenação no mensalão. A investigação se expande para crimes na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde. 10ªFASEQUANDO ACONTECEU: 16/03/2015 OPERAÇÃO QUE PAÍS É ESSE Polícia Federal volta a prender o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que havia sido solto em 3 de dezembro. Segundo a PF, ele estava movimentando dinheiro em contas no exterior. Outras quatro pessoas são presas 9ªFASEQUANDO ACONTECEU: 05/02/2015 OPERAÇÃO MY WAY Nova fase tem como foco pagamento de propinas na diretoria de Serviços da Petrobras, de Renato Duque, e na BR Distribuidora. Houve três mandados de prisão. O então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é levado para prestar depoimento. Em desdobramento, no dia 27 de março, presidente do Grupo Galvão, Dario Galvão Filho, e mais uma pessoa são presos. 8ªFASEQUANDO ACONTECEU: 14/01/2015 OPERAÇÃO LAVA JATO Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró é preso no Rio ao desembarcar de Londres, no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público Federal, a prisão foi pedida por haver indícios de que ele continuava a praticar crimes 7ªFASEQUANDO ACONTECEU: 14/11/2014 OPERAÇÃO JUÍZO FINAL Fase mira executivos de grandes empreiteiras e cumpre mais de 20 mandados de prisão. São presos donos e/ou funcionários da Camargo Corrêa, Engevix, Mendes Júnior, OAS, UTC, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão. Também é preso o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque. O lobista Fernando Baiano é preso dias depois PRINCIPAIS ALVOS: Executivos de sete grandes empreiteiras são presos 6ªFASEQUANDO ACONTECEU: 22/08/2014 OPERAÇÃO LAVA JATO Desdobramento da fase anterior, com cumprimento de uma condução coercitiva 5ªFASEQUANDO ACONTECEU: 01/07/2014 OPERAÇÃO LAVA JATO Nova operação amplia investigações anteriores e cumpre um mandado de prisão 4ªFASEQUANDO ACONTECEU: 11/06/2014 OPERAÇÃO LAVA JATO Justiça volta a decretar a prisão de Paulo Roberto Costa, que havia sido solto em 19 de maio, por ele ter ocultado que controlava contas na Suíça com saldo de US$ 23 milhões. Planilha apreendida em sua casa levanta a suspeita de que ele intermediava propinade empreiteiras para políticos 3ªFASEQUANDO ACONTECEU: 11/03/2014 OPERAÇÃO LAVA JATO Polícia Federal amplia investigações sobre negócios suspeitos da Petrobras e faz operação de busca e apreensão na sede da estatal, no Rio. 2ªFASEQUANDO ACONTECEU: 20/03/2014 OPERAÇÃO LAVA JATO Diretor de abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, Paulo Roberto Costa é preso pela PF sob a suspeita de destruir e ocultar documentos. Costa passou a ser investigado após ganhar, em março de 2013, um carro de luxo do doleiro Alberto Youssef 1ªFASEQUANDO ACONTECEU: 17/03/2014 OPERAÇÃO LAVA JATO Polícia Federal deflagra a Operação Lava Jato em seis Estados e no DF. Mais de 20 pedidos de prisão são expedidos. É preso o doleiro Alberto Youssef, suspeito de intermediar pagamento de propina entre empreiteiras, dirigentes da Petrobras e políticos PRINCIPAIS ALVOS: Alberto Youssef, doleiro AS EMPREITEIRAS As maiores empreiteiras do país têm negócios com a Petrobras e se tornaram alvo das investigações. Vários executivos, incluindo os controladores de algumas dessas empresas, foram presos em novembro de 2014 e ficaram na cadeia até o final de abril, quando o Supremo Tribunal Federal mandou soltá-los. Em 19 de junho de 2015, as prisões atingiram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Em março de 2017, Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez fecharam acordos de leniência com o Ministério Público Federal na esperança de pagar R$ 8,6 bilhões. As empresas sob investigação estão impedidas de obter novos contratos da Petrobras, e várias enfrentam dificuldades financeiras porque perderam acesso a crédito após a Operação Lava Jato. A delação acertada com 77 executivos e acionistas do grupo Odebrecht, incluindo o ex-presidente Marcelo Odebrecht, é o maior acordo do tipo já feito no país. OBRAS A Lava Jato encontrou diversos acertos entre empreiteiras, políticos e diretores de estatais para fraudar licitações e definir qual companhia faria qual obra. Em troca, as empresas faziam pagamentos a políticos e diretores com dinheiro público desviado das obras. Essas operações eram mascaradas por contratos de serviços nunca realizados e pela inclusão de aditivos, o que fez com que o valor final delas superasse em muito o custo inicial planejado. Houve cobrança de propina também para liberação de empréstimos junto a bancos públicos. Veja a seguir as principais obras que tiveram recursos desviados, de acordo com investigações da operação. AEROPORTO DE GOIÂNIA Goiânia (GO) O que é: Aeroporto Pessoas envolvidas: De acordo com o MPF, a Odebrecht pagou R$ 1 milhão a Sérgio Rodrigues Vaz, motorista da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras de Goiás), que estaria a serviço de Jayme Rincón, presidente da Agetop Empresas envolvidas: Odebrecht e Via Engenharia Custo inicial previsto: R$ 257 mi Custo final (previsto): R$ 467 mi ANGRA 3 Angra dos Reis (RJ) O que é: Usina nuclear Pessoas envolvidas: O almirante Othon Luiz Pinheiro Silva, ex-presidente da Eletronuclear, é acusado de cobrar R$ 12 milhões em propina da Andrade Gutierrez Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez Custo inicial previsto: R$ 10,5 bi Custo final (previsto): R$ 17,7 bi ARCO METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO Itaboraí (RJ) O que é: Rodovia Pessoas envolvidas: O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) é acusado de cobrar 5% em propina Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Carioca, Camargo Correa, Delta e outras Custo inicial previsto: R$ 536 mi Custo final (previsto): R$ 1,9 bi ARENA CORINTHIANS São Paulo (SP) O que é: Estádio de futebol Pessoas envolvidas: De acordo com o MPF, o vice-presidente do Corinthians André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, recebeu R$ 500 mil encaminhados pela Odebrecht Empresas envolvidas: Odebrecht Custo inicial previsto: R$ 820 mi Custo final (previsto): R$ 1,08 bi ARENA DA AMAZÔNIA Manaus (AM) O que é: Estádio de futebol Pessoas envolvidas: Ex-executivos da Andrade Gutierrez acusam os senadores Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD) de receber propinas. Braga teria recebido entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhoes. Aziz ficou com R$ 18 milhões Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez Custo inicial previsto: R$ 515 mi Custo final (previsto): R$ 660 mi BELO MONTE Altaimira (PA) O que é: Usina hidrelétrica Pessoas envolvidas: Segundo a Andrade Gutierrez, as empresas que participaram da obra pagaram R$ 75 milhões em propina para o PT e mais R$ 75 milhões para o PMDB Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Correa e outras Custo inicial previsto: R$ 7 bi Custo final (previsto): R$ 30 bi CANAL DO SERTÃO Alagoas (AL) O que é: Sistema de abastecimento de água Pessoas envolvidas: Obra é citada em lista geral de propinas da Odebrecht, mas ainda não foi revelado quais políticos estão envolvidos nessa obra Empresas envolvidas: Odebrecht Custo inicial previsto: R$ 458 mi Custo final (previsto): R$ 717 mi CASCOS PARA NAVIOS-PLATAFORMA Estaleiro Rio Grande - Rio Grande (RS) O que é: Peças para oito navios-plataforma Pessoas envolvidas: Um dos donos da Engevix disse ter pago R$ 120 milhões ao lobista Milton Pascowitch em troca da viabilização do contrato para a construção de cascos de navios. De acordo com Pascowitch, parte do dinheiro foi repassado ao ex-ministro José Dirceu (PT) e ao PT Empresas envolvidas: Engevix Custo inicial previsto: R$ 10,9 bi Custo final (previsto): R$ 11,9 bi CENPES Rio de Janeiro (RJ) O que é: Centro de Pesquisa da Petrobras Pessoas envolvidas: A PF identificou o pagamento de R$ 39 milhões em propina. Desse total, R$ 1 milhão teria sido entregue ao ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira. O dinheiro tambérm teria sido repassado a uma escola de samba em Porto Alegre Empresas envolvidas: OAS, Carioca Engenharia, Construcap, Schahin e Construbase Custo inicial previsto: R$ 850 mi Custo final (previsto): R$ 1.023 bi COMPERJ Itaboraí (RJ) O que é: Ampliação de centro com duas refinarias e outras estruturas para processar petróleo e gás Pessoas envolvidas: De acordo com delação de ex-executivo da UTC, o ex-ministro José Dirceu recebeu R$ 1,69 milhão em propina. O PT teria recebido ao todo R$ 15 milhões.O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) é acusado de cobrar 1% do contrato de terraplanagem em propina. O doleiro Alberto Youssef disse que a Toshiba pagou ao PT e ao PP para participar da construção da casa de força do complexo Empresas envolvidas: Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e outras Custo inicial previsto: R$ 21,4 bi Custo final (previsto): R$ 106,7 bi EXPANSÃO TRENSURB São Leopoldo (RS) O que é: Ampliação da rede de trens Pessoas envolvidas: Obra é citada em lista geral de propinas da Odebrecht, mas ainda não foi revelado quais políticos estão envolvidos nessa obra Empresas envolvidas: Odebrecht, Andrade Gutierrez e outras Custo inicial previsto: R$ 695 mi Custo final (previsto): R$ 937 mi FERROVIA LESTE-OESTE Ilhéus (BA) O que é: Trecho entre Ilhéus e Caetité (BA) Pessoas envolvidas: Ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini disse em delação que houve pagamento de R$ 800 mil em propina para José Francisco das Neves, o 'Juquinha', ex-presidente da Valec, estatal do governo federal responsável pela construção de ferrovias Empresas envolvidas: Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez e outras Custo inicial previsto: R$ 4,2 bi Custo final (previsto): R$ 6,38 bi FERROVIA NORTE-SUL Palmas (TO) O que é: Trecho entre Palmas-TO e Anápolis-GO Pessoas envolvidas: Ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini disse em delação que houve pagamento de R$ 800 mil em propina para José Francisco das Neves, o 'Juquinha', ex-presidente da Valec, estatal do governo federal responsável pela construção de ferrovias Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez, Camargo Correa e outras Custo inicial previsto: R$ 2,3 bi Custo final (previsto): R$ 4,6 bi GASODUTO URUCU-MANAUS Manaus (AM) O que é: Gasoduto com cerca de 400 km Pessoas envolvidas:Ex-presidente da Carioca Engenharia relatou pagamento de propina na obra, direcionada aos ex-diretores da Petrobras Pedro Barusco e Renato Duque Empresas envolvidas: OAS, Carioca Engenharia e outras Custo inicial previsto: R$ 1,2 bi Custo final (previsto): R$ 3,5 bi LINHA 4 DO METRÔ DO RIO Rio de Janeiro (RJ) O que é: Linha de metrô Pessoas envolvidas: O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) é suspeito de ter recebido R$ 2,5 milhões da Odebrecht relacionados à esta obra Empresas envolvidas: Carioca Engenharia, Queiroz Galvão, Odebrecht e outras Custo inicial previsto: R$ 5,6 bi Custo final (previsto): R$ 9,15 bi MANÉ GARRINCHA Brasília (DF) O que é: Reforma de estádio Pessoas envolvidas: Executivos da Andrade disseram ter pago propina aos ex-governadores José Roberto Arruda (DEM) e Agnelo Queiroz (PT) Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez e Via Engenharia Custo inicial previsto: R$ 745 mi Custo final (previsto): R$ 1,4 bi MARACANÃ Rio de Janeiro (RJ) O que é: Reforma de estádio Pessoas envolvidas: O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) é acusado de cobrar 5% em propina. A reforma do estádio teria rendido a ele R$ 300 mil por mês entre 2010 e 2011 Empresas envolvidas: Odebrecht e Andrade Gutierrez Custo inicial previsto: R$ 600 mi Custo final (previsto): R$ 1,2 bi PORTO MARAVILHA Rio de Janeiro (RJ) O que é: Revitalização urbana Pessoas envolvidas: Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é acusado de pedir R$ 52 milhões em propina em troca da liberação de recursos do FI-FGTS para a obra Empresas envolvidas: Odebrecht, OAS, Carioca Engenharia Custo inicial previsto: R$ 7,6 bi Custo final (previsto): R$ 8,2 bi REFINARIA ABREU E LIMA Ipojuca (PE) O que é: Construção de refinaria de petróleo Pessoas envolvidas: De acordo com o doleiro Alberto Youssef, o dinheiro foi repassado a membros do PP, PSB e PSDB, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Só a Odebrecht teria pago R$ 30 milhões em propina Empresas envolvidas: Odebrecht, Queiroz Galvão e outras Custo inicial previsto: R$ 8,4 bi Custo final (previsto): R$ 40,1 bi REFINARIA DE PASADENA Pasadena (EUA) - EUA O que é: Compra de refinaria de petróleo Pessoas envolvidas: Petrobras pagou ao todo US$ 1,18 bilhão por uma refinaria que tinha sido vendida por US$ 42,5 milhões alguns anos antes. O suposto prejuízo rendeu ao menos US$ 15 milhões em propina a funcionários da Petrobras e a políticos, de acordo com Delcídio do Amaral. Delcidio disse ter recebido US$ 1 milhão oriundos do esquema Empresas envolvidas: Astra (Bélgica) Custo inicial previsto: - Custo final (previsto): - REFINARIA GETÚLIO VARGAS Araucaria (PR) O que é: Reforma em refinaria de petróleo Pessoas envolvidas: O deputado José Janene (PR-PR) e o ex-diretor Paulo Roberto Costa são acusados de teren recebido R$ 10 milhões da UTC em troca da participação da empresa na obra Empresas envolvidas: OAS, Odebrecht, UTC e outras Custo inicial previsto: R$ 8,6 bi Custo final (previsto): R$ 10,7 bi REFINARIA PAULINIA Paulínia (SP) O que é: Refinaria de petróleo Pessoas envolvidas: Representantes da Carioca Engenharia e da Toyo Setal relataram pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Pedro Barusco, Renato Duque, Paulo Roberto Costa e ao ex-deputado José Janene (PP-PR), já morto Empresas envolvidas: Mendes Junior, MPE e Sog – Óleo e Gás Custo inicial previsto: - Custo final (previsto): - TERMINAL AQUAVIÁRIO DE BARRA DO RIACHO Aracruz (ES) O que é: Terminal para embarque de Gás Pessoas envolvidas: A empreiteira Mendes Júnior confessou ter pago R$ 5 milhões em propina ao doleiro Alberto Youssef, com destino ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ex-presidente da Carioca Engenharia também citou propina na obra em sua delação Empresas envolvidas: Mendes Júnior, Carioca Engenharia e outras Custo inicial previsto: R$ 485 mi Custo final (previsto): R$ 985 mi URBANIZAÇÃO DA FAVELA DE MANGUINHOS Rio de Janeiro (RJ) O que é: Construção de casas, pavimentação de vias, etc Pessoas envolvidas: O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) é acusado de cobrar 5% em propina Empresas envolvidas: Andrade Gutierrez, EIT e Canter Custo inicial previsto: R$ 232 mi Custo final (previsto): R$ 565 mi TUBULAÇÃO O que é: Fornecimento de tubos Pessoas envolvidas: Contrato gerou R$ 7,1 milhões em propina para o ex-ministro José Dirceu (PT) e para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque Empresas envolvidas: Apolo Tubulars Custo inicial previsto: R$ 256 milhões Custo final (previsto): R$ 450,5 milhões NAVIOS-SONDA O que é: Fornecimento de navios-sonda Pessoas envolvidas: Contrato gerou propina de US$ 5 milhões a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Empresas envolvidas: Samsung e Mitsui CAMPO DE PETRÓLEO Benin (África) O que é: Exploração de Petróleo Pessoas envolvidas: Contrato para exploração pela Petrobras de campo de petróleo em Benin gerou propina de R$ 5,2 milhões a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Empresas envolvidas: - Custo inicial previsto: - Custo final (previsto): US$ 34,5 milhões PLATAFORMAS DE PETRÓLEO P-51 E P-52 Angra dos Reis e Niterói (RJ) O que é: Plataformas para exploração de petróleo Pessoas envolvidas: Empresas pagaram US$ 32 milhões em propina para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o lobista Zwi Skornicki Empresas envolvidas: Kepper Fels e Setec (antiga Setal) Custo final (previsto): US$ 1,6 bilhão OS VÍDEOS DAS DELAÇÕES Famosas com a Lava Jato, as chamadas delações premiadas são elemento importante nas investigações da operação. Em troca de redução da pena, réus e demais envolvidos no esquema de corrupção colaboram com a Justiça. Entre os principais grupos de delações estão: as dos executivos e acionistas do grupo Odebrecht; do marqueteiro João Santana e da mulher, Mônica Moura; e dos donos do grupo JBS OS TERMOS MAIS USADOS A Ação penal: É a ação para examinar a ocorrência de crime ou contravenção. Pode ser privada, quando promovida pela pessoa que foi ofendida, ou pública, quando é promovida pelo Ministério Público. No Supremo Tribunal Federal são julgadas as ações penais contra autoridades que contam com foro por prerrogativa de função Acarajé: Maneira como as pessoas próximas a João Santana, marqueteiro dos ex-presidentes Dilma e Lula, se referiam às propinas pagas. O "acarajé" era pago por Maria Lúcia Tavares, secretária da Odebrecht Acordo de leniência: Acordo firmado entre órgãos do Executivo e autores de infração contra a ordem econômica, mas que se dispõem a auxiliar nas investigações que levem a captura de outros envolvidos no crime, em troca de benefícios para a pena. O acordo de leniência não exime a empresa de reparar todos os danos causados por decorrência de seus atos Amigo: Era por esse codinome que Marcelo Odebrecht se referia ao ex-presidente Lula Angorá: Como era chamado Moreira Franco, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do governo Michel Temer B Bands: Maneira como o grupo do doleiro Alberto Youssef se referia a alguns políticos que recebiam propinas constantemente. Os políticos eram sempre Band e o nome BBB: Um dos vários apelidos de Alberto Youssef Bob: Apelido de José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, para receber propina do Petrolão, conforme delação premiada do doleiro Alberto Youssef Boca mole: Como era chamado o deputado Heráclito Fortes Bola, molhadura, pedágio, café, cervejinha, jabá, lambuja, gruja, comissão, xixica, mata-bicho: Nomes para se referir a propina Brahma: Apelido do ex-presidente Lula utilizado pelos executivos da OAS envolvidos no esquema de corrupção revelado pela Lava Jato C Caixa 2: É uma prática financeira ilegal, que consiste em não registrar determinadas entradas ou saídas de um fluxo de caixa, criando um caixa paralelo. Este dinheiro é normalmente destinado ao financiamento de atividades ilegais ou para evitar a incidência de impostos Caju:Como era chamado o senador Romero Jucá CGU: Criado em 2001 como Corregedoria-Geral da União, o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União tem a incumbência de aprimorar a transparência na gestão e defender o patrimônio público contra práticas corruptas Citação judicial: Intimação expedida pelo juiz. Quando um juiz manda citar, ele tem elementos que o levam a ver indícios de culpabilidade da pessoa objeto da citação, ou, se testemunha, de sua importância para o esclarecimento dos fatos Condenado: Quando o juiz decide que ficou provada a participação de um réu em determinado crime. A nomenclatura serve mesmo no caso de uma decisão de primeira instância, à qual ainda cabe recurso Condução coercitiva: É executada por policiais que acompanham pessoas a prestar depoimentos respeitando-se as garantias legais e constitucionais. Os requisitos para a condução coercitiva são a intimação ou comunicação regular para comparecimento ao ato e a recusa injustificada de quem foi intimado e não compareceu. A expressão ficou mais conhecida quando, em março do ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para depor Corrupção ativa: É oferecer vantagem indevida a um funcionário público, em troca de algum tipo de favor ou benefício. O crime é cometido por particular que não é funcionário público. Basta o simples ato de oferecer a vantagem que o crime é considerado como praticado, não há necessidade de que o funcionário público aceite a vantagem Corrupção passiva: É a atitude do funcionário público em solicitar ou receber vantagem ou promessa de vantagem em troca de algum tipo de favor ou benefício ao particular. Ao contrário da corrupção ativa, esse crime só pode ser praticado por funcionário público D Decisão liminar: Liminares são decisões provisórias, e que podem ser revertidas até o fim do processo, referentes a um ponto específico da ação penal, sem julgamento do mérito da questão. Durante a tramitação de uma ação penal, um juiz pode conceder inúmeras decisões liminares, para ambos os lados. Trata-se de uma tentativa de antecipar os efeitos de uma decisão futura Delação premiada: Acordo firmado com Ministério Público e Polícia Federal quando o réu se compromete a colaborar com as investigações em troca de benefícios, como diminuição da pena, a alteração do regime de cumprimento da pena ou mesmo, em casos excepcionais, a isenção da pena. O acordo é feito apenas quando há concordância de que os benefícios superarão significativamente os custos para a sociedade Denúncia: É a formalização da acusação pelo Ministério Público junto ao tribunal quando há provas suficientes contra o indiciado. Depois de oferecida a denúncia, o juiz analisa o caso e, se concluir que há indícios suficientes de que o acusado cometeu um crime, ele abre uma ação penal Doleiro: Indivíduo que compra e vende dólares no mercado paralelo. Ao caracterizar alguém como doleiro, a PF já evidencia ao menos dois crimes: lavagem de dinheiro e evasão de divisas E Empreiteira: Empresa que realiza obras ou vende mão de obra, principalmente para construções, mediante acordo antecipado, sendo o trabalho pago em sua totalidade após a finalização do serviço. Entre as empreiteiras contratadas pelo governo e envolvidas na Lava Jato estão Camargo Corrêa, OAS, UTC/Constram, Odebrecht, Mendes Júnior, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa Óleo & Gás e Galvão Engenharia. Também houve investigações a respeito de Techint, Promon, Andrade Gutierrez, Toyo Setal, GDK, Skanska e MPE. Segundo o MPF, eventualmente participavam das fraudes as empresas Alusa, Fidens, Jaraguá Equipamentos, Tomé Engenharia, Construcap e Carioca Engenharia. F Feira: Apelido do publicitário baiano João Santana, marqueteiro dos ex-presidentes Dilma e Lula. "Feira" por conta de "Feira de Santana" Foro privilegiado: Ações penais contra determinadas autoridades públicas que tramitam nos tribunais e não nos juízos de primeira instância, como de qualquer pessoa comum. O foro privilegiado é uma prerrogativa reservada a autoridades do alto escalão (prefeitos, juízes, deputados, senadores, governadores, ministros, presidente...), que podem ser investigados e julgados de forma especial. A PEC do fim do foro privilegiado foi aprovada por unanimidade em 1º turno pelo Senado H Habeas corpus: Medida que visa proteger o direito de liberdade do indivíduo. A ordem de habeas corpus é concedida quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Quando há apenas ameaça ao direito de ir e vir, diz-se que o habeas corpus é preventivo House of Cards: House of Cards é uma série americana de drama político. O protagonista Francis Underwood (Kevin Spacey), um político ambicioso, almeja ser presidente da República. O seriado traz manobras e golpes políticos e por essa razão o Brasil também ficou conhecido como House of Cards da vida real I Ilícito: Ações que ferem a lei nos princípios ético, moral e de direito. Desvio de dinheiro público ou privado, corrupção, sonegação de impostos são alguns exemplos Impeachment: Impedimento/afastamento. Processo instaurado com base em denúncia de crime de responsabilidade contra alta autoridade do Poder Executivo (presidente da República, governadores, prefeitos) ou do Poder Judiciário (ministros do STF). A sentença é dada pelo Poder Legislativo. A presidente Dilma foi afastada do cargo no ano passado Indiciado: Se a investigação coletar sinais de que um dos investigados teve participação no crime, ele passa à condição de indiciado, formalizada pelo delegado responsável pelo caso. O termo suspeito é usado como sinônimo Italiano: Apelido de Antônio Palocci, ex-ministro nos governos Dilma e Lula, dado pelo "setor de propinas" da Odebrecht J Juiz natural: Quando o juiz do caso é da mesma região onde os supostos crimes ocorreram. A Lava Jato começou no Paraná porque o doleiro Alberto Youssef atuava a partir de Londrina, por essa razão Sérgio Moro seria juiz natural dos casos da operação L Lava Jato: Considerada pela PF como a maior investigação de corrupção da história do país. Foi deflagrada em 17 de março de 2014 e apura esquema de lavagem de dinheiro de uma organização criminosa formada por políticos, funcionários públicos, executivos de empreiteiras e doleiros Lavagem de dinheiro: Disfarçar a origem criminosa de bens e dinheiro para que pareçam ser obtidos de maneira legal. Para "lavar" a propina que receberam, agentes públicos depositam esses recursos em contas de paraísos fiscais, que oferecem sigilo para dados bancários. Outra prática comum é abrir empresas de fachada, apenas para passar a impressão de que os recursos vieram das atividades dessas empresas. Na Operação Lava Jato, postos de gasolina e lava a jato foram usados para este fim Lei Anticorrupção: Aprovada em 2013 e regulamentada no ano seguinte, prevê responsabilização de empresas que lesem a administração pública, seja brasileira ou estrangeira. A multa pode chegar a 20% do faturamento da empresa e aumenta em caso de reincidência, tolerância da direção e interrupção de obra ou serviço público, por exemplo Lei de Repatriação: Pretende incentivar o envio dos valores, obtidos de forma lícita, de volta ao país. O objetivo é evitar corrupção fiscal e tributária, e trazer de volta patrimônio não declarado e depósitos mantidos em contas no exterior M Mineirinho: Como era chamado o senador Aécio Neves O Offshore: É uma empresa criada em um paraíso fiscal no qual as leis dificultam a punição de crimes e a identificação do dono real da empresa. Embora possa ser utilizada para fins lícitos, é comum o seu uso para propósitos criminosos, caso em que funciona como uma empresa de fachada. Quando criada para fins ilícitos, a offshore será registrada em nome de "laranjas" do país em que é constituída P Peculato: Crime praticado por um servidor público que se apropria de dinheiro ou qualquer bem a que tenha acesso em razão do cargo. Foram acusados de peculato na Lava Jato váriosagentes públicos, como ex-diretores de diferentes áreas da Petrobras (que teriam desviado dinheiro público) e ex-deputados federais Pós Italiano: Apelido de Guido Mantega, ex-ministro nos governos Dilma e Lula, dado pelo "setor de propinas" da Odebrecht Primeira instância/Segunda instância: Grau de jurisdição ou juízo em que tramita a ação. As ações, em geral, se iniciam na primeira instância. A segunda instância dedica-se ao julgamento de recursos. A terceira instância ou instância superior refere-se ao trâmite da ação nos tribunais superiores (STJ, TST, TSE) e no STF, para apreciação de recursos contra decisões dos tribunais de segunda instância Primo: Como era chamado o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha Prisão preventiva: Instrumento usado antes de uma condenação, com a finalidade de "garantir a ordem pública". Não tem prazo para terminar uma prisão preventiva. A lei pede que haja provas contundentes de que o réu cometeu crime e que sua liberdade pode prejudicar as investigações e dar condições para que novos crimes aconteçam. Na Lava Jato, Moro alegou que as prisões preventivas foram essenciais para "interromper a carreira criminosa" de réus da operação, como Fernando Soares, Paulo Roberto Costa, Alberto Yousseff, entre outros Propina: Dinheiro repassado como gratificação por ações ilegais, principalmente na administração pública. Mesmo sentido de suborno. Quem recebe ou paga propina é enquadrado em crime de corrupção R Réu: Pessoa física ou jurídica contra quem se propõe uma ação judicial, após a Justiça aceitar a denúncia U Usufrutuário: Define quem não é dono, mas tem direito legal de usar um patrimônio. Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, se disse usufrutuário em vida de contas milionárias na Suíça
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