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Administracao Financeira 2016 2

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GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Prof. Joel Leandro, Msc
“Quanto mais você suar na preparação, menos vai sangrar na batalha. A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. ”
Vince Lombardi
 Fevereiro
 2017
APRESENTAÇÃO
O aumento da competitividade acelerou a importância da Administração Financeira para economia e os agentes econômicos que nela atuam. As empresas necessitam de recursos financeiros para viabilizar investimentos em escala e qualidade a fim de competir com êxito em um mercado cada vez mais dinâmico e em permanente mudança. 
A tecnologia e as redes digitais são os pilares da integração econômica no mundo atual. É o avanço da tecnologia digital que possibilita, entre outros fatores, a existência de transações financeiras internacionais cada vez mais complexas, confiáveis e menos burocráticas e desafiam os gestores financeiros na arte de tomar decisões precisas.
As instituições financeiras, nesse contexto, necessitam manterem-se no estado da arte no que respeita à análise e gerenciamento de seus clientes, sob o risco de perdê-los para outras instituições mais eficientes; é a chamada competitividade global do mercado financeiro. Neste contexto, o administrador financeiro passa a ter uma posição de alta relevância na organização, pela importância estratégica da sua função de lidar com as finanças corporativas, tendo o desafio de maximizar os recursos aplicados diariamente no negócio.
Suplantadas as dificuldades iniciais que o aprendizado da administração financeira costuma provocar, descobre-se um ambiente fascinante para se aprender a ganhar dinheiro, administrar bem o negócio e a sua vida financeira. A metodologia aplicada basear-se-á em aulas expositivas com a apresentação de conceitos, experiências práticas relacionadas ao assunto e discussão de textos e artigos com a turma, visando ampliar o nível de conhecimento sobre o tema, ajudando a desenvolver uma visão estratégica fundamentada no planejamento financeiro, com ações focada na gestão de negócios que gerem resultados consistentes. 
Bem vindo (a) ao curso.
Prof. Joel Leandro Msc
joelml@uol.com.br
“Só há um bem, o Conhecimento; só há um mal, a Ignorância”.
Sócrates – Filósofo Grego
CURRICULO DO PROFESSOR
Formação
Mestre em Administração de Negócios – Universidade Estácio de Sá. 
MBA em Administração de Negócios - IBMEC;
MBA em Gestão de Negócios Financeiros – FGV;
Pós-Graduação em Comércio Exterior - UFRJ;
Graduação em Contabilidade - Universidade Gama Filho – UGF;
Curso de Especialização em Políticas e Estratégias - ADESG - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra;
Trade Finance/Mercado Internacional - Grupo Opções Treinamento;
Jornadas de Atualização Gerencial – Controle - Centro de Formação e Treinamento do Banco do Brasil;
Jornadas de Atualização Gerencial – Crédito e Gestão de Risco - Centro de Formação e Treinamento do Banco do Brasil;
Master Banking Game - Desenvolvimento Gerencial;
Certificação de Investimentos Avançados – CPA 20 – da ANBID.
Curso Mercado de Derivativos na BM&F
Atividades Profissionais:
Sócio Diretor da Rhein Consultoria, empresa especializada em consultoria corporativa nas áreas de restruturação de negócios, valuation, captação de recursos, renegociação de dívidas, desenvolvimento de projetos de investimento, e planejamento tributário.
Professor da Universidade Estácio de Sá, nos cursos de Graduação em Administração e Marketing – Disciplinas: Planejamento Estratégico, Análise das Demonstrações Contábeis, Mercado Financeiro e Administração Financeira.
Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Finanças de Empresas da UNESA;
Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Gestão de Bancos – Disciplina: Análise e Decisão de Crédito; Pós-Graduação em Gestão Empresarial – Disciplina: Estratégica de Negócios; do Programa de Cursos Presenciais da Universidade Cândido Mendes.
Palestrante e Consultor na área corporativa e de finanças comportamental; autor dos livros “Construindo sua Inteligência Financeira” (2007), “Alcançando o Conhecimento Financeiro” (2008) e “Compartilhando a Sabedoria Financeira” (2009), editora Danprewan, selo Habacuc. www.danprewan.com.br
 “A sorte só favorece a mente preparada.”
Isaac Asimov, escritor
Introdução à Administração Financeira
“A maioria das pessoas não percebe que na vida o que importa não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto você conserva dele”. Autor desconhecido.
Administração Financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à gestão dos recursos financeiros das empresas e demais organizações. Ela está diretamente ligada às áreas de Administração, Economia e da Contabilidade. Seus conceitos e fundamentos são totalmente aplicáveis à vida pessoal. 
Deve-se compreender o sentido e o significado de Finanças que, corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações diárias e negócios com transferência e movimentação de dinheiro (caixa disponível). Todavia, há necessidade de se analisar previamente a posição do patrimônio da organização a fim de ter a visão real da situação financeira e econômica, com relação aos seus bens, direitos e obrigações, de curto e longo prazo.
Analisando mais apuradamente verifica-se que a Administração Financeira faz parte do cotidiano da empresa, no controle dos recursos para comprar, pagar e receber. Atua diretamente na gestão do negócio, nas diversas áreas da organização, como por exemplo: gestão de pessoas, marketing, produção, compras, vendas, contabilidade e na administração geral, nos níveis estratégico, gerencial e operacional, onde as informações financeiras são usadas diariamente para a tomada de decisão.
À exemplo do corpo humano, a área Financeira é considerada como o “sangue” da empresa que possibilita o funcionamento de forma sistêmica e sinérgica, passando “oxigênio” para todos os outros setores que compõem a organização, visando a realização das atividades necessárias para agregar valor ao negócio, maximizar o retorno sobre os investimentos e controlar eficazmente a entrada e saída de recursos, podendo ser na forma de investimentos, empréstimos ou captação, com foco sempre no desenvolvimento e perpetuidade do negócio.
Um dos maiores desafios observado no ambiente corporativo é a lidar com a falta de informações financeiras precisas para o correto controle e gestão do negócio. É exatamente por esse motivo, ou seja, pela falta de planejamento financeiro que a maioria das pequenas empresas brasileiras entram em processo falência até o quinto ano de existência, segundo pesquisa do SEBRAE.
A Administração Financeira torna-se a ferramenta ou técnica a ser utilizada para controlar da forma eficaz aspectos que comprometem a continuidade desses negócios como:
Gestão das contas a pagar e receber;
Concessão de crédito para clientes a partir da avaliação de risco;
Planejamento, orçamento e fluxo de caixa;
Analise e decisão de investimentos;
Decisões envolvendo a correta alocação de recursos no negócio.
A Administração Financeira enquanto ciência pode ser subdividida em três grandes segmentos: 
Finanças Corporativas,
Mercado Financeiro; e
Finanças Pessoais, 
Observe a figura abaixo:
Finanças Corporativas estuda os processos financeiros na organização, que ajudem nas tomadas de decisão com ênfase no curto, médio e longo prazo. 
Mercado Financeiro leva a organização a analisar o comportamento desse mercado, as oportunidades de captação oferecidas e como as instituições que atuam nele se posicionam em relação ao setor de atuação e o risco do negócio. 
Finanças Pessoais, por sua vez, avalia os financiamentos e investimentos voltados à pessoa física e suas relações com o ambiente de consumo e o Mercado Financeiro. 
A administração Financeira é uma ciência que objetiva, basicamente, determinar o mais eficiente processoempresarial de captação de recursos e alocação de capital. Nesse contexto, é necessário levar em conta a problemática da escassez de recursos e a realidade operacional e prática das organizações. Entretanto, não basta apenas captar e alocar capital, é necessário administrar os recursos de forma gerar resultados financeiros e econômicos que garantam a continuidade da empresa, além de cria valor aos acionistas (proprietários – detentores do capital).
Premissas da Administração Financeira
A administração financeira corresponde aos esforços despendidos objetivando a formulação de estratégia que vise à maximização do retorno dos capitais aplicados pelos proprietários (acionistas), ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de um certo grau de liquidez que permita o funcionamento perene do negócio.
A função financeira dentro de uma empresa está diretamente relacionada às decisões de funcionamento e investimento, buscando as melhores fontes de recursos para financiar suas operações, sem esquecer que estas duas funções principais financeiras estão interligadas.
A função financeira abrange outros aspectos, além dos mencionados até aqui. Se fossemos distinguir finanças das outras funções nas empresas, a característica escolhida para diferenciar seria o fator Tempo. Na realidade todas as outras funções da empresa visam contribuir para obtenção dos resultados projetados e um melhor aproveitamento das oportunidades que o mercado oferece. Sempre dependente do apoio financeiro para que possa ser implementado e gere resultado.
Administrar é, em última análise, Decidir. O administrador financeiro é um especialista em tomar decisões acertadas. A continuidade (sobrevivência) do negócio é diretamente dependente da qualidade das decisões tomadas por seus administradores. A importância de se combater o amadorismo na gestão financeira, contratando profissionais especializados para melhorar a qualidade das decisões financeiras e garantir a continuidade da organização e geração de riqueza aos acionistas, torna-se estratégica.
O processo de tomada de decisão vem assumindo complexidade e risco cada vez maior no ambiente corporativo global. No Brasil, as elevadas taxas de juros, carga tributária pesada, o reduzido volume de crédito de longo prazo, as variações inflacionárias, bem como intervenções do Estado na economia, alterando as regras de mercado, exigem capacidade analítica e velocidade nas decisões por parte dos administradores financeiros. Afinal, neste ambiente, “tempo é dinheiro”. 
Agentes Econômicos e suas Posições Orçamentárias
Os Agentes Econômicos são representados pelas famílias, organizações, governos e por outras entidades que operam no mercado. A posição orçamentária de cada um desses agentes pode assumir são:
Situação de Equilíbrio;
Situação Superavitária;
Situação Deficitária.
Para compreendermos as posições orçamentárias dos agentes econômicos, vamos expor os seguintes conceitos:
Dispêndio (D), que é a soma dos gastos em consumo (C) e investimento (I). 
Poupança (S), que é a diferença entre a renda (Y) e consumo (C). Assim, temos:
	D = C + I e S = Y - C
Agentes Econômicos com Orçamento Equilibrado – Esses agentes têm seus gastos correntes com o consumo (C) e investimento (I) iguais as suas rendas correntes (Y).
 
			 Y = C + I isto é	 Y = D 			
Agentes Econômicos com Orçamento Deficitário – Esses agentes têm suas rendas correntes (Y) inferiores aos gastos correntes com consumo (C) e investimentos (I).
			 Y < C + I isto é	 Y < D 
Agentes Econômicos com Orçamento Superavitário – Esses agentes têm suas rendas correntes (Y) superiores aos seus dispêndios (D), ou seja, aos gastos correntes com consumo (C) e investimentos (I).
			 Y > C + I isto é	 	 Y > D 
Instituições Financeiras
Como funcionam as Instituições Financeiras?
É através das participações de Instituições Financeiras que são realizadas as operações de intermediação financeira no ambiente mercado financeiro. Os bancos colocam-se entre os principais agentes econômicos que possuam disponibilidade de caixa para aplicações, são os agentes superavitários, e aqueles que necessitam de crédito para financiar suas atividades, denominados agentes deficitários.
As instituições financeiras (bancos) captam recursos no mercado financeiro pagando uma remuneração (juros) aos investidores. Com os recursos levantados, efetuam operações de crédito, cobrando juros. A diferença entre a taxa de juros cobrada dos tomadores de crédito e a paga aos aplicadores é denominada Spread (custo de captação x custo de aplicação). O spread deve cobrir todas as despesas operacionais e os riscos envolvidos na operação realizada, remunerando a atividade de intermediação financeira.
“Quando descobri todas as respostas para as questões da vida, mudaram as perguntas”. Charlie Chaplin
Conceito de Finanças
O termo Finanças provém do francês “finance” e refere-se ao compromisso que assume um agente econômico para responder à obrigação assumida com outro agente econômico. O conceito também se refere às posses, ou seja, aos bens e aos recursos disponíveis por outros agentes financeiros como, por exemplo, o Estado, clientes ou fornecedores.
Conhece-se Finanças como o estudo da circulação do dinheiro entre os diversos agentes econômicos existentes. As Finanças surgem como ramo da economia que se dedica a avaliar como são obtidos e geridos os fundos ou recursos disponíveis. Noutros termos, Finanças trata da gestão do dinheiro e a sua correta alocação de forma a maximizar os resultados.
A noção de Finanças Pessoais refere-se, em linhas gerais, ao dinheiro de que precisa uma família ou pessoa para a sua subsistência. As pessoas devem analisar como obter esse dinheiro e como salvaguardá-lo em situações imprevistas (como, por exemplo, em caso de desemprego). Outras aplicações das Finanças Pessoais são possíveis em termos de capacidade de poupança, controla das despesas e opções de investimentos.
As Finanças Corporativas, por sua vez, dizem respeito às formas que têm as empresas para criar valor através do uso de recursos financeiros disponíveis. Investimento, financiamento, benefícios e distribuição do lucro ou dividendos são alguns dos conceitos vinculados a esta área.
Podemos dizer que as Finanças Públicas estão relacionadas com a política fiscal do Estado. O governo obtém fundos através da cobrança de impostos, sendo esse dinheiro reinvestido na sociedade através das despesas públicas (com a construção de hospitais e escolas, cuidados de higiene, saúde, segurança, etc.). No Brasil, dada a má gestão das finanças Públicas a sociedade não conta com os serviços citados no nível de qualidade desejadas, devendo ela mesma buscar supri-los com os seus próprios recursos. É o chamado custo Brasil.
Pode-se definir ainda Finanças como a arte e a ciência de administrar os recursos disponíveis. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem dinheiro. Finanças ocupa-se de aprimorar o processo junto aos agentes econômicos e os mercados dos diversos instrumentos financeiros envolvidos na transferência de fundos entre agentes superavitários e agentes deficitários, sejam eles pessoas, empresas ou governos.
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização da riqueza da empresa e do valor das suas ações ou do próprio negócio.
O que é maximização da riqueza?
A meta da Administração Financeira coincide com o objetivo básico dos proprietários ou acionistas, detentores do capital, que buscam maximizá-los. As decisões financeiras são orientadas para o aumento do valor de mercado da empresa ao longo do tempo. A meta da administração financeira é a criar riqueza para os acionistas ou detentores do capital, que constitui algo mais amplo e profundo do que a simples maximização dos lucros.
Empresas Tradicionais – Tendem a focar suas açõesna maximização de lucro. Seu objetivo é o lucro. Quando se tem um modelo de maximização de lucro não se considera o diversos Riscos do negócio. A maximização de lucro é um objetivo de curto prazo e é menos importante que a criação de riqueza, pois lucros altos podem ser obtidos num curto prazo e não sustentam uma empresa ao longo do tempo se não forem corretamente investidos no próprio negócio. Erro clássico das pequenas empresas, cujo proprietários desviam a maior parte do lucro obtido com o negócio para aplica-lo em bens de natureza pessoal.
Empresas Modernas – Busca maximizar riqueza; seu objetivo é a rentabilidade do negócio. Quando o foco é a maximização de riqueza o capital aplicado vai sendo rentabilizado, ou seja, cria-se mais valor para a empresa ao longo do tempo, já que a maior parte do lucro é aplicada no desenvolvimento do próprio negócio.
Quando se tem um modelo voltado só para a maximização de lucro, não se considera os riscos envolvidos. Já a contribuição para o valor da empresa a partir da seleção correta dos investimentos que possuem a melhor compensação entre risco e retorno cria valor para o negócio por meio da rentabilidade do capital aplicado, gerando mais riqueza para os acionistas ou proprietários.
E como se define compensação entre risco e retorno? 
Em regra geral, o nível de rentabilidade está associado ao nível de risco e quanto maior o risco aceito pelo investidor maior deve ser a rentabilidade potencial deste investimento. Naturalmente algumas aplicações financeiras envolvem maior risco, o que exigirá maior conhecimento do gestor para alcançar os resultados esperados com o capital investido.
O investidor somente deve aplicar seu dinheiro em um investimento quando conseguir entender o nível de risco que está assumindo. Não existe de fato investimento sem risco, embora o mercado até trabalhe com algumas taxas como se elas não tivessem risco algum, caso dos títulos do Tesouro norte-americano, e da caderneta de poupança no Brasil. Mas ainda assim trazem consigo algum nível de risco pequeno pela sua característica.
 
Portanto, podemos citar que existem três conceitos importantes sobre investimento no mercado financeiro, que são: RETORNO, INCERTEZA e RISCO.
 
Sendo assim, o Retorno pode ser entendido como apreciação de capital ao final do horizonte de investimento. Infelizmente, existem incertezas associadas ao retorno que efetivamente são obtidos ao final do período de investimento. E qualquer medida numérica dessa Incerteza pode ser chamada de Risco.
Dado um nível de risco, é a taxa desejada de retorno que justifica a execução ou não de um investimento. Os principais tipos de riscos financeiros são: 
Risco de Mercado; 
Risco de Crédito; 
Risco de Liquidez; 
Risco Operacional; 
Risco Soberano; 
Risco País; 
Risco Cambial; 
Risco Legal; 
Risco de Imagem.
Riscos inerentes às decisões financeiras
O risco total da organização e de seu valor de mercado envolve o desempenho dos riscos financeiros e econômicos. Esses riscos não são independentes, uma vez que uma decisão pode afetar a outra. De forma pragmática, pode se dizer que objetivo da Administração Financeira é estabelecer o equilíbrio na relação risco-retorno das decisões que possibilite máxima rentabilidade a um nível de risco com o fito de criar valor de mercado para a empresa.
A viabilidade de um empreendimento pode ser:
Econômica: relação retorno / custo total dos recursos aplicados. A viabilidade econômica ocorre quando o lucro operacional é maior que o custo total de capital da empresa. Está ligado à sua rentabilidade ao longo do tempo e a evolução do seu patrimônio líquido
Financeira: sincronia entre capacidade de geração de caixa e o fluxo de desembolsos. Quando a sincronia é perdida, surge o desequilíbrio financeiro resultante de decisões de investimento incompatíveis com as decisões de financiamento. São características eminentemente de curto prazo e envolvem diretamente a gestão do capita de giro na empresa.
De maneira similar à viabilidade, os riscos das decisões financeiras também podem ser econômicos e financeiros:
Risco econômico: Visão voltada para a gestão financeira de longo prazo. Refere-se diretamente a atividade operacional da organização e o seu desempenho no mercado onde opera. Independe da forma como a empresa é financiada e envolve sazonalidade, tecnologia, alterações na demanda, variações macroeconômicas, etc.
Risco financeiro: Visão financeira de curto prazo. Refere-se diretamente as necessidade e decisões de financiamento, e envolve liquidez e solvência. Ênfase na gestão do fluxo de caixa e da necessidade de capital de giro. Empresas com baixo endividamento apresentam reduzidos riscos de financiamento. Entretanto, algum grau de endividamento é necessário, pois permite alavancar os resultados.
As decisões financeiras devem considerar o risco econômico com base no lucro operacional (resultado gerado pelos ativos antes das despesas financeiras), e o risco financeiro, isto é, o custo de captação de capital de terceiros (taxas de juros) versus o custo do capital próprio (custo de oportunidade).
O resultado operacional é consequência exclusiva da gestão dos ativos da empresa, ou seja, é o retorno oriundo das decisões de investimento. Com base nele, avaliamos o grau de atratividade econômica da empresa e suas condições de continuidade. O resultado operacional evidencia o seu resultado, ou seja, da atividade principal da organização. Como é calculado antes da dedução das despesas financeiras, seu valor não é influenciado pela forma como os ativos são financiados.
Como criar valor para o negócio?
A criação de valor é o objetivo máximo da Administração Financeira. O conceito de criar valor é focado no acionista (proprietário). O objetivo é fazer com que o ganho dos investimentos (toda empresa é um investimento) seja superior ao seu custo de financiamento. Em outros termos, a criação de valor ocorre quando o retorno de seus ativos é maior que o custo total de seus passivos e patrimônio líquido. Entretanto, um ganho de investimento superior ao custo de financiamento, por si só não indica criação de valor. 
A real criação de valor ocorre quando os ganhos superam o custo de financiamento (capital de terceiros) e o custo de oportunidade (em termos de oportunidade de investimento renunciada pela utilização do capita próprio). 
Criar valor é responsabilidade dos gestores da empresa e cada vez mais exigida diante do mercado globalizado e da concorrência acirrada. A criação de valor exige atenção e cuidado redobrado na interpretação e uso de modelos matemáticos de avaliação financeira. Recomenda-se ao administrador financeiro desenvolver conhecimento nas áreas de Finanças, Contabilidade e Controladoria, pois as decisões financeiras que envolvem a captação e aplicação de recursos requerem, atualmente, capacitação nessas áreas, além de uma visão holística e estratégica com relação ao futuro da empresa. 
O que faz o Administrador Financeiro?
Todas as atividades empresariais envolvem aplicação de recursos que devem ser conduzidas com foco na obtenção do lucro e mais que isso, a criação de valor para o negócio. As atividades do administrador financeiro têm como base de estudo e análise de dados retirados dos relatórios contábeis, visando medir o resultado alcançado e a criação de valor obtida para o negócio.
A administração financeira é importante em todo o tipo de negócio: empresas, independente do porte e segmento, bancos e outras instituições financeiras, indústrias e os diversos agentes públicos. As funções encontradas na administração financeira variam de decisões concernentes a expansão de fábricas a escola dos tipos de títulos a serem emitidos para financiar a expansão. 
O executivo financeiro tem a responsabilidade de decidir os termos dos limites de crédito sob os quais os clientes podem comprar e os seus respectivos prazos de pagamento, quanto estoque a empresa pode carregar, quanto dinheiro deve ter disponível, se devem adquiriroutras empresas (análise de fusões e aquisições M&A) e quanto do lucro deve ser investido de volta no negócio, versus pagamentos de dividendos aos acionistas. 
Como toda ciência, administração financeira incorporou as grandes mudanças e evoluções do mundo contemporâneo. O administrador financeiro, passou a ser mais exigido, sendo necessária cada vez mais competência e atualização desses profissionais dada a dinâmica do mercado financeiro.
Profissionais em administração financeira podem atuar em três segmentos distintos de mercado:
Bancos e Instituições Financeiras
Função de captar e emprestar recursos, fazendo assim a conexão entre quem tem recursos disponíveis (agentes superavitários) e quem precisa de recursos para suas atividades (agentes deficitários), conhecida como intermediação financeira. Nessa atividade, tornaram-se especialistas na análise de risco de crédito e na apuração da capacidade de pagamento das empresas e pessoas físicas que demandam crédito, além de atuar na vendas de produtos e serviços ofertados pelos bancos.
Área de Finanças Corporativas
As finanças corporativas abrangem todas as decisões da empresa que tenham implicações financeiras, não importando que área reivindique responsabilidade sobre ela. Tornam-se especialistas na gestão do fluxo de caixa, na apuração da necessidade de capital de giro para o negócio, controle orçamentário e planejamento financeiro.
Finanças corporativas das empresas não financeiras é nosso foco de estudo. Abrange todas as ferramentas financeiras e ações voltadas para a gestão do negócio, medindo sempre os resultados obtidos sob a ótica econômica e financeira.
Mercado Financeiro / Mercado de Capitais
Exige visão ampla dos diversos produtos e serviços oferecidos por este mercado. Ações, debêntures, derivativos e operações estruturadas. Enfim, todos produtos negociados em bolsa de valores, mercados futuros e nos bancos de investimentos. Foco na captação de recursos para financiar projetos de investimentos e/ou alongamento de dívidas.
Cada empresa possui organograma com as divisões deste departamento, dependendo do seu porte. Nas pequenas empresas, por exemplo, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas pelo departamento contábil – até mesmo, por questão de custos e em razão do seu porte, não existindo necessidade de se dividir um setor que está inter-relacionado e que, dependendo da capacitação do profissional responsável, poderá assumir uma ou mais áreas como: tesouraria, contas a pagar e a receber. Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento financeiro evolui e se consolida em áreas separadas, conectadas diretamente ao diretor financeiro, associando a parte contábil e a controladoria da empresa, o que facilita o acesso às informações para análise e tomada de decisão.
No caso de empresa de grande porte, é essencial essa divisão, para que não ocorra confusão e sobrecarga nas diversas atividades e funções exercidas por estes profissionais e a sua interação com as outras áreas da empresa.
A administração financeira cuida ainda de duas áreas específicas e interdependentes:
1. Tesouraria
 i. Recursos em espécie
 ii. Administração do caixa (contas a pagar e contas a receber)
 2. Gerência Financeira
 i. Gerenciamento de crédito a clientes
 ii. Captação de recursos
 iii. Decisão de desembolso e despesas de capital
Já a controladoria é responsável pela contabilidade e gestão dos custos, assim como, do gerenciamento tributário – ou seja, cuida do controle contábil, do patrimônio e da correta aplicação das rotinas e procedimentos financeiros dentro dos padrões estabelecidos pela organização, respaldando a área financeira no que se refere a gestão dos recursos aplicados no negócio.
Ao basear-se nas funções financeiras, pode-se dizer que qualquer que seja a natureza de sua atividade operacional, o administrador financeiro é responsável pela tomada de três grandes decisões financeiras:
Decisão de Investimento – Correta aplicação dos recursos objetivando o melhor retorno possível.
Decisão de Financiamento – Correta captação de recursos, com ênfase nas soluções financeiras que conjuguem o maior prazo para pagamento e o menor custo possível.
Decisão de Dividendos (lucro) – Correta alocação dos recursos com o resultado (lucro) alcançado pela empresa, orientando a sua distribuição sempre com ênfase no fortalecimento e desenvolvimento do negócio.
Objetivos e compromissos
O gestor financeiro deve levar em conta as estratégias definidas pelos acionistas e donos da empresa para alcançar seus próprios objetivos, pois conduzindo bem o negócio e cuidando eficazmente da área financeira, contribuirá efetivamente para o desenvolvimento e prosperidade do negócio, dos seus acionistas e proprietários, colaboradores internos e externos e claro, de si próprio (no que tange ao retorno financeiro e, principalmente na sua realização profissional). 
Verifica-se que existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas nesta área, dependendo da situação e necessidade, e da forma como serão definidos estes objetivos. A administração financeira ajuda a definir a melhor forma de alocar os recursos financeiros e tem busca otimizar ao máximo o valor agregado dos produtos e serviços negociados pela empresa, a fim de criar vantagem competitiva diante de um mercado dinâmico e em permanente mudança. 
Análise e Controle Financeiro
Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados (balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício – DRE e demonstração do fluxo de caixa – DFC) a partir dos dados contábeis apurados e resultado apresentado, devendo considerar os seguintes aspectos:
Avaliar a capacidade de produção e controle dos estoques;
Subsidiar as decisões de investimentos com relação ao futuro do negócio;
Buscar alavancar suas operações de forma segura rentável;
Verificar não somente as contas de resultado por competência, mas a situação do fluxo de caixa; 
Desenvolver e implementar o planejamento estratégico com vistas a expansão do negócio proporcionando retorno financeiro compatível com as metas definidas.
Decisões Financeiras
As decisões financeiras levam em consideração todas as atividades exercidas pela empresa. Essas atividades são avaliadas sob a égide econômica e financeira, pois o resultado da empresa é consequência de todas as decisões e ações tomadas pelos gestores do negócio a partir de um conjunto de informações internas e externas. 
Envolve três aspectos relevantes:
Decisão Investimentos
A preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativa de aplicação de recursos nas atividades da empresa que proporcionem o maior retorno com o menor risco e prazo.
Consiste ainda num conjunto de decisões visando dar à empresa a estrutura ideal em termos de ativos – fixos e correntes – para que os objetivos da empresa como um todo sejam atingidos. Nessa área, o enfoque básico é a obtenção do maior resultado (retorno) possível, dado o risco que os proprietários da empresa estão dispostos a correr.
Decisão de Financiamento
O que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de fontes de recursos, dada a composição dos investimentos. O custo e os prazos de pagamento são determinantes para a decisão
É preciso compreender, desde já, que a função financeira, cuja finalidade é assessorar a empresa como um todo proporcionando-lhe os recursos monetários exigidos, não determina, por isso mesmo, quais as aplicações a serem feitas pela empresa. Isto decorre dos objetivos e das decisões da administração e/ou dos proprietários da empresa em um nível mais alto. À administração financeira resta conseguir captar os recursos necessários para financiar essa estrutura de investimento sempre com o menor custo possível.
Decisãode utilização (destinação) do lucro líquido
Há uma área de decisões também comumente conhecida pelo nome de política de dividendos ou distribuição de lucro, que se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gerou em suas atividades operacionais e extra operacionais.
É nesta área que surgem as indicações mais claras do relacionamento das áreas de investimento, financiamento e utilização do lucro líquido. Esse relacionamento se deve ao fato de que o lucro retido pela empresa (ou seja, o lucro não pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui-se numa de suas fontes de recursos que poderão ser utilizados ou não, de acordo com a decisão dos acionistas. 
Também é contingência nas decisões de financiamentos determinar quanto do lucro líquido disponível deve ser retido, com a decisão complementar forçosa a respeito da proporção que deve ser distribuída aos proprietários. Há relações ainda entre decisões de investimento e de utilização do lucro líquido. Nas decisões de investimento, um certo retorno deve ser alcançado: digamos então que seja considerada a utilização de lucros retidos para financiar certas aplicações. 
Essa possibilidade deveria ser admitida apenas quando a alternativa de investimento prometesse um retorno superior aos que os proprietários poderiam conseguir se eles mesmos aplicassem os recursos porventura recebidos em decorrência da distribuição de lucros. As magnitudes relativas dos riscos envolvidos nas aplicações disponíveis à empresa e aos proprietários, fora dela, também precisam ser consideradas.
A definição formal diz que a área finanças corporativas é responsável por tomar todas as decisões financeiras a respeito de um negócio, utilizando as ferramentas contábeis para as análises necessárias visando este fim. Tem como principal objetivo maximizar a valorização dos recursos aplicados na empresa e, simultaneamente, administrar os riscos financeiros existentes.
Decisões financeiras básicas, não envolve apenas a gestão diária de contas a pagar, contas receber e tesouraria da organização, mas busca ampliar o escopo da visão do negócio, incluindo o uso de ferramentas financeiras como fluxo de caixa, necessidade de capital de giro e orçamento empresarial.
O mercado vem passando por várias transformações econômicas e tecnológicas, as quais as organizações não têm controle direto sobre elas. A inflação, por exemplo, foi (teoricamente) controlada e a moeda se estabilizou. O Brasil se abriu um pouco mais para o mundo e a comunicação via rede e sistemas digitais transformou criou novos paradigmas para a gestão do negócio, exigindo muito mais atenção dos responsáveis pela administração financeira das organizações.
Este contexto desafia as organizações a tomarem uma postura mais competitiva para o negócio. A correta gestão das finanças corporativas torna-se crucial para isso, pois como diz o ditado: “dinheiro não aceita desaforo”. A administração financeira básica é algo que vai muito além de simples departamentos de “contas a pagar e receber”, que a tecnologia da informação e as redes digitais otimizaram.
Os departamentos financeiros desempenham tarefas estratégicas na gestão do negócio como: 
Apoiar decisões de precificação,
Otimizar dos diversos tipos de custos inseridos no modelo de negócio,
Mudanças na estrutura de capital utilizado no negócio (próprio versus terceiro),
Medir a rentabilidade do patrimônio ao longo do tempo, entre outras.
Estes aspectos revelam a importância de entender a administração financeira como uma valiosa fonte de informações para tomada de decisões mais fundamentadas.
A própria figura do administrador financeiro e do contador, que devem ter uma atuação mais proativa e participativa nas decisões da empresa é a prova prática de que a área das finanças corporativas passou a ser tratada como prioridade em qualquer gestão.
Apresentamos uma lista de sugestões para desenvolver a boa gestão financeira na organização com vistas a criar vantagem competitiva sobre a concorrência:
Primeiro passo: Planejamento Estratégico
Definir com clareza sua missão e seus objetivos é essencial para embasar o seu planejamento financeiro, pois é a partir desse planejamento que poderá avaliar quais caminhos estratégicos a trilhar para atingir o crescimento e a rentabilidade esperada. O ideal é que o plano estratégico seja transformado em números (orçamento e fluxo de caixa projetado) para ser aprovado por todos os gestores, já que o resultado esperado, depende do esforço conjunto de todos na organização.
A estratégia está desenhada? Hora de executar o plano tático
O plano tático é representado pelo orçamento. Representa o custo de colocar em prática o planejamento estratégico. Afinal todo sonho tem um preço, por isso é preciso orçá-lo. Deve quantificar detalhadamente esse plano, transformando-o em orçamentos mensais envolvendo receitas e despesas. Também deve realizar uma projeção do Fluxo de Caixa da sua empresa, para conseguir identificar as melhores formas de financiar as necessidades de capital de giro.
Examinando as projeções financeiras avalia se o desempenho previsto está em linha com as metas gerais e com as expectativas definidas. Por meio de demonstrações financeiras projetadas (fluxo de caixa), é possível identificar as alternativas de investimento e de crescimento para o negócio. Também é possível buscar formas melhorar a sua eficiência, rentabilidade e a geração de caixa, com criação de valor.
Outras tarefas críticas neste momento são a definição da estratégia de preços e a decisão sobre quais projetos podem agregar mais rentabilidade. Acompanhar de perto e não ter medo de corrigir a rota, a partir das informações financeiras recebidas, é essencial.
Monitorar com regularidade os resultados alcançados – de preferência mensal – é fundamental para avaliar se a estratégia financeira está de acordo com o planejado. Procure realizar o fechamento sempre nos primeiros dias do mês subsequente.
Deve-se analisar os resultados mensais e compará-los com aqueles previstos no orçamento. Caso ocorram desvios, propor ações de correção, uma vez que é este controle que vai garantir que o negócio está evoluindo dentro da estratégia definida, ou se carece de ajustes para manter o foco projetado.
Avalie sempre a rentabilidade
Outro ponto crucial da gestão das finanças corporativas é o acompanhamento da rentabilidade. Procure avaliar mensalmente se os seus produtos ou serviços se mantêm rentáveis. Não são raros os casos em que uma organização descobre que produtos ou serviços, vendedores e clientes estão dando prejuízo. Os relatórios contábeis fornecem informações para medir a rentabilidade do negócio.
Tenha controle de todo o dinheiro que entra e sai da empresa
Um problema recorrente de empreendedores é que, com o passar do tempo, eles acabam perdendo a percepção, e consideram a situação financeira de uma forma diferente daquela real. Isso eleva o risco financeiro do negócio e deve ser evitado por meio do controle de todo o dinheiro que entra, da classificação de quais são as saídas e do acompanhamento exato de quanto a empresa está gastando. A ferramenta de gestão financeira mais utilizada neste controle se chama Fluxo de Caixa.
Separe o que é o seu gasto do que é o gasto da empresa
Muito cuidado com este ponto, pois misturar as finanças pessoais e corporativas é um perigo imenso. É imperativo que organize bem esta área, estabelecendo regras em relação a quais são as suas despesas e quais são da empresa. Evite misturar o caixa da empresa com o caixa pessoal ou da família. Para tanto, defina o pró labore no valor suficiente para o seu sustento. 
Muitos pequenos empresários caem neste erro que leva a não saber se o negócio vai ou não bem, uma vez que se observa a falta de controle na retirada de recursos do caixa da empresa.
Buscar ferramentas que agilizam e facilitam o controle do negócio
É normal que não tenha condições de contratar alguém para cuidar da administraçãofinanceira no início da atividade do seu negócio. Porém, existe uma série de ferramentas digitais que o auxiliam neste sentido, como por exemplo: o ContaAzul e o Nibo. São instrumentos facilitadores para a gestão financeira do negócio, proporcionando ganhos de tempo, produtividade e que auxiliam na manutenção do controle financeiro. 
Uma vez que o negócio cresça, será preciso ampliar o escopo da administração financeira, montando uma equipe que possa monitorar e gerar informações financeiras diárias que serão utilizadas como indicadores para tomada de decisão pelos gestores.
Decisões Financeiras – Visão Contábil
São decisões relacionadas à:
Gestão de Ativos
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente). O administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos circulantes. Determina também quais ativos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, buscando sempre o equilíbrio entre os ativos correntes e não-correntes. 
Fornece dados para tomada de decisão sobre como, quando e quanto investir na aquisição de determinado bem ou direito, sempre evitando desperdícios e gastos desnecessários ou exposição maior ao risco e até mesmo a imobilização dos recursos correntes, com custos elevados que trarão baixo retorno e muita despesas com impacto direto na gestão do Capital de Giro.
Gestão de Passivos
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa. São operações que necessitam de alocação de capital para a execução dos planos definidos pela direção da empresa. Leva-se em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo e a estrutura de capital a ser utilizada, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo – chamado cálculo da capacidade de pagamento.
Deve-se optar por fontes de financiamento confiáveis e viáveis em termos de custo financeiro, com ênfase no equilíbrio entre risco e retorno e capacidade de pagamento. É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até certo ponto a urgência) premente, porém independentemente da situação é necessário análise e estudo detalhado dos prós e contras, a fim de obter segurança e respaldo para as decisões a serem tomadas.
Preocupa-se ainda com três tipos básicos de questões:
Orçamento de Capital
Processo de planejamento e gestão dos investimentos de longo prazo. Nessa função deve identificar as oportunidades de investimento cujo valor para a empresa é superior a seu custo de aquisição. Em termos amplos, isto significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo desse ativo.
Estrutura de Capital
Combinação de capital de terceiros versus capital próprio. O administrador financeiro tem duas preocupações, no que se refere a essa decisão. Quanto deve a empresa tomar emprestado? Quais são as fontes menos onerosas para a empresa? Além dessas questões, precisa decidir exatamente como e onde os recursos devem ser captados e, também, escolher a fonte e o tipo apropriado de recurso a ser aplicado no negócio (próprio ou de terceiros). Lembrando que este último sempre terá o custo maior que o primeiro.
Administração do Capital de Giro
Capital de giro são os ativos e passivos circulantes de uma empresa. A gestão do capital de giro é uma atividade diária que visa assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações de curto prazo e evitar interrupções que elevem os seus custos operacionais.
Essas três áreas de administração financeira – orçamento de capital, estrutura de capital e gestão do capital de giro – são muito amplas e relevantes para a empresa. Inclui uma variedade de tópicos a serem considerados. Todos serão abordados ao longo da disciplina.
Objetivos da Administração Financeira
Como vimos, a Administração Financeira busca maximizar a riqueza dos proprietários da empresa (investidores capitalistas). Dedica-se ainda, periodicamente, a proceder a avaliação do negócio e a forma como são tomadas as decisões financeiras e o seu impacto na criação de valor. 
O propósito de criar valor, pode ser desmembrado em três objetivos:
Maximizar o lucro: 
O lucro é uma boa medida de eficácia organizacional. Entretanto, está sujeito a diversas restrições e questionamentos. O lucro é determinado por princípios contábeis amplamente aceitos, não evidenciam a capacidade de pagamento da organização, pois se baseia no regime de competência, e não no de caixa. 
Outra crítica é que o lucro contábil não mensura o risco inerente à atividade empresarial, pois as projeções não levam em consideração o risco de variações nos fluxos de rendimento. O lucro, portanto, é uma (e não a única) das medidas de desempenho das empresas. 
Maximizar o valor de mercado da empresa:
O valor de mercado é considerado um dos melhores critérios para a tomada de decisões financeiras. De fato, os benefícios operacionais podem ser expressos em termos de fluxo de caixa, que devem ser descontados a valor presente mediante uma taxa mínima de atratividade. Essa taxa deve refletir a remuneração mínima aceitável para os acionistas diante do risco assumido. 
Duas variáveis são determinantes para o cálculo do valor de mercado da empresa: o retorno de caixa esperado e a taxa de oportunidade envolvida. O que importa aqui é a capacidade de gerar resultado futuro, e não o histórico de resultado acumulado. Portanto, o objetivo é promover a maximização do valor de mercado da ação da empresa.
Maximizar a riqueza e garantir a continuidade do negócio: 
A elevação da riqueza do acionista é conseguida mediante incremento no valor econômico da ação, o que constitui o objetivo principal das empresas. Esse processo envolve a detecção de oportunidades, e a implementação de avanços na gestão, tecnologia e inovação. 
O objetivo de geração de riqueza (objetivo primário) não deve ser visto de forma isolada, mas sim como consequência da consecução dos objetivos secundários. Modernamente, as empresas devem incorporar objetivos ambientais e sociais, visando atender aos anseios da sociedade, o que possibilita a sustentabilidade empresarial.
A sustentabilidade é alcançada quando a empresa busca atender ao conjunto dos seus stakeholders (partes interessadas) com transparência e ética. Desta forma, a sustentabilidade e a maximização da riqueza contribuem para preservar os recursos ambientais e culturais e reduzir a desigualdade social. 
 
Buscar maximizar a riqueza econômica dos acionistas, é perfeitamente coerente com os objetivos das empresas dentro do sistema capitalista que rege o mundo econômico. Uma empresa deve ser lucrativa o suficiente para remunerar adequadamente o capital investido. Ao fazê-lo, a organização garante sua continuidade, eleva suas expectativas de crescimento, paga impostos, gera empregos e trabalhos sociais. 
Não há qualquer conflito entre o objetivo da empresa e os objetivos da sociedade. O empresário, em busca do equilíbrio econômico, contribui para a elevação do número de participantes no mercado, elevação do PIB (soma de toda a riqueza produzida no país), aumento na arrecadação tributária, nível de emprego e melhoria de indicadores macroeconômicos. 
Outra vantagem da busca contínua pela maximização da riqueza é o incremento na eficiência das empresas. Em outros termos, para gerar riqueza é necessário racionalizar custos, melhorar a qualidade dos produtos e serviços, o que beneficia significativamente os consumidores.
Podemos inferir ainda que a administração financeira possui ainda três objetivos básicos:
Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivossão administrados convenientemente. O importante é manter os fluxos das entradas e saídas de caixa sob controle e conhecer antecipadamente as épocas em que irá faltar numerário.
Obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-financeira e aos menores custos. A empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca de maiores benefícios no futuro. 
A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma boa posição, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais barato. 
Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de vultuosas somas adicionais de recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatível com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno.
Assegurar o necessário equilíbrio entre o lucro (resultado) e a liquidez financeira, quantificando os planos de expansão (investimentos) de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros.
“Aquele que aprende, mas não pensa, está perdido. Aquele que pensa, mas não aprende, está em grande perigo”. Confucio, pensador Chinês
Índices de Estrutura de Capital
Esses índices indicam o grau de dependência da empresa com relação a capital de terceiros e o nível de imobilização do capital. Quanto menor o índice, melhor.
Índices de Liquidez
Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa no curto prazo. Quanto maior o índice, melhor.
Um aspecto importante que deve ser considerado é que a empresa precisa “repor” os ativos circulantes que converter em dinheiro, para não interromper sua atividade operacional. Nessas condições, os ativos circulantes passam a ter características permanentes. Portanto, os índices de liquidez são válidos para os casos em que a empresa é “liquidada”, ou seja, possui equilíbrio financeiro.
Índices de Rotação
Os índices de rotação (giros) evidenciam o prazo de renovação dos elementos patrimoniais, dentro de determinado período de tempo. A análise do giro dos ativos fornece informações sobre aspectos de gestão da empresa, tais como as políticas de estocagem, financiamento de compras e financiamento de clientes.
Com relação ao giro dos estoques (e prazo médio de estocagem), as empresas procuram aumentar, pois quanto mais rápido vender o produto, mais o lucro aumentará. Esse raciocínio é válido desde que a margem de contribuição seja positiva e o aumento do giro não implique “custos extras” em volume superior ao ganho obtido pelo aumento do giro. O mesmo é válido, também, em relação ao giro das contas a receber (e prazo médio das contas a receber), em termos de quanto mais rápido a empresa receber, melhor.
Já em relação ao prazo médio de pagamento a fornecedores, quanto maior, melhor, ou seja, quanto mais tempo para pagar, melhor.
Frequentemente, o prazo médio de pagamento a fornecedores é comparado com o prazo médio das contas a receber. Por exemplo, a empresa compra com prazo de 80 dias e vende com prazo de 60 dias, ela tem condições de recomprar antes mesmo de totalizar o pagamento aos fornecedores, pois conta com 20 dias a favor no seu fluxo de caixa superavitário
Índices de Rentabilidade
Esses índices medem quanto está rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou insucesso) empresarial. São calculados, geralmente, sobre as receitas líquidas, porém, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as receitas brutas deduzidas somente das vendas canceladas (devoluções) e abatimentos. Como pode ser observado, este índice quanto maior, melhor.
A questão da gestão financeira nas empresas é de extrema importância, pois muitas questões envolvem esse assunto, inclusive outros assuntos que possuem gerencias separadas e enfoques bem diferentes tem um relacionamento muito forte com gestão financeira. Praticamente tudo que se pensa dentro de uma corporação tem um impacto financeiro no orçamento sendo então necessário uma avaliação profunda no diz respeito à novos investimentos e seus prováveis retornos e custos reais.
Visão Geral da Administração Financeira
A proposta é fornecer uma visão mais ampla sobre o assunto, de forma a proporcionar melhor entendimento sobre algumas forças que afetarão a administração financeira no futuro, do lugar estratégico que as finanças têm na empresa, do relacionamento do gerente financeiro com os demais departamentos que a compõe, dos seus objetivos e da maneira pela qual os gestores podem contribuir para atingir os objetivos para o negócio.
O estudo de Finanças consiste em entender três áreas inter-relacionadas:
Mercados monetários de capitais – lidam com muitos tópicos cobertos em macroeconomia que abordam fatores como: taxa de inflação, taxa de câmbio e taxa de juros e modelos de captação de recursos.
Investimentos – focalizam as decisões de indivíduos, de instituições financeiras e de outras instituições enquanto escolhem títulos para suas carteiras de investimentos ou projetos de expansão do negócio, com visão de longo prazo.
Administração financeira ou “finanças empresariais” – que envolvem a administração efetiva da empresa, com foco no fluxo de caixa e necessidade de capital de giro. Visão de curto prazo.
As oportunidades de carreira em cada campo são muito variadas, mas os gerentes financeiros devem desenvolver seus conhecimentos de todas as três áreas para realizar seu trabalho corretamente.
Mercado Monetário e de Capitais
Muitos estudantes de finanças vão trabalhar em instituições financeiras como: bancos, companhias de seguro, poupança e empréstimo e associações d e crédito. Para serem bem-sucedidos, é necessário conhecer os fatores que fazem com que as taxas de juros aumentem ou caiam, os regulamentos do mercado financeiro aos quais as instituições financeiras estão sujeitas e os vários tipos de instrumentos financeiros (mercado de crédito, operações de câmbio e de investimentos e mercado de capitais, entre outras).
É necessário também conhecer todos os aspectos da administração de empresas, na medida em que a gestão de uma instituição financeira envolve contabilidade, marketing, pessoal e sistemas operacionais, da mesma forma que entendem a administração financeira. A capacidade de se comunicar, tanto oralmente como por escrito, é essencial, além da habilidade de lidar com as pessoas, ou seja, a capacidade de faze-las exercer as suas funções corretamente.
Investimentos
Os profissionais de finanças que se dirigem à área de investimentos geralmente trabalham em corretoras, bancos de investimentos, fundos mútuos ou companhias de seguros, quer seja em vendas, quer como analistas de títulos. Outros trabalham em empresas de consultoria financeira que assessora investimentos individuais ou fundos de pensão que atuam na administração dos recursos. 
No mercado financeiro existem diversos tipos de investimentos. Alguns são voltados especialmente para que os empreendedores não deixem os recursos parados no caixa da empresa ou na conta bancária e, com isso, aproveitem os juros que esses investimentos geram.
Conheça abaixo alguns dos principais investimentos oferecidos pelo mercado financeiro, lembrando que este assunto não se esgota aqui, é bem mais amplo e complexo:
Caderneta de Poupança
Essa é a mais simples e tradicional aplicação financeira. Segura e que oferece liquidez diária, com rendimento mensal. Atualmente, a remuneração da poupança para pessoa jurídica funciona assim:
Enquanto a meta da Taxa SELIC for maior do que 8,5% a.a., a remuneração da poupança continua 1,5% ao trimestre + TR;
Quando a Meta da Taxa SELIC for igual oumenor que 8,5% a.a., a remuneração da poupança será igual a 70% da meta da Taxa SELIC + TR.
Os rendimentos dos depósitos na poupança por pessoas jurídicas sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, conforme o tempo da aplicação:
Até 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Acima de 720 dias: 15%
​
Taxa SELIC: (*) SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): a taxa básica de juros, utilizada como referência no Brasil e estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).
Certificados de Depósitos Bancários - CDB
Os CDBs são utilizados pelos bancos para captar recursos. Quem investe faz uma espécie de empréstimo ao banco e, ao final do período combinado, recebe os juros por isso.
O dinheiro pode ser resgatado antes do período se o contrato garantir essa possibilidade, liquidez diária. O mercado oferece diversas opções de CDBs e a rentabilidade varia de acordo com o volume de dinheiro aplicado e a modalidade contratada (pré-fixada ou pós-fixada).
Os CDBs podem ser:
Pré-fixados: quando você sabe as taxas de remuneração do seu investimento no momento da aplicação;
Pós-fixados: quando a remuneração dependo do indexador contratado. Ex: CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) ou a TR (Taxa Referencial).
Há a cobrança de IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - para resgates antes de 30 dias.
​Recibos de Depósitos Bancários - RDB
São títulos emitidos pelos bancos que têm características semelhantes às dos CDBs. A diferença é que os RDBs não podem ser negociados antes de seu vencimento e não podem ter transferência de titularidade.
Há também a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para resgates antes de 30 dias.
Fundos de Investimentos
​É a aplicação financeira em que várias pessoas se reúnem para ter acesso a aplicações com custos menores. O objetivo é receber algum ganho financeiro, mas, neste caso, não há garantias de que isso aconteça.
Fundo de investimento é organizado como uma empresa e administrado por uma instituição financeira. Existem diferentes tipos de fundos de investimento que variam de acordo com o prazo ou o risco da aplicação.
O mercado financeiro oferece diversas modalidades de fundos de investimento para todos os tipos de investidores, como Fundos de Renda Fixa, Fundos Referenciados, Fundos Multimercado, Fundos Cambiais e Fundos de Ações.
Para escolher um fundo, é importante ter em mente quais são suas necessidades e objetivos de longo prazo e observar três atributos básicos: 
Rentabilidade,
Liquidez, e
Segurança. 
Antes de contratar um fundo de investimento, é importante conhecer o perfil da instituição bancária e as características do produto (valor da taxa de administração e outras tarifas, condições para novas aplicações e resgates, regulamento), além de verificar se os riscos assumidos são compatíveis com seu perfil de investidor. O prazo para esse tipo de investimento pode ser curto, médio ou longo e, em todos os casos, haverá cobrança de taxas de administração, IOF - Imposto sobre Operações de Crédito - e IR - Imposto de Renda sobre a rentabilidade ganha.
Dica: leia sempre o prospecto e os fatores de risco do fundo de investimento em que pretende aplicar o dinheiro seu ou da sua empresa, além da sua composição.
Títulos os Públicos
Este tipo de investimento criado pelo Governo Federal com o intuito de financiar as suas atividades. É uma opção de investimento com oferta de títulos de curto, médio e longo prazo. A venda de títulos públicos geralmente é feita por leilão diário ou diretamente no Tesouro Nacional. Acesse o site www.tesourodireto.gov.br para maiores informações.
Tesouro Direto – É um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a BMF&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet.
Concebido em 2002, esse Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00. Antes do Tesouro Direto, o investimento em títulos públicos por pessoas físicas era possível somente indiretamente, por meio de fundos de renda fixa que, por cobrarem elevadas taxas de administração, especialmente em aplicações de baixo valor, reduziam a atratividade desse tipo de investimento.
O Tesouro Direto contribuiu para a diversificação e complementação das alternativas de investimento disponíveis no mercado, ao oferecer títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia - Selic), de prazos de vencimento e de fluxos de remuneração. Com tantas opções, fica fácil achar um título indicado para a sua necessidade.
Além de acessível e de apresentar opções de investimento que se encaixam aos seus objetivos financeiros, o Tesouro Direto oferece boa rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a aplicação de menor risco do mercado. Para mais informações acesse: www.tesourodireto.org.br. 
Existe a cobrança de taxas de administração pelos bancos que operam no Tesouro Direto, IOF - Imposto sobre Operações de Crédito - e IR - Imposto de Renda sobre a rentabilidade ganha.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
LCI e LCA são letras de crédito, títulos privados de renda fixa, lastreados em crédito do mercado imobiliário e do mercado agrícola, respectivamente. São produtos conservadores de baixo risco que reúnem vantagens financeiras e tributárias, como é o caso da isenção do IR e também possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores até R$ 250 mil por CPF por banco.
Geralmente, as corretoras e os bancos de médio e pequeno portes exigem um aporte inicial superior a R$ 10 mil e estabelecem prazo mais longo para permanência na aplicação, no mínimo 90 dias.
É possível conseguir LCI e LCA que oferecem liquidez diária. Ou seja, você pode resgatar seu dinheiro qualquer dia. Em contrapartida, as taxas de retorno são menores.
Ações
Ações são ativos de empresas com capital aberto, denominadas S.A. – Sociedade Anônima, que são negociados em bolsas de valores, em outras palavras podemos dizer que ações são partes do capital das empresas que são negociadas na bolsa de valores. Quando uma pessoa compra uma quantidade de ações de uma empresa, significa que ela estará se tornando sócia daquela empresa, cuja participação dependerá da quantidade de ações efetivamente compradas.
As ações não são vendidas diretamente na bolsa, mas através das corretoras de valores mobiliários que são empresas credenciadas a operar no mercado de ações. Essas corretas fazem a intermediação entre o investidor e a bolsa.
As ações podem der ordinárias ON ou preferenciais PN.
ON: As ações ordinárias dão o direito a participação nos lucros da empresa e ainda confere o direito a voto nas assembleias da empresa.
PN: As ações preferenciais também permitem a participação nos lucros, porém sem direito a voto.
Operações de Câmbio
Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como o Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o investidor espera obter valorização em relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor de compra. Mas a compra de moeda também poderá ter outras finalidades, como viagens para o exterior onde a mesma será usada ou para investimento de longo prazo.
No caso do Dólar as cotações em relação ao Real podem ser classificadas em:
Comercial: é a cotação oficial usada nas operações comerciais e nas remessas de moeda de empresas com sede no exterior.
Turismo ou Flutuante:  é usado como referência para compra de moeda estrangeira para viagem, tanto em espécie quanto no cartão de débito.
Paralelo: Não é reconhecido pelo mercado, mas é usado em operações do chamado mercado negro, geralmente pelos conhecidos “doleiros”.
Ouro
O ouro é um investimento reconhecidamente seguro e com boa liquidez. A operação de compra e venda pode ser feito através dos bancos. Asbarras de ouro compradas podem ficar com o comprador ou ele poderá contratar um serviço de custódia ou guarda nos bancos. Diariamente são informados no mercado financeiro os valores do grama do ouro para compra e venda.
CONCEITO DE CAPITAL
“Risco e o tempo são duas faces da mesma moeda, pois se não houvesse amanhã também não haveria risco. O tempo transforma o risco, e a natureza do risco é moldada pelo horizonte temporal: o futuro é o campo de jogo.”
Bernstein, 1996
O conceito de capital está intimamente ligado à ideia de tempo. Para o economista e político francês do século XVIII, Turgot, o capital era um adiantamento que permite ao produtor aguardar o intervalor de espera até que seu próprio produto esteja pronto para o uso. Com isso, ele se referia a necessidade de capital de giro. Seu contemporâneo, o economista inglês David Ricardo, concebeu o tempo como um dos custos de produção.
Em todo mundo a relação entre ativos de renda nunca foi tão representativa quanto em nossos dias; o papel do capital financeiro nunca foi tão alto. De fato, estamos vivendo em uma economia do capital que se encontra sujeita aos efeitos da concorrência, da desregulamentação e da liberalização.
O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da empresa, seja por terceiros ou por proprietários (passivo ou patrimônio líquido). Ou seja, é a soma das riquezas ou recursos acumulados que se destinam à produção de novas riquezas.
A expressão Capital tem vários significados distintos, os quais veremos abaixo:
Capital Social
É o investimento inicial feito pelos proprietários da empresa e corresponde ao patrimônio líquido inicial. Ele só é alterado quando os proprietários realizam investimentos adicionais (aumentos de capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital). Também pode receber a denominação Capital Nominal ou Capital Integralizado.
Capital Próprio
Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do capital social, suas variações, os lucros e as reservas. Ou seja, é aquele que se originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros, reservas de capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida).
Capital de Terceiros
Corresponde ao passivo real ou passivo exigível (obrigações) da empresa e representa os investimentos feitos com recursos de terceiros. Por exemplo: compra de um imóvel financiado pelo banco em 12 vezes (Financiamentos a pagar) ou compra de mercadorias (estoque) com pagamento a prazo (Fornecedores).
Capital Total à Disposição da Entidade
Corresponde à soma do passivo + patrimônio líquido da empresa e representa o total dos recursos utilizados no financiamento das atividades (Passivo Total). É igual a soma de todas as origens que estão à disposição da entidade e que estão aplicadas no Ativo (em decorrência do método das partidas dobradas).
Capital Integralizado e Capital a Integralizar
Os recursos destinados pelos proprietários à formação do Capital Social nem sempre estão disponíveis para serem transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade (empresa) no ato de constituição da mesma. Ou seja, nem sempre o capital encontra-se totalmente integralizado (ou realizado). O Capital Social só é integralizado (realizado) quando os recursos correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade.
Quando um sócio se compromete formalmente (mediante contrato social) a entregar certa importância para compor o Capital Social da entidade à qual pertence, em data futura, embora subscrita, aquela parcela do capital, correspondente aos recursos não entregues, encontra-se a integralizar (ou a realizar).
Subscrição é o ato jurídico formal pelo qual o sócio, acionista ou titular da empresa individual assume a obrigação de transferir bens ou direitos para o patrimônio da entidade à qual está vinculado.
Sendo assim, o capital subscrito pode ou não estar integralizado. Se, ato contínuo à subscrição, a titularidade dos bens e direitos é transferida para o patrimônio da entidade, então o capital estará subscrito e integralizado. Caso contrário, embora o capital esteja subscrito, ainda se encontrará a integralizar.
Capital Autorizado
O capital próprio de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que negociam suas ações em bolsa ou balcão), a partir da Lei nº6.404/1976, (Lei das S.A.) foi instituído como Capital Autorizado.
Antes desta Lei, toda mudança na Constituição do Capital Social só poderia ser feita através de alteração de estatuto, contrato ou registro da empresa na Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas, com a nova Lei, nas Sociedades Anônimas a Assembleia Geral dos acionistas pode delegar ao Conselho de Administração (órgão executivo das S.A.) a faculdade de elevar o Capital Social até um determinado limite autorizado.
Exemplo: A empresa tem Capital Social de R$ 500.000,00, um Capital Integralizado de R$ 300.000,00 e um Capital Autorizado de R$ 800.000,00.
Capital de Giro
Existem dois tipos de investimentos que a empresa recebe quando inicia suas atividades. Um é conhecido como investimento fixo, que serve para a aquisição de máquinas, móveis, prédios, veículos, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado. O outro é conhecido como Capital de Giro.
	
Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc. É o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar).
O estoque de uma empresa é formado e mantido em função das necessidades do mercado consumidor, portanto, ele está sempre sofrendo mudanças de investimentos, seja em tipos de itens ou em quantidades. Quanto maior a necessidade de investimento nos estoques, mais recursos financeiros a empresa deverá ter.
Nas vendas, quanto mais prazo você oferece ao cliente ou quanto maior for a parcela de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter.
É nos Bancos e no Caixa que fica uma parte dos recursos financeiros disponíveis da empresa, ou seja, aquela que a empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos diversos.
Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode ocorrer uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento específico, dia ou semana. Para isto não ocorrer, as decisões de compra e venda devem ser tomadas com critérios estabelecidos. Sempre que uma decisão for tomada, é necessário que seja feita uma análise sobre a disposição dos recursos financeiros da empresa para isso. 
Se for tomada uma decisão de compra em excesso ou de dar mais tempo para os clientes nas vendas a prazo, a empresa deverá ter uma quantidade maior de dinheiro (recursos financeiros). Se esse recurso não existe, a entidade vai precisar utilizar recursos emprestados de bancos, de fornecedores ou de outras fontes, o que gerará uma necessidade de pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio.
Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento atual, a escassez e o excesso de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a compras, vendas e à administração do fluxo de caixa.
Análise do Perfil Empresarial e Rentabilidade do Patrimônio Líquido da empresa
A indicação dos riscos apurados em função dos relatórios contábeis é realizada pelos departamentos técnicos das instituições que trabalham com crédito e com base em programas pré-estabelecidos os quais, por meio de parâmetros comparativos e técnicos, matemáticos e estatísticos definem os diversos níveis de risco.
A intenção é fornecer aos profissionais de finanças um conjunto de instrumentos que os permita avaliar preliminarmente o risco relativo ao capital de uma empresa, o chamado risco técnico, levantado combase nos relatórios contábeis e apurado pela equipe de analistas financeiros para compor o quadro de risco global do cliente.
Quatro instrumentos de avaliação do risco financeiro e operacional sob a ótica do capital aplicado no negócio:
A análise do perfil empresarial;
O exame da rentabilidade do patrimônio líquido;
A avaliação do IOG – Investimento Operacional em Giro;
Gestão do Fluxo de Caixa.
Preliminarmente ao estudo dos instrumentos financeiros citados, apresentamos os principais relatórios contábeis, essenciais para a análise da situação econômica e financeira da empresa:
O Balanço Patrimonial;
A Demonstração de Resultado do Exercício; e
A Demonstração do Fluxo de Caixa. 
O que fazer se a empresa ficar endividada?
Primeiro, apure suas receitas: entradas não contabilizadas, empréstimos realizados a terceiros, saldos em contas-correntes não utilizados;
Depois, avalie todos os seus custos, sejam fixos ou variáveis, de forma a conhecer a estrutura de sua empresa, utilizar melhor sua mão-de-obra e rever processos que podem estar encarecendo o custo final de seus produtos/serviços;
Após detalhar todos esses valores, faça os ajustes necessários: enxugue despesas, utilize melhor os recursos financeiros da empresa, não gaste mais do que ganha, etc.;
Se for realmente necessário buscar um empréstimo, pesquise com cuidado os bancos que oferecem as melhores taxas e formas de pagamento.
O melhor jeito de deixar o caixa da sua empresa superavitário é ter um bom planejamento, para que o seu fluxo de caixa combine com as suas obrigações financeiras e o seu capital de giro seja suficiente para manter o seu negócio funcionando, preferencialmente financiado com recursos próprios.
Abaixo algumas sugestões para manter a empresa livre de dívidas:
Controle suas despesas, investimentos, entradas e saídas;
Respeite suas finanças e não gaste mais do que ganha;
Conheça o seu negócio, seus concorrentes e seus fornecedores;
Evite fazer empréstimo e mantenha seus pagamentos em dia;
Conheça bem o seu fluxo de caixa, 
Mantenha uma reserva de capital de giro, controle seu estoque;
Não misture contas da empresa com contas pessoais.
CONCEITO E CÁLCULO DO PAYBACK
O payback simples é um método que estima qual o prazo necessário para a recuperação do investimento. Para o cálculo do payback simples, basta somar os fluxos de caixa gerados pelo investimento, até igualar ao investimento inicial. 
O critério de aceitação/rejeição do projeto, com base nessa técnica, é o seguinte: o investimento deve ser aprovado, somente se o período de payback for inferior ou igual ao prazo máximo determinado pela empresa. 
Exemplo:
Calcule o payback simples dos projetos apresentados a seguir, supondo um prazo máximo, aceitável pela empresa para recuperação do investimento, igual a três anos. 
	Projetos 
	Investimento inicial 
	 F l u x o s d e C a i x a
	
	
	Ano 1
	Ano 2
	Ano 3
	Ano 4
	 Ano 5
	 A 
	– $ 600.000 
	$ 300.000 
	$ 300.000 
	$ 50.000 
	$ 100.000 
	$ 200.000 
	 B 
	– $ 600.000 
	$ 100.000
	$ 200.000 
	$ 200.000 
	$ 200.000 
	$ 100.000 
Para calcular o payback simples do exemplo acima, basta somar os fluxos de caixa até igualar ao investimento inicial. 
O cálculo do payback do projeto A pode ser efetuado da seguinte maneira: 
PaybackA = 300.000 + 300.000 = 600.000 
 a n o 1 a n o 2 
PaybackA = 2 anos 
O cálculo do payback do projeto B pode ser realizado da seguinte forma: 
PaybackB  100.000 200.000 200.000  200.000 = 700.000
 a n o 1 a n o 2 a n o 3 preciso de $ 100.000 desse valor 
	 500.000
 (ainda precisa de $100.000 para completar os $600.000) 
 100.000
PaybackB  3  ----------  3,5 anos 
 200.000
Conclui-se que no projeto A, a empresa conseguirá o retorno do investimento em 2 anos. Já no projeto B, a recuperação do investimento acontecerá em 3,5 anos. Com base no critério do payback simples, se o período máximo, aceitável pela empresa, fosse de três anos, apenas o projeto A deveria ser aprovado. 
Por ser um método de cálculo fácil, o payback simples não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. Os fluxos de caixa são simplesmente somados e não descontados a uma determinada taxa de juros. Essa taxa, que também é chamada de taxa de desconto, Taxa Mínima de Atratividade (TMA), custo de capital ou custo de oportunidade, equivale ao retorno mínimo que deve ser alcançado pelo projeto. Geralmente utiliza-se a taxa Selic, que reflete o custo do dinheiro no mercado financeiro, como referencial de retorno mínimo exigido pelo investidor.
Payback Descontado 
No cálculo do payback descontado, como comentado anteriormente, é considerado o custo do capital. O método de cálculo é similar ao utilizado no payback simples, bastando trazer a valor presente os fluxos de caixa (BRUNI & FAMÁ, 2003). 
Os valores presentes dos fluxos de caixa são calculados por meio da fórmula de juros compostos:
 FV
 PV = --------
 (1+i)n 
A partir do exemplo abaixo, podemos entender melhor como é realizada a mensuração do payback descontado: 
Calcule o payback descontado dos projetos apresentados, supondo um prazo máximo, aceitável pela empresa para recuperação do investimento, igual a 3 anos e um custo de capital de 10% ao ano. 
	Projetos 
	Investimento inicial 
	 F l u x o s d e C a i x a 
	
	
	Ano 1 
	Ano 2 
	Ano 3 
	Ano 4 
	Ano 5 
	 A 
	– $ 600.000 
	$ 300.000 
	$ 300.000 
	$ 50.000 
	$ 100.00 
	$ 200.000 
	 B 
	– $ 600.000 
	$ 100.00 
	$ 200.000 
	$ 200.000 
	$ 200.000 
	$ 100.00 
O payback descontado é calculado a partir do valor presente de cada um dos fluxos de caixa futuros. Observe o cálculo do payback de cada um dos projetos analisados: 
Payback do Projeto A: 
	ANO
	VALOR PRESENTE – PROJETO A
	1 
	 300.000
PV = ------------ = 272.727,27 
 (1 + 0,10)1 
 
	2 
	 300.000
PV = ------------ = 247.933,88 
 (1 + 0,10) 2 
 
	3 
	 50.000
PV = ------------ = 37.565,74 
 (1+0,10) 3 
 
	4 
	 100.000
PV= ------------ = 68.301,34 
 (1+0,10) 4 
 
	5 
	 200.000
PV= ------------ = 124.184,26 
 (1 + 0,10) 5 
 
PaybackA = 272.727,27 + 247.933,88 + 37.565,74 +  68.301,35 = 626.528,24 
 a n o 1 a n o 2 a n o 3 a n o 4
 $ 558.226,82 (ainda precisa de $ 41.773,11 para completar os $600.000) 
 precisa de $ 41.773,11 desse total 
 41.773,11
PaybackA = 3 +----- =3,61 anos 
 68.301,35 
Payback do Projeto B: 
	ANO
	VALOR PRESENTE – PROJETO B
	1 
	 100.000
PV = ------------- = 90.909,09 
 (1 + 0,10)1 
 
	2 
	 200.000
PV = ---------------- = 165.289,25 
 (1 + 0,10)2 
 
	3 
	 200.000
PV = -------------- = 150.262,96 
 (1 + 0,10) 3 
 
	4 
	 200.000
PV = --------------- = 136.602,69 
 (1 + 0,10) 4 
 
	5 
	 100.000
PV = ------------- = 62.092,13 
 (1 + 0,10) 5 
 
 
PaybackB 90.909,09 +1 65.289,25 + 150.262,96 + 136.602,69 + 62.092,13 = 605.156,12 
 a n o 1 a n o 2 a n o 3 a n o 4 a n o 5 
 $ 543.063, 99 ainda precisa $ 56.936,01 para

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