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Patologias da Propriocepção O que é Propriocepção ? Receptores Sensoriais Os receptores podem ser classificados de acordo com a sua função: Mecanorreceptores: Tato - localizados na pele. Proprioceptores - localizados no músculo. Pressão - localizados nos vasos. Equilíbrio - labirinto, localizado no ouvido. Auditivos - cóclea, localizado no ouvido. Quimiorreceptores: Gustativos - localizados na língua . Olfativos - localizados no epitélio nasal. Termorreceptores: Temperatura - localizado na pele. Fotorreceptores: Compostos que absorvem luz - localizados no olho. Nociceptores: Terminações nervosas livres -localizadas por todo o organismo. (Dor) Classificação dos receptores de acordo com sua localização no corpo Exteroceptores Interoceptores; Proprioceptores. Respondem a estímulos do meio ambiente Respondem a estímulos vindos de dentro dos órgãos do corpo, vísceras internas e vasos sanguíneos Respondem a estímulos internos do corpo os Proprioceptores estão localizados: Músculos (fusos musculares), Tendões (órgãos tendinosos de Golgi) Cápsulas articulares (corpúsculos de Ruffini e Pacini). Ao chegar na medula, estes potenciais de ação seguem pelo fascículo grácil (local que recebe informações originadas de receptores do membro inferior) e/ou fascículo cuneiforme (recebe informações originadas de receptores do membro superior). Destas estruturas os estímulos seguem passando pelo diencéfalo e córtex cerebral, terminando assim na área somestésica (responsável pelo armazenamento de informações proprioceptivas). O que eu quero enfatizar com esta breve descrição é que o mapa somático cortical não é fixo: apresenta plasticidade de uso e desuso. No córtex somestésico primário há um mapa corporal completo chamado homúnculo sensorial. A sensibilidade tátil é a que tem melhor precisão. Não é à toa que a leitura Braille se executa com a superfície dos dedos indicadores e médios e não com a palma da mão. Cerebelo o cerebelo é responsável pela coordenação das atividades dos músculos esqueléticos, do tato, visão e audição, em nível inconsciente, a partir de informações recebidas. Indivíduos com lesão no cerebelo exibem fraqueza e perda do tônus muscular, assim como movimentos descoordenados. Suas atividades estão relacionadas com o equilíbrio e postura corporal. O cerebelo trabalha em conexão com o córtex cerebral e o tronco encefálico. Responsável por 10% do volume total do encéfalo e contém cerca da metade dos neurônios do cérebro. Internamente, o cerebelo é preenchido pela substância branca, que forma um miolo central, formado por fibras próprias, fibras de projeção e axônios mielínicos das células de Purkinje. Células de Purkinje São neurônios altamente diferenciados, presentes apenas no cerebelo. Função O cerebelo recebe impulsos sensitivos de articulações, músculos, tendões, olhos, órgãos de equilíbrio, sendo assim responsável pelos reflexos e pelos movimentos, atuando também no tônus muscular. Lesões cerebelares podem levar principalmente a prejuízos motores. Lesões nesta região são dificilmente tratadas e revertidas e comprometem a movimentação causando : Diminuição do tônus muscular, Mudanças posturais, Alteração da marcha e do equilíbrio, Tremores no final dos movimentos, Dificuldade em realizar movimentos rápidos e precisos. Sempre que ocorre alguma alteração no sistema proprioceptivo, o organismo apresenta sintomatologia variada. São eles: Dor: pode surgir como cefaléia, enxaqueca, dor muscular, na planta dos pés, pescoço e ou costas. Desequilíbrio: pode aparecer na forma de vertigem, tonturas, enjôo, sensação de náuseas, quedas sem explicação, choques contra objetos sem justificativa. Queda do rendimento escolar: o indivíduo progride no âmbito escolar abaixo de sua capacidade de inteligência e do esforço desenvolvido. Pode-se observar sintomas de dislexia, discalculia, disgrafia, dislalia, disortografia, déficit de atenção, entre outros. Perturbações vasculares: a mais frequente é a palidez da pele, normalizando-se após o tratamento proprioceptivo. Parkinson O mal de Parkinson é uma doença neurológica progressiva e sem cura, que promove tremores, rigidez e alterações na coordenação motora. O que é Mal de Parkinson ? O mal de Parkinson se caracteriza pela destruição destes neurônios, levando a uma escassez de dopamina no sistema nervoso central e, consequentemente, a um distúrbio dos movimentos. Fatores de Risco Idade ; História Familiar; Sexo Masculino; Traumas no Crânio; Contato com agrotóxicos ; Sintomas Motores Tremor - tremor é definido como movimento rítmico resultante de contrações sincronizadas involuntárias do músculo, sendo considerado e conhecido como principal sintoma/sinal da doença de Parkinson. Este sintoma está presente em aproximadamente 80% dos casos e frequentemente é assimétrico. Observado no estágio inicial da doença, o tremor pode ser intermitente e pode ser desencadeado durante estresse e/ou ansiedade. Tremor de repouso - é visto comumente nas extremidades superiores durante o caminhar e pode ser observado mais obviamente quando se pede ao paciente para realizar movimentos rápidos com a extremidade contralateral (fechar e abrir os punhos). Tremor de movimento - Um menor número de pacientes pode apresentar tremor de movimento. Bradicinesia - É a pobreza ou lentidão de movimentos, sendo considerada a que mais acarreta problemas para o paciente por se tornar extremamente incapacitante (mais que o tremor). Devido a lentidão, os pacientes levam mais tempo e tem que fazer um esforço muito maior para completar as suas tarefas diárias - inclusive os mais simples como se alimentar ou tomar banho - resultando em fadiga e problemas psicológicos ligados à dependência de outras pessoas. Rigidez - A rigidez pode ser definida como o aumento da resistência ao esticar um músculo passivamente, como quando você move a mão, o braço ou a perna para baixo e para começar e percebe que o movimento é realizado com esforço. A rigidez é comumente associada com a bradicinesia. outro sinal é a diminuição dos movimentos espontâneos geralmente quando caminhamos os braços se movem em ritmo alternado. O paciente com o mal de Parkinson permanecerá com os braços ao longo do tronco (imagine um robô andando) Alterações na marcha - As anormalidades da marcha podem incluir claudicação (hesitação) e redução ou ausência do balanço dos braços (em estágios iniciais da doença). À medida que ocorre a progressão da doença, o paciente perde o passo normal, o calcanhar dificilmente é encostado no chão durante a marcha, há a tendência de andar na ponta dos pés e/ou os pés tendem a deslizar ao longo do chão. Outra característica é ter giros em bloco (falta de rotação do tronco ao virar-se). Instabilidade postural - Alterações de postura e equilíbrio são manifestações comuns da doença de Parkinson, não sendo frequente em estágios iniciais. A postura pode tornar-se mais flexionada, algumas vezes em níveis extremos. A estabilidade postural é afetada, produzindo retropulsão (ação involuntária de recuar, de andar para trás). Apatia facial - Alterações da expressão facial, causando redução do piscar e dos sorrisos. Micrografia - Alteração da grafia na qual a escrita parece "apertada" com letra muito pequena é um sinal comum de doença de Parkinson, sendo observada em muitos pacientes. Micrografia leve pode ser notável pela comparação de assinaturas antigas e recentes. Em alguns casos, o paciente tem muita dificuldade para escrever. Há casos em que o uso de medicamentos podem reverter ou amenizar o sintoma. Hipotonia - A fala e a deglutição podem ser afetadas. A fala pode ser discretamente mais baixa, abafada e menos distinta. Na doença mais severa, a fala é rápida, monótona e incompreensível. Congelamento (freezing) - Incapacidade transitória de mover os membros inferiores, comumente observada em passagens de portas ou em áreas estreitas. Distonia - A distonia atinge com maior frequência as extremidades inferiores, no pé e tornozelo e enrolamento dos dedos. Nas extremidades superiores, o braço é mantido aduzido ao tórax e flexionado no punho: quando severo, a mão pode ser mantida com o punho cerrado e a palma pode tornar-se macerada ou espessada. Sinais e Sintomas não motores Depressão Constipação intestinal Hipotensão ortostática Dor Distúrbios do sono Disfunção sexual Disfunção urinária Aumento de oleosidade da pele Diminuição da função cognitiva Demência. Entorse de Tornozelo O que é Entorse de Tornozelo? A entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns no mundo esportivo e ocorre, normalmente, de forma traumática e devido à inversão excessiva (quando o pé vira para fora bruscamente) O tornozelo é uma estrutura composta por três ossos (tíbia, fíbula e tálus), tendões e vários ligamentos, que são responsáveis por manter a estabilidade e evitar que o pé faça um movimento exagerado “para dentro” ou “para fora”. Dentre os ligamentos do tornozelo, 3 merecem destaque por constituírem o Complexo Ligamentar Lateral e serem fundamentais para evitar o movimento excessivo da articulação: o Ligamento Talofibular Anterior (LTFA), o Ligamento Calcaneofibular (LCF) e o Ligamento Talofibular Posterior (LTFP). O que causa Entorse de Tornozelo? A maioria dos casos de entorse de tornozelo ocorre por causa da inversão do pé. Que pode causar o estiramento ou ruptura dos tendões e ligamentos da articulação. A entorse de tornozelo ocorre quando o sujeito “pisa em falso” no chão e o pé realiza um movimento brusco. Pode ser em inversão, no qual o pé vira para fora (muito mais comum, representando cerca de 90% das entorses) Ou em eversão, onde o pé vira para dentro. Graus da Entorse de Tornozelo A gravidade da entorse de tornozelo varia de acordo com o comprometimento das estruturas presentes na região afetada e pode ser dividida em três níveis: Grau I – Estiramento dos ligamentos, com formação de edema e presença de dor; Grau II – Ligamentos parcialmente rompidos e instabilidade da articulação, com presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada. Grau III – Ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé, com grande dificuldade para manter-se em pé e dor intensa. Principais sinais e sintomas de Entorse de Tornozelo Edema e Hematoma; Vermelhidão e aumento da temperatura local; Dor de intensidade variada, dependendo do grau da lesão; Sensibilidade ao toque; Dificuldade em ficar de pé ou andar; Referências Bibliográficas Spencer, Alexander P. Anatomia Humana básica. – São Paulo: Manole, 1991. Gray´s Anatomy. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1979 http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinestesia http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2009/07/propriocepcao.html http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bapp/v28n2/v28n2a15.pdf Lent, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos e fundamentos da Neurociência. Atheneu, 2001. Kandel, E. R.; Schwartz, J.H.; Jessell, T.M.Princípios da Neurociência. Manole, 2003. http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/apost-fisiol-parte1.pdf
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