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Seminário 2 - Warren Dean (2013)

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A Industrialização de 
São Paulo (1880-1945) 
Warren Dean 
CORRENTES TEÓRICAS 
Correntes Teóricas 
• Industrialização foi liderada pela expansão das 
exportações; 
• Economia cafeeira criou condições para o 
desenvolvimento industrial; 
• Economia brasileira sai do modelo de acumulação 
baseado no trabalho escravo para o de base assalariada; 
• Modernização da economia: ferrovias, bancos, comércio 
exterior, aprimoramento da produção de café; 
• Surtos de produção versus surtos de investimento. 
 
Outros autores 
• Fishlow: Aumento da demanda interna, decorrente da necessidade de 
substituição das importações, e da própria demanda externa, 
impulsionaram a indústria brasileira. 
• Suzigan: Acumulação de capital para a indústria esteve intimamente ligada 
ao desenvolvimento da economia cafeeira, mas acredita que essas 
limitações no tempo não refletem o que foi, na verdade, um fluxo: a 
acumulação de capital vinha se processando há muito com o 
desenvolvimento do café, de modo que a década de 1880 representa mais 
um aceleramento do processo que seu início e conclusão. 
• Mello: Processo endógeno, com ciclos econômicos internos que promovem 
a industrialização. Divisão em períodos: nascimento da grande indústria, 
industrialização restringida e industrialização pesada. 
• Versiani e Versiani: Desenvolvimento industrial não teve bases reais, mas foi 
o resultado da pura especulação na Bolsa de Valores, sem reflexos efetivos 
de crescimento da produção real. 
 
DADOS SOBRE O AUTOR 
Warren Dean 
• Historiador norte-americano, nascido em 1932 em New 
Jersey, durante a Grande Depressão. 
• Um dos principais autores do grupo conhecido como 
“Brasilianistas”. 
• História do desenvolvimento econômico => História 
ambiental e ecológica. 
• Principais obras sobre o Brasil: 
• A industrialização de São Paulo (1971) 
• Rio Claro: um sistema brasileiro de grande lavoura, 1820-1920 
(1977) 
• A luta pela borracha no Brasil (1989) 
• A Ferro e Fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica 
brasileira (1996) 
 
REVISIONISMO DE WARREN DEAN 
• Subordinação da indústria à economia cafeeira, de modo 
que os influxos, retrocessos ou avanços desta incidem 
forçosamente sobre a primeira 
• Nesse sentido, interrupções dos fluxos de comércio, 
provocadas pelas guerras ou pela Grande Depressão, não 
poderiam ser benéficas ao desenvolvimento industrial, pois 
afetariam o desempenho do setor externo 
• Entraves à importação de matérias-primas e máquinas 
restringe a capacidade de aumento da produção industrial 
 
Paradigma Cepalino em cheque 
Choques adversos (ou externos) teriam o efeito de inibir ou frear o 
crescimento industrial? Ou, contrariamente, o deslocamento do centro 
dinâmico da economia brasileira, do setor agroexportador para a produção 
interna, estaria relacionado à crise do comércio importador? 
“[...] em suma, a Primeira Guerra Mundial aumentou 
consideravelmente a procura de artigos manufaturados nacionais, mas 
tornou quase impossível a ampliação da capacidade produtiva para 
satisfazer a esta procura. As fortunas que se fizeram durante a guerra 
surgiram de novos ramos de exportações, da produção durante vinte e 
quatro horas por dia, ou de fusões e reorganizações. Novas fábricas e 
novas classes de manufatura não foram importantes. Poder-se-á até 
perguntar se a industrialização de São Paulo não se teria processado 
mais depressa se não tivesse havido guerra.” 
 
(DEAN, W. A industrialização de São Paulo . São Paulo, Difel/Edusp., 1971, p. 114) 
 
DADOS SOBRE A OBRA 
Warren Dean e o interesse pelo Brasil 
 
• Em seu mestrado Dean se volta a estudos sobre a 
Revolução Cubana; 
 
• Com o crescimento da crise de Cuba com os Estados 
Unidos, Dean é obrigado a desistir do tema; 
 
• A possibilidade do alastramento da revolução para o 
resto da América Latina leva Dean a escolher o Brasil, 
que ele conclui ser país pré-revolucionário após a leitura 
de Pré-Revolução Brasileira, de Celso Furtado; Primeiros 
contatos de Warren com o Brasil e seus intelectuais; 
 
 
O interesse pela Industrialização e o Livro 
 
 
• Dean acreditava que a revolução se instalaria num país 
de rápida industrialização (Brasil) 
 
• Ao viajar para São Paulo, decide escrever sobre a 
industrialização ao invés da revolução, devido ao seu 
interesse por historia econômica 
 
• O estudo culmina com a tese publicada nos EUA (1969) e 
no Brasil (1971): A Industrialização de São Paulo. 
 
Repercussão da Obra 
 
• Warren Dean não gostou do livro, classificando-o como fraco e 
considerando a grande aceitação por conta do pioneirismo e da 
relevância temática. 
 
• O autor dá maior importância à sua publicação seguinte - Rio Claro: 
um Sistema Brasileiro na Grande Lavoura. 
 
• Desde seu lançamento, as ideias do livro são amplamente discutidas 
devido ao caráter inovador, como o argumento de que a indústria 
não nasceu simplesmente pela crise do café, mas graças ao café, 
dentro do mercado importador e exportador, tornando os 
fazendeiros e importadores os primeiros industriais, sem que estes 
deixassem por completo suas atividades originais. 
 
• O livro se torna obra fundamental dos estudos de histórica 
econômica do Brasil. 
CAPÍTULO I: O COMÉRCIO DO CAFÉ 
GERA A INDÚSTRIA. 
 
Tese Central 
A industrialização de São Paulo 
dependeu, desde o princípio, da 
procura provocada pelo crescente 
mercado estrangeiro. 
Argumentos 
 
• O café era a base do crescimento industrial nacional porque 
proporcionava o pré-requisito mais elementar de um sistema 
industrial – economia monetária. 
• Mão-de-obra livre e assalariada – difusão do uso do dinheiro 
(nas areas afetadas pela exportação). 
• Terra adquire valor monetário (efeito do aumento da 
economia monetária) 
• Maior interesse dos agricultores pelos aspectos comerciais e 
financeiros – alguns inclusive expandiram para atividades além 
da agricultura 
• Atraía investimentos em infra-estrutura que puderam ser 
utilizados também pela indústria(estradas de ferro, por ex.) 
Argumentos 
 
• “O plantio do café se constituía numa espécie de matriz, que definia 
as possibilidades do empresário.” 
 
• “O comércio do café não gerou apenas a procura da produção 
industrial: custeou também grande parte das despesas gerais, 
econômicas e sociais, necessárias a tornar proveitosa a manufatura 
nacional.” 
 
• “Considerados em conjunto, globalmente, esses súbitos progressos 
na região de São Paulo nas décadas de 1880 e 1890 foram, em 
sentido mais profundo, a causa da industrialização.” 
 
• “De mais a mais, a industrialização não contava com o apoio de uma 
ideologia operacional de desenvolvimento que parece ser, tão 
amiúde, uma força motivadora de crescimento em áreas não 
desenvolvidas e que era, inegavelmente, uma força estimulante da 
expansão do setor agrícola.” 
 
CAPÍTULO II: ORIGENS ECONÔMICAS E 
SOCIAIS DO EMPRESARIADO – A 
MATRIZ ECONÔMICA: A IMPORTAÇÃO 
 
Tese Central 
O mercado de importação não só 
não foi um obstáculo para o 
desenvolvimento industrial, como 
ainda o favoreceu. 
Argumentos 
Os negócios de importação não constituíam obstáculo ao 
desenvolvimento da indústria: 
 
• Nos primórdios da produção cafeeira não havia produtos 
nacionais a serem fornecidos. 
• A preponderância dos artigos importados do comércio era 
apenas uma consequência secundária do rápido crescimento 
do comércio de exportação. 
• O capital inicial fomentava a expansão dos cafezais, transporte 
e empresas agroindustriais. A mão de obra tornava-se 
assalariada. A agricultura de subsistência era proibida nas 
fazendas: Importação supria o novo mercado de bensde 
consumo e bens industriais. 
Argumentos 
Circunstâncias que favoreceram o envolvimento de 
importadores na criação da empresa nacional: 
 
• Operações realizadas in loco. Instalação de artigos de 
infraestrutura cujo custo de importar era muito mais alto do 
que instigar a produção local. 
• Transição da importação para a manufatura reside na posição 
estratégica do importador na estrutura do comércio: acesso 
ao crédito, conhecimento de mercado e canais para a 
distribuição do produto acabado. 
• Importador por vezes se tornava o próprio manufaturador. 
• Grandes empresários possuíam experiência de importação. 
 
Argumentos 
Empresários não julgavam conflitantes as funções de 
importador e manufaturador, senão complementares 
 
• A importância da função importadora não diminuía para o 
empresário depois que ele se consagrava à manufatura. 
• Industriais continuavam a ser importadores por diversas 
razões: Matérias primas do estrangeiro; Categorias como 
máquinas, corantes, desodorantes, materiais de acabamento 
entre outros; Artigos estrangeiros para complementar a linha 
de produtos. 
DISCUSSÃO 
• Conceito essencial que guia a obra de Celso Furtado, dentro 
do pensamento Cepalino: mão-de-obra assalariada. Qual o 
papel desse conceito dentro da obra de Dean? 
 
• Questão do consumo interno fomentado pela mão-de-obra 
assalariada (efeito multiplicador), em contraposição à ânsia 
pela poupança por parte dos imigrantes.

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