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Instituições e institutos jurídicos. Ordem socialInstituições e institutos jurídicos. Ordem socialInstituições e institutos jurídicos. Ordem socialInstituições e institutos jurídicos. Ordem social1111 Para a vida em sociedade, o Homem deve organizar-se sob determinada ordem, ainda que aparentemente essa ordem não exista. No dizer de Goffredo Telles Júnior (2002:3), toda ordem, evidentemente, é uma disposição. Uma disposição conveniente, certa disposição, tal como os livros numa biblioteca. A desordem também é uma ordem, ainda que seja uma ordem que não apreciamos que não desejamos. Desse modo, a existência e a convivência do Homem gravitam em torno de instituições, materiais e imateriais, que estabelecem certa ordem, as quais concedem estabilidade e tornam possível a existência. Trata-se das estruturas jurídicas que são mais ou menos duradouras. As instituições e os institutos fazem parte dessas estruturas. O termo instituição instituiçãoinstituição instituição possui várias acepções. No sentido etimológico pode definir-se como o que está presente ou permanece em evolução na sociedade. Aquilo que está ou foi instituído. Entende-se como o estabelecimento ou a fundação de alguma coisa: instituição de uma monarquia; de uma presidência. Na corrente linguagem, em geral, faz-se referência à instituição em vários sentidos, como um complexo de leis, de costumes, de normas, como uma obra material ou imaterial. No campo jurídico, deve ser entendida a instituição como um conjunto de princípios, um entrelaçamento de costumes, usos e sentimentos, pelos quais se exercem controles sociais e se satisfazem necessidades e desejos das pessoas em sociedade (Lima, 2002:19). Ainda, "ora um conjunto mais ou menos extenso de normas que, subordinadas a princípios comuns, disciplinam determinado tipo de relações sociais, ora a realidade social que lhe está na base" (Justo, 2001:14). 1 Venosa, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito: Introdução ao estudo do direito:Introdução ao estudo do direito: Introdução ao estudo do direito: primeiras linhas. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. (p. 34-35). O termo instituição instituiçãoinstituição instituição nos dá a ideia de um conjunto de normas estáveis que obedece a regras específicas e se organiza como um corpo social, para certas finalidades. A instituição, em geral, pode ter caráter político, religioso, econômico etc. "As instituições são o conjunto de pilares estabelecidos pelo costume, pela razão e pelos sentimentos que alicerçam a sociedade, sustentando-a" (Secco, 2001:16). Suas funções são vitais para a compreensão do Direito porque auxiliam a resolver os problemas da sociedade e dos homens que a integram. A instituição torna possível a estabilidade normativa que é essencial para o sentido de adequação social que busca o Direito. Há instituições primárias ou fundamentais e secundárias. As principais instituições da vida social são a família, a propriedade e o Estado. Todos os campos do direito gravitarão de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, em torno delas. As instituições secundárias, como, por exemplo, a Igreja, o Congresso, os tribunais, os sindicatos, as universidades, cumprem seu papel de importância no campo jurídico, com maior ou menor participação em nossa existência, complementando as instituições fundamentais. Decorrentes da mesma raiz etimológica, com frequência os textos se referem aos institutos jurídicos. institutos jurídicos.institutos jurídicos. institutos jurídicos. Tendo a mesma compreensão da instituição, o instituto apresenta menor grau de extensão, mas a mesma compreensão. Trata-se de um complexo normativo menor (Justo, 2001:15). Cuida-se de uma entidade autônoma de Direito, com suas próprias normas reguladoras, que a colocam como uma entidade autônoma para fins de estudo e disciplina jurídica, dentro do direito privado ou do direito público. Assim, por exemplo, se a propriedade é uma instituição, a posse é um instituto; se o Congresso é uma instituição, o impeachment do Presidente da República, que se inclui entre as atribuições do Congresso, é um instituto. Sob esse prisma, portanto, a falência, o usufruto, a tutela e curatela, a prescrição e decadência, por exemplo, são institutos de direito material; a intervenção de terceiros, o recurso de apelação e de agravo de instrumento, a execução são institutos de direito processual. Para a vida em sociedade o ser humano tem necessidade de estabelecer ordens, sob o pálio dos institutos e das instituições. Por essa razão, o Homem situa-se em ordens religiosas, éticas, morais e jurídicas. A ordem jurídica, que ora se estuda, recebe, sem dúvida, informação e interferências de ordens de outra natureza, pois a conduta social deve ser vista permanentemente como um todo. A ordem jurídica identifica-se com o conjunto de normas em vigor num Estado. Sob esse prisma, a ordem jurídica confunde-se com o sistema jurídico. O sistema é mais amplo do que o ordenamento positivo de um país, pois incluem também as normas consuetudinárias, a jurisprudência, os princípios gerais. As normas jurídicas são escalonadas dentro de um princípio hierárquico. Há normas superiores que devem prevalecer sobre normas inferiores. Assim, as normas constitucionais devem prevalecer sobre as leis ordinárias; estas, por sua vez, se sobrepõem aos regulamentos. As normas inferiores devem estar em harmonia com as superiores.
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