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Aristóteles e a classificação do Estado.
- Para Aristóteles a Política é a ciência mais suprema, a qual as outras ciências estão subordinadas e da qual todas as demais se servem numa cidade – pólis
- É impossível conceber o indivíduo sem o Estado.
O homem é um animal social e político por natureza.
A cidade é uma forma de associação e toda associação se estabelece tendo como finalidade algum bem.
Os indivíduos não se associam somente para viver, mas para viver bem – vida boa.
. A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. O estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa. A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. Desta ciência trata Aristóteles precisamente na Política, de que acima se falou.
O estado, então, é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado.
Visto que o estado se compõe de uma comunidade de famílias, assim como estas se compõem de muitos indivíduos, antes de tratar propriamente do estado será mister falar da família, que precede cronologicamente o estado, como as partes precedem o todo. Segundo Aristóteles, a família compõe-se de quatro elementos: os filhos, a mulher, os bens, os escravos; além, naturalmente, do chefe a que pertence a direção da família. Deve ele guiar os filhos e as mulheres, em razão da imperfeição destes. Deve fazer frutificar seus bens, porquanto a família, além de um fim educativo, tem também um fim econômico. E, como ao estado, é-lhe essencial a propriedade, pois os homens têm necessidades materiais. No entanto, para que a propriedade seja produtora, são necessários instrumentos inanimados e animados; estes últimos seriam os escravos.
Aristóteles não nega a natureza humana ao escravo; mas constata que na sociedade são necessários também os trabalhos materiais, que exigem indivíduos particulares, a que fica assim tirada fatalmente a possibilidade de providenciar a cultura da alma, visto ser necessário, para tanto, tempo e liberdade, bem como aptas qualidades espirituais, excluídas pelas próprias características qualidades materiais de tais indivíduos. Daí a escravidão.
Vejamos, agora, o estado em particular. O estado surge, pelo fato de ser o homem um animal naturalmente social, político. O estado provê, inicialmente, a satisfação daquelas necessidades materiais, negativas e positivas, defesa e segurança, conservação e engrandecimento, de outro modo irrealizáveis. Mas o seu fim essencial é espiritual, isto é, deve promover a virtude e, conseqüentemente, a felicidade dos súditos mediante a ciência.
Compreende-se, então, como seja tarefa essencial do estado a educação, que deve desenvolver harmônica e hierarquicamente todas as faculdades: antes de tudo as espirituais, intelectuais e, subordinadamente, as materiais, físicas. O fim da educação é formar homens mediante as artes liberais, importantíssimas a poesia e a música, e não máquinas, mediante um treinamento profissional. Eis porque Aristóteles, como Platão, condena o estado que, ao invés de se preocupar com uma pacífica educação científica e moral, visa a conquista e a guerra. E critica, dessa forma, a educação militar de Esparta, que faz da guerra a tarefa precípua do estado, e põe a conquista acima da virtude, enquanto a guerra, como o trabalho, são apenas meios para a paz e o lazer sapiente.
Não obstante a sua concepção ética do estado, Aristóteles, diversamente de Platão, salva o direito privado, a propriedade particular e a família. O comunismo como resolução total dos indivíduos e dos valores no estado é fantástico e irrealizável. O estado não é uma unidade substancial, e sim uma síntese de indivíduos substancialmente distintos. Se se quiser a unidade absoluta, será mister reduzir o estado à família e a família ao indivíduo; só este último possui aquela unidade substancial que falta aos dois precedentes. Reconhece Aristóteles a divisão platônica das castas, e, precisamente, duas classes reconhece: a dos homens livres, possuidores, isto é, a dos cidadãos e a dos escravos, dos trabalhadores, sem direitos políticos.
Quanto à forma exterior do estado, Aristóteles distingue três principais: a monarquia, que é o governo de um só, cujo caráter e valor estão na unidade, e cuja degeneração é a tirania; a aristocracia, que é o governo de poucos, cujo caráter e valor estão na qualidade, e cuja degeneração é a oligarquia; a democracia, que é o governo de muitos, cujo caráter e valor estão na liberdade, e cuja degeneração é a demagogia. As preferências de Aristóteles vão para uma forma de república democrático-intelectual, a forma de governo clássica da Grécia, particularmente de Atenas. No entanto, com o seu profundo realismo, reconhece Aristóteles que a melhor forma de governo não é abstrata, e sim concreta: deve ser relativa, acomodada às situações históricas, às circunstâncias de um determinado povo. De qualquer maneira a condição indispensável para uma boa constituição, é que o fim da atividade estatal deve ser o bem comum e não a vantagem de quem governa despoticamente.
FAMILIA E EDUCAÇÃO
O Estado deve promover a família e a educação, legislando sobre as mesmas.
"Convém fixar o casamento das mulheres nos dezoito anos, e o dos homens nos trinta e sete, ou pouco menos. Assim a união será feita no momento do máximo vigor e os dois esposos terão um tempo pouco mais ou menos igual para educar a família, até que cessem a ser próprios à procriação" (Política, 4,c.14, § 6).
Com vistas à depuração social defende ainda: 
"Quanto a saber quais os filhos que se devem abandonar ou educar, deve haver uma lei que proíba alimentar toda a criança disforme. Sobre o número dos filhos (porque o número dos nascimentos deve sempre ser limitado), se os costumes não permitem que os abandonem e se alguns casamentos são tão fecundos que ultrapassem o limite fixado de nascimentos, é preciso provocar o aborto, antes que o feto receba animação e a vida; com efeito, só pela animação e vida se poderá determinar se existe crime" (Política, 4,c.14, § 10).
Só modernamente se veio a saber melhor sobre a vida. Enquanto isto demorou, até moralistas cristãos admitiram o aborto antes da referida animação de que fala Aristóteles, como acontecida apenas em um estágio adiantado da gestação.
O grande Aristóteles, apesar de sua vida relativamente curta (62 anos) e da perda de seus livros mais literários e brilhantes, continua sempre grande.
Não se sabendo dizer se foi mesmo o maior filósofo dentre os até agora nascidos, certamente é Aristóteles ainda uma das cordilheiras mestras do pensamento humano. 
A sociedade para Aristóteles e Hobbes e a natureza do homem
Para iniciarmos esta diferenciação, se faz necessário conceituar cada modelo política, ora em analise. Iremos desta forma conceituar o modelo clássico, também conhecido por modelo grego, formulado por Aristóteles, e o modelo Jusnaturalista, conhecido por Hobbesiano.
O modelo clássico classificado por Aristóteles, também conhecido historicista, nos indaga: Como surgiu o Estado? Para Aristóteles, o homem é um animal político. Considera a família a primeira sociedade. Na família o homem busca a satisfazer as demandas do cotidiano da mesma. A família, desta forma, é o primeiro núcleo social que existe, é a célula mater. do Estado, desta origina-se o Estado. O Estado é a evolução natural da família. Expõe ainda que o homem na sociedade do Estado que esta posto, não busca apenas solucionar os problemas do cotidiano familiar, vai alem, busca resolvertambém os conflitos oriundos das diversas “famílias”, ou seja, nasce a política.
Reflete ainda, que a felicidade está no viver em coletividade, admite que as características da cidade é a vida boa, auto suficiência, sendo que a finalidade da política é o bem comum. Este modelo de política vigeu até a época medieval, quando Hobbes confronta a teoria aristotélica, e apresenta suas ideias sobre o modelo de política que ao seu prisma seria o ideal.
O modelo Jusnaturalista de Thomas Hobbes nos traz uma ideia de divisão entre o homem puro – natural- e a face civil do homem. E nos indaga: Porque surgiu o Estado? Hobbes entende que o homem não tem natureza política, não é naturalmente político, como afirmara Aristóteles em sua teoria política.
O homem na visão de Thomas Hobbes tem o desejo de vangloriar-se, receber honras e elogios. O homem natural segue sua reflexão, apresenta três causas de discórdia, a saber:
a)     Competição face ao lucro que desemboca na violência;
b)    Desconfiança em face de segurança que gera defesa;
c)     Gloria no tocante a reputação que causa desprezo.
No estado de natureza do homem, sendo este o estado pré-social do homem, ocorre a guerra constante entre os homens – a guerra de todos contra todos – mesmo não lutando, existe um clima de guerra para própria sobrevivência. Neste estado natural, não há justo ou injusto, não há vida social. Este é o lado mais brutal do homem, ensina Thomas Hobbes.
Sendo assim, a teoria Hobbesiana nos ensina que para termos a paz social, necessário se faz a construção de um pacto social. O pacto que sinaliza Hobbes é aquele em que o homem natural transfere ao ente estatal, o direito material deste, ou seja, o homem transfere ao Estado seu direito a vida. O Estado á partir de então tem como dever preservar a vida o homem. O Estado deve controlar as paixões do homem. Mister salientar que o homem atual, ora o outra, volta ao seu estado natural, haja vista a grande quantidade de crimes cometidos. O Estado de natureza continua latente mesmo com a existência do Estado e das normas positivadas. O homem neste modelo fica em eterna contradição, entre seus instintos e paixões pelo poder e a renuncia dos seus direitos naturais para busca da paz.
Para o modelo Jusnaturalista, a paz só é alcançada mediante o a ideia de três elementos básicos que o homem almeja, o medo da morte, conforto e a esperança. Tais elementos são considerados paixões. Para tanto, o estado deve utilizar-se da razão e desenvolver normas de paz.
Sendo assim, conseguimos observar que os modelos políticos de Aristóteles tem o ponto de encontro á partir do homem. Apenas esta semelhança. As diferenças são que: Aristóteles considera o homem um animal político, e voltado para a política, sendo a virtude o fim ultimo do mesmo. Para Thomas Hobbes o homem vive em seu estado de natureza, conforme seus instintos para manter a vida e as paixões para adquirir poder. Existe uma eterna contradição no homem entre o seu estado de natureza e o estado civil.
Teoria naturalista e a formação do estado 
Teoria Naturalista: desenvolvida por Aristóteles, essa teoria parte da suposição de que o Estado teve sua formação em função da natural necessidade humana de convívio com seus semelhantes.
Teoria Contratualista: de acordo com essa teoria, a formação do Estado estaria condicionada a uma espécie de pacto estabelecido entre as pessoas que vivem em um determinado espaço territorial. Dentro da Teoria Contratualista, deve haver um acordo de vontades entre os membros da sociedade no sentido de constituir o Estado.
O Estado teria sua origem num acordo entre os homens, justificando-se seu poder com base no mútuo consentimento de seus participantes. Os principais pensadores dessa teoria foram, cada qual com sua visão específica, Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jacques Rousseau.
Teoria Patriarcal: segundo essa teoria, a formação do Estado ocorreu com o desenvolvimento das sociedades familiares unidas em torno da figura paterna de um chefe. A teoria patriarcal é uma derivação da Teoria da Origem Familiar do Estado.
Teoria da Força: essa teoria fundamenta a formação do Estado nas conquistas que uma comunidade exerceria sobre as outras. A violência e a força seriam componentes determinantes na formação do Estado. Esse Estado surgia então para disciplinar as relações entre dominadores e dominados.
Elementos Constitutivos do Estado:
São considerados elementos constitutivos do Estado:
Associação de Pessoas: representa o elemento humano na constituição do Estado. Esse elemento humano se qualifica em graus distintos, como população, povo e nação, correspondendo aos aspectos demográficos, jurídicos e culturais, respectivamente.
A população é representada por todas as pessoas presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas. A população é conceito puramente demográfico e estatístico.
O povo representa o contingente de pessoas que possuem vínculo jurídico e político com o Estado através da nacionalidade e da cidadania.
A nação se caracteriza como um grupo humano no qual os indivíduos se sentem mutuamente unidos, por laços tanto materiais como espirituais, bem como conscientes daquilo que os distingue dos indivíduos componentes de outros grupos nacionais. O conceito de nação é derivado da comunhão das tradições, da história, da língua, da religião, da literatura e da arte, que são todos fatores agregativos pré-jurídicos. A nação se forma ao longo do tempo.
Território: O território representa o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce a sua soberania (poder de império). O território compreende os espaços terrestre, aéreo e aquático.
John Locke o direitos naturais do homem
	John Locke foi o primeiro filósofo iluminista de destaque. Ele viveu na Inglaterra entre os anos de 1632 e 1704.  Sua principal obra foi o livro intitulado “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”, escrito no ano de 1690. John Locke tem um currículo peso pesado. Vejam bem. Ele participou da Revolução Gloriosa de 1688 e foi um dos autores do Bill of Rights (a Declaração dos Direitos). É importante lembrar que a Declaração dos Direitos foi o documento que encerrou o longo processo revolucionário inglês do século XVII. Este documento também estabeleceu a Monarquia Parlamentar na Inglaterra. A monarquia inglesa continuou existindo. Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, não obstante quem governava o país era o Parlamento e não mais os reis absolutistas. John Locke estava lá, participando de tudo isso.
Locke defendia os direitos naturais e inalienáveis dos homens. Esses direitos eram a vida, a liberdade e o direito à propriedade. Vamos explicar melhor o que quer dizer esses tais direitos naturais e inalienáveis do homem.
No pensamento de John Locke nós podemos entender os direitos naturais como aqueles direitos que todos os homens possuem desde o momento de seu nascimento. Ou seja, no momento do nascimento todos os homens são iguais, todos os homens nascem como se fossem uma lousa em branco, uma tabula rasa, todos estariam no mesmo nível. Essa igualdade inicial que existe entre todos os seres humanos é resultado de leis da própria natureza, nas quais o homem não pode interferir. Você também vai encontrar nos textos de História e Filosofia a palavra Jusnaturarismo. Vamos separá-la para facilitar a nossa compreensão. Jus significa direito. Naturalismo significa tudo aquilo que não depende da intervenção do homem, algo que é regido por leis da natureza. Então, jusnaturalismo nada mais é do que outra palavra para fazer referência aos direitos naturais dos homens.
Para Locke, as diferenças começam a aparecer a partir da experimentação, da experiência vivida por cada homem individualmente a partir de suas próprias escolhas. Para John Locke todas as ideias nascem da experiência. A experiência vivida pelos homens em sociedade desde a infância vai preencher a lousa em branco. A partir deste momento deixamos de ter uma tábula rasa e começam a surgir as diferençasdentro da sociedade. A diferença entre os homens é resultado do mérito e do esforço pessoal de cada indivíduo. Portanto, podemos perceber que Locke possui uma visão meritocrática e individualista da sociedade. Vamos entender o que significa meritocracia. Aquele indivíduo que desenvolver os seus talentos pessoais, aperfeiçoando-os continuamente pelo estudo e pelo trabalho, com consistência e comprometimento, um dia após o outro, sem perder a disciplina mesmo em meio às dificuldades, é merecedor de uma melhor condição na sociedade, pois isso foi conquistado com seu próprio mérito, com seu próprio esforço, individualmente.
Por tudo isso John Locke era um autor empirista. Empirismo significa exatamente isso que eu acabei de falar, ou seja, empirismo significa a experimentação que você vive na própria pele, o conhecimento que você desenvolve na prática de uma situação real e não apenas com o conhecimento teórico. O empirismo é uma parte fundamental do método científico, pois a teoria precisa ter a sua eficiência testada e comprovada no mundo natural, no mundo real. Somente nesta situação irá ocorrer de forma efetiva a construção de um novo conhecimento. Vamos a um exemplo de empirismo. Quando os cientistas estão desenvolvendo uma vacina eles partem de um conhecimento teórico, que por sua vez, é muito importante. Eles sabem que se enfraquecerem um determinado vírus e introduzi-lo no corpo de um ser humano haverá a possibilidade dos anticorpos se desenvolverem e se fortalecerem para criar uma resistência para combater um vírus real. Porém, contudo, entretanto, todavia, não obstante, esta vacina precisa ser testada várias e várias vezes para ter comprovada a sua eficiência antes de ser distribuída em larga escala para proteger a população. Ou seja, existe a parte do conhecimento teórico no desenvolvimento da vacina. Depois, a teoria precisa ser comprovada empiricamente, em testes reais antes de ser aplicada em toda a população. Para John Locke, a parte mais importante desse processo é o método empírico e não a parte do conhecimento teórico.
Para John Locke certos direitos, além de naturais, eram também inalienáveis. Ou seja, direitos inalienáveis são aqueles direitos que ninguém pode tirar de você. Direito inalienável é tudo aquilo que não é possível remover ou retirar de uma pessoa. Nenhum governo, nenhuma autoridade, nenhum rei tem competência para negar certos direitos que são de todos os seres humanos. John Locke dizia que a vida, a liberdade e a propriedade eram três dos principais direitos naturais e inalienáveis de todo homem. Vamos falar de cada um deles separadamente a partir de agora.
Em primeiro lugar, todo ser humano tem direito à vida. O direito à vida é o mais elementar de todos os direitos humanos. Ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. É por essa razão que quando um homem assassina outra pessoa ele responde por crime de morte. Trata-se de um homicídio. O responsável pelo crime deve ser preso.
Em segundo lugar, todo homem tem direito à liberdade. Liberdade para fazer as coisas sem sofrer nenhuma interferência. Liberdade de pensamento, liberdade de opinião e de expressão, liberdade de locomoção, liberdade de reunião ou associação para discutir e resolver problemas coletivos. Obviamente, o exercício de minha liberdade não pode ferir ou desrespeitar os direitos das outras pessoas e nem ser utilizada para efetuar atividades ilícitas, criminosas.
3) Em terceiro lugar, todo homem tem direito à propriedade privada. Se você, por esforço e mérito pessoal conseguiu adquirir um bem de valor, seja uma casa, um cavalo, uma joia ou qualquer outro bem material, isso é um direito seu. Um direito que deve ser preservado e nenhum homem, nenhum governo, nenhum rei tem o direito de tirar ou destruir um patrimônio que foi construído pelo seu trabalho, talento, esforço e mérito individual. 
Segundo Locke, os governos existem para preservar esses direitos. Isso quer dizer que o dever de todo governo é preservar a sua vida, a sua liberdade e a sua propriedade privada. Quando o governo desrespeita a lei estabelecida pela comunidade e coloca em risco a vida, a liberdade e a propriedade privada dos homens, este governo deixa de cumprir o seu objetivo, tornando-se ilegítimo e tirânico. Nesse caso o povo tem o direito legítimo de rebelião, tanto para defender-se da opressão de um governo tirânico como para libertar-se do domínio de uma nação estrangeira. Portanto, John Locke coloca-se claramente em luta contra os governos despóticos, ou seja, contra os governos dos reis absolutistas.
Montesquieu e a tripartição dos poderes 
 I.1-Preâmbulo Teórico e Hipótese de Trabalho
            Desde a Antigüidade Clássica, sobretudo a partir das obras do genial Platão e do seu discípulo não menos genial, Aristóteles, é reconhecido que o Estado, independentemente do seu regime, exerce três funções essenciais: a legislativa, a judiciária e a executiva. (1)
            Nos dias atuais a Ciência do Direito e a Ciência Política reconhecem que um dos pressupostos do Estado Democrático de Direito é a existência de três poderes independentes e harmônicos, quais sejam: o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo.
            O presente trabalho funda-se em duas hipóteses distintas, mas conexas, a saber: 1)a Teoria da Tripartição dos Poderes Estatais já havia sido formulada por pensadores anteriores à Montesquieu, muito embora tenha sido ele - Montesquieu - que a tenha explicitado de forma coerente e sistemática pela primeira vez; 2)a Teoria em foco, nos moldes em que foi explicitada por Montesquieu, não se destinava à construção de um regime democrático alicerçado no controle mútuo dos poderes do Estado através de pesos e contrapesos recíprocos, mas tão somente destinava-se, por um lado, à conferir legitimidade política e jurídica à um regime monárquico de caráter constitucional e, por outro lado, conferir uma racionalidade funcional e política à burocracia estatal da Monarquia da França da época de Montesquieu, burocracia que estava nas mãos da assim denominada "nobreza togada" da qual Montesquieu foi membro e um defensor ardoroso.
            I.2-Metodologia Empregada
            A obra de Charles-Louis de Secondant, barão de Montesquieu e senhor de La Brède, como de qualquer outro pensador ou cientista do passado ou do presente, não surgiu e se desenvolveu ex nihil.
            A produção intelectual do pensador em tela, como não poderia deixar de ser, se encontra vinculada às condições intelectuais e materiais da sua época, se constituindo numa reflexão acerca das múltiplas interações entre o Estado Nacional Laico e a Sociedade de sua época, reconhecendo no Estado, consoante a feliz expressão do professor F. Châtelet, o princípio soberano e unificador da dita Sociedade.
            Conforme a concepção acima esboçada, não se pode deixar de concluir que Montesquieu é, ainda nos dias de hoje, um pensador atual.
            Nas sábias palavras do professor Raymond Aron, "num nível mais elevado, os historiadores das idéias situam Montesquieu ora entre os homens de letras, ora entre os teóricos da política; às vezes como historiador do direito, outras vezes entre os ideólogos que, no século XVIII d. C., discutiam os fundamentos das instituições francesas, e até mesmo entre os economistas. A verdade é que Montesquieu foi ao mesmo tempo um escritor, um jurista, um filósofo da política e quase um romancista." (2)
            Na verdade, é impossível classificar de maneira satisfatória a obra de Montesquieu, haja vista o caráter multidisciplinar do pensamento do pensador francês. Neste sentido, procuraremos desenvolver o presente trabalho, conforme as hipóteses de trabalho já explicitadas no sub-tópico supra, tendo por base os ditames metodológicos fundantes da Ciência Política e da História Política.
II.Um Breve Painel Histórico
            A vida de Montesquieu transcorreu entre meados do século XVII d. C. e a primeira metade do século XVIII d. C., período que abrange o apogeu do AncientRegimé na França.
            "A noção de monarquia clássica comanda o devir político dos países franceses entre 1450 e 1789: ela corresponde a um Antigo Regime muito "alongado" que se escoa, e depois se esborra, em paz ou furor, desde o fim das Guerras dos Cem Anos até o declínio do reinado de Luís XVI." (3)
            A formulação do ideário do Regime Absolutista e, em especial da Monarquia Absolutista, nasceu concomitantemente ao próprio surgimento do Estado Nacional Moderno, a partir do século XV d. C.
            De fato, "a explicação clássica do Absolutismo veio da França, onde, durante séculos, tendências centralizadoras se tinham revelado, tais como a luta dos publicistas contra o papa. (...) A política de Estado devia ser separada da religião, a teologia, de qualquer doutrina. Uma política secularizada ... era única sob cujo signo se podia unificar a nação. (...) O último vínculo entre a doutrina política e a teologia foi o conceito da Graça divina. (...) O teórico da monarquia francesa não confessional foi Jean Bodin.
            (...) Para Bodin, o poder do Estado, e portando do Soberano, identifica - se com o poder absoluto: não pode imaginar outro, pelo menos em teoria." (4)
            De fato, em termos históricos, o Absolutismo Político se encontra vinculado à implantação de um estado centralizado politicamente com a conseqüente implantação de uma "racionalização" burocrática do aparelho administrativo dos Estados Nacionais europeus surgidos a partir do século XIV d. C. Tais Estados Nacionais possuem como forma política de governo a Monarquia, usualmente conhecida como Monarquia Absolutista.
            Ressalte-se, todavia, como bem colocado pelo professor E. Le Roy Ladurie, "fora da Corte e da sede governamental, a monarquia clássica se distingue por um sistema de administração que é apenas em parte, por vezes fracamente, centralizado." (5)
            Ante o exposto, e na esteira do magistério do professor Perry Anderson, a expressão "absolutista" era um qualificativo impróprio para as Monarquias existentes nos Estados Nacionais da Época Moderna, eis que "nenhuma monarquia ocidental gozara jamais de poder absoluto sobre seus súditos, no sentido de um despotismo sem entraves. Todas elas eram limitadas, mesmo no máximo de suas prerrogativas, pelo complexo de concepções denominado direito ‘divino’ ou ‘natural’.
            (...) A monarquia absoluta no Ocidente foi sempre, na verdade, duplamente limitada: pela persistência, abaixo dela, de corpos políticos tradicionais, e pela presença, sobre ela, de um direito natural abrangente." (6)
            Na Monarquia Absolutista européia da Era Moderna, o sistema de coerção política e social não estava baseado num sistema de controle centralizado nas mãos de uma única pessoa, como poderia parecer a primeira vista, mas, conforme o país e a época, era um sistema de coerção sócio-político com diferentes níveis de coercibilidade e, por via de conseqüência, com graus diversos de autonomia dos segmentos sociais que integravam a Sociedade frente à pessoa do monarca.
            Por outro lado, à guisa de conclusão deste tópico, ressalte-se que a partir de meados do século XVII d. C., "cumprira-se uma mudança de orientação dos espíritos. O humanismo cristão do século XVII estava preocupado com o homem em si. Via-se agora no Homem o ser social em suas relações não apenas com o sistema da natureza e com Deus, mas igualmente com o seu meio e suas instituições. Transformara-se de tal maneira que só aceitava o que fosse conhecido pela observação e pela experiência. As instituições religiosas, políticas e sociais deveriam ser submetidas à luz da razão. (...)
            (...) O desenvolvimento da economia de troca, a ascensão da burguesia, a crítica das instituições sociais provocam uma mudança de valores sociais. A sociedade de ordens, praticamente desaparecida das cidades holandesas, encontra-se arruinada na Inglaterra onde só existem alguns vestígios seus. Por sua vez, é posta em discussão na França." (7)
III.A Teoria da Tripartição dos Poderes segundo Montesquieu
            No Espírito das Leis Montesquieu se preocupa, essencialmente, em explicar e distinguir, através de uma lógica inteligível, a gênese e o desenvolvimento dos sistemas legais in abstractoatravés das múltiplas diversidades desses sistemas legais e das distintas formas de governo, conforme a época e o lugar, a partir das condições históricas, geográficas, psicológicas, etc.
            A partir de uma leitura atenta desta sua magnum opus, podemos concluir que Montesquieu foi um dos precursores do método comparativo-indutivo atualmente empregado tanto pela Ciência Política quanto pela História Política.
            O Espírito das Leis inicia-se com uma teoria geral das leis, a qual constitui a base da filosofia política de Montesquieu. Na seqüência, "Montesquieu, com o intuito de fazer uma obra de ciência positiva, remodela as classificações tradicionais dos regimes políticos. Distingue três espécies de governo: republicano, monárquico e despótico. Em cada tipo de regime, que observa aqui ou ali pelo mundo, ele estuda sucessivamente a natureza, ou seja, as estruturas constitutivas que nele se podem notar, e o princípio, ou seja, o mecanismo do seu funcionamento." (8) Por fim, procura analisar os meios e fatores que, numa perspectiva jurídica-normativista e política, eventualmente conduzem ao "bom governo".
            A Teoria da Tripartição dos Poderes do Estado não é criação de Montesquieu. John Locke, filósofo liberal inglês, cerca de um século antes de Montesquieu já tinha formulado, ainda que implicitamente, a teoria em questão. Entretanto, cabe a Montesquieu o inegável mérito de colocá-la num quadro mais amplo.
            A teoria ora em comento "... foi inspirada pelo sistema político constitucional, conhecido quando de sua viagem à Inglaterra, em 1729. Ali encontrou um regime cujo objetivo principal era a liberdade." (9)
            Ressalte-se que Montesquieu não foi um liberal na acepção moderna do termo, ainda que sua Teoria de Separação dos Poderes tenha servido como um dos alicerces para a construção do Estado Democrático Liberal. Realmente, "Montesquieu crê na utilidade social e moral dos corpos intermédios [da Sociedade] (sic), designadamente os parlamentos e a nobreza." (10)
            Nesta mesma esteira de raciocínio, os professores José Américo M. Pessanha e Bolivar Lamounier prelecionam que Montesquieu "... opta claramente pelos interesses da nobreza, quando põe a aristocracia a salvo tanto do rei quanto da burguesia. Do rei, quando a teoria da separação dos poderes impede o Executivo de penetrar nas funções judiciárias; dos burgueses quando estabelece que os nobres não podem ser julgados por magistrados populares. (...)
            (...) Por outro lado, como autêntico aristocrata, desagrada-lhe a idéia de o povo todo possuir poder. Por isso estabeleceu a necessidade de uma Câmara Alta no Legislativo, composta por nobres. A nobreza, além de contrabalançar o poder da burguesia [estamento social em rápida ascensão social e econômica na França dos séculos XVII e XVIII], era vista por ele como capacitada, por sua superioridade natural, a ensinar ao povo que as grandezas são respeitáveis e que monarquia moderada é o melhor regime político." (11)
            Em suma, Montesquieu, jurista oriundo da nobreza togada do Ancient Régime, reconhece que, independentemente da espécie de governo ou regime político de um dado país, a ordem social é, em si, heterogênea e sujeita a desigualdades sociais as mais diversas. Se, por um lado, ele aceita, ainda que de forma implícita, uma estrutura política e social pluralista, também é verdade que Montesquieu entende que o povo é de todo incapaz de discernir sobre os reais problemas políticos da Nação e, portanto, não deve e nem pode ser o titular da soberania. (12)
            Dentro dessa ordem de coisas, o objetivo último da ordem política, para Montesquieu, é assegurar a moderação do poder mediante a "cooperaçãoharmônica" entre os Poderes do Estado funcionalmente constituídos (legislativo, executivo e judiciário) com o escopo de assegurar uma eficácia mínima de governo, bem como conferir uma legitimidade e racionalidade administrativa à tais poderes estatais, eficácia e legitimidade essas que devem e podem resultar num equilíbrio dos poderes sociais.
            Os interlocutores de Montesquieu no Espírito das Leis são a Monarquia Absolutista de um lado e a sociedade estamental da França do século XVIII d. C. de outro, sociedade essa que, ao longo da vida de Montesquieu, já apresentava sérias cisões políticas e sociais ao ponto de desembocar, cerca de uma geração após a morte de Montesquieu, na Revolução Francesa (1789-1799).
            "Desse ponto de vista, Montesquieu é um representante da aristocracia, o qual luta contra o poder monárquico, em nome de sua classe [a nobreza togada], que é uma classe condenada. Vítima do ardil da história, ele se levanta contra o rei, pretendendo agir em favor da nobreza, mas sua polêmica só favorecerá de fato a causa do povo. (...)
            (...) A concepção de equilíbrio social, exposta em L’Espirit des lois está associada a uma sociedade aristocrática; e no debate da sua época sobre a Constituição da monarquia francesa, Montesquieu pertence ao partido aristocrático e não ao do rei ou ao do povo." (13)
            Ante ao exposto, e por derradeiro, a Teoria da Tripartição dos Poderes explicitada por Montesquieu adquire um cunho nitidamente conservador, segundo os nossos padrões políticos e sociais atuais, mais foi uma teoria nitidamente liberal frente à Sociedade e ao Estado da sua época. A sua adoção por Montesquieu, em consonância com a sua opção clara por um regime aristocrático, visava a realização não de um regime democrático politicamente pluralista mais garantir uma dinâmica governamental mais perfeita cuja principal finalidade é garantir o "bom andamento" - leia-se o funcionamento racionalmente ordenado mediante normas jurídicas "justas" - do próprio Estado.
IV.Reflexões Finais
            A obra de Montesquieu foi conhecida e reconhecida já por seus contemporâneos, quer fossem franceses, quer fossem estrangeiros, em especial a partir dos desdobramentos teóricos da sua doutrina de separação dos poderes, tanto a nível da Ciência Política, quanto a nível do Direito Constitucional.
            Se Montesquieu pretendeu ser um estudioso experimental do social e do político e resvalou para o dogmatismo, ou então, se em várias partes da sua magnum opus deixou-se levar por uma paixão passional tipicamente gaulesa, ao ponto de demonstrar as suas predileções políticas e intelectuais (em detrimento da objetividade imparcial necessária a um magistrado e cientista social), ainda assim não se pode negar que ele fez uma análise crítica da gênese e desenvolvimento da lei, procurando compreender, à luz da História, Filosofia, Geografia e até mesmo da Psicologia, o que distingui a lei - enquanto norma de conduta social dotada de força coercitiva - daquelas outras regras de conduta derivadas do capricho arbitrário do Homem, quer de cunho ético, quer de caráter consuetudinário.
            Ainda na esteira do magistério do professor Jean Touchard, em adendo ao exposto no item anterior, "a doutrina da separação dos poderes não tem em Montesquieu o alcance que os seus sucessores lhe atribuíram. (...) Na realidade, não há em Montesquieu uma teoria (jurídica) da separação dos poderes, mas uma concepção (política-social) do equilíbrio das potências - equilíbrio que tende a consagrar uma potências entre as outras: a da aristocracia". (14) Por outras palavras, ainda que aceitasse e preconizasse a separação dos poderes estatais, Montesquieu insistia mais na colaboração estreita dos Poderes do Estado e menos no equilíbrio funcional entre os poderes em tela.
            A Teoria da Tripartição dos Poderes foi "importada" pelos fundadores da República Norte-americana em meados do século XVIII d. C. e foi nos E.U.A. que ela adquiriu a sua feição constitucional contemporânea, a qual, certamente, causaria inúmeras perplexidades no magistrado de Bordéus.
            Realmente, foram os assim denominados "pais fundadores" da grande República do Norte que agregaram à Teoria da Tripartição dos Poderes do Estado o conceito de pesos e contrapesos políticos mútuos a fim de garantir a auto-limitação do próprio Poder Político. (15)
            À título de fecho deste trabalho, Montesquieu, conforme bem destacado pelo ilustre sociólogo e historiador Raymond Aron, foi um filósofo político inserto numa sociedade estamental tipicamente absolutista do século XVIII d. C. que não meditou acerca da sociedade moderna de caráter industrial alicerçada na Democracia das Massas, pelo simples motivo que tal espécie de sociedade ainda não existia na sua época.
            Neste contexto, ele - Montesquieu - meramente ignorou a categoria sociológica e histórica de progresso, tanto em termos econômicos ou industriais, quanto em termos culturais e científicos. "Na medida em que concentrava sua atenção nos regimes políticos, era levado a não ver no curso da história um movimento unilateral na direção do melhor. De fato, como Montesquieu o percebeu, depois de muitos outros, o devenir político até os nossos dias é feito alternâncias, de movimentos de progresso e depois de decadência. Montesquieu devia, portanto, ignorar a idéia de progresso que surge naturalmente quando se considera a economia ou a inteligência." (16)
            De fato, enquanto "filho das Luzes", Montesquieu somente procurou construir um sistema político-jurídico que permitisse, com base na Razão e nos ensinamentos da História, Geografia e da Filosofia Política, a reforma da Monarquia Absolutista então existente, sem que isto resultasse numa ruptura social e econômica total com o regime político e a estrutura social estabelecidas. Neste aspecto, a História não lhe deu ouvidos.
Discurso político Logos, etos e fatos 
A questão de saber se a persuasão está relacionada à razão ou aos sentimentos
é antiga. A ideia de que não se pode contentar-se apenas em raciocinar, mas
é preciso ir além e “tocar” os juízes, os jurados e o auditório se impõem aos
antigos desde Aristóteles. Quando nos defrontamos com os conceitos de “convicção”
e “persuasão”, retornamos à velha tensão entre dois tipos de argumentação:
o logos e o pathos.
O primeiro tipo (convicção) pertence ao puro raciocínio e funda-se sobre as
faculdades intelectuais, estando voltado para o estabelecimento de verdade.
Neste caso, obtém-se a persuasão através de argumentos que levam o auditório
a acreditar que a perspectiva do orador é correta. Imaginemos, por exemplo,
que estejamos diante de um debatedor cujas linhas argumentativas sejam tão
convincentes que nos rendemos aos seus motivos e razões.
O segundo tipo pertence aos sentimentos (hoje em dia, diríamos “ao afeto”)
e funda-se sobre os deslocamentos emocionais, estando voltado para o auditório.
Assim, aquele que discursa deverá ser capaz de produzir um discurso que
empolgue e impressione os ouvintes, que mobilize seus sentimentos e emoções
(alegria, tristeza, orgulho, desejo etc.). Observemos que, neste caso, não
é a força dos argumentos, mas a maneira como são transmitidos, buscando-se
arrebatar a plateia pela emoção.
Aos dois tipos logos, de um lado, e pathos, de outro, é preciso acrescentar
um terceiro, o ethos. Este é um tipo de argumentação em que o discurso do orador
põe em destaque as virtudes do seu caráter. A persuasão é obtida quando
o discurso é proferido de maneira a deixar no auditório a impressão de que o
caráter do orador concede dignidade, confiança e credibilidade. Imaginemos
que estamos diante de um grande conhecedor de uma determinada temática:
neste caso, é a própria pessoa do orador (com sua reputação) que concede ao
seu discurso grande credibilidade.
Elementos do estado: povo, território e soberania
"Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada pornenhum outro 
poder." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p.29. 
Soberania é elemento constitutivo do Estado que representa o poder de internamente 
submeter a todos que nele se encontrem e externamente se relacionar igualmente com 
outros Estados. 
 
"O território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade de 
sua ordem jurídica." MALUF, Sahid. Teo ria Geral do E stado. São Paulo: Saraiva, 2009, 
p. 25. 
 
Povo é a base humana do Estado, seus nacionais. Ele caracteriza -se por se o 
elemento do Estado para o qual este dirige todas as suas finalidades
Definição da palavra política na visão clássica e moderna
A palavra “política” provém do grego “politéia”. Tal palavra era usada para se referir a tudo relacionado a polis (Cidade-estado) e à vida em coletividade. Portanto, podemos chegar a um ponto em comum ao afirmar que a política está relacionada diretamente com a vida em sociedade, no sentido de fazer com que cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos sem que isso seja transformado em um caos social.
Embora se afirme que gregos e romanos tenham criado a política, com destaque para a obra “Política” de Aristóteles, não podemos negar a existência de relações de poder e autoridade em civilizações anteriores. De fato, gregos e romanos desenvolveram as características de autoridade e poder no sentido político.
De certa forma, a política surgiu para garantir a estabilidade social. O agente máximo que garante essa estabilidade é o Estado. O poder político, exercido pelo mesmo, está diretamente relacionado ao direito de coerção e uso legítimo da força física. Assim, para garantir os interesses da sociedade em geral, o Estado pode, de forma única, utilizar a forma coercitiva. Em sua obra “O Príncipe”, Maquiavel afirmou que o que move a política é a luta pela conquista e pela manutenção do poder, além disso, segundo ele, os fins deveriam justificam os meios, isto é, para a finalidade da ordem, soberania e bem-estar social, o Estado poderia usar a força física de forma legítima.
A ciência política é uma área do pensamento destinada a estudar os modelos de organização e funcionamento estatal. No âmbito acadêmico, essa área do conhecimento se institucionalizou particularmente nos Estados Unidos, com desdobramentos para a Europa Ocidental. Após a crise das democracias representativas, a difusão da política como uma ciência ocorreu em vários países do Terceiro Mundo.
Mar territorial
O primeiro grande componente do território marítimo estatal é o Mar Territorial (MT), aqui compreendido como a faixa de mar de 12 (doze) milhas marítimas (uma milha marítima tem 1.852 metros) que se entende a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular. 
Ou seja, a partir desta linha, temos um pouco mais de 22 km de território marítimo onde o Brasil mantém sua soberana autoridade. 
Federação e confederação 
Federação é uma forma de governação multi-nível que partilha a soberania para além do poder político por entre os diferentes governos regionais e federal no interior de um único Estado.
A legislação do governo federal prevalece sobre a legislação do governo regional.
Numa federação a soberania é partilhada entre o estado federal e os estados federados, sendo que as competências políticas são distribuídas entre o governo federal e os governos regionais.
As competências são distribuídas pelos diferentes níveis de governação dentro da federação mas o governo federal tem exclusividade no que toca à definição da política externa, à defesa nacional e à capacidade de criar impostos.
Uma Confederação é uma associação de Estados independentes que, por intermédio de um tratado, decidiram delegar o exercício de certas competências a órgãos comuns de modo a coordenar um certo número de domínios como o comércio internacional, a defesa e uma moeda única, necessitando de um governo comum para a gestão dos mesmos.
- Confederação é a União de Estados Soberanos, dissolúvel.
 - Federação é a União de Estados Autônomos, indissolúvel. 
Monarquia
Hereditariedade – Transmissão de direitos em virtude dos laços de sangue. 
b) Vitaliciedade – é a condição que é atribuída a alguém de forma que o término do direito de ser o monarca somente ocorre com a morte ou com a comprovada ausência de condições de cumprir suas atribuições; 
c) Não representatividade popular – a condução ao exercício da função de monarca não decorre da escolha popular; 
d) Irresponsabilidade (ausência de prestação de Contas) – o monarca não tem responsabilidade política e, por isso, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão.

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