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Ciências políticas - SOBRE A SOCIEDADE

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Ciências políticas
Origem da Sociedade:
Teoria Naturalista: “a Teoria Naturalista tem, atualmente, o maior número de adeptos e é a que exerce maior influência na vida concreta do Estado. ” “o homem é por natureza um animal social, e que é por natureza e não por mero acidente” “os agrupamentos irracionais ocorrem tão somente pelo instinto, pois, entre os animais, somente o homem possui a razão, tendo noções de bem e mal, justo e injusto” É consenso entre os teóricos do Naturalismo que o homem busca a cooperação entre seus iguais com certos objetivos – que podem não ser os mesmos em sua totalidade –, mas que confluem “na consecução dos fins de sua existência”
Teoria Contratualista: a sociedade surge a partir de um acordo mútuo, consensuado e ratificado – mesmo que hipotético – visando sua junção sob os mesmos objetivos.
Conclusão: Partindo desta premissa, chegamos ao entendimento que somos parte de uma sociedade nascida naturalmente, por necessidades, que no passado eram umas e que hoje são outras, mas que continuam sendo objetivos vitais à nossa sobrevivência; o que chamamos de “mutualismo” e “comensalismo” social humano.
A Sociedade e seus elementos característicos:
Esses elementos encontrados em quase todas sociedades, por mais que diversas que sejam suas características, são três:
Finalidade social.
Manifestações de conjunto ordenadas.
O poder social.
Finalidade social: Existem dois lados os Deterministas e os Finalistas.
Deterministas: Dizem eles que o homem está submetido, a uma série de leis naturais sujeitas ao princípio da causalidade.
 Finalistas: Sustentam que há uma finalidade social, livremente escolhida pelo homem. O homem tem consciência que deve viver em sociedade e procura fixar como objetivo da vida social, uma finalidade condizente com suas necessidades fundamentais e com aquilo que lhe parece mais valioso.
 Ou seja, podemos afirmar que a sociedade humana tem como finalidade o bem comum, isso quer dizer que ela busca a criação de condições que permitam a cada homem e a cada grupo social a consecução de seus respectivos fins particulares.
Ordem social e Ordem jurídica: Entretanto, é evidente que o simples agrupamento de pessoas com uma finalidade comum a ser atingida, não seria suficiente para assegurar a consecução do objeto almejado, sendo indispensável que os componentes da sociedade passem a manifestar em conjunto, sempre visando aquele fim. Aqui está, portanto, a segunda nota característica da sociedade: as manifestações de conjunto ordenadas. As manifestações de conjunto devem atender a três requisitos que são reiteração, ordem e adequação vejamos a significação de cada um desses requisitos.
Reiteração: É indispensável que os membros da sociedade se manifestem em conjunto reiteradamente, pois só através da ação conjunta continuamente reiterada o todo social terá condições para a consecução de seus objetivos.
Ordem: Produzindo de acordo com determinadas leis.
Adequação: Cada indivíduo, cada grupo humano e a própria sociedade no seu todo devem sempre ter em conta as exigências e as possibilidades da realidade social, para que as ações não se desenvolvam em sentido diferente daquele que conduz efetivamente ao bem comum, ou para que a consecução deste não seja prejudicada pela utilização deficiente ou errônea dos recursos sociais disponíveis. 
O poder social: A primeira característica a ser estabelecida é a socialidade, significando que o poder é um fenômeno social, jamais podendo ser explicado pela simples consideração de fatores individuais. A segunda característica é a bilateralidade, indicando que o poder é sempre a correlação de duas ou mais vontades, havendo uma que predomina. Além disso, é possível considerar-se o poder sob dois aspectos: ou como relação, quando se procede ao isolamento artificial de um fenômeno, para efeito de análise, verificando-se qual a posição dos que nele intervém; ou como processo, quando se estuda a dinâmica do poder. Verificando-se as configurações atuais do poder e seus métodos de atuação, chega-se a seguinte síntese:
 O poder, reconhecido como necessário quer também o reconhecimento de sua legitimidade, o que se obtém mediante o consentimento daqueles que a ele se submetem.
Embora o poder não chegue a ser puramente jurídico, ele age concomitantemente com o direito, buscando uma coincidência com os objetivos de ambos.
Há um processo de objetivação, que dá precedência a vontade objetiva dos governados ou da lei, desaparecendo a característica de poder pessoal.
Atendendo a uma aspiração à racionalização, desenvolveu-se uma técnica do poder, que o torna despersonalizado (poder do grupo, poder do sistema), ao mesmo tempo que busca meios sutis de atuação, colocando a coação como forma extrema.
As Sociedades políticas: Entre essas sociedades, a que atinge um círculo mais restrito de pessoas é a família, que é um fenômeno universal. Além dela existem ou existiram muitas espécies de sociedades políticas, localizadas no tempo e no espaço, como as tribos e os clãs.
Origem e Formação do Estado: Sob o ponto de vista da época do aparecimento do Estado, as inúmeras teorias existentes podem ser reduzidas a três posições fundamentais:
Para muitos, o Estado, assim como a própria sociedade, existiu sempre, pois desde que o homem vive sobre terra acha-se integrado em uma organização social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo. Autores que defendem essa posição: Eduard Meyer e Wilhelm Koppers.
Uma segunda ordem de autores admite que a sociedade humana existiu sem o Estado durante um certo período. Depois por motivos diversos este foi constituído para atender as necessidades ou as conveniências dos grupos sociais.
A terceira posição é a que já foi referida: a dos autores que só admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características muito bem definidas. Karl Schmidt, diz que o conceito de Estado não é um conceito geral válido para todos os tempos, mas é m conceito histórico concreto, que que surge quando nasce a idéia e a prática da soberania, o que só ocorreu no século XVII.
Teorias que afirmam a formação natural ou espontânea do Estado, não havendo entre elas uma coincidência quanto a causa, mas tendo todas em comum a afirmação de que o Estado se formou naturalmente, não por um ato puramente voluntário. 
Teorias que sustentam a formação contratual dos Estados, apresentando em comum, apesar de também divergirem entre si quanto ás causas, a crença em que foi a vontade de alguns homens, ou então de todos os homens, que levou a criação do Estado.
No aparecimento do Estado, as teorias não contratualistas, mas expressas podem ser agrupadas da seguinte maneira:
Origem familial ou patriarcal.
Origem em atos de força, de violência ou de conquista.
Origem em causas econômicas ou patrimoniais.
Origem no desenvolvimento interno da sociedade.
Aí estão em resumo, as principais teorias que procuram explicar a formação originárias dos Estados.
Já a criação de Estados por formação derivada, existem dois processos típicos opostos, ambos igualmente usados na atualidade, que dão origem a novos Estados: o fracionamento e a união de Estados. Tem-se fracionamento quando uma parte do território de um Estado se desmembra e passa a constituir um novo Estado. O outro processo típico é a união de Estados por formação derivada, quando esta implica a adoção de uma Constituição comum, desaparecendo os Estados preexistentes que aderiram a União.

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