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RESUMO DE DIREITO PENAL 2 - AV1

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DAS PENAS
É um tipo de sanção imposta a um infrator de um tipo de lei penal pelo Estado.
De acordo com o Art.32 do código penal, as penas são três:
ESPECIES 
-PRIVATIVA DE LIBERDADE
- RESTRITIVA DE DIREITOS 
- MULTAS
PRIVATIVAS DE LIBERDADE
ART. 33 CÓDIGO PENAL: A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado ou aberto. A de detenção em regime semiaberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, ou se não forem transferidas para penas mais rigorosas
- Regime fechado à execução da pena em estabelecimento de segurança máxima. Deverá começar a cumpri-la o condenado a pena maior que oito anos.
- Regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Deverá começar a cumpri-la o condenado não reincidente, com pena maior de quatro anos e menor de 8.
- Regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. O condenado não reincidente, com pena igual ou inferior a quatro anos poderá desde o inicio cumprir em aberto.
O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada a reparação do dano que causou, ou á devolução do produto do ilícito praticado, com acréscimos legais. 
Para contravenções penais não se admite multa em regime fechado. 
PROGRESSÃO DE REGIME
Possibilita a progressão de um regime mais gravoso para um menos gravoso. 
O preso por crimes comuns deve ter cumprido 1/6 da pena.
O preso por crimes hediondos deve ter cumprido ao menos 2/5 da pena.
Leva-se em consideração também elementos como bom comportamento. 
Na execução das leis penais não é permitido “progressão por salto”, ou seja, que um preso em regime fechado progrida diretamente ao aberto, sem passar pelo semiaberto. 
Há possibilidade de um preso que cumpriu 3/6 de sua pena em regime fechado, por falta de vaga no regime semiaberto, progredir diretamente para o regime aberto. 
REGRAS POR REGIME
REGIME FECHADO:
-O condenado passará por exame criminológico de classificação para individualização da execução.
- O condenado fica condenado a trabalho no período diurno e a isolamento durante repouso noturno, 
- O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.
- O trabalho externo é permitido no regime fechado em serviços e obras públicas. 
REGIME SEMIABERTO
- Aplica-se a norma do art. 34.
- O condenado fica sujeito a trabalhado em comum durante o diurno em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
- Trabalho externo, frequência em cursos supletivos profissionalizantes e instituições de segundo grau são permitidos.
REGIME ABERTO
-Baseia-se na autodisciplina e sendo de responsabilidade do condenado. 
- O condenado poderá trabalhar, poderá frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada sem vigilância e fora do estabelecimento. 
- Fica retido na instituição em período noturno e nos dias de folga. 
- O condenado pode ser transferido para um regime mais severo em caso de crime doloso, se não cumprir os fins de execução da sua pena, ou se não pagar multa cumulativamente aplicada. 
DETRAÇÃO DA PENA
-ART.42 CÓDIGO PENAL “Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil, ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. 
- Estabelecimentos referidos no artigo anterior: Hospital de custodia e tratamento psiquiátrico, à falta, outro estabelecimento adequado. 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO 
Sanção penal imposta em substituição as penas privativas de liberdade.
Consiste na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. 
ESPÉCIES
- PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. 
- PERDA DE BENS E VALORES.
- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS.
- INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS.
- LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA. 
REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO
ART. 44 CÓDIGO PENAL: As penas restritivas de direito são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando:
- A pena privativa de liberdade não for superior a quatro anos e não tiver cometido violência ou grave ameaça, ou qualquer pena aplicada se o crime for culposo. 
- o réu não for reincidente de crime culposo. 
- a culpabilidade, os antecedentes criminais, a conduta social, e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstancias indicarem que essa substituição seja suficiente.
	- Na condenação igual ou inferior a um ano:
 > a substituição pode ser feita por multa ou por pena restritiva de direitos. 
- Na condenação superior a um ano:
> a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direito e multas, ou duas restritivas de direito. 
- Se o condenado for reincidente o juiz poderá aplicar a substituição caso o preso não seja condenado pelo mesmo anterior, e que a medida seja considerada socialmente recomendável. 
- Se ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta, a pena restritiva de direito regredirá para privativa de liberdade.
> no cálculo da pena privativa de liberdade a se cumprir deverá deduzir o tempo cumprido em pena restritiva de direito, respeitando a pena mínima de 30 dias de reclusão ou detenção.
PRESTRAÇÃO PECUNIÁRIA 
- ART. 45 CÓDIGO PENAL: 
-A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social.
- De importância fixada pelo juiz.
- Não inferior a um salário mínimo, nem superior a 360 salários mínimos.
- O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os benefícios. 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS 
- ART. 46 CÓDIGO PENAL: 
- A prestação de serviços á comunidade ou a entidade pública é aplicável às condenações superiores a seus meses de privativa de liberdade. 
- Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
- Podendo ser cumprida em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos, e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
- São aplicadas conformes aptidões do condenado.
- Deve ser cumprida em uma hora de tarefa por dia de condenação. 
- Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir pena substitutiva em menor tempo, nunca inferior a metade da pena privativa de liberdade fixada. 
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS 
- ART. 47 CÓDIGO PENAL
- SÃO ELAS: 
> proibição de exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo.
> proibição de exercício de profissão, atividade ou oficio de dependam de habilitação especial de licença ou autorização do poder público.
> suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
> proibição de frequentar determinados locais.
> proibição de inscrever-se em concursos, avaliações ou exames públicos. 
LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA
- ART. 48 CÓDIGO PENAL
- Consiste na obrigação de permanência as sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
- Durante a permanência poderão ser ministradas ao condenado palestras e cursos ou atribuídas atividades educativas.
MULTA
ART. 49 CÓDIGO PENAL: consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo de 10 dias, e no máximo, de 360 dias-multa.
O valor da multa será fixado pelo juiz.
Não pode ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente.
Não pode ser superior a cinco vezes o salário mínimo vigente. 
O valor será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária.
PAGAMENTO DA MULTA
ART. 50 CÓDIGO PENAL
A multa deve ser paga dentrode dez dias depois de transitada em julgado a sentença.
A requerimento do condenado e conforme as circunstancias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas.
A cobrança de multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: 
Aplicada isoladamente
Aplicada cumulativamente com pena restritiva de direito.
Concedida a suspensão condicional da pena.
O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. 
CONVERSÃO DA MULTA E REVOGAÇÃO 
ART 51 CÓDIGO PENAL: Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada divida de valor, aplicando-se-lhe as normas de legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA MULTA
ART. 52 CÓDIGO PENAL: É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental.
FIXAÇÃO DA PENA 
ART.59 CÓDIGO PENAL: O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstancia e a consequência do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
As penas aplicáveis dentre as cominadas.
A quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos. 
O regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade. 
A substituição da pena privativa de liberdade aplicada, por outra, se cabível. 
CIRCUSTANCIAS AGRAVANTES 
ART.61 CÓDIGO PENAL: São circunstancias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou quantificam o crime.
A reincidência. 
Ter o agente cometido o crime por:
Motivo fútil ou torpe.
Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a imputabilidade ou vantagem em outro crime.
A traição, emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido. 
Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura, ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum.
Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domesticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei especifica.
Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão. 
Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida.
Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade.
Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação, ou qualquer calamidade pública ou d desgraça particular do ofendido.
Em estado de embriaguez preordenada.
AGRAVANTES NO CASO DE CONCURSO DE PESSOAS
ART.62 CÓDIGO PENAL: A pena ainda será agravada em relação ao agente que:
Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes.
Coage ou induz outrem a execução material do crime. 
Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito a sua autoridade ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoa.
Executa o crime, ou nele participa, mediante pagamento ou promessa de recompensa.
CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES 
ART. 65 CÓDIGO PENAL:
Ser o agente menor de 21 anos, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença.
O desconhecimento da lei.
Ter o agente:
Cometido o agente o crime por motivo d relevante valor social.
Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, e ter reparado o crime antes do julgamento.
Cometido o crime sobre coação que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima. 
Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime. 
Cometido o crime sob influencia da multidão em tumulto, se não o provocou. 
ART.66 CÓDIGO PENAL: a pena deverá ser ainda atenuada em razão da circunstancia relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
CONCURSO DE PESSOAS
É quando duas ou mais pessoas participam, de forma autora ou cumplice, da execução do crime.
ESPÉCIES
Monossubjetivos (eventual): Crimes que podem ser cometidos por uma ou mais pessoas
Plurissubjetivos (necessário): Crimes que só podem ser praticado por um grupo de agentes em concurso.
TEORIAS
Unitária: Quando uma ou mais pessoas cometem o mesmo crime e respondem pelo mesmo, todos são autores. 
Dualista: Há autor e coautor, ambos respondem isoladamente por seus crimes. 
Pluralista: Há vários participantes e há pluralidades de crimes, cada um respondendo isoladamente pelo cometido. 
TEORIAS SOBRE AUTORIA
Teoria unitária: Não há autor, todos são autores.
Teoria extensiva: Admite que todos são autores, entretanto, há requisitos que podem ser utilizados para diminuição de pena, nela surge o cúmplice, que é um autor menos importante. 
Objetivo Formal: O autor é aquele que praticou o ato, e o cumplice é aquele que contribuiu para a execução.
Objetivo Material: O autor não é aquele que pratica o ato, mas o que contribuiu mais de forma objetiva mais importante. 
Domínio do fato: Aquele que planeja de forma intelectual o crime, tramando todos os fatos, mandando terceiros praticarem. 
FORMAS DE CONCURSOS DE PESSOAS
Coautoria: Todos os agentes, que visando o mesmo resultado, planejam e realizam a conduta principal.
Participante: É aquele que mesmo sem praticar a ação do crime, colabora de alguma forma para sua realização.
A diferença entre autor e participante, é que o autor pratica a conduta principal, e o participante concorre de forma para de realização do crime sem participar do ato. 
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO	
Moral: Instigar ou induzir.
Material: Auxilio cúmplice (participação secundária)
TIPOS DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO
Autoria colateral: Mais de um agente comete o crime, porém nenhum conhece o outro, cada um comete por seu crime. 
Autoria incerta: Um não conhece o outro, e não se sabe quem cometeu o que no crime.
Autoria desconhecida: Não se sabe quem praticou o crime.
Participação sucessiva: quando o participante colabora de mais de uma forma para que o autor cometa o crime. 
Conivência: quando o sujeito se omite sobre o conhecimento do crime durante sua execução mesmo quando poderia evitar. Sem fator jurídico. 
Participação por omissão: Conivência: quando o sujeito se omite sobre o conhecimento do crime durante sua execução, mesmo quando poderia evitar. Com fator jurídico. 
Participação em crime omisso: quando alguém instiga outro a se omitir sobre o conhecimento do crime. 
Multidão delinquente: os agentes responderão pelo crime em concurso, tendo atenuante. 
CONCURSO DE CRIMES
É quando o individuo pratica duas ou mais ações ou omissões, que geram dois ou mais crimes, sendo estes idênticos ou não.
 Pode ser dividido de três formas:
CONCURSO MATERIAL.
CONCURSO FORMAL.
CRIME CONTINAUADO. 
CONCURSO MATERIAL
 ART. 69 CÓDIGO PENAL: quando o agente, mediante duas ou mais ações ou omissões, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso, aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
Requisitos
Pluralidade em ações ou omissões. 
Pluralidade de crimes
Aplicação cumulativa de penas (cumulo material):
- O magistrado deve aplicar a pena de cada crime, depois soma-las.
- Primeiro se inicia com pena mais grave (reclusão), se for o caso, e depois se progride para a pena mais leve (detenção), se for o caso. 
- As penas privativas de liberdade não podem ser substituídas por privativas de direito, exceto seja suspensa a privativa de liberdade. 
Concurso material homogêneo:
- Crimes da mesma espécie.
Concurso material heterogêneo:
- Crimes de espécies diferentes.
CONCURSO FORMAL
ART. 70 CÓDIGO PENAL: quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticosou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de sígnios autônomos, consoante de disposto no artigo anterior.
REQUISITOS
Unicidade de condutas 
Pluralidade de crimes 
Concurso formal homogêneo:
- Crimes da mesma espécie.
Concurso formal heterogêneo:
- Crimes de espécies diferentes.
Caso ao utilizar o principio da exasperação da pena, e ao utilizar-se da pena mais grave e ao soma-la de um terço a metade (de si mesma) e o resultado for maior que o concurso material (quando se soma as penas dos crimes), utiliza-se então o concurso material benéfico, o concurso continua formal, entretanto a aplicação da pena é utilizada como concurso material, pois sempre se utiliza o método mais benéfico ao réu.
CONCURSO FORMAL PRÓPRIO (perfeito):
Ocorre quando o primeiro crime é doloso e os demais são culposos, ou quando todos os crimes são culposos. 
 Utiliza-se o critério da exasperação quando crimes são de espécies diferentes e há pena mais grave que outra
O que é exasperação? 
RESPOSTA: é quando para se aplicar duas ou mais penas, aplica-se a mais grave e acrescenta de um sexto a metade.
Quando as penas são iguais, utiliza-se apenas umas e soma-se, dependendo da situação, de um sexto a metade.
CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO (imperfeito):
 Ocorre quando o primeiro crime é doloso e os demais resultam de desígnio autônomo
O que é desígnio autônomo? 
RESPOSTA: quando é da vontade e conhecimento do individuo, que mesmo praticando uma só ação, o mesmo terá como resultado mais de um crime.
Utiliza-se o critério cumulativo de penas.
CRIME CONTINUADO 
ART.71 CÓDIGO PENAL: quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticos, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
GENÉRICO
REQUISITOS
Pluralidade de condutas
Pluralidade de crimes da mesma espécie
Sem violência ou grave ameaça
Elo de continuidade: deve-se observar se há semelhanças e as mesmas condições de 
- Tempo (crimes cometidos em um intervalo de até 30 dias).
- Lugar (apenas crimes cometidos na mesma comarca ou comarcas vizinhas)
- Condutas 
- Outras semelhanças
Utiliza-se o critério da exasperação 
-se idênticas aplica-se só uma pena e a soma de um terço a dois terços
- se distintas aplica-se a mais grave e soma com um terço a dois terços
ESPECÍFICO
Além dos itens descritos acima, levam-se em consideração fatores agravantes como:
- Crimes dolosos
- Praticados contra vitimas diferentes
- Praticados com violência e grave ameaça 
Aumenta-se apenas uma das penas de um sexto ate dois terços, de acordo com a quantidade de crimes praticados, VEJAMOS:
	QUANTIDADE DE CRIMES
	AUMENTO NA PENA
	2
	1/6
	3
	1/5
	4
	1/4
	5
	1/3
	6
	1/2
	7 OU MAIS
	2/3
OBS: não podendo exceder a pena que seria aplicada em caso de cumulo material. 
OBSERVAÇÃO GERAL SOBRE O CONCURSO DE CRIMES 
No concurso de crimes a pena multa é aplicada distinta e integralmente.
No concurso de crimes a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada crime isoladamente

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