Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * Consenso Social Para Émile Durkheim, em especial na obra “Da Divisão do Trabalho Social”, as grandes questões são: Como pode uma coleção de indivíduos constituir uma sociedade? Como se chega a esta condição da existência social que é consenso? * Solidariedade Mecânica: indivíduos não diferenciados; mesmos sentimentos, mesmo valores, reconhecem os mesmos objetos como sagrados. (SOCIEDADES SEGMENTÁRIAS) Solidariedade Orgânica: o consenso, a unidade social, resulta de uma diferenciação dos indivíduos, estes não se assemelham, mas, de certo modo, são diferentes porque o consenso se realiza. Por analogia, os órgãos de um ser vivo são diferentes, mas todos são indispensáveis à vida. A SOLIDARIEDADE... * Consciência Coletiva Tal como é definida por Durkheim, a consciência coletiva é simplesmente “o conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média de uma sociedade”. Durkheim esclarece que este conjunto “forma um sistema determinado, que tem vida própria”. A consciência coletiva só existe em virtude dos sentimentos e crenças presentes nas consciências individuais, mas se distingue, pelo menos analiticamente, destas últimas, pois evolui segundo suas próprias leis e não é apenas a expressão ou o efeito das consciências individuais. * Consciência Coletiva e Solidariedade Orgânica Quando reina a solidariedade orgânica, Durkheim pensa observar também uma redução da esfera da existência que cobre a consciência coletiva, um enfraquecimento das relações coletivas contra a violação das proibições e sobretudo uma margem maior na interpretação individual dos imperativos sociais. Um exemplo simples: o que a justiça exige, numa sociedade primitiva, é fixado com exatidão minuciosa pelos sentimentos coletivos (Lei do Talião). Por outro lado, nas sociedades em que a divisão do trabalho é mais avançada, essa exigência só será feita de modo abstrato, por assim dizer, universal. * Diferenciação Funcional e Divisão do Trabalho A Divisão do Trabalho é um fenômeno social, que só pode ser explicado por outro fenômeno social. Portanto, uma combinação de: Volume populacional Densidade Material (território) Densidade Moral (comunicações) * Sociedade e Indivíduo Durkheim manteve, durante toda a sua vida intelectual, uma ideia que ocupou o centro de toda a sua sociologia: “...é o Indivíduo que nasce da Sociedade, e não a Sociedade que nasce dos indivíduos.” Procurando reconstruir seu pensamento, diria que o primado da sociedade sobre o indivíduo tem pelo menos dois sentidos, que no fundo nada têm de paradoxal. Histórico: As sociedades coletivistas, em que cada um se assemelha a todos, vêm historicamente em primeiro lugar. Lógico: Se a solidariedade mecânica precedeu a solidariedade orgânica, não se pode, com efeito, explicar fenômenos da diferenciação social a da solidariedade orgânica a partir dos indivíduos. * As Sociedades dominadas pela tradição atribuem a cada um lugar fixado pelo nascimento ou pelos imperativos coletivos. Nessas sociedades, seria anormal que o indivíduo reivindicasse uma situação adaptada a seus gostos ou proporcional aos seus méritos. Nas Sociedades modernas, porém, o individualismo é o princípio fundamental. Neles os homens são e se sentem diferentes uns dos outros, e cada um quer obter tudo aquilo que julga ter direito. O princípio individualista de justiça se torna o princípio coletivo, indispensável, da ordem atual. As Sociedades modernas só podem ser estáveis se respeitarem a justiça. A construção social da individualidade * O Suicídio Nenhum ato pode expressar tanto a individualidade de um sujeito quanto o Suicídio. Contudo, Durkheim entendia ser possível mapear a influência da Sociedade na produção desse fenômeno. A discussão científica está centrada em dois termos: Predisposição psicológica X Determinação social. * Egoísta: são mais inclinados ao suicídio quando pensam essencialmente em si mesmos, não estão integrados num grupo social, quando os desejos que os animam não podem ser reduzidos a uma medida compatível com o destino humano pela autoridade do grupo e pela força de obrigações impostas por um meio estrito e vigoroso. Altruísta: o indivíduo se mata devido a imperativos sociais, sem pensar sequer em fazer valer o seu direito a vida; sacrifica-se a um imperativo social interiorizado, obedecendo ao que o grupo lhe ordena, a ponto de sufocar o próprio instinto de conservação. Anômico: típico da sociedade moderna, onde a existência social não é regulamentada pelos costumes. Os indivíduos estão em constante competição, uns com os outros, esperam muitos da vida, fazem grandes exigências e se sentem sempre acuados pelos sofrimento resultante da desproporção entre suas aspirações e satisfações. Tipologia do Suicídio
Compartilhar