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Emilie Durkeim

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Consenso Social
Para Émile Durkheim, em especial na obra “Da Divisão do Trabalho Social”, as grandes questões são: 
Como pode uma coleção de indivíduos constituir uma sociedade?
Como se chega a esta condição da existência social que é consenso?
 
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 Solidariedade Mecânica: indivíduos não diferenciados; mesmos sentimentos, mesmo valores, reconhecem os mesmos objetos como sagrados. (SOCIEDADES SEGMENTÁRIAS)
 Solidariedade Orgânica: o consenso, a unidade social, resulta de uma diferenciação dos indivíduos, estes não se assemelham, mas, de certo modo, são diferentes porque o consenso se realiza. Por analogia, os órgãos de um ser vivo são diferentes, mas todos são indispensáveis à vida. 
A SOLIDARIEDADE...
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Consciência Coletiva 
Tal como é definida por Durkheim, a consciência coletiva é simplesmente “o conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média de uma sociedade”.
Durkheim esclarece que este conjunto “forma um sistema determinado, que tem vida própria”. A consciência coletiva só existe em virtude dos sentimentos e crenças presentes nas consciências individuais, mas se distingue, pelo menos analiticamente, destas últimas, pois evolui segundo suas próprias leis e não é apenas a expressão ou o efeito das consciências individuais.
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Consciência Coletiva e Solidariedade Orgânica 
Quando reina a solidariedade orgânica, Durkheim pensa observar também uma redução da esfera da existência que cobre a consciência coletiva, um enfraquecimento das relações coletivas contra a violação das proibições e sobretudo uma margem maior na interpretação individual dos imperativos sociais.
Um exemplo simples: o que a justiça exige, numa sociedade primitiva, é fixado com exatidão minuciosa pelos sentimentos coletivos (Lei do Talião). Por outro lado, nas sociedades em que a divisão do trabalho é mais avançada, essa exigência só será feita de modo abstrato, por assim dizer, universal. 
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Diferenciação Funcional e Divisão do Trabalho
A Divisão do Trabalho é um fenômeno social, que só pode ser explicado por outro fenômeno social.
Portanto, uma combinação de:
 Volume populacional
 Densidade Material (território)
 Densidade Moral (comunicações)
 
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Sociedade e Indivíduo
Durkheim manteve, durante toda a sua vida intelectual, uma ideia que ocupou o centro de toda a sua sociologia: “...é o Indivíduo que nasce da Sociedade, e não a Sociedade que nasce dos indivíduos.”
Procurando reconstruir seu pensamento, diria que o primado da sociedade sobre o indivíduo tem pelo menos dois sentidos, que no fundo nada têm de paradoxal.
 Histórico: As sociedades coletivistas, em que cada um se assemelha a todos, vêm historicamente em primeiro lugar. 
 Lógico: Se a solidariedade mecânica precedeu a solidariedade orgânica, não se pode, com efeito, explicar fenômenos da diferenciação social a da solidariedade orgânica a partir dos indivíduos. 
 
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As Sociedades dominadas pela tradição atribuem a cada um lugar fixado pelo nascimento ou pelos imperativos coletivos. Nessas sociedades, seria anormal que o indivíduo reivindicasse uma situação adaptada a seus gostos ou proporcional aos seus méritos. 
Nas Sociedades modernas, porém, o individualismo é o princípio fundamental. Neles os homens são e se sentem diferentes uns dos outros, e cada um quer obter tudo aquilo que julga ter direito. 
O princípio individualista de justiça se torna o princípio coletivo, indispensável, da ordem atual. As Sociedades modernas só podem ser estáveis se respeitarem a justiça. 
A construção social da individualidade
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O Suicídio
Nenhum ato pode expressar tanto a individualidade de um sujeito quanto o Suicídio. Contudo, Durkheim entendia ser possível mapear a influência da Sociedade na produção desse fenômeno.
A discussão científica está centrada em dois termos:
 Predisposição psicológica X Determinação social.
 
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 Egoísta: são mais inclinados ao suicídio quando pensam essencialmente em si mesmos, não estão integrados num grupo social, quando os desejos que os animam não podem ser reduzidos a uma medida compatível com o destino humano pela autoridade do grupo e pela força de obrigações impostas por um meio estrito e vigoroso.
 Altruísta: o indivíduo se mata devido a imperativos sociais, sem pensar sequer em fazer valer o seu direito a vida; sacrifica-se a um imperativo social interiorizado, obedecendo ao que o grupo lhe ordena, a ponto de sufocar o próprio instinto de conservação. 
 Anômico: típico da sociedade moderna, onde a existência social não é regulamentada pelos costumes. Os indivíduos estão em constante competição, uns com os outros, esperam muitos da vida, fazem grandes exigências e se sentem sempre acuados pelos sofrimento resultante da desproporção entre suas aspirações e satisfações.
Tipologia do Suicídio

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