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DIREITO CIVIL IV (DIREITO DIREITO CIVIL IV (DIREITO DAS COISAS)DAS COISAS)DAS COISAS)DAS COISAS) Ana Carolina Barbosa Pereira Matos Efeitos da PosseEfeitos da Posse �Direito aos frutos: � Qual é a diferença entre fruto e produto? � Fruto – é uma utilidade que a coisa periodicamente gera. O fruto é renovável. Você vai extraindo o fruto e a coisa principal o renova. Ex.: O cacau é um fruto natural. O aluguel é um fruto civil, ou seja, vão sendo gerados de formaé um fruto civil, ou seja, vão sendo gerados de forma renovável. � Produto – não se renova. Quando você extrai o produto, a coisa principal vai acabando. Ex: pedras de uma pedreira. • Os frutos são bem acessórios, pois dependem da coisa principal. Efeitos da PosseEfeitos da Posse • Dividem-se os frutos, quanto à origem em: o Naturais – aqueles que se desenvolvem e se renovam em virtude da própria natureza (ex.:frutas, crias dos animais); o Industriais – aqueles que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica); Civis – são as rendas periódicas provenientes da concessãoo Civis – são as rendas periódicas provenientes da concessão do uso e gozo de uma coisa frutífera por outrem, que não o proprietário (juros e aluguéis). • Dividem-se os frutos, quanto ao seu estado em: o Pendentes – enquanto unidos à coisa que os produziu; o Percebidos (ou colhidos) – depois de separados. Efeitos da PosseEfeitos da Posse • Regras da restituição dos frutos (Arts. 1.214 à 1.216, do CC). o A restituição de despesas de produção e custeio dos frutos, prevista no art. 1.214, p. ún., visa evitar um enriquecimento sem causa do proprietário. o O direito de restituição só é garantido ao possuidor enquanto for considerado de boa-fé. • A percepção dos frutos é regulada pelo art. 1.215, do CC. Efeitos da PosseEfeitos da Posse o A percepção dos frutos civis ou rendimentos, como os juros e aluguéis, não se efetiva por ato material, mas por presunção da lei, que os considera percebidos dia a dia. o O possuidor terá o direito de receber os frutos civis até o dia em cessar a boa-fé, não sendo necessário que já tenham sido efetivamente recebidos.efetivamente recebidos. o O legislador desencoraja o surgimento de posses ilegítimas, nos termos do art. 1.216, do CC. o A posse de má-fé não é totalmente desprovida de eficácia jurídica, porque o possuidor nessa condição faz jus às despesas de produção e custeio (repúdio ao enriquecimento sem causa). Efeitos da PosseEfeitos da Posse � Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa: • Tal responsabilidade é disciplinada nos arts. 1.217 e 1.218, do CC. • Enquanto a regra para o possuidor de boa-fé é a sua responsabilidade ser subjetiva, a regra, para o de má-fé a responsabilidade é objetiva.responsabilidade é objetiva. • Em relação ao possuidor de má-fé a presunção de culpa do mesmo é relativa, invertendo-se o ônus da prova. o Ao possuidor de má-fé competirá o ônus de comprovar a exceção prevista no art. 1.218, do CC. Não bastando a prova de ausência de culpa nem de força maior. Efeitos da PosseEfeitos da Posse �O Direito de benfeitorias: • Benfeitorias são obras ou despesas efetuadas numa coisa para conservá-la, melhorá-la ou apenas embelezá-la. • Tudo que se incorpora permanentemente à coisa já existente é benfeitoria. • Benfeitoria ≠ Acessão Artificial o Enquanto as benfeitorias tem caráter complementar do principal, sendo classificadas como bens acessórios. Já as acessões têm caráter de novidade, objetivam dar destinação econômica a um bem que até então não tinha repercussão social. Efeitos da PosseEfeitos da Posse • As benfeitorias podem ser de três tipos: o Necessárias – para conservação da coisa ou para permitir sua normal exploração (Art. 96, § 3º, do CC, ex.: manutenção de fiação elétrica). o Úteis – não se enquadram na categoria de necessárias, mas aumentam objetivamente o valor do bem (Art. 96, § 2º, doaumentam objetivamente o valor do bem (Art. 96, § 2º, do CC, ex.; construção de mais um banheiro). o Voluptuárias – Só consistem em objetos de luxo ou recreio (Art. 96, §1º, do CC, ex.: jardins, mirantes). • Apesar das regras do art. 96, do Código Civil, sempre diante do caso concreto faz-se necessário indagar a essencialidade daquela obra em relação a coisa e a destinação da mesma. Efeitos da PosseEfeitos da Posse • Regras de indenização das benfeitorias (Arts. 1.219 à 1.222, do CC): o Direito à indenização por benfeitorias necessárias e úteis e de retenção do possuidor de boa-fé em relação às mesmas (Art. 1.219, do CC). o Ressarcimento apenas de benfeitorias necessárias aoo Ressarcimento apenas de benfeitorias necessárias ao possuidor de má-fé (Art. 1.220, do CC). o Possibilidade de compensação do valor das benfeitorias pelo valor de eventuais danos causados (Art. 1.221, do CC). o Valor da indenização das benfeitorias está previsto no art. 1.222, do CC. Efeitos da PosseEfeitos da Posse • Direito de retenção: o Consiste em meio de defesa outorgado ao credor a quem é reconhecida a faculdade de continuar a deter a coisa alheia até ser indenizado pelo crédito, que se origina, via de regra, das benfeitorias. o O fundamento para tal instituto é a vedação ao enriquecimento sem causa e a sua utilização como meio coercitivo. o A jurisprudência tem considerado o direito de retenção como tendo todas as características de um direito real. Efeitos da PosseEfeitos da Posse o O direito de retenção é garantido ao possuidor de boa-fé em relação as benfeitorias úteis ou necessárias realizadas na coisa, nos termos do art. 1.219, do CC. o A doutrina exige os seguintes requisitos para o exercício do direito de retenção:direito de retenção: 1. Detenção legítima de coisa que se tenha obrigação de restituir; 2. Crédito do retentor, exigível; 3. Relação de conexidade; 4. Inexistência de exclusão convencional ou legal de seu exercício. Efeitos da PosseEfeitos da Posse � Caso da locação: � “No que tange ao contrato de locação, a lei do inquilinato (Lei 8.245/91), em seu art. 35, estabelece que o próprio negócio firmado pode conter regras específicas sobre benfeitorias.” � STJ Súmula nº 335 - DJ 07.05.2007 - Contratos de Locação - Cláusula de Renúncia à Indenização - Benfeitorias e Direito deCláusula de Renúncia à Indenização - Benfeitorias e Direito de Retenção – Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção. � Neste caso, o inquilino deve notificar o locador para que o locador faça ou, explicitamente, assuma o custo da benfeitoria realizada. QuestõesQuestões 01) Pela perda ou pela deterioração da coisa (FCC/2010 – DPE – SP): ( )I. o possuidor de boa-fé responde se tiver dado causa; ( )II. o possuidor de má-fé responde se tiver dado causa e se ocorreram acidentalmente;se ocorreram acidentalmente; ( )III. quando acidentais, o possuidor de má-fé não responde se provar que ocorreriam da mesma forma na posse do reivindicante; ( )IV. o possuidor de má-fé não responde se acidentais, pois não agiu com culpa para tais eventos; ( )V. o possuidor de boa-fé não responde se for o causador, pois exerceu sobre a coisa o poder de uso e gozo. QuestõesQuestões Gabarito: 01) V – V – V – F – F
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