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DIREITO CIVIL IV (DIREITO DIREITO CIVIL IV (DIREITO DAS COISAS)DAS COISAS)DAS COISAS)DAS COISAS) Ana Carolina Barbosa Pereira Matos Direito de Vizinhança • Limitações ao direito de construir (Arts. 1.299 à 1.313, do CC): o De acordo com Arnaldo Rizzardo, visa o direito de construir o regramento das relações que devem imperar entre os vizinhos, quando um deles resolver construir. Envolve tanto a superfície do solo quanto o subsolo e o espaço aéreo. (Direito das coisas. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense,o espaço aéreo. (Direito das coisas. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007. p. 529). o Importante observar que as normas contidas no Código Civil não são as únicas limitadoras da autonomia do proprietário em construir. Devem ser ainda levados em consideração o plano diretor do município e as regulamentações administrativas. Condomínio � Conceito e natureza jurídica: • O condomínio é uma exceção à exclusividade do direito de propriedade. Não chega, porém, a constituir uma espécie nova de direito real – é o mesmo direito de propriedade, cuja titularidade é plural. • O condomínio trata-se de figura anômala do direito, pois pelo princípio da exclusividade um mesmo bem não pode pertencer ao mesmo tempo a duas pessoas, pois a superposição aniquilaria a titularidade de ambos. •O condomínio é uma espécie do gênero comunhão. Condomínio • Assim, aplica-se ao condomínio a teoria da propriedade integral para a justificação da natureza jurídica deste instituto. • Cada condômino tem propriedade sobre a coisa toda, delimitada pelos direitos dos demais consortes, perante terceiros o direito de cada um abrange a pluralidade de poderes imanenteso direito de cada um abrange a pluralidade de poderes imanentes ao domínio, mas entre os próprios condôminos o direito de cada um é limitado pelo outro, na medida de suas partes ideais, isto no caso do condomínio pro indiviso. • Cada condômino tem uma quota indivisa sobre o bem, de modo que seu direito de propriedade incide sobre esse bem por inteiro, na proporção de sua quota. Condomínio • Logo, o exercício do direito sobre a coisa deve respeitar os limites dos direitos dos demais condôminos. Todos os comunheiros têm direitos qualitativamente iguais sobre a totalidade da propriedade. • Em caso de dúvida, presumem-se iguais os quinhões de cada• Em caso de dúvida, presumem-se iguais os quinhões de cada condômino (presunção juris tantum). • Há no condomíno (ou compropriedade) as noções de indivisão (aspecto objetivo) e comunhão (aspecto subjetivo) Condomínio • Sendo condomínio pro diviso as faculdades de uso e fruição naturalmente serão limitadas ao plano do exercício da posse de cada proprietário. • Naturalmente, cessando o estado de indivisão por ação divisória, a fragmentação da propriedade propiciará o surgimentodivisória, a fragmentação da propriedade propiciará o surgimento de dois ou mais bens, cada qual com a sua titularidade. • Classificação quanto a forma: o Comunhão pro diviso só existe de direito, não de fato, pois cada condômino já se localiza numa parte certa e determinada da coisa. Condomínio o Exercem sobre sua fração concreta todos os atos de proprietário singular, tal como se a gleba já fosse partilhada, com aprovação tácita recíproca. (Ex.: Cada Condômino estabeleceu uma área de atuação individualizada.) o Comunhão pro indiviso é a que perdura de fato e de direito, permanecendo a coisa em estado de indivisão perante ospermanecendo a coisa em estado de indivisão perante os condôminos, porquanto estes ainda não se localizaram, cada qual, per se, na coisa. • Classificação quanto à origem: o Condomínio Voluntário ou Convencional; o Condomíno Incidente ou Eventual ou Acidental; o Condomínio Forçado (paredes, cercas, muros, valas e formação de ilhas). Condomínio � Condomínio necessário ou forçado (arts. 1.327 a 1.330, CC): • Objeto: paredes, cercas, muros, valas, tapumes e formação de ilhas. Condomínio especial do Estatuto da Cidade (usucapião coletiva). • Todas as despesas com a conservação devem ser partilhadas e os comunheiros devem utilizar a coisa de modo a não prejudicar uns aos outros. • Feita a obra sem a anuência do confinante, este pode adquirir a meação através do depósito da despesa que lhe caberia. Condomínio • Enquanto não houver sido efetuado o depósito, não pode o confinante beneficiar-se a obra realizada pelo outro. � Condomínio voluntário (arts. 1.314 a 1.326, CC): • Direitos e deveres dos condôminos � Poder de proteção da coisa comum contra qualquer pessoa.� Poder de proteção da coisa comum contra qualquer pessoa. � Direito de uso conforme sua destinação e exercício de todos os direitos compatíveis com a indivisão. Obs: o direito de usar importa em o condômino suportar os ônus da conservação, da perda e da deterioração da coisa, além de responder pelos frutos que percebeu sem o consenso dos demais, conforme as regras da responsabilidade civil. Condomínio Direito de alhear a respectiva parte indivisa. Direito de preferência ou prelação (prazo decadencial de 180 para anular o ato de transferência do domínio) e pluralidade de condôminos interessados (art. 504, CC/2002). � Direito de gravar a parte indivisa com ônus reais. � Responder pelas dívidas contraídas em favor do condomínio,� Responder pelas dívidas contraídas em favor do condomínio, com respectivo regresso contra os demais condôminos. � Renúncia à fração ideal, a fim de se eximir do pagamento das despesas de conservação. � Impossibilidade de dar posse, uso ou gozo da propriedade a estranho sem a anuência prévia dos demais comunheiros. Direito de retomada. Condomínio • Administração do Condomínio: o Deve ser escolhida pela maioria dos condôminos, podendo recair sobre alguém estranho à comunhão. o Todos os atos praticados pelo administrador do condomínio, obriga os demais. oEm não havendo escolha do administrador, presumir-se-á como sendo este o condômino que, por iniciativa própria, pratica atos de gestão sem oposição dos demais. o Os votos são computados conforme o valor do quinhão do comproprietário. Condomínio o As deliberações tomadas pela maioria absoluta dos votos, são obrigatórias a todos. Caso não seja alcançada a maioria absoluta, o juiz decidirá a requerimento de qualquer condômino, ouvidos os demais. o Os frutos serão partilhados na proporção dos quinhões. • Extinção do Condomínio• Extinção do Condomínio o Por ser um estado anormal da propriedade, o condomínio pode ser extinto, com exceção dos casos de condomínio forçado e de coisa indivisível. Desta forma, extingue-se o condomínio ordinário: a) Em 5 anos, nos casos de condomínio consensual. Este prazo pode ser prorrogado. Condomínio b) Em 5 anos, nos casos de condomínio eventual estabelecido pelo doador ou testador. c) Antes do prazo estabelecido, pelo juiz, a requerimento do interessado, em decorrência de razões graves. d) Pela venda da coisa.d) Pela venda da coisa. • Extinto o condomínio, proceder-se-á a divisão da área condominial, que pode ser feita de forma amigável (escritura pública) ou judicialmente e tem efeito declaratório. • As regras de divisão do condomínio seguem, no que couber, as regras de partilha da herança.
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