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ACÃO PAULIANA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE, ESTADO DE SANTA CATARINA
PAULO, 65 anos de idade, brasileiro, viúvo, militar da reserva, residente na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, inscrito no RG n. XXX e no CPF n. XXX, e-mail XXX, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado (procuração em anexo), endereço profissional XXX, propor 
ACÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO	
em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, inscrito no RG n. XXX e no CPF n. XXX, residente na Rua Dos Diamantes, 123, Brusque/SC; JONATAS, espanhol, casado, comerciante, residente na Rua JIRAU, 366, Florianópolis/SC; e JULIANA, brasileira, casada, inscrita no RG n. XXX e no CPF n. XXX, residente na Rua JIRAU, 366, Florianópolis/SC , pelos fatos e fundamentos a seguir narrados.
DA JUSTIÇA GRATUITA 
Requer o autor, nos termos da lei n. 1060/50 artigo 98, que seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista que o Autor não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo de seu sustento próprio.
DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para propositura da presente ação, haja vista o objeto do caso em tela tratar-se de ação declaratória de nulidade de negócio jurídico, da dignidade da pessoa humana do idoso, previsto no estatuto Lei n. 10741/03, e com disposição no código de processo civil, artigo 53, inciso III, alínea “e”.
“Art.53. É competente o foro:
III. do lugar; (...)
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto”.
2.1. DA TRAMITACÃO PRIORITÁRIA
O autor da presente demanda, é pessoa idosa na forma da Lei n. 10741/03, o mesmo possui 65 anos de idade, por isso deu origem a está ação, devendo assim, nas conformidades e expressamente em lei, ter prioridade de tramitação, conforme consta no artigo 71 da Lei n. 10741/03:
“Art.71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligencias judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância”.
 
Também em conformidade com a questão o artigo 1048, inciso I do Código de Processo Civil:
“Art.1048. Terao prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judicias:
I-em que figure como parte ou interessado pessoa com igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art.6, inciso XIV, da Lei n. 7713/88”.
DOS FATOS
Paulo ortogou procuração a Judite em novembro de 2011, que continha poderes especiais e expresso para alienação, porém Judite fora avisa da revogação da procuração.
A procuração havia sido revogada por Paulo em 16/11/2016, sendo certo que o titular do Cartório do 1• Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração, bem como sua irmã fora devidamente notificada em 05/12/2016, ou seja, dez dias antes da alienação.
Após todo o ocorrido, Paulo só teve ciência da alienação no dia 1• de fevereiro de 2017, ao chegar no imóvel e se deparar com Jonatas e sua esposa ocupando o imóvel.
Judite, irmã de Paulo, ao alienar para Jonatas, o imóvel do casal fora vendido por R$150.000,00.
DO MÉRITO
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Não resta dúvidas de que o imóvel se encontra irregular, e instituído em lei, o artigo 661, parágrafo 1, do Código Civil, leciona:
“Art.661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração 
§1º para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos”. 
Padece assim o caso pertinente, onde é expresso em lei que cessa o mandado por revogação da procuração, tornando incapaz Judite de realizar a venda, do imóvel em questão, dispõe o artigo 682, inciso I do Código Civil:
“Art.682. Cessa o mandato:
I-pela revogação ou pela renúncia;
(...)”.
Por fim, para anuluar e deixar claro que é nulo o negócio jurídico, o artigo 166, inciso V do Código Civil, dispõe:
“Art.166. É nulo o negócio jurídico quando:
V-for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade”.
DOS PEDIDOS
Diante exposto, requer-se:
A tramitação prioritária da presente demanda, em razão de ser pessoas idosa na forma da lei, devendo, pois ter a prioridade de análise e celeridade em toda a tramitação dos atos, diligências e procedimentos do feito, conforme o aduz o artigo 71 da Lei 10741/03 ( Estatuto do idoso) e em conformidade o artigo 1048 do Código de Processo Civil;
requer a nulidade do negócio jurídico celebrado entre as partes;
a designação de audiência de conciliação ou medição e intimação do réu para o seu comparecimento;
a condenação do réu ao pagamento das custas processuais bem como dos honorários sucumbenciais;
que seja dado procedência ao pedido de justiça gratuita;
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, com fulcro no artigo 369 do Código de Processo Civil, em especial provas pericial, documental, testemunhal e depoimento pessoal do réu.
VALOR DA CAUSA 
Dá-se o valor da causa de R$150.000,00, de acordo com o artigo 292, inciso I do Código de Processo Civil.
NESTES TERMO,
PEDE DEFERIMENTO.
ITABUNA/BA data XXX.
Nome do ADVOGADO, OAB/MF

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