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Material AVA Uninove Processo Penal - 2016

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O juiz. O Ministério
Público. Assistente de
acusação. Acusado.
Direitos e garantias.
Defensor. Peritos e
interpretes
O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ
REALIZAR A APRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS SUJEITOS
PROCESSUAIS, NO ÂMBITO DO DIREITO PROCESSO PENAL
SUJEITOS PROCESSUAIS
 
O processo penal, como relação jurídica, envolve durante sua tramitação uma série de pessoas, que
realizam atos processuais direta ou indiretamente relacionados ao andamento do processo. Assim sendo,
essas pessoas são denominadas de sujeitos processuais, quais sejam: o JUIZ, o MINISTÉRIO PÚBLICO,
o ACUSADO, o ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO, o DEFENSOR, bem como os demais sujeitos
processuais secundários (BONFIM, 2012, p. 437).
Ademais, é importante salientar que os sujeitos processuais essenciais que formam a relação jurídica
triangular são respectivamente: o JUIZ, o ACUSADOR e o ACUSADO. Portanto, os sujeitos processuais
são os indivíduos entre as quais se constitui a relação processual (LOPES, 2012, p. 726).
 
O JUIZ
 
O juiz é a figura central do processo, ou o sujeito “piú eminente” da relação processual (MARQUES,
2000, p. 1). Trata-se do sujeito processual imparcial, que possui a função relevante de conduzir o bom
andamento do processo, bem como o julgamento do pedido de tutela jurisdicional.
Para que alguém possa exercer a atividade jurisdicional como juiz é necessário gozar de capacidade
civil, ser portador de diploma de bacharel em Direito e ter sido regularmente investido na judicatura (vide
Art. 93, inciso I da Constituição da República).
Ademais, o juiz dever ser competente para julgar a causa penal, constituindo a imparcialidade
atributo essencial para o exercício de sua relevante atividade judicante (vide Art. 5º, incisos XXXVII e
LIII da Constituição da República). 
Aos integrantes do Poder Judiciário, em geral, são conferidas algumas prerrogativas inerentes ao cargo
relevante que exercem, quais sejam: a VITALICIEDADE, INAMOVIBILIDADE e a
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS (vide Art. 95, incisos I a III da Constituição da República).
No entanto, o exercício da magistratura impõe várias limitações ao juiz conforme o disposto no Art. 95,
parágrafo único da Constituição Federal.
 
FUNÇÕES, PODERES E DEVERES DO JUIZ
 
Com o objetivo de assegurar a efetividade na prestação jurisdicional, o ordenamento jurídico confere
ao magistrado poderes imprescindíveis para o bom andamento dos trabalhos, inclusive poderes de natureza
administrativa.
O Art. 125 do Código de Processo Civil dispõe a respeito de certas atribuições do magistrado, entre
elas velar pela rápida solução do litígio. Nesse mesmo sentido o Art. 251 do Código de Processo Penal,
também regulamenta a atividade judicante, tal dispositivo dispõe que ao juiz caberá prover a regularidade
do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, cabendo, inclusive, exercer poder de
polícia. Aliás, os Arts. 794 e 795 ambos do Código de Processo Penal regulamentam o poder de polícia do
magistrado no âmbito das audiências realizadas no Poder Judiciário.
Evidentemente que a principal função do juiz é a de natureza jurisdicional, ou seja, aplicar o
Direito Penal Material ao caso concreto e de maneira imparcial. No entanto, possui outras atribuições ou
poderes, tais como fiscalizar o princípio da obrigatoriedade da ação penal, em casos de requerimento de
arquivamento do inquérito policial (vide Art. 28 do Código de Processo Penal), bem como de requisitar a
instauração do inquérito policial (vide Art. 5º, inciso II, primeira parte do Código de Processo Penal).
Outrossim, o juiz tem deveres legais que devem ser cumpridos, não podendo eximir-se de julgar a
causa penal apresentada, o que pode constituir violação ao princípio da INAFASTABILIDADE DO
CONTROLE JURISDICIONAL (vide Art. 5º, inciso XXXV da Constituição da República). Aliás, os
deveres éticos e funcionais dos magistrados estão insculpidos no Art. 35 da Lei Complementar 35 de 1979,
denominada Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN), bem como no Código de Ética da
Magistratura (NALINI, 2013, p. 716).
 
IMPEDIMENTO, SUSPEIÇÃO E INCOMPATIBILIDADE
 
Para resguardar a necessária e inerente imparcialidade do juiz o Código de Processo Penal definiu as
hipóteses de impedimento, suspeição e incompatibilidade. Senão vejamos.
As hipóteses de impedimento estão previstas no Art. 252 do Código de Processo Penal. Para
GUSTAVO HENRIQUE RIGHI IVAHY BADARÓ o impedimento decorre de fatores objetivos que
colocam em perigo ou permitem duvidar da imparcialidade do magistrado, isto, pois, ele ou pessoas a ele
ligadas já exerceram ou estão exercendo funções no mesmo processo penal, ou, ainda, tem interesse no feito
(BADARÓ, 2014, p. 186).
O Art. 252 do Código de Processo Penal, determina ipsis litteris:
 
“O juiz não poderá exercer a jurisdição no processo em que:
I – tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial,
auxiliar da justiça ou perito;
II – ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III – tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a
questão;
IV – ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito”.
 
Por sua vez, as hipóteses de suspeição estão previstas no Art. 254 do Código de Processo Penal,
que enumera as situações na qual o magistrado será ou deve ser considerado suspeito de atuar. A suspeição
deve ser reconhecida de ofício, no entanto, é viabilizado às partes requere-lá caso isso não ocorra. A
suspeição está prevista, também, no Art. 95, inciso I do Código de Processo Penal, como hipótese de
exceção. Ademais, possui procedimento expressamente previsto e regulamentado nos Arts. 96 a 107 do
Código de Processo Penal.
As incompatibilidades estão previstas no Art. 253 do Código de Processo Penal e decorrem do
parentesco entre magistrados que atuam em um mesmo órgão colegiado.
 
O MINISTÉRIO PÚBLICO
 
O Ministério Público, conforme Art. 127 da Constituição da República é uma instituição permanente,
essencial à necessária administração da justiça, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
O Art. 127 § 1º da Constituição da República prevê os princípios fundamentais da instituição, quais
sejam: a UNIDADE, a INDIVISIBILIDADE, bem como a INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL. Os
princípios supramencionados devem ser observados pelo Ministério Público dos Estados, bem como pelo
Ministério Público da União.
Ademais, é importante salientar que o Ministério Público, dentre suas várias atribuições, deve
promover, privativamente, a ação penal pública incondicionada e condicionada (vide Art. 129, inciso I
da Constituição da República). Aliás, no mesmo sentido é o disposto no Art. 257 do Código de Processo
Penal.
Para a corrente majoritária o Ministério Público é uma “PARTE IMPARCIAL”, pois, atua no
processo penal como “custos legis”, ou seja, como fiscal da lei.
Ainda que realize a acusação, por meio da denúncia, deve observar a legalidade, podendo, inclusive,
pedir a absolvição do acusado ou até mesmo impetrar ordem de habeas corpus em seu favor (vide Art. 385
do Código de Processo Penal). Sobre esta questão, pesquisar a obra do professor AURY LOPES JÚNIOR
(LOPES Jr, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012).
Ao Ministério Público, conforme Art. 258 do Código de Processo Penal brasileiro são aplicáveis as
mesmas hipóteses de impedimentos e suspeições dos magistrados, no que lhe for aplicável.
 
O ACUSADO
 
O acusado, imputado ou réu é o sujeito passivo da ação penal, é o individuo contraquem é movida a
ação penal seja pública ou privada, nesta última é denominado como querelado. O Decreto-Lei nº 1.002, de
21 de outubro de 1969, o Código de Processo Penal Militar, traz no seu bojo uma definição precisa do que
venha ser acusado. Assim, conforme o Art. 69 do Código de Processo Penal Militar brasileiro: “Considera-
se acusado aquele a quem é imputada a prática de infração penal em denúncia recebida" (BADARÓ,
2014, p. 197).
O acusado é o sujeito processual sobre o qual recai a carga acusatória durante o tempo de duração do
processo. É sobre os ombros do acusado que recai a pretensão punitiva do Estado, sendo assim, o sujeito
passivo da ação penal deverá resistir à pretensão punitiva.
É importante ressaltar que somente a pessoa maior de 18 (dezoito) anos pode figurar como acusado,
pois o menor de 18 (dezoito) anos é inimputável (vide Art. 228 da Constituição Federal, bem como Art. 27
do Código Penal).
Referente à pessoa jurídica, conforme Art. 225 § 3º da Constituição da República c/c Art. 3º da Lei
9.605/1998, poderá figurar como acusada de crimes contra o meio ambiente, conforme doutrina majoritária.
Assim, em que pese o princípio “Societas delinquere non potest”, segundo o qual a pessoa jurídica não tem
capacidade de conduta, nem mesmo de culpabilidade, o constituinte, contrariando a doutrina penal, tratou
expressamente da responsabilidade penal da pessoa jurídica, que agora poderá figurar no polo passivo da
relação processo penal, nos casos de crimes perpetrados contra o meio ambiente. 
O acusado tem direito, no âmbito do processo penal, a todas as garantias previstas constitucionalmente
(vide Art. 5º da Constituição da República), bem como as que estão previstas nos tratados de direitos
humanos e, também nas legislações ordinárias.
Nesse sentido, referente às garantias do acusado o Pacto de San José da Costa Rica, promulgado no
Brasil pelo Decreto 678 de 6 de novembro de 1992, prevê e regulamenta, no seu Art. 8º uma série de
garantias fundamentais. Senão vejamos.
 
"Artigo 8º - Garantias judiciais
1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável,
por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na
apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações
de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for
legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às
seguintes garantias mínimas:
a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não
compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal;
b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;
c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa;
d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha
e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;
e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou
não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do
prazo estabelecido pela lei;
f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento,
como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos;
g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e
h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior”.
 
 
O ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
 
Conforme ensinamentos de EDILSON MOUGENOT BONFIM a assistência da acusação “é a posição
processual ocupada pelo ofendido ou por alguém a ele relacionado quando, não sendo autor da ação penal,
ingresse no processo com a finalidade de auxiliar o acusador público na posição acusatória. Não postula
como acusador principal, portanto, atuando secundariamente”.
O assistente de acusação poderá atuar no processo penal auxiliando a acusação formulada pelo
Ministério Público e, sua atuação está regulamentada nos Arts. 268 a 273 do Código de Processo
Penal.
O assistente de acusação será admitido, no processo penal, enquanto não passar em julgado a
sentença, conforme expressa determinação do Art. 268 do CPP. Assim sendo, não poderá atuar no inquérito
policial ou em qualquer fase de investigação preliminar. 
Ademais, a admissão do assistente dependerá de autorização judicial. Aliás, do despacho que
admitir ou não a atuação do assistente no processo criminal, não caberá recurso algum, de modo que será
possível impetrar o remédio constitucional de mandado de segurança, previsto no Art. 5º, inciso LXIX da
Constituição da República (vide Arts. 272 e 273 ambos do CPP).
 
O DEFENSOR
 
Conforme FERNANDO DA COSTA TOURINHO FILHO a defesa “é toda atividade da parte acusada
de oposição à atuação da pretensão punitiva. Daí se segue que Defensor é o sujeito que realiza os atos em
que consiste a defesa”.
No processo penal a defesa técnica é indisponível conforme previsto no Art. 5º, inciso XXXVIII,
alínea “a”, bem como Art. 5º, inciso LV da Constituição da República. Ademais, tão importante é a defesa
técnica que a Constituição declarou que o advogado é indispensável à administração da justiça, conforme
Art. 133 da Carta Magna.
Nesse mesmo sentido o Art. 261 do Código de Processo Penal afirma que “Nenhum acusado, ainda
que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor”. Referente à importância e
indisponibilidade da defesa técnica veja o teor da Súmula 523 do Egrégio Supremo Tribunal Federal. 
O defensor deverá apresentar ao Poder Judiciário tudo quanto possa melhorar a situação
processual do acusado, não excluindo, evidentemente, o direito do acusado de realizar sua autodefesa,
ainda que não apresente capacidade postulatória. Portanto, o acusado poderá realizar sua autodefesa,
todavia, somente o acusado que possui capacidade postulatória poderá realizar sua própria defesa
técnica.
É importante registrar que a defesa técnica poderá ser exercida pela defensoria pública, por defensor
constituído, bem como por defensor dativo.
A defensoria pública está prevista nos Arts. 134 e 135 da Constituição da República. Trata-se de
instituição permanente, importantíssima à função jurisdicional estatal, cabendo-lhe, a orientação jurídica, a
promoção dos direitos humanos e a defesa judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados. Nesse sentido, veja as disposições da Lei 1.060 de 1950, que
regulamenta as normas atinentes à concessão de assistência judiciária aos reconhecidamente necessitados.
Por sua vez, o defensor constituído recebeu do Código de Processo Penal a denominação de
procurador. Trata-se do advogado (vide Art. 266 do Código de Processo Penal). Ademais, a atividade
advocatícia, no Brasil, está regulamentada, expressamente, pela Lei 8.906 de 4 de julho de 1994, ou seja, o
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. O Art. 7º da referida legislação ordinária prevê uma série de
prerrogativas inerentes à atividade de advogado.
Já o defensor dativo é aquele nomeado pelo magistrado conforme Art. 263 do Código de Processo
Penal. A nomeação, pelo juiz, de defensor dativo é obrigatória quando o acusado não possuir defensor
constituído. No entanto, o acusado poderá, a qualquer tempo, nomear defensor de sua confiança pessoal
(vide Art. 263, caput do CPP).
É importante frisar com ênfase que o advogado ocupa papel central e fundamental na manutenção
do Estado Democrático de Direito. A ele cabe a missão, no âmbito do processo penal, de defender não só a
pessoa acusada, mas, além disso, as bases sólidas do princípio do devido processolegal. O constituinte
originário foi altissonante e preciso ao proclamar, expressamente, no Art. 133 da Constituição da República,
que o advogado mostra-se indispensável à administração da justiça.
 
PERITOS E INTÉRPRETES
 
Os peritos são pessoas que possuem “expertise”, ou seja, conhecimentos técnicos nas mais variadas
áreas do conhecimento humano. São importantes no processo penal, pois devem prestar esclarecimentos ao
juiz a respeito de determinado fato de difícil compreensão.
Os peritos podem ser oficiais ou particulares, conforme determinação do Art. 159 §§1º e 2º do Código
de Processo Penal. Cabe ao perito realizar os exames periciais, de modo que sua nomeação realizar-se-ia
conforme critério do juiz ou da autoridade policial. Nesse sentido é o disposto no Art. 276 do Código de
Processo Penal brasileiro.
Ademais, o perito nomeado pela autoridade está obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa,
salvo escusa atendível, conforme Art. 277 do Código de Processo Penal. Tal disposição é aplicável aos
peritos não oficiais que deverão prestar o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo que lhes
foi atribuído, com fulcro no Art. 159 § 2º do Código de Processo Penal.
Conforme lições de GENIVAL VELOSO DE FRANÇA:
 
Para que a Justiça não fique sempre na dependência direta de um ou de outro perito, criaram-se, há
alguns anos, em Estados, como Bahia e São Paulo, os Conselhos Médico-Legais, espécies de corte de
apelação pericial cujos objetivos são a emissão de pareceres médico-legais mais especializados,
funcionando também como órgãos de consulta dos próprios peritos. Eram, normalmente, compostos de
autoridades indiscutíveis em Medicina Legal e representados por professores de Psiquiatria, pelo diretor do
Manicômio Judiciário e por um membro do Ministério Público indicado pela Secretaria do Interior e
Justiça (FRANÇA, 2014, p. 21).
 
É importante não confundir os peritos com os assistentes técnicos, sendo estes profissionais de
confiança da parte, e que podem ser indicados, conforme Arts. 159 §§ 4º e 5º, inciso II do Código de
Processo Penal.
Por sua vez, os interpretes são os auxiliares do Poder Judiciário designados para traduzir documentos
de línguas alienígenas, com o escopo de viabilizar a comunicação do juiz e pessoas que não se expressem no
vernáculo pátrio. Conforme Art. 281 do Código de Processo Penal aplicam-se aos interpretes as mesmas
regras aplicáveis aos peritos.
 
 
 
 
SUJEITOS PROCESSUAIS
Quiz 
 1
O juiz dar-se-á por suspeito, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das
partes:
I – Se ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no
feito.
II – Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a
processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia.
III – Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes.
IV – Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções (defensor ou
advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou
perito) ou servido como testemunha.
Avalie as assertivas acima e marque a alternativa CORRETA
Apenas as assertivas II e III estão corretas
Todas as assertivas estão corretas.
Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
Apenas as assertivas I, II e III estão corretas
 2
Relativamente ao impedimento do Juiz previsto no Código de Processo Penal
brasileiro, analise as assertivas abaixo:
I – O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado seu
cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o segundo
grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público,
autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
II – O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que ele próprio houver
desempenhado as funções de defensor ou advogado, órgão do Ministério Público,
autoridade policial, auxiliar da justiça, perito ou servido como testemunha.
III – O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado
como juiz de outra instância, pronunciando-se de fato ou de direito, sobre a
questão.
IV – O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que ele próprio ou seu
cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o segundo
grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Estão corretas as assertivas:
I e II, apenas.
I, II, III e IV.
 I e III, apenas
II e III, apenas.
 3
O ofendido, nos casos de crimes apurados mediante ação penal pública, poderá
requerer sua intervenção no processo penal a fim de auxiliar o Ministério Público
como assistente de acusação. Diante disso, pode-se afirmar que o assistente de
acusação poderá figurar no processo penal: 
Somente após a realização da audiência de instrução. 
Em todas as fases do inquérito policial. 
Somente após o recebimento da denúncia. 
Somente após o transito em julgado da sentença
 4
Referente ao despacho do magistrado que não admite a atuação do assistente de
acusação no Processo Penal, pode-se afirmar que:
cabe recurso de ofício
cabe habeas corpus.
cabe Mandado de segurança.
nada poderá ser feito
 5
Com relação ao ACUSADO pode-se afirmar que:
Se o acusado for advogado e estiver foragido, poderá ser processado e julgado sem defensor
A impossibilidade de identificação do acusado, com seu verdadeiro nome e outros dados
qualificativos, impedirá a propositura da ação penal, ainda que certa a identidade física
Se o acusado não o tiver, será nomeado defensor pelo magistrado, não podendo o mesmo,
antes da sentença, constituir outro de sua confiança.
O acusado tem o direito de não ser obrigado a depor contra si mesmo, nem a confessar-se
culpado.
Referências
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Processo Penal. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 8.ed. São Paulo: Saraiva,
2013.
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
LOPES, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. 2.ed. Volume II, Campinas:
Millenium, 2000.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. 18.ed. Atlas, 2008.
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense,
2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2013.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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