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Material AVA Uninove Processo Penal - 2016

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Aspectos Gerais.
O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A
APRESENTAÇÃO DOS ASPECTOS GERAIS DAS MEDIDAS CAUTELARES
PESSOAIS DIVERSAS DA PRISÃO, APLICADAS PELO MAGISTRADO
Medidas cautelares
INTRODUÇÃO
 
A maior inovação trazida pela Lei 12.403, de 4 de maio de 2011, é a criação das denominadas
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO, nos exatos termos do Art. 319 do Código de
Processo Penal (LOPES, 2012, p. 852).
No entanto, antes de abordar as medidas cautelares em espécie é importante compreender os aspectos
gerais de sua aplicação, no âmbito do Direito Processual Penal.
Assim, é importante depreender os requisitos, bem como os critérios para a escolha das medidas
cautelares diversas da prisão. Os requisitos e os critérios gerais de escolha das medidas cautelares adequadas
estão previstos no Art. 282 do Código de Processo Penal, tendo em vista o princípio da
PROPORCIONALIDADE DA MEDIDA. 
As medidas cautelares pessoais diversas da prisão tem o objetivo de assegurar o bom andamento do
processo e só em último caso serão descartadas em prol da prisão denominada preventiva (vide Arts.
282 §§ 4º e 6º c/c 312 e ss., todos do CPP). Portanto, no atual sistema processual penal as medidas cautelares
devem, em regra, anteceder as prisões cautelares. Conforme lições de AURY LOPES JÚNIOR:
"A medida alternativa somente deverá ser utilizada quando
cabível a prisão preventiva, mas, em razão da
proporcionalidade, houver outra restrição menos onerosa que
sirva para tutelar aquela situação" (LOPES, 2012, p. 853). 
 
REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DAS MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO
 
O Art. 282, inciso I do Código de Processo Penal define os critérios objetivos que devem permear a
decisão judicial a respeito do cabimento ou não das medidas cautelares .
Conforme o dispositivo legal supracitado três são os critérios que viabilizam a adoção das medidas
cautelares: Risco para aplicação da lei penal; risco para a investigação ou instrução criminal; e nos casos
expressamente previsos, risco de o investigado ou acusado voltar a praticar outras infrações penais. Senão
vejamos:
 
a) NECESSIDADE PARA APLICAÇÃO DA LEI PENAL: O primeiro requisito tem o condão de
viabilizar a futura execução da lei penal. Ocorre quando existe a possibilidade de que o investigado ou
acusado tentar subtrair-se ao cumprimento da pena em casos de futura condenação;
b) NECESSIDADE PARA A INVESTIGAÇÃO OU INSTRUÇÃO PROCESSUAL: O segundo
requisito tem o condão de viabilziar a investigação preliminar (inquérito policial, Comissão Parlamentar de
Inquérito, etc), bem como a produção da prova sob o crivo do contraditório, no âmbito judicial.
c) NOS CASOS EXPRESSOS PARA IMPEDIR A REINCIDÊNCIA: O terceiro requisito é
importante, tendo em vista a potencial e provavel possibilidade de o agente praticar nova infração penal.
 
Portanto, não é suficiente a mera conveniência, mas, sobretudo, tutelar os escopos do processo penal.
Ademais, para a escolha da medida cautelar mais adequada ao caso concreto, o magistrado deverá
observar sua adequação à GRAVIDADE DO CRIME, bem como às CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO e
as CONDIÇÕES PESSOAIS do indivíduo (vide Art. 282, inciso II do Código de Processo Penal).
Pode-se perceber que o juiz deve atender a um critério de PROPORCIONALIDADE, para a
decretação de qualquer medida cautelar.
 
REGRAS E PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO DAS
MEDIDAS CAUTELARES
 
Preliminarmente, é importante salientar que as medidas cautelares diversas da prisao (vide Art. 319 do
Código de Processo Penal) não podem ser aplicadas às infrações penais (crimes ou contravenções penais)
para as quais NÃO exista cominação abstrata de pena privativa de liberdade, haja vista que violaria o
postulado da proporcionalidade.
As medidas cautelares, conforme Art. 282 § 1º do Código de Processo Penal podem ser aplicadas,
conforme o caso concreto, bem como as necessidade anteriormente analisadas, ISOLADAS ou
CUMULATIVAMENTE.
É imperioso ressaltar que somente o magistrado, por meio de decisão devidamente fundamentada
(vide Art. 93, inciso IX da Constituição da República) poderá decretar a aplicação de qualquer medida
cautelar. No entanto, se, durante o inquérito policial, é proibido ao magistrado decretar ex officio a medida
cautelar, isto, pois, dependerá de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério
Público. Entretanto, no curso do processo penal o magistrado poderá decretá-las de ofício (vide Art. 282 § 2º
do Código de Processo Penal). O procedimento das medidas cautelares está previsto no Art. 282 § 3º do
Código de Processo Penal.
Ademais, a detração (vide Art. 42 do Código Penal) não tem aplicação no âmbito das medidas
cautelares diversas da prisão, exceto a internação provisória (vide Art. 319, inciso VII do Código de
Processo Penal). 
 
 
Quiz 
 1
Diante da atual sistemática das prisões cautelares é correto afirmar que: 
A prisão preventiva será decretada, somente em último caso, se não for cabível sua
substituição por medidas cautelares diversas. 
A prisão preventiva sempre será aplicada, não sendo possível sua substituição por medidas
cautelares diversas. 
No processo penal não há previsão de medidas cautelares diversas da prisão, haja vista a
relevância dos bens jurídicos tutelados. 
Nenhuma das alternativas anteriores. 
 2
Com relação às medidas cautelares diversas da prisão aponte a assertiva correta. 
O juiz pode decretar, de ofício, no curso do inquérito policial, qualquer uma das medidas
cautelares diversas da prisão. 
O juiz pode decretar, de ofíco, no curso da ação penal, qualquer uma das medidas cautelares
diversas da prisão. 
As medidas cautelares não podem ser aplicadas cumulativamente. 
As medidas cautelares não podem ser aplicadas isoladamente. 
 3
Com relação às medidas cautelares diversas da prisão aponte a assertiva correta. 
As medidas cautelares podem ser aplicadas ao crime de porte de drogas para o consumo
pessoal previsto no Art. 28 da Lei 11.343/2006. 
As medidas cautelares violam o princípio constitucional do Estado de inocência, haja vista
que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença penal
condenatória. 
As medidas cautelares devem atender ao postulado da proporcionalidade, conforme o caso
concreto. 
nenhuma da alternativas anteriores. 
Referências
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Processo Penal. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
LOPES, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense,
2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2013.
REIS, Alexandre Cebrian Araújo. Direito Processual Penal esquematizado. 3.ed. São Paulo: Saraiva,
2014.

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