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Material AVA Uninove Processo Penal - 2016

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Decretação. Revogação.
O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A
APRESENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, SUA DECRETAÇÃO E
REVOGAÇÃO
Prisão preventiva
DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
 
A prisão preventiva só poderá ser decretada pela autoridade judiciária competente (vide Art. 5º,
inciso LXI da Constituição Federal brasileira).
O Art. 311 do Código de Processo Penal, com a redação alterada pela Lei 12.403/2011, regulamenta a
decretação da prisão preventiva, repita-se, decretada apenas pelo juiz ou tribunal, conforme o caso. 
Portanto, a prisão preventiva terá cabimento quando decretada por órgão do Poder Judiciário.
Ademais, a medida cautelar extrema poderá ser decretada durante a fase do inquérito policial ou da ação
penal.
Na fase de investigação preliminar (inquérito policial, Comissão Parlamengtar de Inquérito (vide
Art. 58 § 3º da Constituição), ou procedimento de apuração preliminar equivalente) o juiz não poderá
decretar a prisão preventiva "ex officio", ou seja, sem qualquer provocação. 
Nessa fase o juiz dependerá de solicitação de alguém para poder decretar a prisão preventiva. 
Por conseguinte, na fase de investigação preliminar o juiz poderá decretar a prisão preventiva
sempre por provocação de um dos legitimados do Art. 311. O juiz poderá decretar prisão preventiva,
na fase da investigação preliminar, mediante representação da autoridade policial, requerimento do
Ministério público, requerimento do querelante ou requerimento do assistente de acusação.
No entanto, na fase do processo penal o juiz poderá decretar a prisão preventiva de ofício ou por
provocação dos legitimados do Art. 311 do Código de Processo Penal.
NÃO SE ESQUEÇA: O juiz ao receber o auto de prisão em flagrante poderá decretar a prisão
preventiva, em último caso, quando não for cabível sua substituição por medidas cautelares diversas da
prisão (vide Art. 319 do CPP). Sendo assim, o juiz só poderá converter a prisão em flagrante em prisão
preventiva, em último caso, quando não compatíveis as medidas cautelares diversas da prisão. Nesse sentido
é o que prevê expressamente o Art. 310, inciso II do Código de Processo Penal. 
Ademais, é importante ressaltar que a prisão preventiva não poderá de decretada em até 5 (cinco) dias
antes e 48 (quarenta e oito) horas depois das eleições, haja vista o que dispõe o Art. 236 da Lei 4.737/65, ou
seja, o Código Eleitoral.
A decretação da prisão preventiva pela autoridade judiciária competente, deverá, sempre, ser
devidamente fundamentada sob pena de constrangimento ilegal (vide Art. 5º, inciso LXI da Constituição
Federal). Nesse mesmo sentido o Art. 93, inciso IX da Constituição determina que todas as decisões
judiciais, inclusive a que decreta a prisão preventiva seja devidamente fundamentada.
Portanto, como corolário das regras constitucionais o Art. 315 do Código de Processo Penal exige
fundamentação adequada nos termos dos Arts. 312 e 313 c/c Art. 282 todos do CPP. 
Destarte, o juiz está obrigado a indicar no mandado de prisão os fatos que se subsumem à hipótese
autorizadora da decretação da prisão preventiva (vide Art. 285 do CPP).
Por fim, é importante salientar que a prisão preventiva, em nenhuma hipótese será decretada
quando houver indícios de que o agente atuou sob o manto de qualquer das excludentes de
antijuridicidade, previstas no Art. 23, incisos I a III do Código Penal, ou seja, legítima defesa, estado de
necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito (vide Art. 314 do Código de
processo Penal). 
 
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
 
A prisão preventiva poderá ser revogada quando desaparecerem os motivos para sua decretação, aliás,
é o que prevê o Art. 314 do Códigod e Processo Penal brasileiro, que determina in verbis: "O juiz poderá
revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem
como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem".
Exemplo disso ocorre, quando o acusado, durante o curso da ação penal, estiver coagindo testemunhas
para impedir a apuração dos fatos, nesse caso o juiz decreta sua prisão preventiva, com fulcro na
conveniência da instrução criminal. No entanto, após a oitiva das testemunhas não haverá mais necessidade
para a prisão preventiva, assim, poderá ser devidamente revogada pelo juiz.
No entanto, se necessário poderá tornar a decretá-la. 
Quiz 
 1
O juiz durante o curso do inquérito policial:
Poderá decretar prisão preventiva de ofício.
Poderá decretar prisão preventiva, somente mediante requerimento da autoridade policial. 
Poderá decretar prisão preventiva, somente mediante representação do Ministério Público.
Poderá decretar prisão preventiva mediante representação da autoridade policial, bem como
de requerimento do Ministério Público, do querelante, e do assistente de acusação. 
 2
A respeito da prisão preventiva é correto afirmar que:
Poderá ser decretada nas hipóteses de legítima defesa, pois tal excludente será apurada
durante o processo penal, não impedindo a medida cautelar.
Não poderá ser decretada quando o agente praticou o fato em legítima defesa, estado de
necessidade, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito.
A prisão preventiva independe de fundamentação judicial. 
nenhuma das alternativas anteiores está correta.
Referências
ALENCAR, Rosmar Rodrigues; TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. 8.ed. Salvador,
BA: JusPODIVM, 2013.
BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: Teoria do garantismo penal. 4.ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2014.
LOPES, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 5d. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense,
2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2013.
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 22.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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