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Resumo AV 1 Direito Civil II

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Resumo AV 1 – Direito Civil II – Prof. Gabriela 
Princípios das Obrigações 
Autonomia privada: as pessoas podem celebrar negócios jurídicos, considerados fontes das 
relações obrigacionais (Compra e venda, empréstimo,). Limita-se pela aplicação da lei (CF, 
Princípios Gerais do Direito, Direitos Humanos) 
Boa-fé: subdivide-se em duas – Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva 
-Boa-fé subjetiva: age de boa-fé aquele que acredita que está agindo conforme o direito. 
Enquanto estado psicológico, emerge da teoria da transparência. 
- Boa-fé objetiva: reflete a exigência de respeito, colaboração e fidelidade recíproca. 
Os destinatários da boa-fé objetiva são o credor e o devedor, no qual ao devedor cabe cumprir 
a obrigação, conforme o espírito com o qual foi acertado. E ao credor cabe corresponder à 
confiança nele depositada e colaborar com para a satisfação. 
Palavras-chave: LEALDADE + CONFIANÇA = Boa-fé objetiva 
Classificação das Obrigações (Principais) 
- Obrigações simples: há apenas uma prestação a ser realizada pelo devedor. Exemplo: 
obrigação de restituir bem emprestado. 
– Obrigações alternativas: são aquelas em que existem duas ou mais prestações, 
desobrigando-se o devedor de cumprir apenas uma delas. Conectivo “OU”. 
– Obrigações facultativas: existe uma prestação principal e uma subsidiária, podendo o 
devedor substituir a prestação principal pela subsidiária. O objeto principal é possibilidade de 
resolver a obrigação. 
– Obrigações cumulativas: há pluralidade de prestações e, para se desfazer da obrigação, o 
devedor precisa cumprir todas elas. Exemplo: para recuperar a saúde um cidadão, o Estado 
deve realizar cirurgia, garantir o tratamento fisioterápico de recuperação e fornecer os 
medicamentos necessários. 
- Obrigações de meio: o devedor obriga-se a utilizar todos os meios disponíveis ao 
cumprimento da obrigação. Exemplo: cirurgia plástica reparadora. 
– Obrigações de resultado: o devedor assegura ao credor o atingimento de um resultado 
específico e apenas se desonera da obrigação se atingi-lo. Exemplo: cirurgia plástica estética. 
- Obrigação propter rem: Surgem sem depender da vontade do agente. É uma obrigação de 
caráter misto, por manterem-se entre os direitos patrimoniais e os direitos reais, perseguindo 
a coisa onde quer que ela esteja, ou seja, tem caráter hibrido por não decorrer da vontade do 
titular, mas ainda sim decorrer da coisa. 
Palavra-chave: COLA NA COISA 
Modalidade das Obrigações 
 
 
 
 
 
Obrigação de dar 
O credor tem o direito de exigir do devedor conduta voltada à entrega, restituição ou 
transferência da posse ou propriedade do bem, mas por si só não gera o direito real. 
- Obrigação de dar coisa certa: também chamada de obrigação específica, é aquela que o 
objeto de prestação é certo e determinado, individualizado, apresenta peculiaridades próprias 
que o distingue dos demais do mesmo gênero e espécie. 
Palavras-chave: Entrega, restituição ou transferência. 
- Obrigação de dar coisa incerta: a expressão “coisa incerta” indica que a obrigação tem 
objeto indeterminado, mas não totalmente, porque deve ser indicada, ao menos, pelo gênero 
e pela quantidade. É, portanto, indeterminada, mas determinável. Falta apenas determinar 
sua qualidade. Quando houver mais de um produto no mercado, de baixa e de alta qualidade, 
fica determinado o meio-termo. A partir do momento que é determinado, a obrigação passa 
de incerta para certa. 
As formas de aquisição de propriedade da coisa variam de imóvel para móvel 
Nos bens móveis a aquisição se concretiza com a tradição (entrega ou transferência da coisa), 
sendo que não há necessidade de expressa declaração de vontade. 
Nos bens imóveis, a aquisição se dá através do registro em cartório. Sendo que o contrato de 
compra e venda não equivale a registro. 
- Fruto: é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção mantém 
intacta a substância do bem que a produziu. EX: Árvore que dá algum tipo de fruto 
periodicamente. 
- Produtos: são bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo a sua 
quantidade. EX: Pedreira. Ao detonar uma rocha, está diminuindo sua quantidade até que um 
dia ela acabe. 
- Benfeitoria: pode ser definida como toda espécie de despesa ou obra (melhoramento) 
realizada em um bem e se dividem em três grupos: 
- Necessária: tem o objetivo de evitar sua deterioração. 
 OBRIGAÇÃO 
 POSITIVA 
 NEGATIVA 
COISA INCERTA 
 DE NÃO FAZER 
 DE FAZER 
COISA CERTA 
 DE DAR 
- Útil: tem como objetivo aumentar seu uso. 
- Voluptuária: dar mais comodidade 
- Pertenças: são bens acessórios que não constituindo partes integrantes, destinam-se, de 
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Os frutos, produtos e benfeitorias devem ser entregues/transferidos ao credor junto com o 
bem principal, a não ser que as partes tenham pactuado em sentido contrário. 
As pertenças não devem ser entregues/transferidas junto com o bem principal, salvo se a lei, 
as partes ou as circunstâncias do caso estabelecerem em sentido diverso. Imagine uma 
Deterioração da coisa 
Deterioração TOTAL da coisa sem culpa do devedor (Resolve a coisa sem perdas e danos) 
- Antes da tradição: A coisa perece para o seu dono. Como antes da tradição o dono é o 
devedor, ele suportará os ônus da perda. Nesse caso, a obrigação é resolvida e as partes 
retornam ao estado anterior. 
Resolver (a obrigação): Extinguir. A resolução é espécie de extinção que ocorre em razão do 
descumprimento do dever obrigacional por uma das partes. 
- Depois da tradição: A coisa perece para o seu dono. Tendo ocorrido a tradição, a coisa 
passou a pertencer ao credor, que nada pode reclamar. 
Deterioração TOTAL da coisa com culpa do devedor (Coisa equivalente mais perdas e danos) 
- Antes da tradição: Além da resolução da obrigação e do restabelecimento do status quo ante 
o devedor, que descumpriu culposamente o dever de manter a coisa íntegra, responderá 
também pelos prejuízos patrimoniais (danos emergentes e lucros cessantes) e 
extrapatrimoniais, que o credor tiver suportado. 
- Depois da tradição: O art. 234, CC, não disciplina especificamente essa hipótese, mas o 
princípio da boa-fé objetiva impõe ao devedor a responsabilidade integral por todos os 
prejuízos sofridos pelo credor. Não se fala em resolução da obrigação porque esta foi extinta 
com o pagamento; fala-se em reparação dos danos, que, por óbvio, incluem o valor que o 
credor pagou pelo bem. Se, todavia, nos contratos civis comutativos ou doações onerosas a 
perda decorrer de vício ou defeito oculto conhecido pelo devedor, o credor poderá exigir, além 
da resolução do contrato, o ressarcimento das perdas e danos (art. 443, CC). 
Deterioração PARCIAL da coisa sem culpa do devedor 
- Antes da tradição: O credor terá a alternativa de aceitar a coisa no estado em que se 
encontra, com abatimento do preço proporcional à deterioração; ou resolver a obrigação, com 
retorno ao estado anterior e consequente devolução, pelo devedor, do valor eventualmente já 
pago. 
- Depois da tradição: Embora o art. 235, CC, não cogite esta hipótese, a regra geral de que a 
coisa perece para o seu dono permite solucionar a questão. Com a tradição, a coisa passa a 
pertencer ao credor e, por isso, ele terá de suportar a deterioração, sem poder imputar 
qualquer responsabilidade ao devedor. Se, porém, a deteriora- ção decorrer de vício ou 
defeito oculto e a obrigação tiver por origem contrato comutativo ou doação onerosa, o art. 
442, CC, faculta ao credor permanecer com a coisa, exigindo do devedor o abatimento 
proporcional do preço. 
Deterioração PARCIAL da coisa com culpa do devedor 
- Antesda tradição: Permanece ao credor a opção de escolher entre a resolução da obrigação 
ou a aceitação da coisa com abatimento proporcional do preço. Todavia, o devedor terá de 
reparar todos os prejuízos patrimoniais (danos emergentes e lucros cessantes) e 
extrapatrimoniais suportados pelo credor. 
- Depois da tradição: art. 236, CC, também não trata especificamente esta hipó- tese, mas 
novamente a boa-fé objetiva permite concluir que o devedor terá que responder por todos os 
prejuízos causados ao credor.

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