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Resumo AV 2 Direito Civil II

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Resumo AV 1 – Direito Civil II – Prof. Eveline 
 
Princípios das Obrigações 
Autonomia privada: as pessoas podem celebrar negócios jurídicos, considerados fontes das 
relações obrigacionais (Compra e venda, empréstimo,). Limita-se pela aplicação da lei (CF, 
Princípios Gerais do Direito, Direitos Humanos) 
Boa-fé: subdivide-se em duas – Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva 
-Boa-fé subjetiva: age de boa-fé aquele que acredita que está agindo conforme o direito. 
Enquanto estado psicológico, emerge da teoria da transparência. 
- Boa-fé objetiva: reflete a exigência de respeito, colaboração e fidelidade recíproca. 
Os destinatários da boa-fé objetiva são o credor e o devedor, no qual ao devedor cabe cumprir 
a obrigação, conforme o espírito com o qual foi acertado. E ao credor cabe corresponder à 
confiança nele depositada e colaborar com para a satisfação. 
Palavras-chave: LEALDADE + CONFIANÇA = Boa-fé objetiva 
Classificação das Obrigações (Principais) 
- Obrigações simples: há apenas uma prestação a ser realizada pelo devedor. Exemplo: 
obrigação de restituir bem emprestado. 
– Obrigações alternativas: são aquelas em que existem duas ou mais prestações, 
desobrigando-se o devedor de cumprir apenas uma delas. Conectivo “OU”. 
– Obrigações facultativas: existe uma prestação principal e uma subsidiária, podendo o 
devedor substituir a prestação principal pela subsidiária. O objeto principal é possibilidade de 
resolver a obrigação. 
– Obrigações cumulativas: há pluralidade de prestações e, para se desfazer da obrigação, o 
devedor precisa cumprir todas elas. Exemplo: para recuperar a saúde um cidadão, o Estado 
deve realizar cirurgia, garantir o tratamento fisioterápico de recuperação e fornecer os 
medicamentos necessários. 
- Obrigações de meio: o devedor obriga-se a utilizar todos os meios disponíveis ao 
cumprimento da obrigação. Exemplo: cirurgia plástica reparadora. 
– Obrigações de resultado: o devedor assegura ao credor o atingimento de um resultado 
específico e apenas se desonera da obrigação se atingi-lo. Exemplo: cirurgia plástica estética. 
- Obrigação propter rem: Surgem sem depender da vontade do agente. É uma obrigação de 
caráter misto, por manterem-se entre os direitos patrimoniais e os direitos reais, perseguindo 
a coisa onde quer que ela esteja, ou seja, tem caráter hibrido por não decorrer da vontade do 
titular, mas ainda sim decorrer da coisa. 
Palavra-chave: COLA NA COISA 
Modalidade das Obrigações 
 
 
 
 
 
Obrigação de dar 
O credor tem o direito de exigir do devedor conduta voltada à entrega, restituição ou 
transferência da posse ou propriedade do bem, mas por si só não gera o direito real. 
- Obrigação de dar coisa certa: também chamada de obrigação específica, é aquela que o 
objeto de prestação é certo e determinado, individualizado, apresenta peculiaridades próprias 
que o distingue dos demais do mesmo gênero e espécie. 
Palavras-chave: Entrega, restituição ou transferência. 
- Obrigação de dar coisa incerta: a expressão “coisa incerta” indica que a obrigação tem 
objeto indeterminado, mas não totalmente, porque deve ser indicada, ao menos, pelo gênero 
e pela quantidade. É, portanto, indeterminada, mas determinável. Falta apenas determinar 
sua qualidade. Quando houver mais de um produto no mercado, de baixa e de alta qualidade, 
fica determinado o meio-termo. A partir do momento que é determinado, a obrigação passa 
de incerta para certa. 
As formas de aquisição de propriedade da coisa variam de imóvel para móvel 
Nos bens móveis a aquisição se concretiza com a tradição (entrega ou transferência da coisa), 
sendo que não há necessidade de expressa declaração de vontade. 
Nos bens imóveis, a aquisição se dá através do registro em cartório. Sendo que o contrato de 
compra e venda não equivale a registro. 
- Fruto: é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção mantém 
intacta a substância do bem que a produziu. EX: Árvore que dá algum tipo de fruto 
periodicamente. 
- Produtos: são bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo a sua 
quantidade. EX: Pedreira. Ao detonar uma rocha, está diminuindo sua quantidade até que um 
dia ela acabe. 
- Benfeitoria: pode ser definida como toda espécie de despesa ou obra (melhoramento) 
realizada em um bem e se dividem em três grupos: 
 OBRIGAÇÃO 
 POSITIVA 
 NEGATIVA 
COISA INCERTA 
 DE NÃO FAZER 
 DE FAZER 
COISA CERTA 
 DE DAR 
- Necessária: tem o objetivo de evitar sua deterioração. 
- Útil: tem como objetivo aumentar seu uso. 
- Voluptuária: dar mais comodidade 
- Pertenças: são bens acessórios que não constituindo partes integrantes, destinam-se, de 
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Os frutos, produtos e benfeitorias devem ser entregues/transferidos ao credor junto com o 
bem principal, a não ser que as partes tenham pactuado em sentido contrário. 
As pertenças não devem ser entregues/transferidas junto com o bem principal, salvo se a lei, 
as partes ou as circunstâncias do caso estabelecerem em sentido diverso. Imagine uma 
 
Consignação 
O pagamento em consignação consiste no depósito em juízo (consignação judicial) ou em 
estabelecimento bancário (consignação extrajudicial) da coisa devida, nos casos e formas 
legais (CC, art. 334; CPC, art. 890, §§ 1º a 4º), feito pelo devedor com o objetivo de liberar-se 
da obrigação. 
 
O Código Civil, em seu art. 335, prevê cinco hipóteses de pagamento por consignação: 
I— se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação 
na devida forma; 
II— se o credor não for nem mandar receber a coisa no lugar,tempo e condição devidos; 
III — se o credor for incapaz de, receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir -em 
lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV — se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; 
V — se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
 
Depósito judicial ou extrajudicial 
 
O interessado pode realizar o depósito extrajudicial (depósito em estabelecimento bancário 
oficial) ou o depósito judicial (ação de consignação em pagamento). 
Depósito extrajudicial: Só tem cabimento quando a prestação for em dinheiro (obrigação de 
pagar). 
- O credor será notificado por carta com aviso de recebimento para se manifestar no prazo de 
10 dias, a contar do recebimento da carta. 
- Se o credor receber o depósito ou não se manifestar: Considera-se extinta a obrigação. 
 
- Se o credor impugnar o depósito: O devedor deverá propor a ação de consignação em 
pagamento em 30 dias, com a prova do depósito e da recusa. 
-Passado o prazo de 30 dias o depósito fica sem efeito, podendo o devedor ajuizar ação 
judicial, mas com um novo depósito. 
Depósito judicial (depositar em juízo): trata-se de uma ação judicial cujo nome é consignação 
em pagamento, a qual permite ao devedor liberar-se de sua obrigação. É destinada aos casos 
de impossibilidade de efetivação de um pagamento, seja porque o credor cria uma dificuldade 
ao recebimento, dar quitação ou mesmo emitir recibo; seja em virtude do devedor não 
concordar com os valores apresentados pelo seu credor. 
- Enquanto o credor não aceitar ou impugnar o depósito, o devedor poderá levantá-lo. O 
levantamento equivale à desistência da ação. 
- Depois da apresentação da contestação ou da aceitação do depósito, o devedor só poderá 
levantá-lo com a anuência do credor. 
 
Remissão 
 
A remissão é a dispensa, o perdão do devedor que é liberado da obrigação pelo credor. A 
remissão pode ser total ou parcial, no tocante ao seu objeto. Pode ser, ainda, expressa, tácita 
ou presumida. 
 
Expressa:resulta de declaração do credor, em instrumento público ou particular, por ato inter 
vivos ou mortis causa, perdoando a dívida. 
 
Tácita: decorre do comportamento do credor, incompatível com sua qualidade de credor por 
traduzir, inequivocamente, intenção liberatória, como, por exemplo, quando se contenta com 
uma quantia inferior à totalidade do seu crédito, ou quando destrói o título na presença do 
devedor, ou quando faz chegar a ele a ciência dessa destruição. 
 
Presumida: A remissão é presumida pela lei em dois casos. 
 
- pela entrega voluntária do título da obrigação por escrito particular (CC, art. 386) 
 
- pela entrega do objeto empenhado (CC, art. 387) 
 
Remissão em caso de solidariedade passiva 
 
“A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; 
de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode 
cobrar o débito sem dedução da parte remitida”. 
 
Trata-se, na realidade, de especificação da regra já contida no art. 277 do mesmo diploma. 
Como foi dito oportunamente, o credor só pode exigir dos demais codevedores o restante do 
crédito, deduzida a quota do remitido. 
 
Os consortes não beneficiados pela liberalidade só poderão ser demandados, não pela 
totalidade, mas com abatimento da quota relativa ao devedor beneficiado. A hipótese 
configura a remissão pessoal ou subjetiva, que, referindo-se a um só dos codevedores, não 
aproveita aos demais. 
 
Inadimplemento e Mora 
 
Inadimplemento 
 
O não cumprimento ou inadimplemento da obrigação, em sentido amplo, consiste na não 
realização da prestação devida e, consequentemente, na não satisfação do interesse do 
credor. 
 
Causas do inadimplemento 
 
- Não imputável ao devedor: Algumas vezes, o devedor não dá causa ao descumprimento da 
prestação. Pode ser que o inadimplemento decorra de caso fortuito ou força maior, de 
conduta de terceiro ou mesmo por ato do próprio credor. Trata-se de inadimplemento não 
culposo (ou fortuito), pelo qual, como regra, o devedor não responde. 
 
- Imputável ao devedor: o inadimplemento é imputável ao devedor quando este age 
culposamente (inadimplemento culposo). A culpa deve ser entendida como a imputação de 
um ato ilícito ao seu autor, traduzida no juízo segundo o qual este devia ter-se abstido desse 
ato. 
 
 
Efeitos do inadimplemento 
 
Inadimplemento absoluto: é aquele em que a prestação, realizável ao tempo da constituição 
da obrigação, tornou-se impossível ou deixou de ser de interesse ou útil ao credor. A falta de 
interesse capaz de enjeitar o cumprimento tardio da prestação tem que ser justificada 
objetivamente, de acordo com a finalidade da obrigação. 
 
Inadimplemento relativo: é o não cumprimento da prestação no prazo, local e forma 
pactuados, podendo o devedor realizá-la após o vencimento porque a prestação ainda é útil 
para o credor. O inadimplemento relativo, portanto, apresenta duas características: 
 
- descumprimento da prestação; 
 
- possibilidade, tanto pelo aspecto fático quanto pelo de direito, de cumpri-la tardiamente. 
 
 
Mora 
 
A mora pode ocorrer por atuação do devedor ou do credor. Ambos os pólos de uma relação 
obrigacional podem se encontrar em eventual inadimplemento por mora. 
Quando o devedor não quiser efetuar o pagamento ou o credor não quiser recebê-lo no 
tempo, lugar e forma que a lei estabelecer, considerar-se-ão em mora. Assim, desse dispositivo 
denota-se que a mora pode se dar em face do tempo, do lugar do pagamento ou da forma 
como o pagamento é realizado. Existem, portanto, dois tipos de mora: a mora solvendi (mora 
do devedor) e a mora accipiendi (mora do credor). 
 
A mora do devedor (mora solvendi) ocorre quando este deixa de cumprir a prestação no 
prazo, local e forma estipulados, sendo que a prestação continua possível e de interesse do 
credor. 
 
A mora do credor (mora accipiend) ocorre quando o atraso no cumprimento da prestação se 
dá por ato imputável ao credor. Pode ocorrer, por exemplo, de o credor não estar em seu 
domicílio na data acertada para o pagamento ou que o credor, acreditando que o pagamento 
não esteja correto, recuse-se a recebê-lo.

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