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Resumo AV2 Direito Constitucional

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Resumo AV2 - Direito Constitucional I – Carlos Magno 
 
Constitucionalismo 
É o movimento social, jurídico e político que tem como principal característica a limitação do 
exercício do poder do Estado (poder arbitrário) por meio do texto constitucional, com o 
objetivo de preservar os direitos fundamentais do povo. 
Princípios Fundamentais da CF/88 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
 
Remédios Constitucionais 
 
- Habeas Corpus: uma garantia constitucional específica que se destina à proteção do 
direito de ir e vir, ou seja, tutela à liberdade de locomoção. Todas as vezes que a liberdade 
de locomoção for restringida de forma ilegal ou abusiva o remédio cabível é o habeas 
corpus. Não há a necessidade de advogado para ingressar com o habeas corpus, 
pagamento de custas ou formalidade de ordem técnica para o seu ingresso. 
 
Quando se utiliza do habeas corpus pela ameaça à liberdade, tem-se o habeas corpus 
preventivo. É um salvo conduto que impossibilita a prisão. Caso a prisão já tenha 
ocorrido, cabe o habeas corpus repressivo. 
 
- Habeas Data: data tem como objetivo resguardar a liberdade de dados (‘data’). Os 
indivíduos têm direito de acesso a informações, e caso as informações pessoais dos 
indivíduos não forem obtidas de forma livre, cabe o remédio constitucional do habeas data. 
 
Há duas hipóteses de impetrar o habeas data, a primeira é para garantir o acesso a 
informações relativas à pessoa do impetrante, que estejam em bancos públicos de dados 
ou de natureza pública. A segunda possibilidade de utilização do habeas data é a 
utilização desse remédio constitucional para retificação de dados, quando a pessoa não 
prefere fazer de outra forma e não deseja o sigilo administrativo ou processual. 
 
- Mandado de Segurança: é o remédio constitucional utilizado quando não cabe nem 
habeas corpus e nem habeas data e objetiva-se defender direito líquido e certo. Ele será 
cabível, portanto, para proteger qualquer direito constitucional, desde que não seja 
liberdade (habeas corpus) ou dados pessoais em bancos públicos (habeas data). É 
necessária a presença de um advogado. 
Estão autorizados a impetrar mandado de segurança coletivo: 
- Partido político com representação no Congresso Nacional; 
- Organização sindical; 
- Entidade de classe; 
- Associação. 
- Mandado de Injunção: O mandado de injunção tem o objetivo de possibilitar o exercício 
de um direito que não pode ser exercido, pois não foi regulamentado pelo poder público. 
Tratam-se, portanto, de direitos que a legislação constituinte deixou para o legislador o seu 
regramento, ou seja, são as normas constitucionais de eficácia limitada, que dependem de 
norma infraconstitucional para serem exercidas. 
Quando não há regulamentação do direito e, por esse motivo, não se pode exercê-lo, é 
cabível o mandado de injunção. O mandado de injunção é uma ação com formalidades, 
exigindo-se a presença do advogado. 
 
- Ação Popular: A ação popular também é um remédio constitucional, mas é diferente dos 
outros dispositivos, pois qualquer cidadão pode propor uma ação popular. A legitimidade 
ativa exige então que o autor seja cidadão, ou seja, esteja no exercício de seus direitos 
políticos (possui título de eleitor). O objetivo dessa ação será anular atos que lesem o 
patrimônio público ou questões de ordem pública. 
 
Sucessão Presidencial 
 
- Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o 
Vice-Presidente. 
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe 
forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele 
convocado para missões especiais. 
- Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos 
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o 
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal 
Federal. 
- Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á 
eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. 
§ 1º – Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para 
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na 
forma da lei. 
§ 2º – Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus 
antecessores. 
 
Nacionalidade 
 
Nacionalidade é um vinculo jurídico-político que liga um individuo a um determinado 
Estado, ao passo que, integrando ao povo, adquirindo direito e obrigações. 
 
Espécies de nacionalidade: 
 
- Primária ou originária: é decorrente do fato gerado pelo nascimento do individuo, 
independentemente da vontade deste. 
 
Há dois critérios distintos para a observância deste instituto: 
 
Jus sanguinis: tem como fato gerador, o vinculo de sanguíneo, decorrente de filiação, 
ascendência, não importando qual o local onde o individuo nasceu. A título de ilustração, é 
muito comum nos países europeus devido à emigração, com o intuito de manter o vinculo 
com os seus descendentes. 
 
Jus solis: observa-se o vinculo de territorialidade, como o local de nascimento. 
 
- Secundária ou adquirida: é aquela de se adquire por vontade própria, posterior ao 
nascimento do individuo, que poderá ser promovida pelos estrangeiros, como aqueles 
chamados de polipátrida ou multinacionalidade (ex. filhos de argentinos ius sanguinis, mas 
nascidos no Brasil, ius solis), e os chamados de apátridas que não tem pátria nenhuma. 
 
Brasileiros natos e naturalizados 
 I - natos: 
 a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, 
desde que estes não estejam a serviço de seu país; 
 b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 
 c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que 
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; 
 II - naturalizados: 
 a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral; 
 b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa 
do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade brasileira. 
 § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. 
Cargos privativos de brasileiros natos 
 
- Presidente da República; 
 
- Vice-Presidente da República; 
 
- Presidente da Câmara dos Deputados; 
 
- Presidente do Senado Federal; 
 
- Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
 
- Os de Carreira Diplomática; 
 
- Oficiais das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica); 
 
- Ministério de Estado da Defesa; 
 
Perda da nacionalidade 
 
- Cancelamento da naturalização por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional: o cancelamento deverá ser por meio de sentença judicial transitada em 
julgado, devendo o inquérito instaurado a fim de apurar se houve alguma pratica nociva ao 
interesse nacional; se positivotal ato, o Ministério Público Federal oferecerá a denuncia, 
ao passo que será instaurado o processo judicial de cancelamento. A decisão terá 
efeitos ex nunc, assim, o individuo perderá a naturalização a partir da sentença transitada 
em julgado. 
 
- Proveniente da aquisição de outra nacionalidade: deverá ser promovida de forma 
voluntária, por procedimento administrativo via decreto presidencial (art. 23, da 
Lei 818/49). Assim, poderá haver o reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira (individuo que nasceu no Brasil, filho de estrangeiros e que não seus pais não 
se encontravam a serviço de seu país de origem, poderá, assim, o seu filho requerer a 
nacionalidade de origem de seus pais); pela imposição de naturalização pela norma 
estrangeira (como no caso de brasileiro residente no exterior por motivo de laboral ou por 
optar por residir ali). 
 
Extradição 
 
- Brasileiro nato: não pode, em hipótese alguma, ser extraditado. 
 
- Brasileiro naturalizado: poderá ser extraditado em duas hipóteses 
 
- Quando praticar crime comum antes da naturalização 
 
- Tráfico de entorpecentes (seja antes ou depois da naturalização). 
 
Destaca-se que ninguém será extraditado por crimes políticos ou de opinião, nem 
mesmo os estrangeiros. 
 
Caso concreto – Semana II 
O sentido sociológico da Constituição como uma folha de papel, cuja verdadeira 
característica está na organização dos fatores reais do poder em uma dada sociedade, 
contrasta com a visão da força normativa da Constituição, segundo a qual a 
Constituição não se pode submeter à vontade dos poderes constituídos e ao império 
dos fatos e das circunstâncias. A Constituição espraia sua força normativa por sobre o 
ordenamento jurídico, e todos os atos estatais que com ela contrastem expõem-se à 
censura jurídica do Poder Judiciário. Julgue de maneira fundamentada a questão. 
(CESPE) 
R - A afirmação está correta, pois a Carta Magna a todos se aplica, indistintamente, 
sendo que seu conteúdo versa de maneira geral como deve ocorrer a organização do 
Estado e trata das relações interpessoais, sendo que se houver algum desrespeito às 
normas jurídicas impostas, tal desrespeito será alvo do controle jurídico. 
Caso concreto – Semana II 
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de bem-estar social, 
consagrando princípios próprios do modelo liberal clássico de forma conjugada com 
outros, típicos do modelo socialista. Esse pluralismo principiológico se faz sentir ao 
longo de todo o texto constitucional, especialmente no art. 170, CRFB, que adota a livre 
iniciativa como princípio da ordem econômica, sem desprezar, no entanto, o papel do 
Estado na regulação do mercado. Considerando tal constatação, responda: 
a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da CRFB/88? 
 R – O pluralismo presente na CF/88 favorece um sistema de balanceamento, no qual faz 
com que a liberdade da pessoa não seja cerceada, contudo impõe limites, sendo que 
tais limites visam o bem estar coletivo. 
b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88? 
R – A doutrina classifica a CF/88 como heterodoxa, por ter várias matrizes ideológicas 
para sua criação.

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