Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profª Dra. Lucia Helena Polleti Bettini INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO A Ciência do Direito (continuação) - Ciência do Direito – ramo da ciência humana (não pode excluir o homem e aspectos valorativos). Séc. XX – Ciência dogmática do Direito – Ciência do Direito x Hermenêutica. 1 - Escola Racionalista: jusnaturalismo - pressupõe uma lei natural e eterna, imutável, uma ordem preexistente de origem divina ou da natureza social do ser humano; - razão que investiga os princípios e leis universais válidas desde sempre. 2 – Empirismo (conhecimento nasce do objeto) 2.1 – Escola da exegese (minúcias) - De início não nega o direito natural; - Legislação visa garantir direitos subjetivos do Homem; - Direito é posto – segurança e certeza; Código de Napoleão 1804; - Direito é Lei – única fonte – Silogismo - Função judicial meramente mecânica – subsunção; Interpretação literal do texto de lei – insuficiente; - petrifica o direito impedindo interpretações ou inovações, inclusive através de outras leis. 2.2 – Escola Histórica (espírito do povo) - Oposição à escola da exegese (espírito das leis); - Verdadeiro direito reside nos usos, costumes e tradições; - Séc XIX – Savigny; - Normas só serão válidas se fiéis ao espírito dos costumes. 3 – Enfoque Dogmático (atualidade) - Dogmas + Regras de Interpretação; - enfoque zetético – investigativo – ser = ‘o que é algo?’ - enfoque dogmático – ‘o que deve ser algo’ – característica é a ocultação, pois lança direções para o agir, prescreve condutas baseadas em conceitos previamente conhecidos; - Linguagem descritiva – parte de ordens prévias – exercício constante da hermenêutica a partir de dogmas; - Séc XIX – direito como instrumento de disciplina social; Atualidade – organiza, condiciona e obtém comportamentos desejados; - Normas Jurídicas escritas – premissas para solução de conflitos; - SOLUÇÃO X DECISÃO – DOGMÁTICA busca de uma decisão que ponha termo a um problema jurídico, põe fim decidindo; - MÁXIMA EFICIÊNCIA + MÍNIMO DE PERTUBAÇÃO SOCIAL; Teoria Pura: neutralidade em face de conteúdo político, ético e religioso. Fundamentação autônoma da ciência jurídica, investiga o direito por métodos próprios; Aspectos sociológicos não se relacionam com a ciência jurídica, pois esta cuida da norma posta. Hans Kelsen afasta a sociologia e a política da ciência do direito, sendo estas cuidadas pelo legislador. A ciência jurídica conhece seu objeto que é a norma jurídica. Identifica o dualismo proposto por Kant onde no mundo da natureza impera a relação de causalidade e no mundo das normas a imputabilidade. Norma violada gera o imputar sanção. Há um limite em precedente lógico metajurídico, a norma hipotética fundamental que permite a validade e unidade do sistema. (Para Kelsen a NHF traz neutralidade científica) Normas Jurídicas são determinantes da conduta humana. (discutir estrutura piramidal e sistema de normas) 4 – Culturalismo Jurídico Ciência Jurídica é ciência cultural (base real/valores) Cultura: o que o ser humano acrescenta às coisas para aperfeiçoá-las, o que é construído pelo homem. Miguel Reale – FATO (social) + VALOR (ético) + NORMA (jurídico) �PAGE � �PAGE �3�
Compartilhar