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ESCOLA ANGLO-SAXÔNICA REINO UNIDO Escola Inglesa Alemã: História e Cultura (tempo) Francesa: Racionalidade e Utopia (espaço) Inglesa: Pragmatismo e Utilitarismo Teóricos Thomas Morus; Ebenezer Howard; Patrick Gueddes; Raymond Unwin; Peter Hall. Mapa de Londres, 1603. Thomas Morus (1478 – 1535) Renascentista utópico Escreve UTOPIA; Baseado em mitos de Atlântida e Américo Vespúcio; Está entre os pensadores do urbanismo industrial Crítica a Londres; Sugere uma sociedade ideal baseada na organização urbana. Utopia Thomas Morus influenciou pensadores futuros com suas ideias sobre modelos de sociedades ideais remodeladas a partir do espaço urbano. Utopia representa uma contida expressão do desejo de reforma social, política e religiosa do séc. XVI. NÃO LUGAR / LUGAR NENHUM (grego: óu+topos,) A escravidão, na ilha, corresponde a uma forma de punição por atos criminosos. Utopia (1516) A Utopia de Thomas Morus Propriedade comunitária de bens (propriedade privada abolida); Revezamento de casas (10 anos) e de população urbana X rural; Ferro mais valorizado que ouro; Migrar em caso de superpopulação. Nenhuma circulação de moeda; Jornada de trabalho de no máximo seis horas ; Educação comunitária para as crianças; Horas livres para o lazer coletivo; Obrigatoriedade de trabalho para todos sem distinção de classe social; Mão-de-obra feminina valorizada ; Governo de magistrados eleitos periodicamente. A Utopia de Thomas Morus Integrante do movimento dos utopistas (Robert Owen) e reformadores sociais. Inglês autodidata de origem humilde, mudou a face do mundo e o rosto das cidades com a concepção das “Cidades Jardins”. Pioneiro da Ecologia urbana. Livro mais importante (1898): To-morrow: A peaceful path to real reform. Reeditado em 1902 e ficou famoso com o título Garden cities of tomorrow. Ebenezer Howward (1850-1928) Cidades livres de favelas com os benefícios de uma cidade (oportunidades, lazer e salários altos) e os do um campo (beleza, ar fresco, aluguéis baratos, conforto da moradia): trabalho, cultura e lazer no modelo urbano. Articulação da cidade com a natureza: harmonia entre homem e natureza dialogados com equilíbrio social. Saneamento básico e garantia de higiene para a população. Casa próxima do trabalho e centro da cidade, sempre ao meio verde; Nova sociedade-Cidade igualitária, justa, limpa e saudável. Cidade-jardim de Howward Ebenezer Howward (1850-1928) Howard tinha como tese o conceito de “imã”, que caracterizava os fatores de atração para os centros urbanos, contrapondo os fatores menor força de atração. Para solucionar os problemas urbanos da época, seria criado um terceiro polo de atração para a população que procurava um novo modelo urbano, intitulado por Geddes como “Connurbation”. Esse modelo é representado por Howard como três imãs que compõem um círculo de atrações/repulsões onde a população migrante poderia se direcionar. Ebenezer Howward (1850-1928) Cidade-jardim de Howward O sucesso do modelo se deve em grande parte à intenção de sanear os bairros insalubres do centro das grandes metrópoles, e também por razões políticas, de fixar o trabalhador em uma moradia fora da cidade, próxima ao local de trabalho, desativando os movimentos urbanos intensos, as lutas de classe e funcionando como prevenção às revoluções. Ebenezer Howward (1850-1928) “Cidades-jardim” no Brasil • Goiânia GO 1933 Cianorte-Paraná Ebenezer Howward no Brasil • Cia Norte PR • Barra da Tijuca RJ Peter Hall: “um polímata inclassificável” (biólogo, botânico, sociólogo, historiador, geógrafo): mais conhecido como urbanista . Inovador no ramo do planejamento urbano, criou os conceitos de “região” e “conurbação”. Um dos grandes propagadores e realizadores das cidades-jardim. Pertenceu ao grupo de urbanistas do movimento “City is beautiful”. “Cities in Evolution” (1915): Geddes defende a tese da pesquisa antes do planejamento. Idealiza o planejamento regional. Patrick Geddes (1854-1932) Para Geddes, jardins e espaços verdes eram essenciais para: Incentivar as pessoas a serem ativas e estar ao ar livre. Produzir comida local. Animar e melhorar o ambiente local. Coesão da comunidade. Aprender sobre a biodiversidade, formas de vida e as mudanças de estação. Assumir a responsabilidade e gestão para o ambiente local. Patrick Geddes (1854-1932) Patrick Geddes Patrick Geddes sugere que a cidade e o campo se fundem, transformando e elevando o campo ao seu nível próprio, mais evoluído da vida social e cultural. A “Seção Vale” (1925) propunha que se traçassem cortes transversais para verificar as relações entre clima, vegetação e vida animal, além de todos os tipos humanos. Discute os tipos de divisões diferentes, ocupações e ambientes físicos da região da cidade e como eles interagem. Todo o seu ensinamento sempre teve como tônica persistente o método de levantamento. “O planejamento deve começar, (...), com o levantamento dos recursos de uma determinada região natural, das respostas que o homem dá a ela e das complexidades resultantes da paisagem cultural”. Patrick Geddes: Seção Vale Tel Aviv, 1925 Engenheiro, arquiteto e urbanista; Ativista social, precursor das vilas operárias (as casas dos trabalhadores deveriam seguir um planejamento e não serem deixadas a cargo de construtores e especuladores de terras Raymund Unwin (1863-1940) Verdadeiro realizador do modelo das cidade-jardins de Ebenezer Howard: Letchworth. Town planning in practice, foi seu livro mais importante, publicado em 1909. Os desenhos urbanísticos de Unwin, contêm ruas curvas, que tentam evitar a superpopulação. Para interação humana, ruas de mão única e jardins quadrangulares. Forte influência do modelo das cidades medievais. Contudo, o modelo de cidade distinguia-se dessa tradição do passado, privilegiando as classes operárias e valorizando a residência individual do trabalhador. Fonte:http://www.npgprints.com/image/239529/ba ssano-sir-raymond-unwin Raymund Unwin (1863-1940) Padrão de ruas de Leachtworth e Hampstead. Fonte: http://utopies.skynetblogs.be/archive/2008/12/16/raymond-unwin-1863-1940-plan-des-villes.html Ponte de projeto linha férrea para Letchworth. Central Hampstead. Raymund Unwin (1863-1940) Unwin: Letchworth 1905 Com Barry Parker; Cidades sem limites concretos e sim naturais; A linha férrea e sua estação deveriam ter locais estratégicos; Queria solucionar o caos em que as cidades se encontravam, após a revolução industrial, importando-se com a qualidade de vida dos trabalhadores. Legenda: Cidades Jardins de amanhã. Fonte: Howard,Ebenezer Raymund Unwin (1863-1940) Urbanista, geógrafo e engenheiro civil; Autor de mais de 20 livros ligados ao tema do planejamento e áreas conexas: - Cities of tomorrow - Cities in Civilization: Culture, innovation, and urban order (1998) A cidade como umainstituição capaz de produzir uma cultura em determinado tempo, que singulariza e a torna modelo para as demais no campo cultural da época: Atenas / Florença / Londres / Viena / Paris / Berlim Peter Hall (1932-2014) Consultor para a elaboração de políticas urbanas de vários lugares no mundo Peter Hall (1932-2014) Hall deixa claro que não é nenhum entusiasta incondicional do planejamento urbano. Aponta para desastres no planejamento urbano e confirma uma das teses de Walter Benjamin “nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um momento de barbárie”. E ao mesmo tempo que essas cidades se encontravam em produção cultural, elas também constituíam monumentos de barbárie, segundo a tese da filosofia de Benjamin Ele fornece caminhos para que possamos pensar na questão da cultura no contexto urbano. Em Cities in Civilization, aborda magistralmente a relação complexa entre cidade e cultura. A Cultura e as cidades (Peter Hall) Cidades e cultura? (Peter Hall) Das cidades radiantes de Le Corbusier, discute Charndigarh (India) e Brasília – ‘longe’ de dar soluções perfeitas para as cidades de hoje e amanhã. Atenas, Florença, Londres, Paris, Viena e Berlim. Elementos e personagens que lhes deram brilho e fama. Atenas ( Filosofia e Teatro). Atenas de 500 a 400 a.C. três realidades floriam: a filosofia, a arte e o teatro. A filosofia, trazida da Ásia Menor, adquiriu em Atenas seu esplendor com Sócrates, Platão e Aristóteles. Representou o abandono da mitologia e da religião, pregando a necessidade de o homem se perguntar sobre as razões de sua existência, através da capacidade de reflexão e critica. O teatro grego tinham três funções na cultura da época: a artística, a pedagógica e a catártica. Exprimiam dilemas morais e conflitos sociais, que até hoje sensibilizam e levam a identificação com os personagens. No campo das artes constituiu a metonímia de todas as artes, arquitetura, escultura e pintura. A “idade do ouro” só foi possível graças a uma economia florescente, baseada na agricultura e manufatura locais e no comercio com as outras cidades gregas da península. Acrópole de Atenas. Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_16/grecia-calor-acropole/ Florença (Arquitetura e Urbanismo). Florença, Italia. O auge da cultura florentina na Itália foi de 1400 a 1500. Hall sugere que foi na Florença na Renascença que as artes e a cultura emergiram ( como antes, em Atenas) como poder independente, sem qualquer controle secular ou eclesiástico. Os florentinos que desenvolveram a capacidade de observar, organizar e superar a herança cultural para criar uma nova cultura estética. Eles também voltaram á observação da natureza, redescobrindo o realismo nas artes. Artistas como Giotto, Brunelesco, Donatello, Ghirlandaio. Genios que criaram cultura e deram brilho e fama a cidade. Dante, Leonardo da Vinci e Michelangelo são artistas cujos nomes e obras ficaram definitivamente ligados ao esplendor de Florença. Esses artistas foram considerados gênios universais, por combinarem vários oficios (urbanistas, arquitetos, escultores, pintores.) Os florentinos tinham amplas conexões com artistas, reis, cardeais, papas e a aristocracia do local. Para Hall eles foram os verdadeiros “criadores da Renascença” e deram ao mundo europeu da epoca seu estilo de vida, seus gostos e valores, seus modos de pensamentos, suas percepções e representações do mundo urbano. Londres ( O palco do mundo). Fonte: http://www.pictus.com.br Tower Bridge - Londres Antiga. Em torno de 1500, época do descobrimento do Brasil, já existiam os dois grandes centros universitários , Cambridge e Oxford, que chegavam a ter matrículas anuais entre 1000 e 1500 universitários. Entre 1540 e 1640, houve um deslocamento da riqueza para as classes médias. Londres passou a ser a sede dos ricos , independentes da coroa e do clero. Na virada do século XVI para o século XVII, foram escritas mais de 2500 peças de teatro Os autores mais conhecido da época foram Thomas Heytwood, John Fletcher, Thomas Dekker , Philip Massinger, Henry Chettle, William Shakespeare, Middleton, entre muitos outros. O teatro era na época a única instituição democrática em uma sociedade altamente hieraquizada e elitista. Os teatros representavam um excelente negócio , mas também uma certa ameaça para a monarquia e a própria City de Londres. Viena ( Capital da Música) Fonte:viticodevagamundo.blogspot.com Rudolf von Alt (1812-1905) - "morrer Jägerzeile 'caçador' coleção line'-aguarela-1844 Privada. Capital da música. Cidade europeia na qual o período áureo se estende por mais tempo. Império Austro-Húngaro é dividido em momentos de auge: o período entre 1780-1830 e o período entre 1890-1910. Paris ( Revolução na Pintura) Paris Antiga. Bella époque – idade de ouro de Paris. ( 1870 – 1910). Nesse periodo, viveram em Paris artistas como: Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh, Matisse, Braque, Vlaminck, entre muitos outros. Outros artistas ( escultores, gravadores, escritores e músicos) seguiram a atuação do pintores, confluindo para Paris e criando uma sociedade anônima. Berlin ( Symphonie einer Grosstadt) Berlin Antiga. Em Berlin originou-se o expressionismo, o teatro experimental de Reinhardt. Na época o clima politico era agitado por Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo. Na tecnologia, a capital alemã tornou-se rapidamente uma das mais evoluídas, som suas linhas de metro, eletricidade em todas as casa, residências para os operários das industrias. Em 1870 era a segunda maior cidade do mundo. Em Berlin, verificava-se em todas as manifestações artísticas, uma forte politização da arte, compreendida em sua função de alavanca social e econômica. Segundo Hall, toda essa gloria de Berlin teve um fim com a quebra da bolsa de valores de NY em 1929, que trouxe para a cidade uma grande onda de desempregos e inflação. REFERÊNCIAS FREITAG, Barbara. Teorias da Cidade. Escola Anglo-saxônica do Reino Unido. Consciência – Filosofia e humanidades. Acesso em: 26/03/2013 ás 16:00 . http:// www.consciencia.orgmore.shtml Gabion: Utopia on Trial. Acesso em: 26/03/2013 ás 18:30. http://www.hughpearman.com/articles3/utopia2.html Ebenezer Howard.- Wikipédia, the free enyclopedia. Acesso em: 26/03/2013 as 19:00. http://en.wikipedia.org/wiki/Ebenezer_Howard. Urbanidades - Urbanismo, planejamento urbano e planos diretores. Acesso em: 27/03/2013 as 9:00. www.urbanidades.arq.br STUDYBLUE – Make online flashcards & notes. Acesso em: 27/03/2013 as 9:30. www.studyblue.com Cidade Jardim e Cidade Industrial. Acesso em: 27/03/2013 as 10:00. http://cidadejardimecidadeindustrial.blogspot.com Architecture + Urbanism - Volker M Welter: Biopoles – Patrick Geddes and the city of life. Acesso em 27/03/2013 as 10:32. http://architectureandurbanism.blogspot.com.br/2010/10/volker-m-welter- biopolis-patrick-geddes.html Referências Bibliográficas Disponível em: <http://www.marciokogan.com.br/#/projetos/realizados/casa_cobogo>. Acesso em 28 de mar. 2013. Disponível em: <http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/16910/studio-mk27-cobogo-house.html >. Acesso em 28 de mar. 2013. Disponível em: <http://www.eye4design.com.br/projects/casa-cobogo >. Acesso em 28 de mar. 2013. Disponível em: <http://www.nls.uk/politics-and-society/patrick-geddes>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em:<http://global.britannica.com/EBcheck-Patrick-Geddes>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.dundee.ac.uk/patrick-geddes/>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.casa.ucl.ac.uk/news/news>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.gardenvisit.com/biograph_patrick_geddes>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.planetizen.com/topthinkers/geddes>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.nls.uk/learning-zone/patrick-geddes>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <HOWARD, Ebenezer “Cidades-jardins de amanhã” >. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.puc-campinas.edu.br/websis08/Resumo/>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em: <http://www.whistonweb.co.uk/history/unwin.>. Acesso em 02 de abr. 2013. Disponível em:<http://www.google.com.br/raymondhttp://architectureandurbanism. >. Acesso em 02 de abr. 2013. 1 Disponível em:<http://www.designboom.com/weblog/cat/9/-cobogo-house.html>. Acesso em 01 de abr. 2013. Disponível em:<http://www.eye4design.com.br/projects/casa-cobogo>. Acesso em 01 de abr. 2013. Disponível em:< http://www.projetoblog.com.br/ebenezer-howard-e-a/ >. Acesso em 01 de abr. 2013. Disponível em:<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=387 >. Acesso em 01 de abr. 2013. Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ebenezer_Howard>. Acesso em 01 de abr. 2013. Disponível em:<carpetcleanerletchworth.blogspot.com >. Acesso em 01 de abr. 2013. Livro - FREITAG; Barbara, Teoria das cidades; São Paulo; ed.4°; 2010.
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