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o conteúdo deste livro e modelo de orga- nização estão directamente relacionados com o conjunto de matérias desenvolvidas no manual de monitores da Federação Portu- guesa de Natação. Porque se enquadra em', princípios que orlentarn a natação para a sua dimensão desportiva. este funciona como pri- meiro estádio do programa de desenvolvi- mento técnico. Como documento de apoio técnico peda- gógico. serve todos aqueles que pretendam dedicar-se ao ensino básico da natação e, pela especificidade do seu coonteúdo pode ser con- siderado como um dos alicerces das técnicas de natação, principalmente quando se entende que estas dependam de um vasto campo de experiências mataras. apoiadas no desenvol- vimento equilibrado de capacidades e quanda- des físicas do jovem praticante. / ANTOLOGIA DE TEXTOS A ESCOLA DE NATAÇÃO o DESPORTO COMEÇA NA LIBERDADE 1,- Fase APRENDIZAGEM 1 •DESPORTO MINISTÉRIO DA EDUCACÃO. DIRECÇÃO-GERAL DOSDESPÓRTOS I .~ . JORGE CAMPANIÇO •DESPORTO .:4: .." AUTOR Jorge Campaniço TITULO ORIGINAL Escola de Nalaçlo COORDENAÇÃO DA EDiÇÃO João 80Bventura EDiÇÃO Ministério da Educação Dtrecção-Geraí dos Desportos Av. Inlànle Sanlo. 76. 4.' 1399 Lisboa Goelex COMPOSiÇÃO E IMPRESSÃO Típ, Mlne~a do Comércio TIRAGEM 3.000 exemplares DATA Janeiro 1989 Agradeço aos colegas que trabalharam no grupo de prelecto- res da F. P. N. de 1984 a 1986: Doutor Pedro Sarmento, Or. Fran- cisco Alves, Or. Carlos Crechinho, Or. Carlos Heitor e Silva, Or. Vasconcelos Raposo, Or. José António Sacadura, que contri- buíram significativamente para à direcção e orientação do conteúdo deste livro e ainda à minha esposa, pela sua colaboração técnica. Biografia ,. Jorge Manuel Gomes Campaniço, nascido a 12/5/58, em Lls- boa, é licenciado pelo Instituto Superior de Educação Fisica de Lisboa, com especialização em natação. Actunlmente técnico da D. G. O., é simultaneamente Assisten- te Convidado da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, para a cádeira de natação do Curso Superior de Educação Flsica e Desporto e Director Técnico de Associação Regional de Nata- ção do Nordeste. Antigo praticante de natação da Associação Académica de Coimbra e Sport Algés e Dafundo, é actualmente técnico de nata- ção onde, até ao momento, organizou e orientou a actividade Das- portiva em dois clubes nacionais. Com larga actividade na formação de técnicos de natação, co- mo prelactor da F. P. de Natação, orienta a formação e Activida- de Técnica na Região Nordeste e ainda, o projecto de natação escolar para o ensino básico, no Distrito de Vila Real, onde foi elaborado e experimentado e, com apoio de Direcção-Geral dos Desportos, está a ser divulgado e implementado noutras Regiões do Pais. - INTRODUÇÃO O conteúdo deste livro e modelo de organização estão directa- mente relacionados com o conjunto de matérias desenvolvidas no manual de monitores da Federação Portuguesa de Natação. Por- que se enquadra em,princípios que orientam.a natação para a sua dimensãodespcrtlva.. este. funciona como primeiro estádio do pro- grama de desenvolvimento. técnico .. Como documento de apoio técnico pedagógico, serve todos aqueles que pretendam dedicar-se ao ensino básico da natação e, pela especificidade do seu conteúdo pode ser considerado co- o. mo um .dos alicerces. das técnicas de natação; principalmente quando se entende que estas dependam de um vàsto.cempo de experiências motorae..apoladasno desenvolvimento equilibrado de capacidades e qualidades físicas do jovem praticante. A ESCOLA DE NATAÇÃO 2 - APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA DE· ENSINO 2.1 - Finalidade Actualmente, é posslvel, para esta fase do ensino, confrontar diversos proqrarnas todos eles igualmente eficazes, baseados na larga experiência dos seus autores. É diffcil afirmar que existe um programa ideal. Seguramente, tudo depende dos objectivos e fi- nalidades para que foi idealizado. '. Nesta perspectiva, achou-se conveniente elaborar um progra- ma que sirva de orientação e apoio aos técnicos que se dedicam às escolas de natação dos clubes, onde existem objectivos muito precisos quanto ao ti~o de aprendizagem a desenvolver e ainda que ajuste conceitos, conteúdos e terminologia, actualizando o co- nhecimento nesta área especifica do ensino. 2.2 - Pressupostos Questões como hidrodinâmica, análise técnica, motricidade e questões de âmbito pedagógico, embora de importância determi- nante na organização do processo ensino-aprendizagem, não se- rão abordados, dada a especificidade do tema que nos propomos tratar. É, no entanto, recomendado o seu estudo uma vez que são componentes inoissocíávels. ..' 2.3 - Sfntese Em síntese, este livro procura apresentar de uma forma pre- cisa,diversas soluções práticas para a resolução dos problemas que se colocam na passagem. do meio terrestre para o meio aquá- tico e respectivo processo de adaptação, através de um programa de ensino que desenvolva o conteúdo da progressão pedagógica para cada domlnio (1), a partir das situações de aprendizagem em pequena profundidade,procurando servir, no seu final, de base à aquisição das técnicas de natação 'despcrtiva, com o domlnio rudimentar de crol e costas. O programa subdividir-se-á em duas partes, dedicando-se este livro exclusivamente à primeira, que se intitulou de APRENOIZA- GEM-l. No entanto, é necessário fazer referência a alguns- ele- mentos técnicos da 2. a parte, para termos uma visão global do programa referente às escolas de natação. O desenvolvimento da 2. a parte é feito no n. o 95 da Colecção Desporto e Sociedade, Antologia de Textos do Ministério da Educação, O. G. Desportos, Mar-SS, Desporto e Sociedade, intitulado Metod%gia do Ensino das Técnicas de Nadar, Partir e Virar, de Drs. José Sacadura e Vasconcelos Raposo. 2.4 - Organigmma Por último, apresenta-se um modelo de organização singular, procurando reunir algumas tendências da pedagogia em natação, na esperança de contribuir, de forma significativa, para oencon- tro do modelo mais adequado às condições de trabalho de cada um. (1) Domlnio entende-se por conjunto de conceitos e prlnclpios essenciais 11 natação, que pela sua natureza e relação, se enquadram num mesmo quadro de valores, servindo de suporte 11 aprendizagem. " I ORGANIGRAMA DE APRESENT AçAo I I Aprendizagem I 1 1 Ouestões da Pedagogia: Ouestões de Técnica: - Porquê? Componentes do ensino -O quê? técnico -Como? - HidrodinAmica - A quem? -Estilos - Oue resullados? I I FASES APRENDIZAGEM - 1 APRENDIZAGEM - 2 I Modelo de Ensino 1 1 1 1 1 1 1 1 Concepção Metas ProgressAo Avalialáo Concepção Metas ~ Avaliação de de pedagógica do de de prálica do do Ensino Ensino por Programa' Ensino Ensino ensino das Programa dominios de t6cnicas de Objectivos Tesles para Ensino Objectivos Testes Aprllfoá. En,ino Gefais Finais Aprend' Gerais Finais zagom-2 zagom-l I I I I I I I I 1 A ACTIVIDADEPEDAGÓGICA 1 1 Factores dotarminanlas O funcionamenlo na da actiYidade org.nizaçAo do ensino pedagógica 91 ...._._ .._ . .. _ 3 - PROGFtAMA DE ENSINO NAS ESCOLAS DE NATAÇÃO I I i I I 1 I I I I I I I I I ! I CAPíTULO 3.1 - Modelo de ensino 3.1.1- Objectivos do capitulo O técnico ao acabar de ler este capitulo consegue responder às questões apresentadas. . 3.1.2 - Questões a levantar - Como organizar o modelo de ensino de uma escola de na- tação e quais as fases a estabelecerj - Quais os objectivos para cada fase? - Como e quando efectuar a transição dos alunos de fase para fase? - Oual o conteúdo de ensino mais indicado para a 1.· fase _ Aprendizagem-1? . 3.1.3 -- Apl'flsentação do programa Alguns clubes conseguiram encontrar uma resposta para es- tas questões, elaborando um módulo de ensino bastante eficaz, tendo em conta as caracterlsticas motoras doescalãoetário mais frequente nesta fase de ensino (6/8 anos). Existem pontos comuns no campo de acção da maioria dos clubes dado a homogeneidade dos resultados obtidos, que fre- quentemente são evidenciados em competições para o efeito (pro- .vas 1.· ~r~çada ou equivalentes). Sintetizarei alguns desses pontos para definição do modelo de ensino, através da seguinte estratégia: 3.1.3.1 - Concepç~o de ensino: .., - Objectivos gerais pa- ra o ensino nas escolas de natação 3.1.3.2 - Metas de ensino ...; - Testes finais para cada fase.. 3.1.3.3 - P~ogr6ssão pedagógica por domlnios, para Apren- dlzagem-t.· . 3.1 -Variáveis de tarefa. 3.2 -Objectivos especmcos. 3.3 -Situações de aprendizagem. 3.4 -Comportamentos desejados a atingir com ca- da objectivo intermédio. i !~ motoras que permitam 8 escolha de resposta adequada a cada situação apresentada ••". Logicamente, nestaperspecnva, é pos- slvel enquadrar todas as definições conhecidas" desde.que. nos situemos de uma forma precisa' perante os três grandes funda- .mentos da natação, abordados na hidrodinâmica: - Equillbrio - Respiração - Propulsão' 3.1.3.1.2 - Pressupostos teóricos que fundamentam o programa para Aprendizagem-1 em domlnios Faço um pequeno resumo numa perspectiva prática (2): EQUILlBRIO (3) - É lógico que as variáveis que envolvem o conceito de equillbrio no meio terrestre se coloquem invariavel- mente dia outra forma no meio aquático; A sua transformação passa por uma consciencialização dos mecanismos que o orientam e pela perceçãó voluntária de inú- meras informações motoras que, no seu conjunto, permitem a aqui- sição de um ••novo. esquema corporal •• devidamente. enquadrado com o meio aquático. Sem ele as técnicas são postas.em causa quando entramos na sua fase de aquisição e mais ainda, quando se passa à fase de eficácia.motora ou perlormance desportiva pro- priamente dita. 3.1.3.1 - Concepção de ensino ...; - Objectivos gerais para o en- smo nas escolas de natação. 3.1.3.1.1 .....:..Conceito de Aprendizagem-1 e Aprendizagem-2 Como é do conhecimento geral, existem diversas formas de organização da aprendizagem de natação, no entanto a mais fre- qu:nte é a d~visãopor fases. N~ nossa perspectiva, definimos uma t . fase deSIgnada por Aprendlzagem-1 e uma segunda designa- da por Aprendizagem-2. Ap~endlzagem-1 - Con~idera-se a fase que vai desde o pri- meiro contacto com o meio aquático até à existência de uma autonomia propulsiva, embora rudimentar: Aprendlzagem-2 - Corresponde ao ensino dos quatro esti- los e respectivos regulamentos. . Alguns clubes subdividem em nlveis cada fase, mas isso, na- turalmente, depende das condições de trabalho existentes. No 111 Capítulo apresento um programa possível de aplicação num clube, referente à Aprendizagem-1. . Aprendlzagem··1 - Programa a abordar neste livro, está inti- mamente relacionado com o conceito de saber nadar. Para mim, este conceito pode ser resumido como: -Aquisição de habilidades RESPIRAÇÃO - A respiração é também diferente no meio aquático. Esta coloca-se e influi quando, por razões mecânicas e de ordem técnica, é necessário efectuar uma explração completa na imersão e diminuir ao máximo o tempo de inspiração. Para is- so é necessário, em primeiro lugar; eliminar o bloqueio respirató- rio reflexo na imersão para, mais tarde, se passar à fase de consciencialização expiratória-insplratória com os respectivos re- quisitos técnicos, terminando com ciclos respiratórios 'completos e o seu enquadramento no padrão motor de cada estilo..É um pro- cesso longo e aturado até chegannosa um autometlsmoque cor- responda às exigências das técnicas no campo da jj'erlormance despbrtiva. . . . el RElComenda·se a leitura das questões teóricas que os fundamentam em livros. da especialidade. el Equilfbrio - normalmente é Identifl~do. por flutuaç46. Na perspectiva des- le livro, é o lermo que se ajusta ao programa de trabalho apresentado. Propulsão - (i) - Existe uma correlacção directa e propor- cional entre qualidade respiratória e equilfbrio óptimo, que influe significativamente na aquisição dos gestos técnicos e na eficácia motora. Da sua interrelação depende a quantidade e qualidade do ••reportório motor••do jovem praticante e a base das perlorman- ces desportivas em natação. .® .-:.Por outro lado, se pegarmos no conceito de saber na- dar, as situações de propulsão podem entender-se como o meio Queproporciona ao jovem a aquisição duma vasta gama de solu- ções motoras, necessária para a resoluçãodas situaçõesque impli- cam deslocação no meio. Este conjunto de conceitos podemos resumir como -reportó- rio motor específico da natação••, pedra chave na adaptação do indivíduo ao meio aquático. Falta acrescentar que não são só estes três fundamentos o su- porte do conteúdo de ensino deste programa. É natural associar nesta fase, a noção de profundidade, através de técnicas de des- locação em imersão e ainda, a vivência de diferentes situações de salto, para uma correcta noção de entrada na água. No conjunto, com base nestes pressupostos, resume-seo con- teúdo de ensino de Aprendizagem-1 em cinco grandes domínios, importantes a serem desenvolvidos nesta fase, os quais são os alicerces para a segunda fase, que corresponde às técnicas de natação: ® © @ ® [ EQUILIBRIO I IIMERSÃO I I PROPULSÃO I I SALTO IRESPIRAÇÃO 3.1.3.1.3 - Objectivos gerais para o ensino nas escolas de natação Aprendlzagem-1 - Familiarização e adaptação da criança ao meio aquático. - Desenvolvimento psicológico, motor e afectivo necessário à construção personalidade equilibrada perante o meio. - Desenvolvimento de habilidades motoras que permitam a escolha da resposta mais adequada às situações apre- sentadas. - Desenvolvimento do espírito lúdico e desportivo. (4) A classificação por allneas diz respeito aos mapas apresentados na pro- gressão pedaqóqica por dornlnios. Não existe uma hierarquia na SUII apresentação. Aprendlzagem-2 - Desenvolvi":,entodas habilidades rnotoras especificas das quatro téc.mcas estabelecidas pela F. r. N. A. . - Desenvolvimentoda capacidade de treino e motivação pa- ra a natação de competição. - Desenvolvimento da capacidade de cooperação e partici- . pação. no trabalho, para melhor rendimento individual e colectivo. 3.1.3.2 _. Metas de ensino...; - Testes finais para cada fase. ~necessário. d~terminar onde e quando acaba cada fase e quais os.testes finais escolhidos que nos permitam . d' ~~~oe~~~~ep~~ac~a~~~rtamentosdesejados e está ::;'t~c:r t~~~s~ Devo referir também que não são estabel id os alunos atingirem estes comportamentos L eCI os prazos para tr~,s~?stmzas nos permitam indicar que o' al~~~ ~~~g~S!~~:so~~ ~ jec .IVOSpropostos, para a fase em que estava inserido será au omatlcamente transferido para o nível superior. ' - n" . I i ,_,~, ";:',1. . \~)r •• :.,~_; ' .. '! ·1 ~we••N Õ ~........c ••:I.. a: 8a:... o ••a:••e, -'••z ii: ~ VI W•... I N <'i ..; Jó (;1 ,~~ r------------------, r------.!:- .2'"g.g ~8. Õ~,~""8-g.•.., ~:g liE •• 5. i~.... u •• "c~g"'c. ~~g "o" I I~ ! ""\ \ J '~ k\~~~ >j~Q' ~> ~ \ ~ ~.g~ e i,g [-~ oE" ::1»0 ~~g- ..-Eg-,!~; ",_::O~ C"",:.g % E 8.'8 :l:lln,,""..,,,'" '8.~C) ,,:E 3: ~§!=-;~a'~ , ,--------'----- ~j , H. ~X!ee ii8. ";h "" ~'C~.g~ CDQ,}!! 1J-oã •• .g.!:! ~s~ iii' oE"c ~~ã :t" o I~I _ oz :l-'-c o jl , ~ t (;g;\:1 ~~~) \ 1 18 I ~ <7 ,,~Ii~o \Jfl'Ul)r§J ~~~o t1\h\ ~~ ""l\L H HgE u~ OUu-~ H"jQ:~~;~ 'i~~ ,5:,>11) ",QN QJE~p~~ e gw8!! ------'-----" r----::--' I 1l'!!1l "icv!: C2C1 ~~E8-",U'"NOC ~~~ 'a.ii IV ; ~·ü~ 0..'; ~g~ "e'5. ~ eu .~.~~ '"EC ~S~ ~Eiit~oO I~LI _ i I,,,_ Jj\\.....t:.~W \\j!~ ~i I!l~It~ \ 1\ J l~ <'ll o ~ U1\ .ãi.!l .~.::: ~; ::08. c::O ~i~'!! a)"!!! Il~;E 0.::0 •• c "iISE ~~ E" i-~~o·"E 3.1.3.2.2 - Comportamentos finais a atingir na aprendizagem _ 1 '.. . . . . ..', . FICHAOEOBSERVAÇAO1 EXECUTA N/.E)(ECUTA Oe.SERV. o. IMERSÃO Submerge para um plano profundo e orlenta,ee. '.... .Ó, RESPIRAÇÃO Tempo de expiraçAo longo , Ritmo respiratÓrio CoÓrdenaçAolateral cb~ ;,-movimento de braços de crol .. ,. ... Coordenação de respira- ção com movimentos pro- pul~ivos de costas .. I·: .C- EQUILfBI~IO PoslçAo correcta no plano horizontal, dorsal e ven- tral, -.de acordo com .8S técnlcas'aprendidas leról e costas) . ' .. Deslize Superficial num Médio. plsno Profunda Executa cambalhota Executa a. pirueta PFIOPULSÃO Nada -rudimentar_ a téc- nica de costas Nada -rudimentar_ a téc- nica d'e crol . SALTO De cabeça a partir de po- ".síção de pé ',' L-_ 19 1 3.1.3.2.3 - Proposta de teste para Apredizagem - 2 Para a 2.· fase indica-se um posslvel teste. No entanto, não cabe neste trabalho efectuar o seu desenvolvimento. 3.1.3.2.4 - Teste final para APREDIZAGEM - 2 o aluno é capaz de: - Coordenar a respiração com as técnicas: livres, costas, bru- ços e mariposa. - Apresentar urna posição hidrodinãmica definida em deslo- cação, de acordo com as técnicas ápresentaoas. - Executar correctamente as diversas acções propulsivas de cada uma, num percurso de 50 metros. - Executar correctamente as partidas e viragens de cada estilo. - Apresentar resistência especifica, cumprindo os tempos exi- gidos para cada estilo, (tabela padrão) nas distâncias esta- belecidas. Quando o aluno chega ao final de 2.· fase está apto a entrar numa 3.- fase normalmente designada APERFEiÇOAMENTO TÉCNICO. ! I ! iII II 1 3.1.3.3. - Progressão pedagógica por domínios para a Aprendi- zagem - 1 A progressão pedagógica procura, de forma clara, hierarqui- zar os comportamentos motores «básicos••para este ciclo de apren- dizagem. Esta hierarquização inter-relaciona os diferentes conteúdos téc- nicos, com O adequado desenvolvimento motor, cognitivo e afec- tivo do jovem praticante, através de aplicação de tarefas de execução, previamente concebidas,as quais, denominamos por situações de aprendizagem. . Para organizarmos as situações de aprendizagem é necessá- rio discriminar pormenorizadamente as suas componentes e para isso definimos o conceito de variáveis de tarefa. 3.1.3.3.1 - Variáveis de tarefa _ Por «variáveis de tarefa •• entende-se qualquer dominante de realização das situações de aprendizagem, a saber: - Local - Superflcie, profundidade (planos de água) e espa- ço de execução. - Sentido e posição - (De acordo com os planos e eixos cor- porais). Ex.: frente, costas, cambalhota, pirueta, etc. - Apoios - Tipos de apoios utilizados,E;x.: ---:-com apoio de mãos na tábua; com apoio dos pés no chão. - Material - Forma, cor, textura, peso, etc. - Ritmo de execução -:- Rápido, lento, alternado. - Frequência -,- N. o de repetições.· , - Tempo de execução - Fazer em ••X•• tempo. Ao combinarmos estes elementos, em função do conteúdo téc- nico que pretendemos transmitir, estabelecemos com precisão a estratégia de execução de cada situação de aprendizagem. Bas- ta depois equacionarmos, para cada caso, as variáveis que deter- minam o funcionamento da actividade (próximo capitulo) para estabelecermos o nosso Método de trabalho. 3.1.3.~1.2- Algumas considerações prévias para apresentação da progressão pedagógica da Aprendizagem - 1 1. A apresentação é feita de acordo com os 5 domlnios da aprendizagem - 1 em separado. No entanto, como se tornou ex- plícito, em qualquer dos exerclcios a seguir descritos, se alterar- mos algumas das variáveis de tarefa, permite-nos criar diversas variantes e, deste modo, levar o mesmo exerclcio a desenvolver outros conteúdos técnicos de diferentes domlnios. 2. Estes comportamentos apresentados foram seleccionados e ordenados com base na minha experiência ,de trabalho, partin- do de uma observação sistemática da execução das diferentes fa- ses da sua evolução técnica. 3. O desenvolvimento da progressão numa perspectiva glo- bal fíca ao critério de cada um, devendo seleccionar em cada do- mlnio '9 combinar entre si, os comportamentos que pareçam mais correctos em cada momento da aprendizagem dos praticantes. Tu- do dependerá dos dados de observação de cada unidade de en- sino e do nlvel de execução dos alunos. . , . 4. Apresenta-se, no 11ICapitulo um programa organizado por nlveis de aquisição, onde estão ordenanos todos os objectivos da Aprendizagem - 1 e respectivo desenvolvimento prático. " ' ',O' " ',' ' 3.1.3.3.3 - Progressão pedagógica - situações de aprendi- zagefll 3.1.3.3.3.1 - Objectivo 'específico e situações de aprendizagem para adaptação prévia ao local de trabalho ' o aluno conhece-o meio no seu primeiro contacto, através de actividades diversificadas (jogos, situações habituais de recreação). SituaçOes de aprendizagem 3.1.3.3.~1.2- Objectivo especifico e objectivoscomportamentais intermédios e situações de aprendlzaçem.ipordornlnlo: O aluno ádquire comportamentos motores específicos através da proqressão da aprendlzaqerri' dos 5 domínios' básicos da Natação: ' Ver5 domínios básicos da .Na- tação na bolsaapensâ no fi- nal deste volume: RespiraçãQ, Equilfbrio, fmersão,' Propulsão e Salto. " I Subir e doscer as escadas,Bater pés sentado junto ao bordo da plscfna. Jogo da roda - rodar para a esquerda e depois para a direita. Os ombros devem aproxlmaf·se da áaua. Deslocar junto 80 bordo da piscina só com apoio dos pés, Explo.ra o novo 8spaçQ através de situaçOes de a,;,blenlaçAo, onde âé'yaloriza: . ". .' t .; Apoios ".;~~~ :tixos: 2. .....:.S~~ur8~ç8"e conti.ança . .3 -:- Livre in.ici8Ih,~.. ~ -r- ~IOC8ÇAo em valia de todo ~ espaço de trallalho: '. , '".' " ." Deslocar sequro ao bordo eupertor da piscina com apoio das mãos. . COMPORTAMENTOS DESEJADOS Explora ·o.novo·.espaço·slravé, de suueções de jogo, onde se valoriza: 1.- :~~~~::~: .1I~rt,~Ç~oda ~~ manuais 2'-:'" :Progresáivo ~faslame~to do borda da pis- cina. " " Jogos com bola: rugby, beequet. Jogo dO'mata, ete. 3.1.3.3.3.3 - Comportamentos desejados por objectivo comporta- mental intermédio A apresentação deste programa minucioso está sujeito ao rea- justamento continuo de cada técnico, dado que as situações de aprendizagem apresentadas, são simplesmente alguns exemplos, dentro de uma vasta gama de soluções passlveis de construir. C0- mo já foi referenciado, tudo depende dos dados da observação de cada unidade de ensino, em função do nlvel de execução e aquisição dos alunos, em cada momento da aprendizagem. Seguindo exactamente o que se pretende, através da defini- ção prévia do objectivo comportamental intermédio e o comporta- mento desejado, no final, é passlvel escolher as melhores soluções para cada momento da aprendizagem (locais e materiais), ajus- tando continuamente o grau de dificuldade de situação de apren- dizagem, ao nlvel da resposta dos alunos. Como foi dito também anteriormente, a progressão acenta nu- ma hierarquia de comportamentos designados aqui, por objecti- vos comportamentais intermédios. O ritmo da aprendizagem depende das situações criadas e da capacidade de integração e resposta do aluno. S6 depois do aluno ou grupo-turma, atingir o comportamento desejado, de um objectivo intermédio, em regra, se deve passar ao objectivo seguinte da hierarquia. Os comportamentos desejados conforme foram apresentados, envolvem conceitos e principios técnicos, os quais, em função da sensibilidade de cada técnico de os aplicar, servem para construir e orientar o aluno nas situações de aprendizagem, alargando a gama de experiências motoras de cada um. Como o comportamento desejado é uma slntese cios factores chaves a valorizar do comportamentointermédio, na sua forma de execução prática, é através dele, que construimos o programa de avaliação final de cada fase, conforme foi apresentado em 3.1.2.1 e 3.1.2.2. Estes, funcionam também como indicadores, en- tre outros, da avaliação global do programa de ensino, conforme apresentado no capítulo IV. 3.1.3.4 - Considerações finais do capitulo Descrevi, através de uma determinada técnica de orçanização, OS comportamentos motores essenciais para o domínio básico da 1.8 tase em natação. No 11 capítulo abordarei os factores que condicionam e influem a prática do nosso ensino. . 11CAPiTULO 3.2 - A ACTIVIDADE PEDAGÓGICA 3.2.1 - Objectivo deste capitulo - () técnico ao acabar de ler este capitulo deverá responder ás questões apresentadas 3.2.2 -- Questóes a levantar - Quais os factores determinantes na organização do ensino? - Quais as variáveis mais importantes a dominar para obter- mos um ensino eficaz? 3.2.3 -- Apresentaçjo do capitulo Neste capitulo vamos aprofundar questões que se prendem com a organização e Indicar os aspectos principais que influem no rendimento do ensino. Estes são agrupados em dois grandes pontos: ~3.1 .; Factores determinantes na organizaçilo d~ ensino ~3.2 - O funcionamento da Actividade Pedagógica 3.2.3.1 - Factores determinantes na organização do ensino Ao planificarmos as nossas unidades de ensino devemos ter em conta essencialmente dois grandes Iactores: 3.2.3.1.1 - Idade, habilidade e experiência anterior 3.2.3.1.2 - Condições de trabalho 3.2.3.1.1 - Idade, habilidade e experiência anterior Estes elementos determinam todo o processo de organização do ensino. É necessário conhecer à partida as caractarlstícas mo- toras, biológicas e sócio-afectivas dos alunos, de forma a prever- mos o comportamento normal, em cada idade, perante as situações de aprendizagem. 3.2.3.1 .1.1 - Agrupamento etário Com base neste conhecimento podemos estabelecer diversos escalões etários, em função das suas características biológicas e semelhanças técnicas. Eis aqui um agrupamento: -6 anos 6 aos 7 anos 8 aos 10 anos 11 aos 12 anos 13 em diante 3.2.3.1.1.2 - Agrupamento por níveis de execução É frequente existirem alunos com um repertório motor mais evo- luído, devido a uma experiência anterior com o meio aquático. Is- to, na generalidade, leva à existência de diferentes ritmos de aprendizagerildentro de cada classe. Por conssquência um ":l0- nitor vê-se obrigado a dar diferentes tipos de informação técnica dentro do mesmo grupo, o que. se torna muito exaustivo. Clubes com uma boa estrutura técnica e espaços adequados , de trabalho conseguem criar difer~ntesníveis, respeitando os es- calões etários. àuando càdEÍalUiià,~tinge d!3termi'lado nível de execução, transita automaticaméntàpáraoes,cialãos!Jpérior. No entanto, não é este opanorama géi'~L ~ frequeiite)íer"seacoe- xistência de vários níveis dentro da l11esm,aClasse, por falta de condiçõos de trlitialhó~' Lógico é, que esta'situação virá a ter «8S- pectos negativos!",no desenv()\vimentotécnico dos, futuros na- dadores. ' loque faier? I Tendo em conta o espaço existente, devemos agrupar os alu- nos pelas idades e por níveis de habilidade. ~------·o------·, A) QUANDO EXISTE EQUIPA TÉCNICA COMPLETA - Quando existir equipa técnica em número suficiente, atri- buir a cada Monitor um nível, organizando os espaços de acordo com os mesmos (Fig. 1 e 2.) (alguns processos possíveis de organização da aula) • 1.' ••• 1'1111'" \n'11 1] ~ 1 C, 7 J t'-~7- , t11 , (y .....~ •• tl ,. • x - Alunos o -- Monitores A - Nlvel mais fraco B - Nivelo médio. C - Nlvel mais avançado - DeslocaçAo do Monitor - Alguns proces- soS posslvels de organlzaçAo da aula - Local de con- centração dos alunos para re- ceberem as íns- truções + I I " I ~-~-~,~- -0---- ---.. "'-0 ---- Flg. 1 Devemos sempre: - Procurar o melhor aproveitamento do espaço -A zona com pé para alunos iniciados - O comprimento total da piscina só deve ser usado quando existe já um bom domínio técnico - Ter a maior áreaposslvel para acompanhar o trabalho dos alunos - Boa organização do trabalho dentro da água - Ter ao nosso dispô;' separadores de diversos tamanhos. para uma organização rápida e eficiente dos espaços de trabalho. B) SOLUÇÓES ALTERNATIVAS Ouando existem 2 Monitores para três n{veis (Fig. 3) Um Monitorfica com os alunos mais fracos e o outro com os restantes grupos .. I' --- --- ••••.. I o I : t "'", •• I"", ~, FI) li ~ .. r"'-'-"j 1\ A 1 • 1J C c. •I• I~ I,• . ~.• I '..•. ~Jl •. " •• ( ••• YIi "." : •••, .--_. - ..~:r..~--------------, : :""'~~------, ... ..o .•. •...••.••1-----"--__ ! : ~---------- 'j •.•.. o....~--_... t I l •- --- --- - o_. , ... - - .... - .•.,., •O, ••+ •,,, 1---- O -'"-_t-.__ _ ... _-... '.lIlta • .-- "1,, A••l. - j 1\ A ~ J~ • 1> C C. l' lo ~ Ir 11 ~ ~ , ••• ~ ., ~ JI Ir 1 • , 11 , " """"VI .t(1t " - Um Monitor fica com os alunos mais fracos e o outro com os restantes grupos· monitor para três níveis (Fig. 4) 'r~ ~! I •• o( I ~ I •••........"'". , .a.f .••~"'tC~'": a I Flg. 2 •.. ..1 ""'I 1 ~~l===· ====::!:.:.:JJI - Dividir a piscina em 3 áreas dê trabalho. - Assegurar-seque há um número suficiente de flutuadores extra para o grupo A (alguns alunos precisam de 2).e de braçadeiras prontas a usar. - Estabelecer a mesma tarefa para todos os grupos, mas com coeficiente do dificuldade diferente pata cada um. - Explicação clara, pausa, ordem de trabalho, execução e paragem bem demarcadas. O monitor deve apoiar os alu- nos mais fracos e supervisionar os restantes. 3.2.3.1.2 - Condiçêies de trabalho São muitos os factores que influem directamente na organiza- ção do ensino e dos quais depende a eficácia do mesmo e a evo- lução técnica dos alunos. . Os principais factores são: n.o de alunos, espaços de tra- balho, profundidade, temperatura, material didáctico, tempo de aula, idades e nível de aprendizagem. 3.2.3.1.2.1 - Quanto ao espaço, idades e níveis de aprendizagem já referimos quase tudo Falta acrescentar, que os alunos de idades mais baixas, ne- cessitam de grande acompanhamento técnico, zonas de piscina com pé e uma temperatura agradável. É um escalão que pelo seu comportamento, deve funcionar em horas com pouc:a afluência, de modo a serem criadas as melhores condições de prática e am- biente de trabalho. 3.2.3.1.2.2 - A temperatura Factor importante para determinar o tempo útil da aprendiza- gem. É frequente ver alunos jovens a não conseguirem terminar as lições, quando a água está fria. Logo, é necessário criar uma tabela que defina os valores ideais para aquecimento das pisci- nas. Essa tabela deve ter em conta a idade, a temperatura, o tem- po útil de aprendizagem e jogar com a frequência semanal. Idade. Tempo útil Temperatura FrequênciaAprendizagem Semanal . 3 anos 20' a 30' 30° B 32" 2x 6 anos 30' 27°"s 28° 3x - 8 anos 30' a'45' 26" 3 a 5x 3.2.3.1.2.3- O número-de alunos Factor determinante para a eficácia do ensino, Setlverrnos mui- tos alunos, o apoiotécnico pedagógico dadoserámulto reduzido e o clima de trabalho deteriorado, quer por dificuldades de esta- Qelecimento dl:l comunicação, quer por falta de.organização e dis- ciplina. É indlcadoformar classes.de 16a 18 alunos, desde que exista espaço conveniente. No aperteiçoamentotécnic:o pode aumentar-se este n.o, desde que exista sempre urna boa discipli- na de trabalho. 3.2.3.1 :2.4 - Prorundldaoe É do conhecimento de todos, que existem métodos que de- pendem do ensino a partir de zonascom profundidade. É lógico que este tipo de ensino funciona com umn. o de alunos muito re- duzido (6 a 12) e que utiliza material de apoio pedagógico por for- ma a aumentar a segurança no meio aquático (braçadeiras,tlutuadores apropriados, etc.) ... Na nossa perspectiva "a iniCiação deve ser feita na zona com pé, porque possibilita situações diversificadas a partir de activida- des lúdicas, mantendo um elevado nível de segurança. Com a evo- lução técnica, os alunos devemadaptar"se progressivamente à profundidade (trabalho idêntico ao inicial), de modo a experimen- tarem novas situações eaprendsrema dominá-Ias, o que propor- cionará uma maior e mais rápidá auto-confiança. 3.2.3.1.2.5 - Material didáctico Para elaborarmos as situações de aprendízaçern é necessário não só o espaço, mas toda uma gama de materiais flutuantes, im- portantes: - Pela variedade de situações que. cada material pode dar. - Pela forma como podemos situar o aluno em cada apren- dizagem. -- Por se poder variar o ambiente de trabalho. A forma, dimensão, posição, textura, côr e peso do objecto pos- sibili~a urna multiplicidade de situações para se atingir um mes- mo fim. Basta programar uma unidade de ensino com tempo, para se encontrar diferentes variantes de um exerclcio para a mesma situação de aprendizagem. O material permite essa variedade. Além disso, o mesmo, le- va o aluno a situar-se. sempre de maneira dlterente, não se aper- cebendo da rotina ou repetição que. por vezes é necessário desenvolver. Cada clube deve ter nos seus stocks os materiais mencionados: Bolas de diversos tamanhos, flutuadores grandes e pequenõs objectos não flutuantes de diversas cores, bóias e braçadeiras, bas- tões, ringues, cordas, arcos, conjuntos flutuadores articulados e outros materiais. No entanto é recomendado não utilizar excessivamente este tipo de ajudas pedagógicas, porque influem no rendimento no nos- so ensino (informações mataras alteradas). 3.2.3.2 - O funcionamento da actividade Para o bom funcionamento da actividade devemos considerar: 3.2.3.2.1 - A relação professor-alunos 3.2.3.2.2 :..- O tom da voz 3.2.3.,2.3 - A posição do professor na aula 3.2.3.2.4 .-:. A disciplina 3.2.3.2.5 - A motivação criada 3.2.3.2.6 - A técnica de demonstração 3.2.3.2.7 - O diagnóstico 3.2.3.2.1 - A relação professor-aluno A relação professor-aluno em natação, depende essencialmente da personalidade do professor e da sua habilidade para estabele- cer comunicação com os alunos. O processo de interessar e motivar as crianças é o pré-requi- sito para um ensino eficaz. O saber criar ambiente e uma atmosfera alegre e relaxada, em ordem e segurança, com o do- mino perfeito do conteúdo técnico, a estratégia de ensino e uma comunicação adequada em cada situação de aprendizagem, são a chave para este tipo de trabalho. Prever e encontraras melho- res soluções, corrigindo e apoiando cada aluno, parece ser o método mais indicado para despertar o seu interesse e aumentar o grau de relação com o professor. 3.2.3.2.2 - O tom de voz Quando se fala para uma classe inteira com fim de todos ou- virem, é essencial clareza na expressão e adaptação da nossa lin- guagem ao nivel de compreensão dos alunos. A exposição num tom de conversação com a voz bem modelada, eliminando a dis- torção e ruído, permite um maior grau de captação de informa- ção. O ritllJo da fala deve ser mais lento do q~e o normal, co~ cada palavra distintamente pronunciada. Além,diSSO,devemo~ eVI- tar os maneirismos como .OK ••, ••Certo ••, ••está bem••, depois de cada frase e entre situações de discurso. Isto pode quebrar a atenção. • Deve-se evitar falar directamente para aqueles que estão à sua frente, projectando a voz para os alunos mais afastados. De~ ve estabelecer-se um código com eles a utilizar quando não ouvi- rem. Por exemplo: - Levantar a mão. • Outro factor importante é o de informar uma coisa de cada vez, duma forma breve e simples. MUi,to tempo de discurso dis- persa a atenção dos alunos. Antes de falar é necessário certificar- -se que estão todos a ouvir e que têm os olhos postos no professor. Nunca se iniciará um discurso enquanto não houver completo si- lêncio. • Após a explanação deve criar-se uma pausa, dispOr os alu- nos e marcar o ritmo de execução, para os manter sempre con- centrados na tarefa. • Certifique-se de o que foi pedido foi percebido. Se for ne- cessário recapitule a informação. 3.2.3.2.3 -- A posição do professor na aula É necessário que o professor escolha sempre uma boa posi- ção em relação aos alunos durante o tempo de aula, o que quer dizer, um movimento continuo à volta da piscina, particularmente durante o trabalho de grupo. c, ~ D • Deslocação sempre o mais ampla possivel. r ---- --- ..•. t I I ..- - - - - - -- - - - - - - -, o t, .. t ",t, I I I I I, I .•--- ._- 0--- --- ---- I I, I i. :.._--- ----- .. • Quando está a falar para um pequeno grupo, deverá optar por esta disposição (melhor audição e visualização). ~, ~ " -I- 11 1l 11' , 11 11" ~ '_11 'Jl '11 lf', , 'o' • Quando se está a falar para um grande grupo a posição ideal é ter todos os alunos de frente para si, de forma a todos poderem ver e ouvir. "~,,. I, ,,,,,.,,,,,, \ .lo.- - -O-- , I _ -- --- , I _--- , • .,'" - - - •. I " , 11 li' >I -.t ,. .•• "c "c 'lo( 'IoC ,.. ,.. to< ,. "" 't( 'IoC ')(' , I I, I 3.2.3.2.4 - A disciplina A disciplina é outro factor chave para a obtenç~o de .ê~itocom o programa de aprendizagem. Se o. professor nao definir a~.r?- gras de comportamento perderá .r~pldament~ o ?ontrolo, e diflcü- mente poderá ensinar com o rmmrno de etlcácia. Para uma boa disciplina deverá ter: • Um perfeito controlo da classe .. • Respeitar o mais alto grau de segurança. . • Estar sempre alerta para saber o que se está a passar com a classe. • Não ser repressivo e autoritário. • Estabelecer um bom clima de trabalho. . • Os problemas da disciplina devem ser tratados com Impar- cialidade e justiça. _ . • Deve ser firme mas simpático na relaçao, com senso de hu- mor. Ajuda a estabelecer uma relação disciplinada e agra- dável com os alunos. .' • Actividade programada é uma das melhores maneiras de eVI- tar problemas de disciplina. • Os alunos que estiverem activos e felizes não terão tempo para mau comportamento . • Se não estiverem a gostar, o professor deve avaliar seria- mente as suas técnicas e métodos de ensino e o seu ajusta- mento aos conteúdos da lição e fazer as respectivas correcções. 3.2.3.2.5 - A motivação criada • A motivação, estimulo, sucesso e êxito, são condições es- senciais para uma boa aprendizagem. • O aluno só experimenta uma situação de aprendizagem, se conhecer a tarefa proposta e se a mesma estiver ao alcance da sua capacidade de execução. Ninguém gosta de arriscar para se sentir derrotado, ou de chamar a atenção de todos por falta nítida de capacidades. O aluno só experimenta quando sente que a ta- refa está ao seu alcance. O êxito é um estimulo forte para se aderir ao trabalho e aumentar o gosto pela prática. • O professor deve incentivar a criança só para tarefas que es- tejamde acordo com o seu nível de resposta motora. Deve-se pro- mover o ihteresse pela actividade a partir do êxito na aprendizagem. Para isso deverá haver uma sequência lógica e gra- dual dos estádios de ensino, de modo a responder às necessida- des individuais e assegurar o bom sucesso. • É necessário dar tempo à criança para interpretar, analisar e interiorizar cada situação de aprendizagem. • Todos estes aspectos reforçam o papel importante que a pla- nificação tem, pela selecção adequada de tarefas e estratégias de acção. Este processo elimina a improvisação e aumenta o êxito do nosso ensino. • Existem outros factores a considerar na motivação. Um de- les é o facto de existirem, na mesma classe, alunos mais hábeis e menos hábeis. Por vezes o professor apoia os mais hábeis crian- do uma situação de diferenciação e de encorajamento diferentes, .0 que é extremamente negativo. Devemos tomar sempreuma ati- tude neutra, de apoio e entrega pessoal igual para todos os alu- nos. O incentivo comum ou dirigido promove as possibilidades de . satisfação e necessidades de se atingir as metas impostas para- cada um. • Outro factor é a forma como o professor age, fala e se situa, de forma a tornar-se um verdadeiro animador da aula e a provo- .car situações de aprendizagem motivantes e diversificadas. • O que se pretende, afinal, é usar no momento preciso, o apoio/ajuda (positivo), o incentivo e os estímulos, de forma igual e de acordo com cada aluno ou grupo, mantendo um clima de aprendizagem alegre, diversificado e motivado r. 3.2.3.2.6 - A técnica. de. demonstração A demonstração é usada no ensino de natação. Os alunos pre- cisam de uma ideia clara do movimento a executar. É necessário prevermos e definirmos antes de cada aula (programação) em que parte da lição deve ser introduzida para que surta o efeito deseja- do. No entanto, sempre que necessário devemos corrigir determi- nadas prestações do aluno, durante a aula. A) A DEMONSTRAÇÃO COM OS ALUNOS FORA DA ÁGUA É normal que, para uma demonstração, se retirem os alunos da água, ficando de pé ou sentados na borda da Piscina, para poderem observar todos os pormenores da execução. • Aluno que executa a demonstrar a um pequeno grupo. • Aluno que executa a demonstrar: a um grande grupo .: 8) CUIDADOS A TER COM A DEMONSTRAÇÃO -:- Dirigir a atenção dos alunos para os aspectos chave (poucos de cada vez) do estilo ou da habilidade. - É importante que a acção esteja tecnicamente correcta. Os alu- nos copiam o que vêm, . - Falar claramente e durante pouco tempo. Situar-se numa posi- ção em que o aluno possa ver e ouvir a instrução. Devem pra- ticar imediatamente após a exposição. - Definir a velocidade desejada de execução na demonstração. - Quando os nadadores atingem já um bom gesto técnico, anali- sar um filme ajuda a uma compreensão mais profunda. """J<X()~~~x~X~X~X~X~ -, C) A DEMONSTRAÇÃO COM OS ALUNOS DENTRO DA ÁGUA • É possível utilizar um aluno para demonstrar quando executa correc- tamente. • As disposições serão idênticas durante a exe- O cução e a observação. .. -i -------1~-. Quando pedimos ao melhor aluno que demonstre dentro da água, deve-se ter o cuidado de verificar que ele executa o que foi pedido. Caso contrário, devemos informar os restantes alunos dos erros cometidos, definindo o que concretamente se pretende. 3.2.3.2.7 - Diagnóstico e correcção O diagnóstico e correcção (feed-back) são dois aspectos fun- darnentals neste tipo de ensino. . E u'll processo que precisa de vários anos de prática, para se poder intervir no momento certo de forma correcta e positiva. O perfeito domínio da técnica, das progressões pedagógicas e o conhecimento antecipado do comportamento dos alunos, permite um ensino mais eficaz. MODELO DE RELAÇÃO À PRESTAÇÃO I PRESTAÇÃO DO ALUNO PRESTAÇÃO DESEJADA - Identificação do erro ~'lde~iiii~~Ç40' dá' ~atu'reiá'e '~â~s'a' ...Diagnóstico REMÉDIO - SOLUÇÃO - Verbal ~ Não~e~bat'.FEED-BACK Repetição do Processo PRESTAÇÃO DO ALUNO PRESTAÇÃO DESEJADA Ao solicitarmos ao aluno uma determinada prestação, na gene- ralidade, verificamos um desajustamento entre o que se pretende e o que se observa. Será esta diferença que devemos captar e tratar de forma a identificarmos o erro e a causa que leva ao seu apar~cimento. Após rápida análise, em que confrontamo~ a exe- cução com os modelos técnicos, devemos efectuar a de~lda cor- recção, no momento preciso através de novalnformaçao (feed back). O aluno, por sua vez, aprende os novos dados e efectua nova prestação, agora corrigida.. .. . • As correcções podem ser verballz~das, dev~ndo ter-s~ o CUI- dado de usar palavras chave que, por Já terem sido experimenta- das, se sabe que trarão respostas correctas. . Como já foi dito, o ideal é aqruparmosos alunos de frente para nós e analisar os erros observados, indicando os novos dados.. . • É conveniente a concentração em um ou dois aspectos chave. Demasiadas informações muito rápidas dão origem a con- fusão. Use uma progressão lógica quando ensina gestos técnicos e peça às crianças para pensarem nas particularidades técnicas do gesto que praticam. Depois, dê novamente indicações verbais sobre os pormenores técnicos. • Outro tipo de correcções são denominadas não verbais. São indicações gestuais que informam o aluno dos aspectos a corrigir durante o moviment9Jiridiviqualizado). Por vezes, usamos simul- taneamente as técnlcas de correcção para explicar determinada sttuação, pois facilita a compreensão de movimento. m CAPíTULO 4 -- PROGRAMA POR NfvEIS DE AQUISiÇÃO 4.1 ..,....Objectivo do capitulo O técnico ao acabar de lar este capitulo deverá responder às questões apresentadas. 4.2 - Questões e levantar - Como organizar um programa de ensino por nlveis de aquisição? - Como distribuir os n/veis numa piscina com condições para a montagem da uma escóla. de natação? 4.3 ~ ApresentaçAo do capitulo Neste tipo de programa são combinados os objectivos dos cin- co domínlos de Aprendizagem..,.... 1 e respectivas situações de aprendizagem de' acordo com a perspectiva pessoal para esta fa- se de ensino. Para um melhor rendimento técnico, este programa é subdivi- dido em dois nlveís, ambos os quais se fraccionam em diversas partes, facilitando a sua aplicação e permitindo um maior contro- lo da actividade. . Mas, antes de fazer a apresentação, gostaria de propOr algu- mas soluções para o caso do ensino em profundidade. 4.3.1 - Ensino em ,,,ofundldade Quando o programa de ensino tem que ser desenvolvido a par- tir de uma zona sem pé, levanta' algumas dificuldades. Recomenda-se que se criem situações de aprendizaqem que an- tecedam o programa, para permitir ao aluno a,dquirirconfiançae capacidade de situar-se à superflcie da agua, 'consctenclallzando- -se daimpulsão que o corpo sofre da mesma, . Para estes casos é conveniente utilizar meios auxiliares como: varas, braçadeiras, pistas auxiliares para apoios e materiais flu- tuantes. No entanto, gostaria de acrescentar, que este tipo de ensino não permite muitas das situações de aprendizagem, o que limita o campo de vivências motoras do aluno. S6 em caso de impossi- bilidade técnica, é que devem utilizar este sistema ele ensino. Alguns exemplos práticos estão indicados nas páginas 42 e 43. 1 40 4.4 - ORGANIZAÇÃO 0.0 PROGRAMA 4.4.1 - Subdivido em dois nlvels Neste programa subdivide-se a Àprendizagem - 1 em dois sub-nlveis, A e B. Para cada um agruparam-se os objectivos dos diferenteS domlnios segundo uma determinada perspectiva de de- senvolvimento e simultaneamente descrevem-se 6 situações de aprendizagem que constituem um exemplo para o desenvolvimento de cada objectivo. 4.4.2 - Etapas de cada sub-nlvel Cada sub-nlvel é separado em diferentes etapas, considera- das chave para a consolidação deste processo de ensino, nas quais, é indicado o número de aulas aproximado para o seu de- senvolvimento, Classifiquei as etapas da seguinte forma: Sub-nível A - 1.a etapa - A descoberta do novo espaço. - 2.· etapa - Fundamentos de um novo conceito de respiração. - 3.· etapa - Primeiras formas elaboradas de mo- vimento. Sub-nível B 1,· etapa - Os conceitos de respiração, equillbrio e propulsão. - 2.· etapa - As destrezas aquáticas - o meio de enriquecimento do reportório motor aquático. - 3.· etapa - Automatismo dos movimentos , ! aprendidos. - 4, a etapa - Abordagem às técnicas _ erol e costas. 4.4.3 - festes e fichas de observação' No final do sub-nlvel A é apresentado um teste e uma ficha de observação com os comportamentos desejados a observar e o critério de êxito definido para o grupo-turma. No final do sub- -nlvel B aplica-se o teste geral apresentado anteriormente. 4.4.4 - ExerclclOB prévios Em relaçãoao sub-nlvel A foram apresentados exercícios que antecedem o programa de ensino deste nlvel, definido como o pri- meiro contacto com a água através de actividades diversificadas. (Jogos e situações habituais de recreação). Sltuaçóe •• prenc:tizagem de ad.pt.çio , profundidade. Ex.: Exercício. com e •• m braç.deira •. ~ IV l2 (,1- ~LZF~ Deslocar lateralmente com e sem braçadeiras. Deixar ficar os ombros próximo da linha de água. o~0/í7~rA- ~~~.I.&í _ .....-._-/G-.~ / ~ Entrar e deslocar lateralmente seguro ao bordo superior. -e«/.?' c..&l...:J -r:..,-.,. 1$ ~ Deslocar seguro às pistas. lmergir e puxar. [)ea... contrair o corpo durante o movimento. I P•••• r por baixo de 'um obsticulo imergindo. ., {)t-~~'-~ooJ:,~err:.r . ~~ts // \./,~.' ./ ./'/UJ ~'./ Vu Qesk)car seguro a uma vara. Deixar ficar os om- broe próximo da . linha de égua. 4 /;(lJ i~= Saltar e .garrar -ee 8 uma vara. Oescontrair e deixar -ee levar ate * parede. ~--------~------f-----'----"'-' Sattar e em lmersão 8g8rr8(·58 • escada e subir. ~ W ~ ~S?~~ . ~ .-.-. Sanar sobro um obstáculo. Depois em lmeraio I voltar • parede. , 4 llJ~ ~~iGr---~- l':U --- Entrar de lISCOITeg8o desliZar em P08iç60 hOO- zonlaJ. lJ V:. fJ':,,<:'o.,:;'~~ o(N W4 ~ VV 0R '. jJ.l). a ~ .. \ '<,." "- ."'" . "''' I ~~nhar um. IlIbU8 o deslocar .••• até a, v ,~ó\JJ~' . VJ .ao .- .~ e. I ~,de mAos dadas ao parceiro e voltar a' I Saltar, ficar à.auparlteie, efectuar movlmentoe os-I cilatónos cI as mios . . ". '. . ,: : Só depois de serem aplicados os exercícios prévios para a zo- na com pé ou da zona sem pé, caso seja um piscina com essas características, é que entramos neste programa. 4.4.5 - Pré-requlslto para sub-nível @ São estabelecido.s pré-requisitos para o sub-nfvel B. Não são mais que os comportamentos A exigidos no teste final do nfvel A, que funcionam como tal. Estes são fundamentais para a trensi- ção dos alunos do sub-nlvel A para o sub-nlvel B. -! i ! 4.5 - Considerações gerais em relação à caracterlstlca dos grupos-turma 4.5.1 - Critérios de êxito A organização por etapas permite o agrupamento dos objecti· vos por aproximação do grau de ditlculdade dos seus conteúdos, respeitando a capacidade de aquisição dos alunos. Só devemos transitar os alunos' dei etapa para etapa quando aproximadamente 80% dos mesmos' atinge os comportamentos desejados de cada uma. No final de cada nível, é fundamental o cumprimento total dos comportamentos definidos, para cada um. 4.5.2 - Reforço de exerc{cios CHAVE Por outro lado, dentro de cada etapa é possível organizar uni- dades didácticas diversificadas explorando novos exerclcios com- binados com outros onde queremos que haja uma execução sis- temática, de modo a reforçar a aquisição dos elementos chave. Este é o princípio geral para a programação dependendo o res- tante da observação de cada unidade de ensino, que permiteveri- ficar onde incidir para manter o grupo-turma dentro do programa estabelecido. 4.4.6 - Organlgrama [ ESTRAT~GIA DE DESENVOLVIMENTO APRENDIZAGEM - 1 Subdivido em dole nivela Ao • 8 ~. 4.5.3 - Alunos dotados É frequente alunos excepcionais evoluirem mais rapidamente que outros. Nestes casos, havendo possibilidade de transitar de nível, será a melhor solução, porque se adaptam com facilidade a níveis de exigência superiores. Caso não seja posslvel, então, individualmente, dever-se-á aumentar o coeficiente de dificuldade ao exercício destinado ao grupo-turma, permitindo-lhes uma mais rápida evolução técnica . [PROGRAMA POR NlvEIS DE EXECUÇÃO • { 4.6 - Programa de desenvolvimento 4.6.1 - Programa do sub-nive! A Como foi dito anteriormente é necessário saber se a piscina onde vai decorrer o programa tem uma zona com pé. A partir dai definimos que tipo de exercícios prévios é necessário desenvol- ver para entrarmos em definitivo no programa. 1.· Etapa - A descoberta do novo espaço A) Pretende-se adaptar a criança ao espaço onde vai realizar o ciclo de aprendízagem, proporcionando-lhe o melhor clima de 1 44 descontracção, criando situações que se aproximam ao que lhe é habitual praticar no meio terrestre. B) Quanto mais confiança for incutida melhor. Apresentar o meio aquático como um espaço agradável onde se podem proporcionar situações alegres e diversificadas. Cons- ciencializar que a água é um elemento agradável quando opta- mos por uma atitude descontraída perante ela. Por este meio deve- mos introduzir as primeiras imersões. C) Fazer sentir a presença da força de impulsão a partir do rela- xamento do corpo com as primeiras situações de deslocamento na posição horizontal com apoio das mãos. 2.· Etapa - Fundamentos de um novo conceito de respi- ração 1 - Nesta etapa pretende-se eliminar o bloqueio respiratório que se verifica quando imergimos a cara na água. Isto deve-se ao facto de o processo de inspiração-expiração ser diferente no meio terrestre. Perante uma situação nova adversa, o nosso sis- tema nervoso reage retlexamente provocando o bloqueio respira- ~~. . . 2 - É necessário proporcionar situações simples que progres- sivamente levem o aluno a consclenciallzar um novo conceito de expiração-tnsplração .:Trebatharnos os principias gerais da respi- ração no meio aquático, reforçando a ideia que nunca se deve rea- lizar a expiração toreoe água. paraesta 1- Propulsão - Conhecer a resistência da etapa I L' ETAPA I ~ água através de situações de deslocamento com e sem apoios. 1.- Imersão - Controlar a imersão em apneia com e sem apoios. ± 5 1- Equilíbrio - Eliminar os apoios pés e mãos explorando situações de flu- tuação através de [oqos ou actividades de recreação. paraesa 1- Respiração - Eliminar o ~Ioqueio respira- ~ etapa tório na imersão. H 2 - Imersão - Controlar a imersão c~m expio ~ ração com e sem apoios.• • I~ 3 - Respiração - Contr~lar a .expiração, boca ~ ± 6 e nanz na írnersâo. 3 - Respiràção - Coordenar a inspiração/expi- ração em diversas situações simples com e sem apoios. Número de unidades previstas I Número deunidades previstas NOTA: Ver desdobrável na bolsa apensa no final deste livro com o título Proposta metodológica - Subnível A -1! etapa . NOTA: Ver desdobrável na bolsa apensa no final deste livro com as colunas correspondentes ao quadro supra. 1 - Nesta etapa explorar-se-ão alquns dos movimentos pos- síveis sem preocupação quanto à qualidade de execução. Para isso é necessário consciencializar a criança da importância que os órgãos dos sentidos têm em qualquer movimento dentro ou fora da água. A noção de equilíbrio aquático e as técnicas para transi- tar da posição vertical habitual para horizontal e o retorno são essenciais nesta etapa. O aluno descontrai-se quando sabe que pode resolver as situações de perigo proporcionadas por falta de equilíbrio. 2 - Por outro lado, os movimentos devem proporcionar à criança um conhecimento do corpo numa perspectiva segmentar (Cabeça; tronco, braços e pernas) e qual a sua importânciana con- quista do equilíbrio aquático ou de novas trajectórias. 3 - Devemos recapitular exercícios aplicados na 1.a e 2.a etapa, de forma a associar aos desta, relembrando todos os con- ceitos já abordados. . 4 - Por último, a componente salto começa a ser abordada e associada aos outros exercícios. 2 - Equilíbrio - Controlar em equillbrio a pas- etapa I 3.' ETAPA I sagem de posição horizontal para a posição de pé com e sem apóio. 3 - Equillbrio - Controlar em equillbrio a pas- sagem de posição de pé para a posição horizontal na água com e sem apoios. 3 - Imarsão - Controlar a imarsão abrindo os olhos a mantendo a apneia pro- longada. 2 - Propulsão - Explorar os diversos planos e ± 12eixos corporais, sentido de orientação, apreciação de dís- aulas tânciase controlodo corpo i-em diversas situações propul- sívas de pernas e braços com a sem apoios nos diferentes planos de água (superficial, médio e profundo). H COMBINAR OS DIFERENTES ELEMENTOS I ADQUIRIDOS NAS TR~S ETAPAS H 1 SALTO - Dominar o salto de pés a partir da posição de sentado com ajuda. 2 SALTO - Dominar o salto de cabeça a partir da posição de sentado com e sem afwda. Número de unidades previslas paraesta 3.a Etapa - Primeiras formas elaboradas de movimento no meio aquático 4.6.2-N. o de aulas previsto no final do subnivel 0 NOTA: Ver desdobrável na bolsa apensa no final deste livro com as colunas correspondentes ao quadro constante na página seguinte. - Total de aulas - Aproximadamente : 1231 - N. o aulas precisas para aplicação do teste , [I] - Total final , . , ~ ~ C I~:l 11) o 'ti E~ Cl 111 11) 11) 111c.. ~@~- 11) .~ ~ c I Mc4 ~ ~-------------.,----- .•c: .~o;" ." "ge~.•mo. o~ 12 aulas I4.6.4 COMPORTAMENTOS FINAIS A ATINGIR, NO NlvEL ~ Ficha de obs<lrvaçlo Executa NI Executa Obeervaç6e. O aluno imerge com- IMERSÃO pletamente o corpo. O aluno Imerge duran- te 15" ou mais. O aluno expira dentro de égua. RESPI- O aluno expira SÓ pela RAÇÃO boca e só pelo nariz. O atuno coordena a expi ração-I nspl ração para a frente, com ba- t1mentos de pernas. Executa a posição de bola. O aluno coloca-se na posição horizontal a jQUI- partir da postçâo vertl- L BRIO cal sem apoios. O aluno desliza na po- slção ventral e depois dorsal em perleito aqui- IIbrlo. Batlmento pernas com PRO- prancha, PULSÃO Deslize com batlmento pernas. SALTO De cabeça de joelhos na borda .: ,--- ••.!:!-.; ~UU -8 ~ -§. ".!! I.8 "" 'V ~~ ~ Q h ~ "".•.. '5:«1 r.lill:~~!! ãili OEL-....... 51 1 4.6.5 - Programa do Sub-nivel @ 1.a Etapa - Os conceitos de Respiração, Equilíbrio e Pro- pulsão A) - Na respiração é necessário abordar o conceito de expi- ração completa (tes« de inspiração - deve ser curta 9 completa pela boca e a fase de expiração - com a cabeça imersa, expe- lindo o ar completamente pela boca e nariz). Para uma melhor con- solidação devemos realizar ciclos respiratórios, até atingirmos um automatismo perfeito entre eles. Sem o seu domfnio, vamos en- contrar grandes dificuldades quando pretendemos conjugar a res- piração com os movimentos propulsivos das técnicas a abordar neste programa. . B) - No eqüillbrio pretende-se nesta etapa, reforçar os con- ceitos já abordados, dando-Ihes maior elasticidade em diferentes tipos de movimento. Conscencializar a.criança dos pontos chave para a obtenção de um equillbrio ótpimo no plano horizontal: Posição Ventral: - Braços em extensão - Cara submersa e cabeça entre os braços - Corpo em completa extensão em alinhamento com o plano da água. Posição Dorsal: - Braços em extensão. - Cabeça ligeiramente elevada do plano da água a olhar para os pés - Peito fora da água e bacia elevada - C,?rpo em completa extensão ligeiramente inclinado, em rela- çao ao plano da água. C) - Nesta etapa vamos abordar os diferentes tipos de movi- mento propulsivos de uma forma básica e global: - A tracção e o agarre da água - a posição correcta dos seg- mentos para oferecer uma melhor resistência à água. - Os movimentos alternados e simultâneos das pernas e res- pectivas formas de ataque. - Os movimentos alternados e simultãneosdos braços. - A exploração dos movimentos no plano horizontal e vertical. D) - Associar as formas propulsivas com o trabalho em imer- são, através de vários tipos de percursos. E) .:....Continuar a abordar novas técnicas de saltos. Número de unidades 3 - Propulsão - Dominar os diferentes tipos previstas paraesta de desíocação e propulsão de etapa . pernas e braços sem apoios. r 1.' ETAPA I 3 - Salto:"" Dom.lnar o salto de cabeça a par- tir da pOsição de joelhos com e sem ajuda. 4 - Respiração - Realizar cicios respiratórios ~ ~parado ou em movimento. ± 6 4 - Equllibrio ...:..Dominar em equillbrio diver- sassituaçÕ8s na posição dor- sal. ventral e oblíqua com e sem apoios. 4 - lrnersão ....:.Explorar diversas situações de Imersão .com· orientação (par- .. cursos. com d~strezas) . NOTA: Ver desdobrável sob o título: Resposta metodotáqice -:- Subnível B. 2.· Etapa __ As destrezas aquáticas - o meio de enrique- cimento do repertôrlo motor . . A) - Na respiração vamos abordar o processo de inspiração a partir da posição lateral, após rotaçãoda cabeça, sem a mes- ma se elevar do plano da água. Esta vai ser necessáría para a introdução à técnica de crol, A sua execução está dependente de uma boa explração, dado que o tempo Inspiratório deve ser o mais curto possslvel. É necessário insistir na, expiração completa que rentabiliza o principio de -sucção ••que cria. . B) - Nesta etapa o equillbrio, respiração e lmersão vão apa- recer associados para a obtenção de uma gama de soluções mo- taras necessária ao reportório motor da criança na água. Pelo efeito de transfer pretendemos uma plastlcldadede movimentos, dando particular atenção à posição de deslocamento e coordena- ção expiração-inspiração, quer na superflcie quer na profundidade. C) - Continuação da introdução de novas técnicas de salto. Número 6 - Equillbrio - Explorar diversas situações de deunidades previslasI 2.' ETAPA I deslize em equlUbrio, após os paraestavários tipos de Impulso. etapa 5 - Respiração - Coordenar a Inspiração- -expiração em diversas situações propulsivas de pernas e braços (ritmo rss- piratório) na superf!cie ou em imersão. 5 - Equillbrio - Explorar diversas situações de equillbrio nos diferentes eixos e planos corporais no plano de água, superficial, médio e profundo.•.. f+ 5 - Imersão - Combinar todo o tipo de situa- ções de imersão com expiração ± 10 nos planos de água, superficial, médio e profundo. 6 - Respiração - Combinar a inspiração-expi- ração em diversas situações complexas (percursos aqua- ticos, situações de equillbrlo com mudança de direcção e posição, outras situações inhabituais). 4 - Salto - Dominar o salto de cabeça a par- tir de posição de p~, com e sem ajuda. I NOTA: Ver desdobrável com colunas idênticas a estas. 3.· Etapa - O auttomatismo dos conceitos aprendidos A) - Nesta etapa devemos reforçar a aprendizagem dos con- ceitos fundamentais do equilíbrio e associar à imersão os concei- tos adquiridos nos restantes domínios, preparando o aluno para a etapa das aquisições técnicas. Pretende-se um perfeit?a~toma- tismo de inspiração-explração, definição correcta do equllíbrlo do~- sal e ventral e por último explorar as habilidades motoras especi- ficas, corno meio de enriquecimento do reportório motor da criança. Quanto melhor qualidade de execução, maior probabilidade de êxito na fase seguinte. B) - O salto aparece nesta etapa associado aos restantes domínios sendo explorado na mesma perspectiva. Número de unidades previstas a estpar a 5 - Salto - Explorar os diversos planos etapae 3' ETAPA eixos corporais, através de diver- sos saltos a partir da posição de pé,' para zona pouco profunda. 6 - Imersão - Associar a imersão com exercl- -t cios de equilíbrio, propulsão, ± 5 respiração e salto. 7 - Equilíbrio - Dominar o equillbrio do corpo de acordo com os estilos aprendidos, para um melhor rendimento propulsivo e respí- ratório. I NOTA: Ver desdobrável com colunas idênticas a estas. I 4.· Etapa - A abordagem às técnicas - Crol e Costas A) - Através do programa até agora apresentado, é fácil veri- ficar que o aluno é obrigado a responder a determinadas exigên- cias, para entrar no ensino técnico dos estilos. Por mim, devem: -se abordar as técnicas por intermédio dos estilos alternados, porque aproveita todo o trabalhorealizado na respiração e no equi- líbrio e porque estes 'estilossão mais naturais, tornando-se por esse motivo, mais fáceis de assimilar. . Esta etapa pretende desenvolver os estilos numa perspectiva global, dando ênfase, .ern particular, à continuidade m,0vi'!!entos propulsivos e coordenação Braços/ Pernas. com a tesptreçeo. Por este motivo, sem particularizar os elementos técnicos, ~presento- -vos alguns dos exercícios mais utilizados para o efeito.. . B) - Na respiração é importante definir os t~mpos explr~tóno- -inspiratório da técnica de cral, porque esta, devidamente aplicada, facilita todo o trabalho própulsivo: Expiração do Crol - Coincide quando o braço do lado da respiração inicia o movi- mento descendente da fase de tracção e termina antes da mão sair da água, de uma forma activa, para se Obter uma expira- ção completa provocando o efeito de «sucção». Inspiração do Crol - Início - O momento mais oportuno para iniciar a rotação da cabeça para fora de água é quando o braço do lado contrário ao da respiração está a entrar na água. - ~im - Quando o braço do lado da respiração se encontra a meio da fase da recuperação aérea. Número deunidades previstasL- Resplração - R,.I',~ as técnlcas respír paraesta tórias dos estilos aprendidos etapa I 4.' ETAPA] a~ravés de e~~cução de~I diversos exercrcios especi- ficos. 5 - Propulsão - Adquirir noção de tempo, ritmo e velocidade em relação aos movimentos propulsivos das técnicas aprendidas. 6 - Propulsão - Adquirir resistência ao es-1~ forço. ± 10 6 - Salto - Explorar os diversos planos e eixos corporais, através de diver- sos saltos a partir de posição de pé, para zonas profundas. 4 - Propulsão - Assimilar um trajecto óptimo das superllcies motores nas acções proputsívas de cada estilo aprendido .. I NOTA: Ver desdobravel com estas colunas. I No final desta etapa é aplicado o teste apresentado no I.o capí- tulo. Depois deve ser feita avaliação do trabalho desenvolvido. 4.6.6-N. o de aulas prevlsfo no flna# do sub-nível @ - Total de aulas - Aproximadamente. . . . . . . . . . . . . . . . .. 33 - N. o aulas precisas para aplicação cio teste ~ ~ TOTAL FINAL ' 35 4.6.7 - Teste e ficha de observação do final do programa, apresentado no I capítulo Consulte a ficha de Avaliação apresentada no ponto 3.1.3.2.1 e 3.1.3.2.2 do I Capítulo.' . 4.6.8 - N.o aulas previstas para o desenvolvimento do progra- ma de Aprendizagem-1 . Sub-nivel A Sub-nível B TOTAL GEI1AL 25 35 60 4.7 - Distribuição por níveis, numa piscina com condições de trabalho - Aprendizagem-1 Considerandoos factores determinantes na organização do en- sino referidos no II Capítulo, tendo em conta este programa, recomenda-se: A) Quando existir um grupo pequeno de alunos para determinada hora de trabalho no mínimo, criam-se dois espaços de trabalho para Aprendizagem-1, considerando a divisão por sub-níveis apresentada: ® e @. . B) Quando existir um elevado número de alunos para determina- da hora de trabalhos, criam-se quatro espaços de trabalho para Aprendizagem-1, considerando a divisão por sub-nlveis apre- sentada, mas repartindo as etapas de cada um, da seguinte forma: 'f.;) - r~:;-.••o 'E""'S"'P'"A"'Ç"'Oc----,.1-;;.·~-..,..-;;e2".·;--;;E"'TA•. P""A..,I,12.· ESPAÇO - 3.' ETAPA b '8; _11.0 ESPAÇO - 1.' e 2." ETAPA I, 14.· ESPAÇO - 3." e 4." ETAPA I. Isto permite um maior controlo da actividade e uma melhor ren- tabilidade do ensino. C)Em ambos os casos utiliza-se a técnica de transição de alunos, conhecida por ••linha de montagem••.Neste caso, quando o alu- no atinge individualmente os comportamentos previstos para o espaço de trabalho em que se encontra, transita para o grau imediatamente superior, quando o técnico achar conveniente, dentro do mesmo horário. Quer isto dizer que devem existir no mesmo horário o máximo de níveis (espaços de trabalho), para causar o menor transtorno ao aluno e ao sistema de orga- nização. . O) E>,<emplode uma distribuição possível para AP-1 e AP-2: NIVEIS AP-1 ® e @ e AP-2 © e @ . Entrada de novos alunos AP·' NíVEL lÂ) AP·' NíVEL i-V 13.' ETAPA I 1'·8 e 2.' ETAPA 1 , Ap·, NíVEL ® J 11' e 2,' ETAPA 1 AP-, NíVEL ® ( 13,' e 4,' ETAPA I '~ AP-2 NíVEL © (TÉCNICÀS) ( \ AP-2 NíVEL @ (TÉCNICAS) - ( ~ ~ - - - - - - IAPERFEiÇOAMENTO @ ( ~ PRÉ-COMPETIÇÃO ® ( ~ COMPETiÇÃO (JOVENS) - TREINO CADETES - A organizaçãoda Aprendizaqem-êpcde ser feita também por etapas. - A Escola de Natação comporta os níveis .~. g" c; e Q,. Os restantes fazem parte da estrutura desportiva, ficando o seu acesso condicionado a critérios de selecção. É nesta altura que deve ser feito o despiste dos alunos para as diferentes expressões (5) da natação: natação pura, polo- -aquático e sincronizada. - O aluno que acaba a escola de natação, não sendo encami- nhado para qualquer saída desportiva da modalidade, caso esteja interessado na actividade, é enquadrado em classes «sociais». E) Em ambos os níveis da AP-1 e AP-2 é possível introduzir fichas individuais por aluno, onde são mencionados os comportamen- tos finais a atingir em cada nível. O técnico que recebe os no- vos alunos verifica se os mesmos estão nas devidas condições para transitarem, tornando-se responsável pela sua aceitação, ao receber a ficha e a assinar, indicando a respectiva data em que foi feito o teste. F) Com um técnico mais graduado, coordenador das escolas de natação, todos os acertos técnicos e pedagógicos podem ser efectuados, com base na observação do funcionamento geral e de cada nível, para rentabilizar e aumentar o grau de eficá- cia pedagógica e qualidade de ensino. G)Outros elementos podem ser considerados e valorizados pelo técnico principal do clube ou equipa técnica, definindo e carac- terizando o perfil que se deseja para os futuros nadadores, H) Caso estas e outras condições particulares estejam reunidas, com a devida continuidade da actividade, podemos encontrar o sistema adequado aos interesses do clube e criar o que se denomina como escola de natação. (5) Fica por enquadrar os saltos para a água. .porque é mais Irequente sai- rem das escolas de formação de ginástica, via' trampolins, do que escolas de na- tação propriamente ditas. IV CAPiTULO 5 - A AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE ENSINO 5.1 - Objectivos do capitulo o técnico ao acabar de ler este capítulo consegue responder às questões apresentadas. 5.2 - Questões a levantar' - Quais os factores a considerar para avaliar uma unidade de ensino? . - Quais os factores a considerar para avaliar o processo glo- bal de ensino? ;\ 'I 5.3. - Apresentação do capítulo Neste último capítulo, são indicadas algumas sugestões de como pode ser feita a avaliação do processo de ensino, dado ter sido abordado anteriormente a avaliação dos conteúdos técnicos. Cabe a cada um de vós escolher os melhores pontos de refe- rência e estabelecer a melhor estratégia de observação e método de avaliação. . 5.3.1 _. A aval/açlo das lIç6es 5.3.2 - A avaliaçlo do processo global de ensIno 5.3.1 - J'vallaçso das lições • A avaliação tem um papel muito. importante na progressão da aprendizagem (dar feed-back necessário no momento exacto às pessoas que necessitam dele). • Uma avaliação da lição e sua própria qualidade é também necessária. . • A avaliação sublinhará os aspectos bons da lição, mas tam- bém serve para fazer o levantamento das áreas a desenvol- ver nas lições seguintes. 5.3.1.1- Questões chave para avaliar o programa de cada uni- dade didáctica . 5.3.2.1- Espírito da lição - Havia uma expressão óbvia de alegria? - O interesse foi mantido durante a lição? - Pontos mortos? - Sim. Porque ocorreram? 5.3.2.2 -- Resposta da classe ao professor - Pediu e obteve boa resposta? - A cooperação da classe foi positiva' e estimulante? - Heaqlu favoravelmente às habilidades propostas? - Teve dificuldade em levar os alunos a participar? 5.3.2.3 -- Professor- A direcção foi simples, clara e funcional? - Mostrou-se confiante, entusiasta e pediu bons gestos .téc- nicos? - Encontrou-se desligado ou envolvido na classe? - Mostrou-se agradável, amigo, tolerante? Relaxado ou tenso? Demonstrou possuir senso de humor? - Conseguiu relacionar-se bem com as crianças e conhece os seus nomes? - Estabelece relações agradáveis com os membros da classe? - Foi repressivo alguma vez? - Encoraja os menos habilitados? . - Possui um conhecimento técnico correcto? - Manteve o ritmo ideal durante a lição? - A linguagem usada era clara para as crianças ou demasiado técnica? - Tinha controlo efectivo da classe durante a lição? - Fez demasiado uso do apito? 5.3.2.4 - Comunicação - Voz bem modelada e clara? Podia toda a gente ouvir? - Foram as instruções dadas claras, concisas e rapidamente obedecidas? - Tendência para falar demais? 5.3.2.5 - Método - Foram os conteúdos da aula positivos? - Faltas identificadas e corrigidas? - Bom trabalho de diagnóstico e observação? - Os indivíduos recebem os feed-backs suficientes de enco- rajamento? - Deu suficiente atenção ao posicionarnento durante a lição, com atenção ao que se estava a passar em todas as partes da piscina (segurança)? - As demonstrações usadas tiveram o efeito desejado? - Podiam os membros de toda a classe ver claramente? - As crianças foram convidadas a fazer perguntas e a comentar? - Foram as suas demonstrações, da borda da piscina, tecni- camente correctas? - A lição foi bem organizada, não se verificando falhas? - Houve aparelhos suficientes à disposição dos alunos? - Foram tomadas todas as medidas mínimas de segurança para prevenir a possibilidade de .acidentes? - Em alguma parte da lição podia ser melhorada a organi- zação? .. . - Foi demasiado rígido com os seus métodos ou demasiado flexível? - Fez .o melhor uso do espaço disponível? 5.3.2.6 - Conteúdo da lição - O material foi realisticamente planeado, segundo a idade e habilidade da classe? - Preparado com o detalhe suficiente? - Sabia o seu trabalho e antecipou-se quando previa o apa- recimento de dificuldades? - As actividades interessaram, foram agradáveis, desafiavam suficientemente os alunos? - Todos os membros da classe estiveram activos ou houve demasiado tempo desperdiçado? - Houve tempo que permitisse às crianças participarem numa actividade à sua escolha? 5.3.2.7 - Impressão geral - A classe saiu satisfeita com o resultado de uma lição agra- dável? -:- Houve melhoria notória na performance dos alunos? - Por alto, a que pontos dispensaria particular atenção? Na próxima lição devo considerar: _ 5.3.3 -Avaliação do processo global de ensino O ensino abarca todas as experiências desenvolvidas no pro- cesso de trabalho. Planear um tipo de ensino inclui metas, selec- ção de objectivos, situações de aprendizagem (conteúdos), estra- tégias de acção e instrumentos de avaliação. É importante fazer·o balanço da nossa actividade, se~pre em função dos resultados obtidos. Isto ajudará no futuro a cornqtr todos os aspectos negativos do nosso programa, de modo a que os n~s- sos resultados melhorem e beneficiem o progresso da nataçao. M ,,' , ntlo tivermos o cuidado de anotar todas as ano- malias, periodicamente, multas dos erros vão persistir, prejudicando a evolução dos nossos métodos de trabalho. BIBLIOGRAFIA ALDAZ, J. - Motivacion en la Natación Elemental - " Congresso Técnico de Natação, Barcelona, 1981. CORLETI, G. - Swimming Teaching Teory and Praclice _ Ed. Kaye and Ward, 1980. CARREIRO, C. - O Processo Ensino Aprendizagem. A Organização da Aprendi- zagem, in: Da Actividade Lúdica à F. Desportiva - UTL-ISEF, 1980. DEBOIS, C.; LOSHOUARN - Natation ,- -Da I'école ... aux Assoclatíons», Edi- tions Revue EPS, 1985. . LOSHOUARN, P. - L'Éecole Élémentalre de la Natation - Document CIF-FFN, 1978. MARTINETII, F.; VANNI, V. - Tecnica dei Quattro Stili dei Nuoto - Coni _ Fin, Ed. ESL, 1986. NAVARRO, F. - Pedagogia de la Natación, E - Ed Minon SA, 1978. NAVARRO, F. PEDRO - Natación - Habilidades Aquáticas para Todas as Ida- des - Ed. Hispano Europeia, 1980. PALMER, M. - The Science of Teaching Swimming. PIERON, M. - Enseignemment des Activités Physlques et Sportives, Obserilatlon et Recherche - Unlversité de Liàge, 1986. POPHAM, J. ; BAKER, E. - Como Estabelecer Metas de Ensino - Ed. Globo, 1978. RAPOSO, V. - Adaptação ao Novo Meio - Doc. da Opção Natação, 4.' ano, ISEF, 1979. RAPOSO, V. -O Ensino da Natação -" Ediç6eslSEF, 1978. SANCHEZ, I. - Un Esludio sobre el Desarrolo de las Habilidades y Destrezas Bá- sicas en el Água - 111Congresso Técnico de Natação, Espanha. SAAMENTO, P. - Slnteses das AulsB de Natação, ISEF, 1976-78. SARMENTO e cal. - Aprendizagem Motora.e 'Natação, UTL-ISEF, 1982. SINGER, R.; DICK,W ..- Ensinando E.Flsica, Uma Abordagem Sistémica - Ed. • Globo, '1980. . 14 JNDlCE 1 - Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2 - ApresentaçAo do programa de ensino das escolas de 'nat8çAo -. ; .r.: ... 7 2.1 - Finalidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . .' .• .,. ','. : ..: .: . . ... . . 7 2.2 - Pressupostos ....•..............•........ ' : '. . . . . . . . . . . B 2.3 -Slntese .........................•........... :' ' : . B 2.4 -Organigrama ,' ...........•..... , ......•.. ,... . . .. . . .. . B 3 - Programa de ensino nas 8sCo1a~de. ~~t.!1Ç4o .,., :.......... 11 ICipltlÍlo 3.1 - Modelo de anslno' ..............................•............... ..... , . 3.1.1 . Objectivos do cap1tultl ; . 3,1.3.1 - Concepção de ensino ; objectivos gerais para o ensino nas escolas de natação: ' , ' H.3:U; ConeeitO';Ápreildizilgem-l, Aprendizagem-2 .... 3.1.3.1.2 - PressupoStos teóricos que fundamentam o pro- grama'de Apiendi~g8m-l, em 5 domlnios: respi- taçAo;'8quillbrio,' imerSAo, propulsão e salto ... 3.1.3.1.3 ' Object~· ge'r8is:Para o ensino das escolas nata- çAo: Apreridizagém-l,Aprendizagem-2 . 13 13 15 16 3.1.3.2 - Metas de ensino ... ; testes finais para cada fase: 3.1.3.2.1 - Teste final para programa de Aprendizagem-l . 3.1.3.2.2 - Comportamentos finais a atingir na Aprendiza- gem-l . 3.1.3.2.3 - Proposta de teste para Aprendizagem-2 .. 3.1.3.2.4 - Teste fin!!1 para Aprendizagem-2 . 3.1.3.3 - Progressão pedagógica por domlnios para Aprendizagem-l 3.1.3.3.1 - Variáveis de tarefa : . 3.1.3.3.2 - Algumas considerações para 'apresentação da progressão pedagógica de Aprendizagem-l ... 3.1.3.3.3 - Progressão pedagógica - situaç6es de Aprendi- zagem: 3.1.3.3.3.1 - Objectivo especifico e situações de aprendizagem para adaptação prévia ao local de trabalho . 3.1.3.3.3.2 - Objectivo especifico e objectivos comportamentais intennédÍOl; e situa· ções de aprendizagem, por domlnio: A) Respiração . B)Equiffbrlo . C) Imersão . D) Propulsão .. E) Salto ..... 3.1.3.3.3.3 - Comportamentos desejados para objectivo comportamental intennédio 3.1.3.4 . Considerações finais do capitulo .....•......... 11Capitulo 3.2 - A actividade pedagógica. . . . . . . . . . . . _.........•.......... 3.2.1 - Objectivos do capitulo. . . . . . . . . . . . . . . 3.2.2 - Questões a levantar ...........•........•.................. 3.2.3 - Apresentação do capitulo . 3.2.3.1 . Factores determinantes na organização do ensino: 3.2.3.1.1 - Idade, habilidade li experiência anterior .. 3.2.3.1.1.1 - Agrupamento etário . 3.2.3.1.1.2 - Agrupamento por nlveis de oxecução A) Quando existe equipe técnica completa . B) Soluções alternativas .. 3.2.3.1.2 - Condições de trabalho . 3.2.3.1.2.1 • E~ço de trabalho, Idades e nlveis . de aPrendizagem . 3.2.3,1.2.2 - Temperatura . 3.2.3.1.2.3 ; Número de alunos .......•..•... 3.2.3.1.2.4 - Profundidade . 3.2.3.2.2.5 - Material didáctico .....•...•..
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