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Metabolismo do Glicogênio Profa. Dra. Cristiane J. Furlaneto Glicogênio • Polissacarídeo de reserva animal • Constituído por moléculas de α-D-glicose ligadas entre si por ligações glicosídicas a1,4 no alongamento das cadeias e a1,6 nas ramificações Metabolismo do glicogênio • glicogênese e glicogenólise –ocorrem principalmente em células hepáticas e musculares Função da glicogênese: • músculo- reserva de glicose para posterior utilização pela própria célula muscular • fígado – reserva de glicose para posterior controle da glicemia Função da glicogenólise Função metabólica da glicogenólise: • músculo- quebra do glicogênio muscular para suprir com glicose a própria célula muscular ex. para obtenção de energia em atividades físicas • fígado – quebra de glicogênio para liberação de glicose que será lançada na circulação para controle da glicemia Ex. suprir neurônios e hemácias Glicogênese Produção de glicogênio Ocorre em : • células hepáticas (5ª 10% do seu peso em glicogênio) • e musculares (1ª 2% do seu peso em glicogênio) • Formado a partir de um resíduo de glicogênio existentes na célula chamado Primer • Primer: enzima glicogenina associada a 4 moléculas de glicose existente na célula Glicogênese Grânulos de glicogênio hepático Grânulos de glicogênio hepático Glicogênese a glicogênese inicia-se como a glicólise, com a fosforilação da glicose em G-6-P que pela fosfoglicomutase é transformada em G-1-P fosfoglicomutase G-1-P para ficar ativa deverá receber uma molécula de Uridina- trifosfato(UTP) que na presença de Uridina-difosfato-glicose- pirofosforilase (UDPG-pirofosforilase) reage com a UTP dando a UDPG e Pirofosfato (Ppi) Glicogênese Enzima chave Polissacarídeo com alto grau de ramificação. O UDPG é capaz de ligar-se ao glicogênio de partida (Primer) na presença da glicogênio-sintetase liberando a Uridina difosfato (UDP), formando unidades 1,4 glicosil, que são moléculas lineares. • Quando atinge de 6 a 11 moléculas o composto torna-se instável e a enzima ramificadora transfere uma parte da cadeia (6 mol..) formando ligações 1,6 tornando assim a molécula menos instável Glicogenólise O excedente de glicose é armazenado no citoplasma celular sob a forma de grânulos insolúveis, sendo dissolvidos quando necessário ( glicogenólise). Ocorre graças a 3 sistemas enzimáticos: • 1-glicogênio-fosforilase • 2- transferase • 3- enzima desramificadora Glicogenólise Glicogenólise • G-fosforilase: (enzima chave ou marca-passo) promove a quebra de ligações glicosídicas 1,4 pela adição de fosfato inorgânico nos resíduos de glicose das extremidades até sobrarem 4 resíduos. • Transferase: transfere três resíduos para uma cadeia vizinha • Desramificadora: enzima que promove a retirada da última glicose por quebra da ligação 1,6 Regulação da glicogenólise ATP glicose insulina glicogenólise adrenalina glucagon G-6-P Regulação do metabolismo do glicogênio • Quando ocorre: Excesso de glicose glicogênese Necessidade de glicose glicogenólise • Quem controla - Hormônios controlam as principais enzimas destas vias ( insulina, glucagon e adrenalina) • Síntese - enzima-chave - glicogênio-sintetase ( depende da atividade da célula, pode estar ativa ou não) • Degradação - enzima-chave - glicogênio-fosforilase (ativa ou inativa) Regulação do metabolismo do glicogênio • hormônios que ativam ou inibem: Insulina e adrenalina e glucagon • Glicemia alta - insulina ativa a glicogênio sintetase glicogênese • Glicemia baixa - adrenalina e glucagon ativam a adenilato ciclase, que age sobre o ATP transformado-o em AMPc que inibe a glicogênio sintetase e ativa a glicogênio fosforilase ocorrendo a glicogenólise. Resumo Função da Glicogenólise hepática • Regulação da glicemia exercida pelo fígado • Fígado produz a enzima glicose -6 –fosfatase que converte glicose-6-fosfato (insolúvel) em glicose (solúvel) • A glicose é liberada dos hepatócitos para a corrente sanguínea, regulando desta forma a glicemia. Função da Glicogenólise muscular • O músculo deve liberar moléculas de glicose para suprir as necessidades energéticas da própria célula muscular, sem liberação para a corrente sanguínea. Vias das pentoses Via das Pentoses • Acionada quando existir excedente de glicose • Via anaeróbica alternativa na utilização de glicose • Fonte de produção de NADPH para biossíntese de AG , colesterol e derivados de colesterol • Fonte de produção das pentoses para síntese de nucleotídeos Via das pentoses • Não produz ATP • Ocorre principalmente no citoplasma dos hepatócitos, tecido adiposo e hemácias. • Dividida em fase oxidativa e não-oxidativa Vias das pentoses – fase oxidativa • Produção de 2 NADPH que não aciona cadeia respiratória (reduções celulares). • Conversão de uma glicose em uma pentose com liberação de CO2 • Utilização das pentoses para produção de nucleotídeos • Enzima marca-passo: G6PD Via das pentoses depois de ativada a G-6-P pode ser convertida a uma lactona (6-fosfoglicollactona) Vias das pentoses Após a produção de lactona esta será oxidada a ácido 6-fosfoglucônico que será descarboxilado liberando CO2 e produzindo pentose Portanto houve conversão de uma molécula de glicose (hexose) em uma pentose (D-Ribulose-5-fosfato) e liberação de CO2 • As pentoses produzidas por esta via são importantes para a síntese de nucleotídeos (ATP, GTP, UTP) e ácidos nucleicos (DNA e RNA) • Cada molécula de pentose permite a célula produzir 2 NADPH2 que serão reoxidados a NADP+ (reduções celulares) Reduções Importantes: • síntese de ácidos graxos (no tecido adiposo) • colesterol ( fígado e outros órgãos) • esteróides (supra-renal e gônadas) • glutationa (hemáceas) o funcionamento normal destes tecidos e órgãos depende da continuidade da via das pentoses em suas células Fase não oxidativa - degradação • As pentoses devem ser devem ser degradadas até CO2 e H20, elas trocam pedaços entre si resultando em produtos que podem ser consumidos na via glicolítica • As pentoses são convertidas a hexoses ou trioses lançadas na via glicolítica. • Cada 3 moléculas de ribose -5 –fosfato (15C) são convertidas à 2 hexoses e uma triose • Não existe ganho ou perda de energia durante este processo. • a via da pentoses é uma via de consumo alternativo da glicose • o consumo se faz anaerobiocamente • não há produção direta de energia, mas se faz NADPH2 utilizado em reduções celulares • as pentoses são úteis na formação de nucleotídeos e ácidos nucleicos • a deficiência genética de G-6-P-D , pode ocasionar anemias hemolíticas por destruição das hemácias. Conclusões da via das pentoses Erro inato em G6PD • Quando ocorre erro inato de metabolismo com relação a G6PD, a via das pentoses não ocorre, sem ela não ocorre a síntese de pentoses, bem como as reduções celulares. • Sem reduções celulares não há síntese de AG, colesterol, esteróides e glutationa. • Sem glutationa (proteína que confere estabilidade as hemácias) as hemácias serão degradadas antes do tempo correto, o que acarretará um dos tipos de anemia hemolítica. Regulação da glicemia Vias hipoglicemiantes • São aquelas que vão promover a diminuição da glicemia: • via glicolítica • glicogênese • via das pentoses • Ativadas pela insulina que modula a ação das enzimas marca-passo FFK, G-sintetase e G6PD respectivamente Regulação da glicemia Vias hiperglicemiantes Vão promover o aumento da glicemia • Glicogenólise hepática • Gliconeogênese • Enzimas marca-passo: G-fosforilase e F1,6 difosfatase Regulação da glicemia Jejum • Estímulo das vias hiperglicemiantes • Glucagon, adrenalina, hormônio do crescimento, corticóides Alimentado • Estímulo das vias hipoglicemiantes • Insulina Diabetes • Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, devido a defeitos na produção de insulina ou na sua ação. • A hiperglicemia crônica está associada a longo prazo com dano, disfunção e falência de diversos órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. Diabetes Deficiência celular na captação da glicose Como estarão as vias metabólicas ? • Gliconeogênese? • Glicogenólise? • Glicólise? • Glicogênese? • Via das pentoses? Diabetes Mecanismos de compensação: • Aumento da degradação de triglicerídeos como fonte de energia • Aumento na produção de corpos cetônicos • Conversão da glicose em sorbitol Bibliografia • FERREIRA, Carlos Parada; JARROUGE, Márcio Georges; MARTIN, Núncio Francisco. Bioquímica Básica. 9.Ed. São Paulo: Editora MNP, 2010. 356 p. • MOTTA, Valter T. Bioquímica. 2.Ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2001. 488p. • STRYER, L. Bioquímica. 6ª Ed.Rio do Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
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