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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO – SANTO ANDRÉ - UNIDADE 03
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
DIREITO CIVIL III
Professora Éketi Tasca Costa
ETEVALDO VENDRAMINI JUNIOR		RA: 8486213161 5NA
SIMONE DE SANTA ROSA PAULA		RA: 1299115485 5NA
SANTO ANDRÉ
2017
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
Este trabalho destina-se, a complementação da nota P1 da disciplina de Direito Civil III.
Santo André 01 DE OUTUBRO DE 2017.
PROFESSORA ÉKETI TASCA COSTA
SANTO ANDRÉ
2017
ETAPA 01 PASSO 01
Qual o conceito, elementos constitutivos, conteúdo e função e quais as fontes do Direito das Obrigações?
CONCEITO DE OBRIGAÇÃO
 A obrigação é uma relação jurídica de caráter transitório que confere ao credor direito de exigir do devedor o cumprimento de determinada obrigação, sendo essa uma relação pessoal, de crédito e débito, cujo objeto tem uma prestação economicamente auferível.
Por meio dessa relação Obrigacional é que se estrutura o regime econômico do país, haja vista que praticamos diariamente uma relação obrigacional, seja indo a um mercado, padaria, restaurante..., seja num contrato de compra e venda de imóveis ou ate mesmo envolvendo a compra de matéria prima para fabricação de produtos necessários para a relação de trabalhos.
O Direito Obrigacional também rege os direitos pessoais entre pessoas, no sentido de que o devedor deve prestar ao credor obrigações de fazer, de não fazer ou de dar coisa, nesse sentido a lei estabelece as regras para que o credor possa exigir do devedor algum tipo de obrigação, seja ela positiva (de fazer) ou negativa (não fazer). Podemos perceber com isso que nem toda a obrigação terá uma caráter pecuniário, ou seja, uma obrigação de não fazer pode não ter uma valor econômico auferível, por outro lado a obrigação de fazer pode sim ter um valor econômico e vice versa.
Percebemos com todo o exposto que o Direito das Obrigações tem uma autonomia privada, ou seja, os indivíduos da relação jurídica tem total liberdade para manifestar sua vontade, desde que seja um objeto licito, moral, sem vícios e de acordo com a ordem pública, sendo suas regras tutelado pelo Direito Civil.
O Direito da Obrigações está intimamente ligado em todos os ramos do Direito, porem cada uma deles com suas regulamentações especiais para cada caso, como por exemplo no Direito das Sucessões onde temos as relações de casamentos, heranças, parentescos...ambos regrados por lei especifica.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
A- Subjetivos: credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo), os sujeitos da relação podem sem qualquer pessoa, física ou jurídica, devendo ser determinados ou determináveis, podem ser também individuais ou coletivos.
B- Objetivo: é o objeto ou a obrigação ou prestação; é a conduta a ser tomada por uma das partes de fazer ou não fazer ou de dar. O objeto pode ser mediato (a obrigação de dar por exemplo) ou imediato (é a coisa a ser dada, efetivamente o objeto da prestação).
C- Imaterial: é a própria relação jurídica discutida entre as partes (vinculo). Esse vínculo compõem-se de dois elementos débito e responsabilidade onde cada um dos sujeitos são responsáveis por cada um deles, unindo assim o devedor do credor.
FUNÇÃO
O Direito das Obrigações tem como sua finalidade estabelecer uma relação jurídica, no âmbito do Direito Pessoal, entre pessoas, podendo ser de ordens patrimoniais e não patrimoniais. Diante disso temos dois pólos nessa relação, sendo uma credora e outra a devedora, sendo respectivamente sujeito ativo e passivo na relação jurídica.
Podemos dizer que a principal finalidade do Direito das Obrigações é o de fornecer meios para que o credor possa exigir do devedor o cumprimento da prestação, além de ser um conjunto de normas que regulam as relações jurídicas.
FONTES DO DIREITO OBRIGACIONAL
No que diz respeito as Fontes do Direito das Obrigações podemos dizer que temos a fonte imediata ou direta que é a Lei, e fonte mediatas ou indiretas que são: contatos, da declaração unilateral de vontade e o ato ilícito.
OBRIGAÇÃO MORAL
	A obrigação moral é aquela cujo credor não poderá exigir judicialmente o cumprimento do devedor, uma vez que essa obrigação esta pautada no âmbito moral, num dever da própria consciência do indivíduo, existe aqui a liberalidade para o cumprimento do dever.
OBRIGAÇÃO NATURAL
	Já na obrigação natural vemos todas as características do Direito obrigacional, tutelado pelo Direito Civil, o credor, o devedor e o objeto, porem sem as garantias jurídicas, aqui não temos a liberalidade, mas nessa modalidade o credor pode exigir o cumprimento da obrigação, porem o devedor não poderá se arrepender do cumprimento.
DIFERENÇAS
Diferenciamos então como a obrigação civil é aquela que dá ao credor o direito de exigência, e como a obrigação moral é apenas um ato de liberalidade, e por fim, o modo de como na obrigação natural não há o direito de exigência por parte do credor e como o cumprimento desta obrigação, mesmo assim é visto como adimplemento
SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO
Os sujeitos da Obrigação podem ser tanto pessoa física como jurídica, bem como as associações através de seus representantes. Devendo ser determinados ou determináveis, mas devendo ser determinável no momento do adimplemento. São eles:
Credor, sujeito ativo, aquele que pleiteia em face de outro o cumprimento de determinada prestação.
Devedor, sujeito passivo, é aquele que deve cumprir com determinada ação a qual lhe foi imposta pelo credor.
OBRIGAÇÃO PROPTER REM
É a obrigação que decorre da “coisa” e acompanha o detentor do direito real da coisa móvel ou imóvel. É um direito que recai especificamente sobre o direito real, por estar diretamente ligado sobre o direito da coisa. Podemos citar como exemplo disso a obrigação da pessoa sobre uma coisa que pode ser um carro ou uma casa, sendo a pessoa automaticamente responsável pela conservação, manutenção e utilização adequada da coisa.
CONCEITO DE BENS NO CÓDIGO CIVIL
Bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito. Enquanto o objeto do direito positivo é a conduta humana, o objeto do direito subjetivo podem ser bens ou coisas não valoráveis pecuniariamente. 
São bens jurídicos os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao nosso patrimônio é um bem: uma casa, um carro, uma roupa, um livro, ou um CD. Além disso, há uma classe de bens jurídicos não-patrimoniais. Não são economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a vida e a honra são exemplos fáceis de compreender. 
Os bens podem ser classificados em: móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, comercializáveis ou fora do comércio, principais e acessórios, e públicos ou particulares. Nosso artigo tratará de algumas das espécies ora classificadas. 
DISTINÇÃO DOS BENS NO CÓDIGO CIVIL
Nosso código civil se assegura no modelo Alemão, onde o termo bem jurídico engloba tanto a coisa (bens materiais) como os ideais (bens imateriais).
Os bens jurídicos são divididos atualmente em nosso código civil como: Bens considerados em si mesmos, Bens reciprocamente considerados e Bens públicos e particulares.
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS
 A distinção entre bens corpóreos e incorpóreos é definida como os bens tangíveis no caso do primeiro e os imateriais no caso do segundo. Os bens corpóreos ou materiais podem ser objetos de contratos de compra e venda ao passo que os bens incorpóreos ou imateriais só podem ser transferidos por meio de cessão, assim como não podem ser objetos de usucapião.
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
 A classificação dos bens está relacionada a sua natureza, sendo os bens imóveis aqueles que ao serem transportados perdem sua estrutura principal, já os bens móveis podem ser transportados facilmente sem que sua estrutura principal seja ameaçada, ainda temos os bens que se movempor vontade própria como é o caso dos semoventes.
        	Os bens imóveis exigem que em sua alienação que seja feita toda uma formalidade, neste caso seria a venda registrada em cartório por exemplo, já os bens móveis dispensam essa formalidade, porém alguns bens móveis necessitam de um mínimo de formalidade como a venda de um carro por exemplo (é preciso fazer alguns ajustes junto ao detran).
BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
 Ao diferenciar os bens fungíveis dos infungíveis, devemos inicialmente observar a natureza deste bem, pois é esta a principal motora da diferenciação.
            Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituído por outros desde que tenham a mesma quantidade, característica, natureza, já os bens infungíveis são os que devido a sua natureza peculiar não podem ser substituído, vejamos o exemplo de um vazo da dinastia ming, obviamente este vazo hoje tem valor incalculável, mas não foi sempre assim, em seu tempo aquele poderia ser só mais um vazo, ou seja, um bem fungível.
BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS
 A principal diferença entre um bem consumível e outro não, não se encontra na deterioração ou alteração de seus aspectos naturais e sim naquele que se tem sua natureza alterada com o primeiro uso, é o caso dos alimentos por exemplo, já os carros tendem sim a deteriorarem, porém eles não somem após o primeiro uso.
        Além disso nós podemos eleger um bem consumível para se tornar inconsumível como é o caso de uma rara garrafa de vodka, é só acrescentar a ela o fator tempo e logo se tornará um artigo raro.
      
BENS SINGULARES E COLETIVOS
 Ao diferenciar bens singulares dos bens coletivos devemos observar a natureza dos bens. Os bens singulares são bens que em sua natureza estão isolados, é o caso de uma árvore, estes bens podem ser divididos em simples ou compostos, sendo os bens simples aqueles que são encontrados na natureza de forma espontânea e singular, já os bens compostos são formados pela atuação voluntária ou não do homem, como por exemplo um carro ou um relógio.
           Os bens coletivos por sua vez são aqueles formados pela união de vários singulares com a finalidade unitária, sendo por exemplo a biblioteca ou um alojamento masculino. A legislação ainda discorre sobre esses bens os classificando como de direito ou de fato. Bens coletivos de fato é a união fática de singulares, como por exemplo uma floresta, já os bens coletivos de direito são formados por força de lei, é um conjunto de bens singulares unidos não por vontade do possuidor e sim pela lei, como por exemplo o patrimônio, o espólio, etc.
OS BENS DO CASO
O caso acima apresentado refere-se à mercadoria ligada ao ramo da alimentação, o arroz com suas distinções de tipo ‘’A’’ e ‘’C’’, portanto os ‘’bens’’ do caso acima descrito são ‘’bens’’ Fungíveis e Consumíveis; De acordo com o Art. 85 e Art. 86 – Código Civil.
‘’Art. 85 – São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
 Art. 86 – São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação’’. 
OBRIGAÇÕES DE DAR: 
A obrigação de dar coisa certa é aquela que é reconhecida a primeiro momento, acompanhada da indicação de gênero e quantidade, ou seja, individualizada através de suas características; Que se difere das demais por conter características únicas, móvel ou imóvel. 
 Exemplo de (Carlos Roberto Gonçalves – Página 59 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações): ‘’Certo quadro de um pintor célebre’’; Exemplo diverso: Um automóvel é objeto da relação jurídica que ocasiona a obrigação de dar coisa certa(Compra e Venda), pois é um objeto que contém características únicas o que não torna igual a outros por sua identificação da placa, pelo número do chassi, etc.
‘’A coisa certa a que se refere o Código Civil é a determinada, perfeitamente individualizada. É tudo aquilo que é determinado de modo a poder ser distinguido de qualquer outra coisa’’. (Carlos Roberto Gonçalves – Página 59 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações).
A obrigação de dar coisa incerta é aquela que em suas especificações, características e qualidade não são apresentadas imediatamente, mas o gênero e a quantidade são determinados. O objeto não é considerado em sua individualidade e a ausência da transparência quanto ao gênero e quantidade, a indeterminação será absoluta não ocasionando obrigação;
Exemplo de (Carlos Roberto Gonçalves – Página 59 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações): ‘’10 (dez) sacas (ausência de gênero); Sacas de café (ausência de quantidade); Traga-me 10 (dez) sacas de café (quantidade e gênero), falta saber a qualidade do café’’.
“A coisa incerta que se refere o Código Civil será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”.(Art. 243 – Código Civil).
OBRIGAÇÃO DE FAZER
A obrigação de fazer é aquela que se baseia no dever da prática, o exercício da coisa; Dever de cumprir determinada conduta, desenvolver determinado trabalho físico ou intelectual; Prestação de serviço humano seja material ou imaterial. Nesta obrigação de fazer, quando o devedor se recusa a prestar determinada e acordada conduta, a obrigação é convertida em indenização por perdas e danos, pois não há maneira de forçar o devedor a cumprir tal obrigação. O que diferencia da obrigação de dar, que nessa situação o mesmo pode ser obrigado a entregar a coisa pela qual havia se obrigado, ainda que contra sua vontade. Ainda nesta relação de obrigação de fazer, elas são classificadas em duas espécies, sendo elas fungíveis (podem ser prestadas por quem quer que seja, pois o que realmente importa é a obrigação e não a quem compete exerce-la) ou infungíveis (não podem ser executadas ações por outra pessoa, senão aquela que se obrigou, pois o que realmente importa é quem irá exercer e não a obrigação em si). ‘’Por essa impossibilidade de substituição da pessoa que exerce a obrigação, diz-se que as obrigações infungíveis são intuitu personae’’.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
A obrigação de não fazer nada mais é do que o inverso da obrigação apresentada acima (de fazer); Nesta é determinado que o devedor deixe de executar tal ato em virtude de uma relação jurídica contratual entre as partes. É aquela em que o devedor se abstém de um direito ou ação que poderia exercer/executar. Ocorre na questão de não fazer/cometer atos considerados ilícitos no ordenamento jurídico; 
Há possibilidade do descumprimento por parte do devedor, quando ocorrer e houver culpa por parte do mesmo, faculta ao credor a exigência ao devedor de desfazer o ato, ou determinar que outro desfaça à custa do devedor, que ainda deverá ressarcir por perdas e danos. Essas ’’regras‘’ constam-nos Art.250 e 251 do Código Civil.
‘’As obrigações alternativas e as facultativas fazem parte da classificação das obrigações no tocante ao elemento objetivo’’.
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
A obrigação alternativa é aquela caracterizada pela compreensão de 02 (dois) ou mais objetos e finda com a prestação de apenas 01 (uma) prestação; Ter opção. Exemplo de (Carlos Roberto Gonçalves – Página 100 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações): ‘’A obrigação assumida pela seguradora de, em caso de sinistro, dar outro carro ao segurado ou mandar reparar o veículo danificado, como este preferir’’. O Código Civil respeita em primeiro lugar, a vontade das partes. Em falta de estipulação ou presunção em contrário, a escolha caberá ao devedor. Conforme Art. 252 do Código Civil: ‘’Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou’’. 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves – (Página 101 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações): ‘’A obrigação alternativa não se confunde com a condicional. Nesta o devedor não tem certeza se deve realizar a prestação, pois pode liberar-se pelo não implemento da condição. A obrigação condicional é incerta quanto ao vínculo obrigacional.A alternativa, entretanto, não oferece dúvida quanto à existência do referido vínculo. Este já se aperfeiçoou, não dependendo a existência do direito creditório de qualquer acontecimento. Indeterminado é apenas o objeto da prestação’’. Além disso, ainda diz que: ‘’Não se deve confundir a obrigação alternativa com a cláusula penal. Esta tem natureza subsidiária e se destina a forçar o devedor a cumprir a obrigação, não existindo senão como acessório para a hipótese de inadimplemento. Não é de sua essência conferir ao credor direito de opção e torna-se nula, se nula for a obrigação principal’’.
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA
A obrigação facultativa é aquela que o devedor tem a possibilidade de realizar a substituição do objeto prestado por outro de caráter subsidiário, o qual já foi pré-estabelecido na relação obrigacional; Segundo Orlando Gomes: ‘’Na obrigação facultativa o credor não pode exigir o cumprimento da prestação subsidiária, e, na mesma linha, caso haja impossibilidade de cumprimento da prestação devida, a obrigação é extinta, resolvendo-se em perdas e danos’’. E por fim,
OBRIGAÇÃO CUMULATIVA
A obrigação cumulativa é uma obrigação que se reúne 02 (duas) ou mais prestações cumulativas obrigacionais determinantes, em que o devedor se exonera com o prestar das prestações de forma conjunta. É caracterizada pela pluralidade de prestações. Todas as prestações cumulativas interessam ao credor; Nesta obrigação muitas prestações estão na obrigação e algumas muitas no pagamento.Exemplo: É o contrato de prestação de serviço de reforma de um imóvel em que o mestre de obra pode prestar o serviço e dar os materiais para tal reforma. Esta obrigação é também denominada obrigação conjuntiva.
ETAPA 01 PASSO 02
Estamos diante de duas obrigações, obrigação de fazer em relação ao contrato entre João Pedro e Paulo, visto que trata-se de serviço humano, quando o inadimplemento da obrigação, tem o devedor que indenizar o credor Sr. João Pedro material e moralmente, tendo em vista que a falta de mão de obra faz parte do risco do negócio escolhido pelo devedor, não devendo ser transferido para o credor. 
CIVIL. CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. REJEIÇÃO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA DA UNIDADE IMOBILIÁRIA. JUROS DE OBRA. RESPONSABILIDADE DA CONSTRUTORA NO ATRASO DA CONCLUSÃO DA OBRA. RESPONSABILIDADE CIVIL POR DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR. EXCESSO DE CHUVAS E FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA NÃO AFASTA A OBRIGAÇÃO DA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RISCO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. LUCROS CESSANTES. ALUGUEL DO IMÓVEL NO PERÍODO DE ATRASO. TERMO INICIAL. DIA SEGUINTE À DATA LIMITE PARA ENTREGA DO IMÓVEL, INCLUÍDO O PRAZO DE TOLERÂNCIA DE 180 DIAS CORRIDOS. TERMO FINAL. ENTREGA DAS CHAVES DO IMÓVEL. VALOR DO ALUGUEL ARBITRADO DE FORMA RAZOÁVEL. SENTENÇA REFORMADA. 1. EM CASO DE MORA POR PARTE DA CONSTRUTORA EM RELAÇÃO À CONCLUSÃO DA OBRA E A EXPEDIÇÃO E AVERBAÇÃO DO "HABITE-SE" NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS COMPETENTE, A CONSTRUTORA DEVERÁ SER RESPONSABILIZADA. DEVE-SE DEIXAR CLARO QUE DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, O CONSTRUTOR RESPONDE PELAS PERDAS E DANOS CAUSADOS PELO ATRASO NA AVERBAÇÃO DO "HABITE-SE". ORA, CONSIDERANDO QUE A CONSTRUTORA ESTABELECEU UM CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL COM O AUTOR, ESTE NÃO PODERÁ ARCAR COM CUSTOS DERIVADOS DE JUROS DE OBRA. EM QUE PESE SER OBJETO DO MÉRITO A DISCUSSÃO SOBRE A RESPONSABILIDADE NO ATRASO DA CONCLUSÃO DA OBRA, CONSIDERO A TEORIA DA ASSERÇÃO, BEM COMO A RELAÇÃO DE CONSUMO CONSTITUÍDA, PARA CONCLUIR QUE A PRELIMINAR SUSCITADA NÃO MERECE ACOLHIDA. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA. 2. A RELAÇÃO JURÍDICA ESTABELECIDA NO CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL É RELAÇÃO DE CONSUMO, UMA VEZ QUE AS PARTES EMOLDURAM-SE NOS CONCEITOS DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR PREVISTOS NOS ARTIGOS 2º E 3º DA LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 3. OS JUROS DE OBRA DEVEM SER RESSARCIDOS PELA CONSTRUTORA, PORQUE FICOU COMPROVADA A SUA RESPONSABILIDADE NO ATRASO DA CONCLUSÃO DA OBRA (ACÓRDÃO N.740500, 20121010081684APC, RELATOR: CRUZ MACEDO, REVISOR: FERNANDO HABIBE, 4ª TURMA CÍVEL, DATA DE JULGAMENTO: 20/11/2013, PUBLICADO NO DJE: 06/12/2013. PÁG.: 304) 4. "NÃO HÁ NULIDADE A SER RECONHECIDA NA CLÁUSULA DO CONTRATO CELEBRADO ENTRE AS PARTES QUE PREVÊ A PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE ENTREGA DO IMÓVEL POR 180 DIAS, UMA VEZ QUE TAL ESTIPULAÇÃO NÃO CONFIGURA ABUSIVIDADE" (ACÓRDÃO N.763424, 20130310015442APC, RELATOR: LEILA ARLANCH, RELATOR DESIGNADO:FLAVIO ROSTIROLA, REVISOR: FLAVIO ROSTIROLA, 1ª TURMA CÍVEL, DATA DE JULGAMENTO: 12/02/2014, PUBLICADO NO DJE: 25/02/2014. PÁG.: 88) 4.1. O TERMO INICIAL DA MORA DA CONSTRUTORA RÉ É DIA SEGUINTE À DATA EM QUE A UNIDADE IMOBILIÁRIA DEVERIA TER SIDO ENTREGUE, CONTANDO A TOLERÂNCIA DE 180 DIAS (INCLUINDO NA CONTAGEM OS DIAS NÃO ÚTEIS). E, O TERMO FINAL É A A DATA EM QUE AS CHAVES DO IMÓVEL FORAM DISPONIBILIZADAS, INDEPENDENTE DE SER A MESMA DATA DA EXPEDIÇÃO DO HABITE-SE. 5. O EXCESSO DE CHUVAS OU FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA NÃO SE PRESTAM A AFASTAR A OBRIGAÇÃO DA CONSTRUTORA EM CUMPRIR O PACTUADO, QUE DEVE SER SUPORTADA POR ELA, QUE É OBRIGADA A ARCAR COM OS RISCOS DA ATIVIDADE. NÃO CABE À EMPRESA CONTRATADA ELIDIR-SE DE OBRIGAÇÃO A QUAL ASSUMIU CONTRATUALMENTE, UTILIZANDO-SE DE ARGUMENTOS INCONSISTENTES PARA DESVENCILHAR-SE DE SEU CUMPRIMENTO, EM ESPECIAL, TRATANDO-SE DE CASOS PREVISÍVEIS. 6. OS LUCROS CESSANTES SÃO DEVIDOS EM RAZÃO DO DESCUMPRIMENTO INJUSTIFICADO DA AVENÇA PELA CONSTRUTORA, O QUAL ACARRETOU A INDISPONIBILIDADE DO BEM PARA O CONTRATANTE, QUE FOI IMPEDIDO DE GOZAR DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL. NÃO PODER UTILIZAR O BEM COMO ADQUIRIDO NA AVENÇA É PROVA SUFICIENTE PARA RECONHECER A OBRIGAÇÃO DO FORNECEDOR EM REPARAR AS PERDAS E DANOS AMARGADOS PELO CONSUMIDOR, ORA DECORRENTES DOS ALUGUÉIS QUE RAZOAVELMENTE DEIXOU DE RECEBER OU TEVE QUE PAGAR. 6.1. CONSIDERANDO JULGADOS DESTA RELATORIA, O PREÇO DO ALUGUEL DEVERÁ SER ARBITRADO DE FORMA RAZOÁVEL. NO CASO DOS AUTOS, A SENTENÇA A QUO CONDENOU A RÉ A PAGAR AO AUTOR ALUGUEL MENSAL DE R$ 700,00 (SETECENTOS REAIS), CONSIDERANDO IMPORTÂNCIA PLAUSÍVEL FACE À FREQUENTE OSCILAÇÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS NO DISTRITO FEDERAL. SENTENÇA REFORMADA. RECURSOS CONHECIDOS. REJEIÇÃO DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA; DESPROVIDO O RECURSO DA EMPRESA RÉ E PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO DO AUTOR REFORMANDO A R. SENTENÇA A QUO TÃO SOMENTE QUANTO AO TERMO INICIAL DA MORA DA CONSTRUTORA RÉ.
(TJ-DF - APC: 20130110948876 DF 0024641-29.2013.8.07.0001, Relator: ALFEU MACHADO, Data de Julgamento: 26/03/2014, 1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 02/04/2014 . Pág.: 56)
No que tange o contrato entre João Pedro e Marcos, trata-se de obrigação de dar coisa certa, pois trata-se de produto com específica quantidade e qualidade, tendo em vista que por problemas de logísticas por parte do devedor não pode ser penalizado o credor, assim sendo o Senhor João Pedro não está obrigado a aceitar produto de qualidade inferior a contratada, conforme preceitua o artigo 313 do diploma Civil Brasileiro:
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA C/C PERDAS E DANOS. AGRAVO RETIDO DESPROVIDO. MÉRITO. COBRANÇA EM SACAS DE SOJA. PROVA DOCUMENTAL QUE DA CONTA DE QUE FALTAM SER ENTREGUES AO VENDEDOR PARTE DAS SACAS DADAS COMO PAGAMENTO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. NÃO HÁ INCIDÊNCIA AO PASSO QUE O VALOR É ATUALIZADO PELO PREÇO DA SACA DE SOJA. PRECEDENTE DESTA CORTE. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. RECURSOS DESPROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70061121844, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em 16/10/2014).(TJ-RS - AC: 70061121844 RS, Relator: Giovanni Conti, Data de Julgamento: 16/10/2014, DécimaSétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/10/2014)
ETAPA 02 PASSO 01
OBRIGAÇÃO DE MEIO
É quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto responsabilizar-se por ele’’, ou seja, na promessa de fazer cumprir com a obrigação, o que prometeu (devedor/sujeito passivo) já pré-determina que quanto ao resultado seja ele positivo ou negativo ao interesse das partes, isenta-se de toda e qualquer responsabilidade; o fará e empregará de seus melhores esforços para alcançar o pretendido objetivo, mas com a incerteza do resultado pretendido. Independente de o resultado, o devedor não responderá pelos prejuízos decorrentes de um eventual insucesso
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO
	 A obrigação de resultado é o inverso da obrigação de meio, pois nesta o devedor somente fica liberado de toda e qualquer responsabilidade quando atingir o objetivo pretendido e na condição de não ser atingido o objetivo, será o devedor considerado inadimplente, devendo nesta ocasião responder pelos prejuízos decorrentes do insucesso; Sendo assim, nada mais é que o sujeito passivo empregando todos os seus meios, técnicas e conhecimentos para o alcance do resultado e ficando responsabilizado se ocasionar o resultado diverso do esperado. 
OBRIGAÇÃO DE GANRANTIA
	É aquela que se destina a propiciar maior segurança ao credor, ou eliminar risco existente em sua posição, mesmo em hipóteses de fortuito ou força maior, dada a sua natureza’’. Dito isso, entende-se que a obrigação de garantia nada mais é que o meio garantidor ao credor quanto ao resultado do que proposto ao devedor quanto à prestação da obrigação. 
OBRIGAÇÃO DE EXECUÇÃO INSTANTÂNEA
É aquela também conhecida como obrigação momentânea, ou seja, que se consuma num só ato, em um momento imediato após sua composição.
OBRIGAÇÃO DE EXECUÇÃO DIFERIDA 
É aquela que se consuma num só ato, mas o momento de cumprimento da execução é em um momento futuro; nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves (Página 196 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações): ‘’é a que também se exaure em um só ato, porém a ser realizado em data futura e não no mesmo instante em que é contraída’’.
OBRIGAÇÃO DE EXECUÇÃO CONTINUADA
 	É aquela também conhecida e pronunciada como execução periódica ou de trato sucessivo, que avança no tempo e que se cumpre através de ações repetidas caracterizando-se pela prática; VON TUHR observa que, rigorosamente, só as prestações negativas poderiam ser contínuas, pois toda conduta positiva se decompõe em uma série de atos isolados no tempo, e ainda que todo conceito de continuidade não se refira aos atos materiais, de modo que, se os diversos atos podem ser interpretados como conduta única, a prestação é contínua. 
Artigo 290 – Código de Processo Civil: ‘’Quando a obrigação consistir em prestações periódicas considerar-se-ão elas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor’’.
O QUE DIFERE A OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL PARA A INDIVISÍVEL?
‘’Quando na obrigação concorrem um só credor e um só devedor ela é única ou simples. As obrigações divisíveis e indivisíveis, porém, são compostas pela multiplicidade de sujeitos. Nelas há um desdobramento de pessoas no polo ativo ou passivo, ou mesmo em ambos, passando a existir tantas obrigações distintas quantas as pessoas dos devedores ou dos credores. Nesse caso, cada credor só pode exigir a sua quota e cada devedor só respondem pela parte respectiva (Código Civil, artigo 257 - Carlos Roberto Gonçalves (Página 112 – Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações)). 
Obrigação divisível é aquela em que a prestação pode ser parcialmente cumprida não restando prejuízo de sua qualidade e valor, ou seja, pode ser fracionada sem alteração na substância. Observação importante é que o bem natural divisível pode tornar-se indivisível por determinação da lei e ainda por vontade dos sujeitos da relação jurídica; outro ponto interessante é que na presença de mais de um devedor ou credor em obrigação divisível, fica dividida as obrigações, iguais e distintas,(Art. 257) quanto aos credores ou devedores, desde que devidamente ajustadas essas questões. 
Obrigação indivisível é o inverso da obrigação divisível, ou seja, não pode ser cumprida parcialmente e sim por inteira, tendo em vista que os objetos indivisíveis não podem ser fracionados, pois feito isso consequentemente ocasionará na alteração da substância da coisa. Neste caso, existindo mais de um devedor, a prestação não for divisível, cada um ficará obrigado pela totalidade da dívida.
É CORRETO DIZER QUE A OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL/INDIVISÍVEL É O MESMO CONCEITO DE COISA DIVISÍVEL/INDIVISÍVEL?
 Sim, é correto! Podemos conceituar com base de bem(coisa) divisível e indivisível do Código Civil – Artigos 87 e 88, pois é possível fragmentar bens divisíveis sem que se altere sua substância técnica e monetária. 
É POSSÍVEL OCORRER À CONVOLAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL EM INDIVISÍVEL? EXPLICAR E FUNDAMENTAR.
Sim. Quando existem mais de duas pessoas no polo passivo caracteriza-se como obrigação solidária, podendo haver obrigação solidária de bem divisível, ocasionando a todos os sujeitos devedores a responsabilidade de responder de forma integral pela dívida, mesmo sendo coisa divisível; Costumeira proposta de solidariedade em objeto divisível é justamente com o intuito de fixar a relação e facultar a cobrança por parte do credor. 
Art. 257 – Código Civil: ‘’Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta se presume dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores’’, e ainda de acordo com o Art. 88 – Código Civil:
‘’Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes’’.
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
SOLIDARIEDADE ATIVA
Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. 
Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
 
O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
RENÚNCIA
O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
SOLIDARIEDADE PASSIVA
O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todosreunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
ELAS PODEM SER PRESUMIDAS?
Dispõe o art. 265 do Código Civil:
"A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes".
Desse modo, se não houver menção explícita no título constitutivo da obrigação ou em algum artigo da lei, ela não será solidária, porque a solidariedade não se presume. Será então divisível ou indivisível, dependendo da natureza do objeto
SUJEITOS DA SOLIDARIEDADE
Credores (sujeitos ativos), no caso de solidariedade ativa, várias pessoas que tem algo a receber
Devedores (sujeitos passivos), no caso de solidariedade passiva, várias pessoas que tem algo para pagar.
DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA E FIANÇA
Não existe, porque, geralmente, pela fiança se institui uma obrigação subsidiária entre as partes, no caso o fiador e o afiançado e conforme o disposto no artigo 828, II,do código civil, esta responsabilidade pode ser convencionada como sendo solidária.
ETAPA 02 PASSO 02
	A solução do caso, seria primeiramente a decretação do despejo de Pedro, ou seja, obrigação de fazer, desocupar o imóvel, para posterior levantamento do débito atualizado de aluguéis e encargos, para posterior execução de seus fiadores, no caso obrigação solidária passiva, trata-se de obrigação divisível pois os fiadores Paulo e Patrícia poderão arcar de acordo como convier no momento, sendo que no momento do adimplemento da obrigação, este sub-rogarão os direitos de Tício face a Pedro.
ANEXOS JURISPRUDENCIAS
OBRIGAÇÃO DE DAR
OBRIGAÇÃO DE FAZER
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

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