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aula de proteínas

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Bioquímica Clínica 
Proteínas
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Proteínas
Introdução ao estudo das proteínas
Proteínas totais no sangue 
Proteínas totais na urina
Proteínas totais em outras amostras
Principais proteínas de valor clínico
Aminoacidopatias
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● Polímeros de aminoácidos: Existem de 3000 – 5000 proteínas em uma célula humana.
H2O
 Estruturas: primária, secundária, terciária e quaternária
1. Introdução ao estudos das proteínas 
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● Podem ser proteínas simples ou conjugadas; fibrosas (fibrinogênio, troponina, queratina,...) ou globulares (hemoglobina, enzimas, hormônios, proteínas plasmáticas,...).
● Funções: transporte, manutenção da pressão osmótica, defesa imunológica, atividade enzimática, coagulação, ação hormonal, função estrutural...
● Concentração das proteínas depende da:
- Síntese: maioria no FÍGADO
- Distribuição: normalmente no plasma = 7,0 g/dL
- Catabolismo: liberação de aminoácidos 
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 Hiperproteinemia:
Desidratação: baixa ingestão de líquidos ou perda excessiva de líquidos (vômito, diarréia, diabetes melito e doença de Addison).
Enfermidades monoclonais: mieloma múltiplo (IgG, IgA ou IgM) e macroglobulinemia de Waldenström (linfoma - IgM).
2. Proteínas totais no sangue
Aumenta a diurese osmótica
Aumentam produção de imunoglobulinas 
Reduz produção de aldosterona
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 Hiperproteinemia:
Enfermidades policlonais: lúpus eritematoso, sarcoidose, artrite reumatoide, neoplasias, infecção bacteriana crônica,...
Aumentam produção de proteínas de fase aguda
- Exemplos de proteínas de fase aguda: Proteína C reativa (PCR), α1-glicoproteína ácida, fibrinogênio,...
* A reação de fase aguda é constituída por uma cascata complexa de alterações fisiológicas e metabólicas que se inicia imediatamente após uma injúria tecidual, decorrente de uma infecção, reação alérgica ou imunológica, trauma mecânico ou térmico, neoplasias, isquemia, procedimento cirúrgico...
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 Hipoproteinemia:
	
Distúrbios da síntese protéica: má absorção de aa, desnutrição, insuficiência hepática,...
Perda renal: síndrome nefrótica, glomerulonefrite crônica,...
Outras causas: aumento do volume plasmático (hemodiluição: ingesta excessiva de água e SIADH), queimaduras graves, enteropatia perdedora de proteínas, hemorragia grave,...
Problemas na filtração glomerular ou na reabsorção tubular
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Determinação de proteínas totais séricas
Métodos espectrofotométricos: método do biureto.
Refratometria: útil para avaliar altas concentrações de proteínas. A exatidão diminui se a concentração de proteínas estiver abaixo de 3,5 g/dL.
Turbidimetria e nefelometria: amostras turvas (p. ex. lipêmicas) são limitantes.
Intervalos de referência: 6,4 - 8,3 g/dL (adultos saudáveis); 6,0 - 7,8 g/dL (adultos em repouso).
Não é necessário jejum.
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3. Proteínas totais na urina
 Proteínas com carga negativa e alto peso molecular não são filtradas através da membrana glomerular.
 Proteínas de baixo peso molecular podem ser reabsorvidas pelos túbulos renais.
 Elevação na urina: no estágio inicial da doença renal.
Sangue arterial
Um pouco de albumina, β2-microglobulina,...
 
Sangue venoso
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 Proteinúria devido à doença glomerular: proteinúria acima de 1 g/dia, normalmente indica lesão glomerular. Ocorre na glomerulonefrite, glomeruloesclerose, nefropatia diabética, síndrome nefrótica, pré-eclampsia,... Principal proteína excretada é a albumina. 
 Proteinúria tubular: Presença de proteínas de baixo peso molecular e enzimas tubulares. Pode ocorrer na síndrome de Fanconi, nefrite túbulo-intersticial,...
Principais causas de proteinúria
Proteínas de baixo PM: Cistatina C, α1-microglobulina e β2-microglobulina.
Enzimas tubulares: N-acetil-β-D-glucosaminidase (NAG).
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 Proteinúria transitória: Pode ser observada na insuficiência cardíaca congestiva, aterosclerose, hipertensão, febre alta, exercícios vigorosos, gravidez (< 300 mg/dia),...
 Proteinúria ortostática ou postural: A secreção das proteínas ocorre principalmente durante o dia, quando os níveis de atividade são altos. Pode estar associada com lordose severa. A amostra de urina coletada pela manhã é útil no diagnóstico.
 Proteinúria devido à sobrecarga: alteração extra-renal. Hemoglobinúria, mioglobinúria e proteína de Bence-Jones. Função renal normal. 
 Proteinúria pós-renal: lesões que afetam os ureteres, a bexiga e a uretra dos pacientes. Causa mais comum é a cistite.
* Indícios da presença de proteína de Bence-Jones: amostra de urina turva entre 40-60oC e transparente à 100oC. Detectada por eletroforese também.
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Determinação de proteínas totais na urina
Métodos espectrofotométricos: vermelho de pirogalol.
Turbidimetria.
- Amostra: urina de 24 horas ou aleatória (isolada)
Intervalos de referência:
Urina de 24 horas: até 150 mg/24 horas
Amostra aleatória: 
 Proteinúria: até 15 mg/dL 
 Relação Proteína/Creatinina: Normal < 0,2
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Acima de 1g/dia: lesão glomerular.
Acima de 3,5g/dia: síndrome nefrótica.
Acima ou igual a 300 mg/dia + hipertensão (gestante após 20º semana de gestação): pré-eclampsia.
Relação proteína/creatinina igual ou superior a 0,3 + hipertensão (gestante após 20º semana de gestação): pré-eclampsia.
Proteinúria x Patologia
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4. Proteínas totais em outras amostras
- Líquor (líquido cefalorraquidiano): 
Concentração inferior a 1% em relação ao plasma. Pré-albumina, albumina e transferrina são exemplos. 
VR: 15 – 48 mg/dL (idosos e RN tem valores um pouco maiores). Método: vermelho de pirogalol.
Elevação: aumento na permeabilidade sangue-líquor (na meningite, hemorragia intracerebral, neuropatia diabética,...), síntese de imunoglobulinas intratecal (neurossífilis, esclerose múltipla,...), defeitos circulatórios no SNC (obstrução por tumor),...
Redução: hipertensão intracraniana, leucemias, hipertireodismo,...
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 Líquido pleural: Dosagem serve para classificar o líquido em exsudato ou transudato. 
Exsudato: permeabilidade vascular aumentada. Causas do derrame pleural: infecção bacteriana, neoplasias,...
Transudato: ultrafiltrado de proteínas do sangue. Causas do derrame pleural: insuficiência cardíaca congestiva, síndrome nefrótica,...
*Exsudato: proteínas totais no líq. pleural acima de 3 g/dL; proteínas no liq. pleural/soro  0,5.
*Transudato: proteínas totais no liq. pleural abaixo de 2,5 g/dL; proteínas no liq. pleural/soro  0,5.
 Líquido sinovial: VR: 1-3 g/dL. Processos inflamatórios aumentam permeabilidade. Exemplos: artrite, artropatias inflamatórias,... 
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5. Principais proteínas de valor clínico
 Pré-albumina e Albumina
 α1-fetoproteína
 Haptoglobina
 Transferrina
 Ceruloplasmina
 Fibrinogênio
 Proteína C reativa
 β2-microglobulina
 α2-macroglobulina
 α1-antitripsina
 α1-glicoproteína ácida
 Imunoglobulinas
 Enzimas
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ALBUMINA
 Sintetizada no fígado e, em menor quantidade, no plexo coroide do SNC.
 Apresenta proporção elevada de aminoácidos essenciais. Seus valores variam mais rapidamente em resposta a alterações na síntese proteica.
 Também pode ocorrer redução na inflamação, malignidade,... (proteína de fase aguda negativa). PCR pode ser importante.
 Redução também na cirrose e doenças que levam a perda proteica (patologias renais ou intestinais).
 Dosagem: métodos imunoturbidimétricos ou imunonefelométricos. VR: 20-40 mg/dL. Jejum de 8 horas.
 
Pré-albumina
Marcador de status nutricional
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ALBUMINA
 Proteína mais abundante no plasma humano (corresponde a aproximadamente 60% das proteínas do plasma).
 Sintetizada no fígado.
 Funções: Regulação osmótica (contribui com 75-80% do efeito osmótico do plasma), transporte
e armazenamento.
 Principal componente proteico da urina, líquor, líquido amniótico,...
Albumina
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 - HIPERALBUMINEMIA: Encontrada raramente na desidratação (diarréia, vômito,...). Pouca importância clínica.
- HIPOALBUMINEMIA:
Albumina no sangue
Doença hepática: cirrose. O fígado possui capacidade de manter a síntese de albumina até que a lesão hepática cause perda de aprox. 50% da função do tecido.
Perda urinária: lesão glomerular ou tubular (síndrome nefrótica, doença renal crônica,...).
Analbuminemia: deficiência genética rara (concentrações menores que 0,5 g/L).
Perda gastrointestinal: enteropatia perdedora de proteínas.
Queimaduras, inflamação (proteína de fase aguda negativa),...
 
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Determinação de albumina sérica
Métodos espectrofotométricos: verde de bromocresol ou roxo de bromocresol.
Imunoturbidimetria e nefelometria: maior especifificidade.
Não é necessário jejum (Álvaro) ou jejum de 3 horas (Fleury).
Intervalo de referência: 3,5 – 5,2 g/dL
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		Normal: < 30 mg/dia
		Albuminúria alta: 30 – 300 mg/dia
		Albuminúria muito alta: > 300 mg/dia
 
Albumina na urina
Valor de Referência Homens (mg/g) Mulheres (mg/g)
Normal < 17 < 25
Elevado 17 - 250 25 - 355
Muito elevado > 250 > 355
Urina de 24 horas
Urina aleatória (expressar por creatinina)
Nefropatia evidente 
* Elevação indica alteração glomerular e/ou tubular.
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Metodologias: imunoturbidimetria, ELISA, radioimunoensaio,...
A ADA recomenda a medição anual de albuminúria em pacientes com DM tipo 1 que tem esta condição a 5 anos ou mais e no momento do diagnóstico do DM tipo 2.
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD): albuminúria é critério diagnóstico de nefropatia diabética.
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Albumina no líquido ascítico
 albumina soro 
 albumina líquido ascítico
Relação > 1,1 g/dL (hipertensão portal): cirrose, hepatite alcoólica, insuficiência cardíaca,...
Relação < 1,1 g/dL (não hipertensiva): pancreatite, tuberculose, câncer,...
GASA =
Hipertensão portal: causa acúmulo de um filtrado do plasma na cavidade abdominal.
Causas não-hipertensivas: há perda de plasma rico em albumina para a cavidade abdominal.
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Albumina no líquor
VR: 18 -25 mg/dL.
Importância: avaliação da permeabilidade da BHE.
Determinação da relação entre albumina do líquor (mg/dL) e albumina do soro (g/dL).
 Índice  9: BHE intacta
 Índice de 9 – 14: comprometimento discreto da BHE
 Índice de 14 – 30: comprometimento moderado da BHE
 Índice superior a 30: comprometimento severo da BHE
Obs: este índice é um pouco mais alto em bebês com até 6 meses e aumenta gradualmente após os 40 anos de idade.
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 1-fetoproteína (AFP)
 Glicoproteína sintetizada no fígado fetal, saco vitelino,...
 Uma das primeiras proteínas a aparecer no soro de mamíferos durante o desenvolvimento do embrião.
 VR: Líquido amniótico (20ª semana) 5 – 25 mg/dL
 Soro materno (20ª semana) 20 – 100 µg/L
 Soro do recém-nascido até 5 mg/dL
 alfa1-fetoproteína: associação com anencefalia, pré-eclâmpsia, gestação múltipla,... 
 alfa1-fetoproteína: associação com a síndrome de Down.
 
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Hepatite e cirrose: 95% dos pacientes apresentam  200 ng/mL.
Concentrações acima de 1000 ng/mL: câncer
Em adultos (não gestantes): 
VR: até 10 ng/mL no soro (sem jejum - imunoensaio). 
Elevação na doença hepática (hepatite viral aguda, hepatite crônica, cirrose e câncer). 
- Concentração se relaciona com o tamanho do tumor. A sensibilidade da dosagem sérica de AFP para o diagnóstico do câncer hepático é de aproximadamente 60%.
* Foram analisados 90 pacientes cirróticos com carcinoma hepatocelular submetidos à transplante. Os pacientes com valores séricos de alfa-fetoproteína maiores que 200 ng/mL apresentaram menores taxas de sobrevida (Ataide et al., 2011)
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Haptoglobina
- Glicoproteína sintetizada nos hepatócitos (proteína de fase aguda fraca). Também chamada de 2-glicoproteína.
 Função: transporte da hemoglobina (ligação irreversível após a hemólise) para o sistema retículo endotelial (células de Kuppfer hepáticas; baço).
 VR soro (sem jejum): recém-nascidos: 5 – 48 mg/dL
 adultos: 30 – 200 mg/dL
Imunoturbidimetria e imunonefelometria. 
- Valores aumentados: doenças inflamatórias (doença reumática, colite ulcerativa,...), neoplasias, corticosteróides, androgênios,...
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- Valores reduzidos: processos hemolíticos induzidos ou hereditários (hemoglobinopatias, anemia megaloblástica, anemia hemolítica induzida por drogas,...), hepatopatias graves, ahaptoglobinemia, hipohaptoglobinemia,...
Utilizada para diagnosticar anemia hemolítica e para distinguir anemia hemolítica de anemias resultantes de outras causas. Entretanto, a haptoglobina não indica a causa da hemólise.
Diminuição do nível de haptoglobina com aumento nos níveis de bilirrubina indireta, elevação da contagem de reticulócitos, diminuição da contagem de hemácias, da hemoglobina e do hematócrito: indicativo de anemia hemolítica.
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Transferrina
 Glicoproteína que transporta o ferro plasmático. Proteína de fase aguda negativa.
 Valores aumentados: anemia por deficiência de ferro (diagnóstico e monitoramento de terapia), gravidez,..
 Valores reduzidos: doença hepática, enteropatias perdedoras de proteínas, síndrome nefrótica, má nutrição, neoplasias, inflamação, atransferrinemia congênita...
 VR soro: adultos (200 – 360 mg/dL); idosos (180 – 380 mg/dL) e RN (130 – 275 mg/dL). Sem jejum.
 Metodologias: imunoturbidimetria e imunonefelometria. 
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 É uma proteína de fase aguda (fraca).
 Glicoproteína que atua no transporta o cobre plasmático (90%). O cobre é inserido na cadeia polipeptídica no fígado e, posteriormente, liberado no plasma.
 Valores aumentados: neoplasias, lupus, hepatite, artrite, doença de Hodgkin, estrógenos,...
 Valores reduzidos: falta de incorporação de cobre na molécula (insuficiência de cobre na dieta ou má absorção, doença de Wilson - incapacidade de transferir cobre para a proteína), perda renal ou gastrointestinal, doença hepática severa,...
 VR em adultos (soro, sem jejum): 20 – 60 mg/dL.
 Imunoturbidimetria e imunonefelometria.
Ceruloplasmina
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Fibrinogênio
 Proteína de fase aguda.
 Glicoproteína que atua na formação do coágulo
 Valores aumentados: doenças inflamatórias, infecções, pneumonia, neoplasias, gravidez,...
 Valores reduzidos: pessoas com problemas na coagulação (afibrinogenemia ou hipofibrinogenemia), doença hepática avançada, terapia com agentes fibrinolíticos,... 
 VR plasma (citrato): 150 – 350 mg/dL. Sem jejum.
 Imunoturbidimetria.
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 Proteína capaz de se ligar ao polissacarídeo C da parede celular de Streptococcus pneumoniae. Presente no plasma de pacientes com doenças agudas.
 Envolvida com o sistema imunológico (fagocitose e lise de bactérias e vírus).
 Uma das principais proteínas de fase aguda (inflamação).
 A elevação dos seus níveis pode ocorrer a partir de 6 horas, atingindo um pico após 48 horas, que pode chegar a 1000 vezes os valores basais. 
Proteína C reativa (PCR)
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VR soro:  0,5 mg/dL. Sem jejum.
 Metodologias: imunoturbidimetria e imunonefelometria.
Valores aumentados: inflamação (febre reumática, artrite reumatoide,...), infarto do miocárdio, infecções, necrose tecidual, estresse, trauma, proliferação neoplásica,... 
PCR elevado: aumenta o risco de doença cardiovascular.
 
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β2-microglobulina
 Proteína de membrana de baixo PM (fase aguda), encontrada na superfície de todas as células nucleadas. 
 Pode ser
liberada no plasma, especialmente, por linfócitos e células tumorais. Passa através da membrana glomerular, mas menos de 1% é excretado na urina. O restante é reabsorvido e catabolizado nos túbulos renais.
 Dosagem pode ser no soro e urina.
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 VR: 0,07 – 0,18 mg/dL. Sem jejum. Quimioluminescência.
 Elevada concentração: insuficiência renal, processos inflamatórios (LES, artrite,..) e neoplasias (linfomas não-Hodgkin, mieloma múltiplo, e leucemia)
 VR: 0,03 – 0,37 mg/dia. Quimioluminescência.
 Elevada concentração: dano tubular.
Soro
Urina
Concentrações elevadas representam a doença mais avançada.
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α2-macroglobulina
 Sintetizada pelo fígado. Inibidora de proteases do plasma. Possui elevado peso molecular (dificuldade em se difundir a partir do plasma).
 VR soro (sem jejum):
 Imunoturbidimetria e imunonefelometria.
 Elevada em bebês e crianças (2-3 vezes mais que em adultos). Pode estar elevada em pacientes com síndrome nefrótica.
 Concentrações reduzidas podem ser observadas na pancreatite aguda grave ou no carcinoma avançado de próstata.
 Dosagem no líquor: Normalmente passa muito pouco para o líquor. Elevação pode significar hemorragia subdural ou rompimento da BHE.
Homens: 150 – 350 mg/dL
Mulheres: 175 – 420 mg/dL
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 Inibidora de proteases (tripsina, elastase,...). Protege contra a destruição da parede alveolar. Proteína de fase aguda sintetizada no fígado.
 O defeito genético afeta 1 em cada 3.000-5.000 indivíduos.
 Principal consequência é o enfisema pulmonar (sintomas: dispneia, tosse, produção de escarro e respiração com dificuldade). Deve-se a perda de elastina.
α1-antitripsina
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 Valores aumentados: Reações de fase aguda (traumas, infecções, inflamação,...) e estrógenos (gravidez, contraceptivo oral),...
 Valores reduzidos: enfisema pulmonar, doenças hepáticas (cirrose, câncer,...), pancreatite grave, perda de proteínas na urina,... 
 VR soro: 90 – 200 mg/dL. 
 Imunoturbidimetria e imunonefelometria
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 Proteína de fase aguda. É sintetizada no fígado. Atua no transporte de substâncias lipofílicas.
 VR soro: 50 - 120 mg/dL. Sem jejum.
 Turbidimetria e nefelometria.
 Valores aumentados: artrite reumatoide, febre reumática, lúpus eritematoso sistêmico, doença inflamatória gastrointestinal, neoplasias malignas e queimaduras.
 Valores reduzidos: desnutrição, enfermidade hepática severa, síndrome nefrótica e gastroenterites perdedoras de proteínas.
α1-glicoproteína ácida
Níveis elevados 12 horas após a injúria e permanecem alterados por 3 a 5 dias, com um aumento de 2 a 4 vezes nos seus níveis séricos na vigência de um estímulo inflamatório. 
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Imunoglobulinas
 São anticorpos sintetizados pelo sistema imune. Produzidas pelos linfócitos B.
 Tipos de imunoglobulinas: IgA, IgE, IgG, IgD e IgM.
 Metodologia variável. Sem jejum.
● IgA: 10-15% 
- Elevação na artrite, cirrose hepática, lupus, mieloma secretor de IgA,...
- Redução na imunodeficiência adquirida, hipoplasia,...
VR soro (imunoturbidimetria): IgA1: 50 – 200 mg/dL
 IgA2: 0 – 20 mg/dL
● IgE: quantidades traços no soro
Elevação em doenças parasitárias e doenças atópicas.
VR soro: 0 – 0,2 mg/dL (fluorescência)
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 ● IgG: 85%
- Elevação na doença hepática crônica, mieloma secretor de IgG, doenças auto-imunes, infecções crônicas, doenças parasitárias,... 
- Redução na deficiência hereditária, imunodeficência adquirida,... 
VR soro (imunoturbidimetria): 
 IgG1: 500 – 1200 mg/dL; IgG2: 200 – 600 mg/dL;
 IgG3: 50 – 100 mg/dL; IgG4: 20 -100 mg/dL. 
● IgD: menos de 1% no soro
Elevação no mieloma secretor de IgD, doença auto-imune,...
Redução na deficiência adquirida, imunodeficência adquirida,... 
VR soro: 0 – 40 mg/dL (imunodifusão radial).
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● IgM: 5-10% 
- Primeira resposta a um antígeno (mais primitiva e menos especializada). Ativador eficiente do complemento.
- Elevação nas doenças hepáticas, malária, mononucleose, leucemia, mieloma secretor de IgM, macroglobulinemia de Waldenström,...
- Redução na deficiência hereditária, mieloma não secretor de IgM, imunodeficiência adquirida,...
VR soro: 50 – 150 mg/dL (imunoturbidimetria).
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Enzimas
 Proteínas com propriedade catalisadora.
 Classificação quanto a função: Hidrolases, transferases, oxidorredutases, liases, ligases e isomerases.
 Classificação quanto a localização
 
Enzimas plasma específicas
Enzimas celulares
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- Meia vida das enzimas celulares após liberação no plasma pode variar de algumas horas até semanas.
- O aumento nas enzimas celulares no plasma pode ser por:
● Aumento na liberação das enzimas para o plasma
● Redução na remoção das enzimas pelos rins
Enzimas celulares
Grande valor diagnóstico
Exemplos: TGO, TGP, amilase, lipase, CK, GGT,...
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6. Aminoacidopatias
 Fenilcetonúria: Deficiência da fenilalanina hidroxilase (acúmulo de fenilalanina e fenilcetonas). O acúmulo deste aminoácido prejudica o desenvolvimento e o funcionamento do cérebro. Pacientes podem desenvolver: microcefalia, retardo mental grave, erupção cutânea eczematosa,... Frequência é de 1:10.000 a 1:20.000 nascidos vivos.
Tratamento: dieta com baixo teor de proteínas e fenilalanina, suplementação com tirosina, minerais, viraminas,...
Diagnóstico: aumento de fenilalanina no plasma (CLAE) e aumento da proporção fenilalanina:tirosina. Teste rápido na urina com cloreto de ferro.
VR (fenilalanina no plasma): 
<24 Meses 28-80(µmol/L)
2-17 Anos 30-95(µmol/L)
>=18 Anos 35-80(µmol/L)
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 Tirosinemia: doença genética caracterizada por aumento das concentrações de tirosina no sangue. Deve-se a deficiência de enzimas que atuam no metabolismo de tirosina. Existem três tipos: I, II e III. Tipo I (mais grave) tem incidência de 1:100.000. Pacientes podem apresentar: comprometimento hepático (câncer), retardo no crescimento, raquitismo,...
Tratamento: baixo teor de tirosina na dieta, transplante hepático (caso o paciente evolua para insuficiência hepática),...
Diagnóstico: tirosina no plasma (CLAE). 
Monitorização: alfa1-fetoproteína.
VR (tirosina no plasma):
até 4mg/dL 
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- Homocistinúria: aumento das concentrações de aminoácidos contendo enxofre (homocisteína). Incidência de 1 para 300.000 nascimentos. Causada pela inibição da cistationina β-sintase. Pode ocorrer osteoporose intensa, complicações cardiovasculares,...
Tratamento: altas doses de piridoxina (co-fator da cistationina β-sintase), dieta com baixo teor de metionina,...
Diagnóstico: dosagem de homocisteína (quimioluminescência) no soro.
VR (homocisteína no soro)
Homens: 5,46 a 16,20 µmol/L
Mulheres: 4,44 a 13,56 µmol/L
O mieloma múltiplo, a leucemia, o linfoma e a síndrome mielodisplásica são as principais causas de câncer que acometem as células de defesa do sangue.
O tipo de mieloma múltiplo mais comum é secretor de IgG seguido, em ordem decrescente, pelos mielomas produtores de IgA e IgM. Mielomas secretores de IgD ou IgE são raros.
Vasopressina (ADH): Hormônio produzido pelo hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise. Ocorre redução no ADH no diabetes insipidus central.
O diabetes insipidus central (ou neurogênico) pode ter origem na produção insuficiente do hormônio antidiurético pelo hipotálamo. O distúrbio pode ser provocado pela insuficiência da hipófise na liberação do hormônio antidiurético na corrente sanguínea. Outras causas do diabetes insipidus central incluem lesão provocada durante cirurgia no hipotálamo ou na hipófise; lesão cerebral, especialmente fratura na base do crânio; tumor; sarcoidose ou tuberculose; aneurisma (dilatação na parede de artéria) ou obstrução nas artérias que irrigam o cérebro; algumas formas de encefalite ou meningite e a rara doença de histiocitose das células de Langerhans. Outro tipo de diabetes insipidus,
o diabetes insipidus nefrogênico, pode ser causado por anormalidades nos rins
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Alterações produzidas por reação de fase aguda: vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, produção de proteínas de fase aguda,...
Doenças auto-imunes, inflamações, neoplasias e infecções podem aumentar proteínas de fase aguda.
Doença monoclonal quando apenas um tipo de anticorpo está aumentado, e policlonal quando mútiplos tipos de anticorpos estão aumentados. 
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A síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH) é caracterizada pela excessiva produção de hormônio antidiurético. Pode ser causada por neoplasias e infecções do SNC,...
Nestas patologias, pode haver secreção de fatores que agem no hipotálamo/hipófise. 
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Biureto: As ligações peptídicas das proteínas reagem com íons cúpricos em meio alcalino formando um complexo de coloração violeta, cuja absorbância medida em 545 nm é diretamente proporcional à concentração de proteínas na amostra. 
Refratometria: avalia o índice de refração.
 Turbidimetria e nefelometria: avaliam a formação de agregados (precipitados). Reagentes utilizados para agregar as proteínas: TCA, ácido sulfossalicílico,...
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Apesar de a albumina possuir carga negativa (sendo repelida pela membrana do glomérulo), o tamanho molecular desta proteína não é tão elevado e permite a passagem de pequenas quantidades na urina.
- algumas estruturas na membrana glomerular tem carga negativa, possuindo afinidade por substâncias de carga oposta, positiva. Por esta razão, íons ou outros compostos de carga positiva são incluídos na composição do ultrafiltrado, ao passo que aqueles de carga negativa apresentam uma maior dificuldade, sendo mais retidos.
- A presença de proteinúria é um achado que pode ser indicativo de comprometimento renal. Está presente no estágio inicial da doença renal antes de o comprometimento da função poder ser detectado. 
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Origem glomerular: proteinúria pode atingir níveis bem elevados. Geralmente é uma mistura de proteínas de baixo e elevado peso molecular.
Síndrome de Fanconi: deficiência nos túbulos proximais.
Nefrite intersticial: é caracterizada por uma inflamação renal que afeta os túbulos.
* Acredita-se que a proteinúria não seja somente consequência do dano renal. A proteinúria poderia contribuir para a progressão da doença renal. O excesso de proteínas no glomérulo poderia causar glomeruloesclerose. Além disto, o acúmulo de proteínas no lúmem tubular poderia causar uma reação inflamatória.
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As proteínas de Bence-Jones são fragmentos, usualmente cadeias leves (KAPPA e LAMBDA), de imunoglobulinas monoclonais (paraproteinas) que são filtradas no glomérulo. Na maioria dos casos é rapidamente depurada do plasma, podendo não ser detectada pela eletroforese. Cerca de 70% a 80% dos pacientes com mieloma múltiplo apresentam proteína de Bence-Jones na eletroforese de urina. Também se encontra presente em 20% dos casos de Macroglobulinemia de Waldenstrom.
Proteinúria pós-renal: problema no trato urinário inferior.
Indicativo de pré-eclampsia na gestação: proteinúria acima de 300 mg/dia e hipertensão.
- Proteinúria postural: pessoa permanece muito tempo de pé, pessoas altas,...
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Em meio ácido, as proteínas reagem com o vermelho de pirogalol e o molibdato formando um complexo colorido cuja absorbância medida em 600 nm é diretamente proporcional à concentração de proteínas na amostra analisada. Dosagem de proteínas em urina e líquor.
- O método de biureto tem pouca sensibilidade na dosagem urinária.
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A eclâmpsia ocorre nos casos em que, além do quadro de pré-eclâmpsia, a paciente evolui com convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas. Pode causar morte da gestante e/ou do feto.
A hipertensão pode comprometer o sistema renal (proteinúria).
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Se há dúvida entre déficit nutricional e neoplasia/inflamação: dosar PCR
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- A albumina tem sido administrada para a manutenção da osmolaridade.
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- A albuminúria pode ser decorrente do aumento da permeabilidade glomerular e/ou da diminuição da reabsorção desta macromolécula no túbulo proximal. O TCP reabsorve a pequena quantidade de albumina que passa pelo glomérulo.
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Albumina: possui carga elétrica negativa, porém peso molecular não é tão elevado: passa muito pouco para a urina.
Uma alteração glomerular permite uma maior passagem de albumina para o filtrado glomerular e, consequentemente, uma maior excreção urinária. Uma alteração tubular também permite maior excreção urinária.
- Albuminúria alta (microalbuminúria). Termo microalbuminúria não é mais indicado.
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Na cirrose, a hipoalbuminemia também contribui para a ascite. Há extravasamento do plasma para a cavidade abdominal, devido a alteração na osmolaridade.
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níveis elevados de AFP são identificados em 60% dos pacientes com CHC, enquanto 40% dos portadores de CHC apresentam níveis normais desse marcador. Valores normais de AFP, portanto, não descartam a hipótese diagnóstica de CHC. 
Dosagem também é útil para avaliar a eficácia da terapia contra o câncer.
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- Parece que no LES e na colite ulcerosa, a resposta da PCR é branda.
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Está em concentração muito pequena no plasma, em situações normais.
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- A redução na concentração sérica de B2-microg. em alguém com mieloma múltiplo e linfoma indica que a pessoa está respondendo ao tratamento.
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- Síndrome nefrótica: o fígado aumenta a produção de todas as proteínas para compensar a perda renal. Entretanto, a perda é superior a produção, exceto para as proteínas muito grandes, que são retidas pela barreira de filtração glomerular.
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Doenças atópicas: asma, rinite, dermatite,.... (reações alérgicas)
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Enzimas plasma específicas: trombina, plasmina,...
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A fenilalanina hidroxilase degrada fenilalanina (aa essencial) em tirosina.
Fenilcetonas são formadas a partir da fenilalanina. As fenilcetonas são excretadas na urina (fenilcetonúria).
O cloreto férrico reage com as fenilcetonas.
Tirosina também é dosada por CLAE no plasma.
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- Existem 3 tipos de tirosinemia: tipo 1, 2 e 3 (depende da enzima que é deficiente).
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A cistationina beta-sintase é uma enzima que converte homocisteina em cistationina.
Incidência muito alta no Qatar (1:1.800)
Os paciente apresentam maior risco de desenvolver trombose.
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