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* Glicólise * Via de oxidação da glicose a piruvato, com a produção de ATP e NADH Via universal, presente em todos os organismos Em eucariotos, ocorre no citossol Via anaeróbica, não requer oxigênio Glicose + 2NAD+ + 2Pi + 2ADP = 2 piruvato+ 2ATP + 2NADH + 2H2O Na presença de O2, piruvato oxidado a CO2 Na ausência de O2, piruvato convertido a lactato ou etanol Glicólise O2 * Glicólise Durante a oxidação da glicose, H+ e os elétrons produzidos em reações catalisadas por desidrogenases são recebidos pela coenzima NAD+. Desidrogenase Nicotinamida adenina dinucleotídeo Vitamina B3 * I. Dupla fosforilação da glicose (hexose). Fase de investimento: 2 mols de ATP. Glicólise II. Clivagem desta hexose, produzindo 2 trioses fosforiladas III. Oxidação e nova fosforilação das trioses fosfato, desta vez por fosfato inorgânico IV. Transferência dos grupos fosfato para o ADP, formando 4 mols de ATP e 2 mols de piruvato (fosforilação ao nível de substrato) * Glicólise * Glicólise: reações Fosforilação da glicose a glicose-6 fosfato. Requer energia: acoplada à hidrólise de ATP em ADP e Pi. Enzima: hexoquinase. Apresenta baixo Km para glicose: assim que a glicose entra na célula, é fosforilada. Passo irreversível. Glicose é aprisionada dentro da célula (transportador de glicose não transporta glicose fosforilada). Hexoquinase Glicose Glicose-6-fosfato ∆G°’ = - 16,7 KJ/ mol * Glicólise: reações Isomerização da glicose-6-fosfato a frutose-6-fosfato (aldose convertida em cetose. Enzima: fosfoglicomutase. Reação reversível. A frutose-6-fosfato é consumida rapidamente, favorecendo a reação adiante. Glicose-6-fosfato Frutose-6-fosfato Fosfoglicoisomerase ∆G°’ = 1,7 KJ/ mol * Fosforilação do grupo hidroxila em C1, formando frutose-1,6-bifosfato. Enzima: fosfofrutoquinase. Enzima alostérica que regula o ritmo da glicólise. Reação acoplada à hidrólise de ATP em ADP e Pi. Segunda reação irreversível da glicólise. Frutose-6-fosfato Frutose-1,6-fosfato Fosfofrutoquinase-1 Glicólise: reações ∆G°’ = - 14,2 KJ/ mol * Glicólise: reações Frutose-1,6-bifosfato é partida em 2 moléculas de 3 carbonos, uma cetona e um aldeído: diidroxiacetona fosfato (DHAP) e gliceraldeído-3-fosfato (GAP). A enzima é a aldolase. Frutose-1,6-fosfato Aldolase Diidroxicetona fosfato Gliceraldeído 3-fosfato ∆G°’ = 23,8 KJ/ mol * DHAP e GAP são isômeros e podem interconverter-se prontamente pela ação da enzima triose fosfato isomerase. Apenas GAP é substrato para o próximo passo da glicólise, então toda DHAP é esgotada. Portanto, 2 moléculas de GAP são formadas para cada molécula de glicose. Até este passo, 2 moléculas de ATP foram necessárias para cada molécula de glicose sendo oxidada (fase de investimento). Os passos posteriores liberam energia suficiente para mudar o balanço para o lado positivo (fase de captação ou de pagamento ). Glicólise: reações Diidroxicetona fosfato Gliceraldeído 3-fosfato Triose fosfato isomerase ∆G°’ = 7,5 KJ/ mol * Glicólise: reações A partir deste passo, as reações ocorrem em duplicata (2 moléculas de GAP foram geradas para cada molécula de glicose) GAP sofre desidrogenação pela enzima gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase (GAPDH). Neste processo, NAD+ é reduzido a NADH. A oxidação de GAP é acoplada à fosforilação do carbono C1, formando 1,3-bifosfoglicerato (BGP). Gliceraldeído 3-fosfato 1,3-bifosfoglicerato NAD+ + Pi NADH + H+ Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase ∆G°’ = 6,3 KJ/ mol * 1,3-Bifosfoglicerato apresenta um anidrido misto, uma ligação de alta energia em C1. Esta ligação é hidrolisada a um ácido carboxílico e a energia liberada é usada para produzir ATP a partir de ADP, com a formação de 3-fosfoglicerato. Enzima: fosfoglicerato quinase Glicólise: reações 1,3-bifosfoglicerato ADP ATP Fosfoglicerato quinase 3-fosfoglicerato ∆G°’ = - 18,5 KJ/ mol * Glicólise: reações O fosfato muda de posição, de C3 para C2, para formar 2-fosfoglicerato. Enzima: fosfoglicerato mutase 3-fosfoglicerato 2-fosfoglicerato Fosfoglicerato mutase ∆G°’ = 4,4 KJ/ mol * Desidratação catalisada pela enolase (uma liase). Uma molécula de água é removida, formando fosfoenolpiruvato, que possui uma dupla ligação entre C2 e C3. Glicólise: reações 2-fosfoglicerato Enolase Fosfoenolpiruvato ∆G°’ = 7,5 KJ/ mol Enol: função orgânica em que a hidroxila liga-se a um C insaturado – muito instável * Glicólise: reações Enolfosfato é uma ligação de alta energia. É hidrolisado, produzindo a forma enólica do piruvato, com a síntese de ATP. Terceira reação irreversível da glicólise, catalisada pela piruvato quinase. Enolpiruvato rapidamente converte-se em cetopiruvato, que é muito mais estável Enol: função orgânica em que a hidroxila liga-se a um C insaturado – muito instável Fosfoenolpiruvato Piruvato ADP ATP Piruvato quinase ∆G°’ = - 31,4 KJ/ mol * Glicose + 2NAD+ + 2Pi + 2ADP = 2 piruvato+ 2ATP + 2NADH + 2H+ + 2H2O Glicólise: resumo +H+ +H+ http://www.indiana.edu/~oso/animations/glycolysis%20complete.html * Glicose + 2NAD+ + 2Pi + 2ADP = 2 piruvato+ 2ATP + 2NADH + 2H+ + 2H2O Glicólise: resumo +H+ +H+ * Glicólise anaeróbia: Fermentação lática * Fermentação láctica * Fermentação láctica e Acidose láctica Glicose Glicólise 2 Piruvato 2 Acetil-CoA 4 CO2 + 4 H2O Anaerobiose Ciclo de Krebs O2 2 Lactato Lactato é o produto da degradação da glicose em anaerobiose ↓ O2 nos tecidos ↑ lactato Marcador do metabolismo anaeróbico por hipoperfusão tecidual [Lactato] correlaciona-se com o débito de O2, a magnitude da hipoperfusão e com a severidade do choque Acidose láctica caracterizada pela ↓ do pH nos tecidos e no sangue, acompanhada pelo ↑ do lactato * Acidose láctica A hidrólise do ATP é que origina a acidose celular durante a hipóxia, e não o lactato formado a partir da glicose ATP + H2O ADP + Pi + H+ ∆G°’ = - 31 KJ/ mol Quando o suprimento de O2 é adequado, os metabólitos do ATP (ADP, Pi e H+) são reciclados na mitocôndria para a reconstituição do ATP. * Acidose láctica A [lactato] arterial depende de sua taxa de produção e de utilização. Normalmente mantida abaixo de 2 mmol/l (0,5 – 1,0 mmol/l). Os produtores de lactato são músculo, cérebro, intestino e os eritrócitos. Os metabolizadores são fígado, rins e coração. Acidose láctica é caracterizada pelo aumento persistente dos níveis de lactato no sangue (> 5 mmol/l) e pH sérico < 7,35. Ciclo de Cori É transportado ao fígado, onde é oxidado à glicose (gliconeogênese) * Cohen e Woods (1976) dividiram a acidose láctica em 2 categorias: Tipo A: em associação à baixa oxigenação sanguínea ou perfusão tecidual. Acidose láctica Infarto Asma severa Doença pulmonar obstrutiva crônica (COPD). Anemia severa Sepse Ocorre em casos de desordens circulatórias, pulmonares e da hemoglobina (transferência), como: * Transporte de oxigênio: eritropoiese Transporte de oxigênio: angiogênese Energia: captação de glicose e glicólise ↑ Eritropoietina transferrina ceruloplasmina ↑ VEGF, VEGFR Hipóxia HIF1 Formação de novos vasos sanguíneos Adaptação metabólica ↑ Eritrócitos Hipóxia: adaptação ↑ GLUT, fosfofrutoquinase, aldolase, fosfoglicerato quinase, enolase, piruvato quinase, lactato desidrogenase * Tipo B: sem evidências clínicas de baixa perfusão ou oxigenação Tipo B1 ocorre em associação a doenças sistêmicas, como falência hepática e renal, diabetes e neoplasias. Tipo B2 causada por drogas e toxinas, como biguanidas, cocaína, álcool, ferro, isoniazida, zidovudina e salicilatos. Tipo B3 causada por erros inatos do metabolismo, como deficiências em glicose-6-fosfatase, piruvato carboxilase, piruvato desidrogenase. Acidose láctica * * Fermentação alcoólica *
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